sexta-feira, 12 de outubro de 2018

0- 174 – NÂO FOI no GRITO


MAIS um PASSO para a
SOBERANIA BRASILEIRA

O decreto que  distingue o EXÉRCITO de PORTUGAL e o EXÉRCITO do BRASIL é discreto mas firme e convicto. Este decreto abre uma imensa porta pelo qual poderá fluir o processo da SOBERANIA BRASILEIRA e ser amparada por um exército nacional brasileiro.
Fig. 01 Uma das primeiras ações militares das armas brasileiras foi  tomada da  cidade da Caiena em 1809. Esta ação tinha com objetivo colocar sob o protetorado  a Guiana Francesa impedir o desembarque de tropas francesas sob as ordens de capital Napoleão Bonaparte  Os motivos dste protetorado sessaram  com a queda de Napoleão e as Guianas foram devolvidas para a França no âmbito das resoluções do Congresso de Viena

CORREIO BRAZILIENSE Outubro de 1818 VOL. XXI. No. 125, -  Política, pp 308-309

REYNO UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL, E ALGARVES.

Decreto para que as patentes militares no Brazil, naõ precisem do cumpra-se do Marechal General em Portugal. li.

••ESULTANDO grave inconveniente e embaraço aos Officiaes das divisoens do Exercito de Portugal actualmente destacados nas differentes Províncias deste Reyno do Brazil, que as patentes dos postos, a que tem sido aqui promovidos, tenham de ser enviadas a Portugal, para haverem o cumpra-se do Marechal General Commandante em chefe do exercito, e os registos nas estaçoens daquelle Reyno, quando sendo aqui lavradas no Conselho Supremo Militar, c assignadas por mim, sem inconveniente algum podem ser cumpridas pelos respectivos Generaes, ou sejam do mesmo Exercito, ou do Exercito do Brazil, debaixo de cujas ordens estejam empregados temporariamente, e registarem-se nas precisas estaçoens, remettendo-sc pela minha Secretaria d'Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, aos Governadores do Reyno de Portugal, para lhes darem a necessária direcçaõ e cumprimento na parte que lhes toca, as relaçoens das promoçoens que por mim forem approvadas, e mandadas expedir com os respectivos Decretos ao Conselho Supremo Militar:
O RIO GRANDE do SUL no MEIO do TORVELINHO em 1817 e 2017
Fig. 02  A imagem de Jean-Baptiste DEBRET mostra o príncipe  Rei Dom João VI e sal corte assistindo as evoluções militares se preparando par intevir na BANDA ORIENTAL com o objetivo de tomar MONTEVIDEO.  O Rio Grande do Sul  era o lugar próximo ao  teatro das ações militares efetivas e portanto deverai ser fortificado pelo exército. Os numerosos quarteis do Rio Grande do Sul refletem estas estratégias de um exercito cada vez mais nacional e brasileiro

Hey por bem, desejando conciliar quanto possível for o bem do meu Real serviço com a justa commodidade e vantagem dos indivíduos, que nelle estaõ empregados, que as patentes dos sobredictos Officiaes daquellas divisoens, que se houverem de lavrar no referido Conselho, sejam do mesmo modo lavradas como até aqui, porém depois de assignadas por mim seraõ entregues na competente Secretaria d'Estado aos próprios Militares, ou seus procurades, que as solicitarem, para as appresentarem, já selladas e registadas, aos Generaes, ou Governadores, debaixo de cujas Ordens estiverem servindo, para lhes pôr o cumpra-se; e serem depois registadas nas Thesourarias por onde forem pagos ; e a fim de que nas listas do exercito de Portugal, a que pertencem, possam ter as precisas declaraçoens e lugar, pela mesma Secretaria d'Estado se remetteraõ regularmente de ora em diante as necessárias relaçoens destas promoçoens c despachos para esse effeito aos Governadores do Reyno de Portugal, que faraó expedir em conseqüência as ordens que forem necessárias. Thomas Antônio de Villanova Portugal, do Meu Censelho, Ministro e Secretario de Estado dos Negócios do Reyno, encarregado interinamente da Repartição dos Estrangeiros e da Guerra assim o tenha entendido e o faça executar com os despachos necessários. Palácio do Rio-de-Janeiro em vinte de Junho de mil oitocentos e dezoito. Com a Rubrica de Sua Majestade. Cumpra-se» e registe-se. Palácio do Rio-de-Janeiro em 22 de Junho de 1818. Com a Rubrica do Excellentissimo Senhor
THOMAS ANTÔNIO DE VILLANOVA PORTUGAL[1]
Fig. 03   Outra imagem de Jean-Baptiste DEBRET evidencia  o príncipe  Dom João VI, sobre um tapete, assistindo, junto à  sua corte, o desfile de  despedida dos  militares  que dirigem para a BANDA ORIENTAL para tomar MONTEVIDEO.  Cercado dos comandantes militares que, em 1818, passaram a não mais depender da ida pessoal, para Portugal como objetivo de jurar  fidelidade e receber os seus postos de comando  
  
A distinção do EXERCITO de PORTUGAL e o EXÈRCITO do BRASIL certamente tinha objetivos econômicos, de eficiência e preenchimento de funções de cargos. No entanto não é possível afastar agentes brasileiros  que perceberam as condições favoráveis e as potencialidade para a marcha em direção à SOBERANIA BRASILEIRA.
Na conclusão é necessário admitir que este decreto que também  “NÂO FOI NO GRITO”.  No entanto ele distingue silenciosa e profundamente e o EXÉRCITO de PORTUGAL e o EXÉRCITO do BRASIL.
Fig. 04  A efetiva  ação militar confiada às ações militares das armas brasileiras foi  tomada da  cidade da MONTEVIDEU. Esta outra ação tinha com objetivo colocar sob o protetorado  a BANDA ORIENTAL e impedir o caos dos diversos interesses locais, regionais e internacionais desencadeada  após a queda de Napoleão Bonaparte  Os motivos deste protetorado sessaram  com a formação de governo Uruguai. A Independência do Uruguai foi estabelecido  por um Decreto de Dom Pedro I[1]

A busca de um ESTADO COERENTE - com o seu TEMPO e LUGAR[2] - é possível na medida em que ele tiver gente, recursos e disciplina coerentes com a sua SOCIEDADE, seu TEMPO e o seu LUGAR.
A separação do EXERCITO de PORTUGAL do EXÈRCITO do BRASIL foi um passo para a SOBERANIA BRASILEIRA de efeitos tão transcendentes como foi o conjunto das iniciativas governamentais da corte do Rio de Janeiro.
Este EXÉRCITO do BRASIL foi fundamental para manter o Estado Brasileiro quando a sua unidade foi testada numa série de Revoluções - mais um menos profundidade e prolongadas - que ocorrem logo após a proclamação oficial da SOBERANIA BRASILEIRA. 

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

A FUGA AO BRASIL

ELEVAÇÂO BRASIL REINO

REVISTA das TROPAS para MONTEVIDEO

Independência do URUGUAI

BRASIL: do OIAPOQUE ao CHUI

O RIO GRANDE do SUL no MEIO do TORVELINHO em 1817 e 2017
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[1] 30.08.1828 - O imperador D. Pedro I expede Carta de Lei que "ratifica a convenção preliminar de paz entre o Império do Brasil e a República das Províncias Unidas do Rio da Prata, assinada no Rio de Janeiro em 27 de agosto de 1828". A Banda Oriental deixa de fazer parte do Império do Brasil mas não integra as Províncias Unidas do Rio da Prata. Forma a República Oriental do Uruguai, soberana e independente de toda e qualquer nação. A Constituição que foi elaborada e promulgada pela nova República a 18 de julho de 1830 foi ratificada, também, com a assinatura do "Ato Diplomático de 26 de maio de 1830".

[2]  AS DIFICULDADES para REINVENTAR UM ESTADO COERENTE com o seu TEMPO e o seu LUGAR.


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