segunda-feira, 9 de março de 2020

194 – NÃO FOI NO GRITO – MARÇO de 1820 e 2020


    POVOAR o BRASIL com BOA GENTE. Propostas de MARÇO de 1820 e de 2020.


 CORREIO BRAZILINESE MARÇO de 1820 VoL. XXIV. N°. 142. - Miscellanea pp. 282 até 286
“Todo o empregado publico na nossa terra, desde o maior até o mais pequeno, adopta a máxima godoyana de dizer, que quem lhe apontar algum defeito, em sua vida publica, fala mal d'El Rey, que o nomeou para o lugar que ocupa”. CORREIO BRAZILINESE -  MARÇO de 1820, - p, 283

O imenso e fechado território brasileiro possui o tamanho de três e meia o território do Império Romano onde se encerrava uma sociedade[1] controlada e contida por uma rosário interminável de fortalezas e de acampamentos militares ocasionais
Em 1820 a população brasileira, de origem europeia e os seus descentes legítimos, não igualavam p total da população da cidade do Rio de Janeiro. Para a formação de uma NAÇÃO com o seu ESTADO SOBERANO BRASILEIRO com reconhecimento dos demais estados soberanos era impossível contar com a voz e a vez dos indígenas muito menos daqueles submetidos à escravidão legal. Os lusitanos viam no Brasil um lugar de degredo e voltavam para a “TERRINHA” na primeira oportunidade, levando consigo tudo que cabiam nas suas caravelas, Assim. o BRASIL era uma TERRA PERMANENTE DESCAPITALIZADA e impossibilitado de sonhar com um ESTADO SOBERANO
Em março de 1820, a potencial CAPITALIZAÇÃO do BRASIL - e de um projeto de um eventual ESTADO SOBERANO - dependiam de alguma indústria, mesmo incipiente e do apoio de um comércio eficaz e continuado. Porém comércio e indústria estavam no devier e nas mãos de pessoas nascidas em Portugal temerosas de perder o mando monocrático e os privilégios multisseculares.
 A solução das pessoas nascidas em Portugal era esconder-se no manto real, burocratizar e atribuir toda a culpa par DOM JOÃO VI
 O chefe da Missão Francesa já avisara DOM JOÃO VI, por intermédio do Conde da Barca[2], de que a EUROPA estava oferecendo, em 1816, uma ocasião única de trazer ao Brasil técnicos e técnicas de última geração após as guerras napoleônicas. Mas, pelo visto, ninguém leu esta carta pois foi descoberta e traduzida apenas em 1959, por Mário Barata.
No entanto a questão do IMIGRANTES era como p “PILATOS no CREDO”: o problema real era bem outro para a burocracia lusitana.
A burocracia lusitana estava focada, em fevereiro de 1820, na pauta política de manter a MONARQUIA MONOCRÁTICA e DIVINA contra a MONARQUIA CONSTITUCIONAL exigida pelos liberais da cidade do PORTO. Caso os liberais vencessem a burocracia iria perder muitos dos privilégios multisseculares, o mando monocrático, Na sua própria defesa sempre podiam incriminar os infelizes -que os acusassem de incúria -de ”estarem falando mal d'El Rey”..




[1] SIMMEL, Georg  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid:         Alianza. 1986,  817.  2v.
Fig. 01  O tema geral da  IMIGRAÇÃO ao BRASIL no período COLONIAL  existiu sob o controle estrito lusitano. Este lusitano zelava para que a administração estivesse nas mãos exclusivamente de um europeu e português nato. Qualquer outra etnia estava sob suspeita, se não trouxesse estampada no semblante a origem indígena ou africana negra. Este controle lusitano começou a se afrouxar com a Abertura dos Portos em 1808 e se rompeu com a Independência em 1822,  

Reflexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALCARVES.
Emigração para o Brazil.
Por diversas vezes temos tractado o assumpto de augmentar a população do Brazil, e com boa gente Europea. A importância da matéria parece ter sido bem conhecida pelo Governo do Brazil, vista a circumstancia de se haver nomeado para a Suissa um Ministro, que mostra ter por objecto principal o facilitar a emigração de Suissos para o Brazil; e sem duvida, naõ se pôde fazer na Europa escolha de melhor gente. Mas naõ basta a adopçaõ de uma boa idéa, he também necessário pensar no melhor modo de a pôr em execução. He sobre isto, que diremos agora mais alguma cousa, e a repiza, em matéria de tam permanentes interesses ao Brazil, nunca pôde ser fastidiosa; porque será sempre da mais conhecida utilidade. Ja observamos, que o lugar destinado para esta colônia de Suissos no Brazil, naõ fora o mais bem escolhido; e notamos também, que se mostrou logo ao principio grande falta de economia, no desarrazoado preço por que se comprou o terreno, em que se quer fundar a nova colônia. Depois, o indivíduo, que mandaram á Suissa negociar o anno passado a partida de alguns colonos, tem entrado em despezas, que nos parecem de todo alheias de sua missaõ ; e nos informam entre outras cousas, que comprara, em Paris, trastes e alfaias de casa, para certos empregados públicos, no Rio-de-Janeiro, em somma de mais de 50.000 francos, e os gastos com os transportes dos colonos montaram a sommas immensas. 
Fig. 02  A precipitada  e mal conduzida migração de 3.000 suíços ao Brasil fpram marcadas por uma burocracia irresponsável e cuja ações não iam além dos gabinetes. O que vasava destas formulações ideias “genais” - ao cair nas mãos de atravessadores e mediadores incompetentes e interesseiros - atraiu ao Brasil uma leva de pessoas desesperadas e oprimas nos estreitos cantões suíços. Porém quando estes infelizes caíram nas mãos dos administradores lusitanos já era tarde e não havia passagem de retorna.

De nada serviu a catástrofe dos 3.000 suíços, dos quais 300 pereceram mar e, os que chegaram a Brasil[1], foram alojados em senzalas abandonadas dos escravos e com tais foram tratados, em 1818 e destinados Nova Friburgo nas serranias próximas da capital do Reino,

As conseqüências destes desperdícios saõ, que o Governo no Rio-de-Janeiro se desgotará de um plano tam dispendisso, e ficará a colonização dos Suissos como as obras de Sancta Engracia em Lisboa. He, pois, interessante o indagar as causas por que as cousas assim succedem, para se lhe poder applicar o conveniente remédio. Naõ ha muito tempo, que vieram para a Inglaterra muitas famílias indigentes da Alemanha, que emigravam á sua custa para os Estados-Unidos, mas que pela perversidade dos que lhes furtaram o dinheiro, que pagaram por suas passagens, foram lançadas em teria neste paiz, na ultima dessoiaçaõ e miséria. Havendo assim muita gente, que deseja emigrar para os Estados-Unidos, aonde naõ ha as facilidades de se estabelecerem, que se encontram no Brazil, para este paiz se faria a maior emigração, se as medidas para isso adoptadas fossem as convenientes, visto que o Governo dos Estados-Unidos naõ dispende um só real, nem mesmo offerece terras de graça aos emigrantes que lá vam ter. O plano de attrahir ao Brazil população Europea, naõ deve limitar-se somente a um punhado de indivíduos da Suissa, deve ser executado em escala grande, e proporcionado á extençaõ do território e recursos do Brazil; de maneira que a introducçaõ de oito mil pessoas cada anno, fosse o mínimo deste calculo.



[1] Emigração de SUÍÇOS ao BRASIL: 179– NÃO FOI no GRITO

Fig. 03  As condições humanas, econômicas e culturais -   dos europeus candidatos para MIGRAR ao BRASIL-  eram das mais precárias e não tinham mais nada a perder, No Brasil as suas eventuais habilidades manuais, já estavam preenchidas pela mão de obra escrava, que, apesar de não ser primorosa, era forçada e gratuita, Assim restavam as vastas terras, mas onde os seus conhecimentos e habilidades não tinham grande produtividade em lavouras com vegetais, regime climática e um mercado de escambo sem possibilidade de acumular qualquer capital    
A primeira fonte do mal nos parece existir, em naõ se fazerem leys geraes a favor da emigração da Europa para o Brazil: leys que segurassem aos immigrados certas vantagens, e que estas fossem de natureza adaptada a remediar os inconvenientes pessoaes, de que mais se queixam as classes trabalhadoras na Europa. As leys, bem organizadas, em que estes attractivos se especificassem, deveriam ser traduzidas nas diversas linguas da Europa, e os immigrados no Brazil deveriam entaõ achar toda a facilidade de transportar-se aos lugares do interior, destinados ás novas povoaçoens, que sempre deveriam ser juncto aos rios navegáveis, ou estradas freqüentadas. 
Fig. 04  Nos próprios países - nos quais ocorriam as experimentação de ERA INDUSTRIAL EMERGENTE – reinavam, em março de 1820, as improvisações no embate entra hábitos multisseculares e as novas e potencias concepções tayloriastas [1] que só se tornaram evidentes práticas um século após e nas mãos e na mente de empresários como Henri Ford. Como a Natureza não dá saltos a ERA INDUSTRIAL teve a sua lenta evolução de etapa em etapa. O COLOIALISMO europeu não respeitou estra lenta evolução em terras estranhas, impondo, aos seus nativos, os produtos de suas maquinas, os seus hábitos, crenças e tornando-o uma peça cativa do se mercado e fornecedor de matérias primas baratas para as fabricas     

 O projeto sinistro de esvaziar as prisões europeias para trazer  celerados bandidos condenados às galés[2]

Um plano desta natureza bem formalizado, naõ se poderia fazer demaziado publico ; porque toda a publicidade lhe he essencial para seu boin êxito. E quando as condiçoens razoáveis de tal medida, e a connexaõ bem pensada de todas as partes do plano fossem bem explicadas ao mundo, livrar-se-hia o Governo do Brazil da satyra, que se tem espalhado, dizendo-se, que manda buscar os degradados das galés de Nápoles, para com elles augmentar a população do Brazil; o que naõ he pequeno desdouro aquelle paiz. Mas uma das principaes causas, sobre que temos de reflectir, como aquella que muito deve obstar á execução deste plano de emigração para o Brazil, he a falta de responsabilidade nos empregados neste plano, assim como suecede em todas as mais repartiçoens no Brazil.



[1] TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.

[2] Os CONDENADOS às GALÉS e o DOCE CLIMA do BRASIL em  DEZEMBRO de 1819 e em 2019190  – NÃO FOI NO GRITO – DEZEMBRO de  1819 e 2019  https://naofoinogrito.blogspot.com/2019/12/
Fig. 05  A clivagem social - que antes era NOBRES e PLEBEUS - com a ERA INDUSTRIAL transformou-se entre EMPRESÁRIOS BEM SUCEDIDOS e  PROLETARIADO submetido ao ritmo implacável do TEMPO das MÁQUINAS administradas e de propriedade destes EMPRESÁRIOS, Estes reuniam-se aos seu concorrentes em clubes, sociedades e partidos por meio dos quais determinavam o que pensar, como agir jogavam problemas insolúveis para os recursos dos proletários e assim deliberar e decidir “O QUE ERA BOM PARA TODOS” O REI e a NOBREZA antiga foram coagidos a serem meras figuras decorativas na medida que lhes fossem favoráveis a esta burguesia endinheirada


Todo o empregado publico na nossa terra, desde o maior até o mais pequeno, adopta a máxima godoyana de dizer, que quem lhe apontar algum defeito, em sua vida publica, fala mal d'El Rey, que o nomeou para o lugar que occupa. Se dessem um pequeno passo mais adiante, podiam também dizer, que faltar mal delles he faltar mal de Deus, que os póz neste mundo, ou da Divina Providencia, que permittio, que occupassem seus lugares; assim teríamos de uma vez, que, notar alguém uma petulância de um merinho, seria logo blasphemia, em vez de ser crime de lesa-majestade como agora querem que seja. Com esta capa tractam todos os empregados de se abrigar, para naõ terem responsabilidade; lá mesmo no seu paiz, aonde tem a felicidade de possuir o seu Soberano, e um Soberano, que houve a todo o mundo, e que sinceramente deseja conhecera Verdade; que será pois isso cá por fora, aonde as distancias facilitam tanto os meios de fazer passar gatos por lebres? Lembremos unicamente as negociaçoens para o tractado de 1810, e será fácil conjecturar as multiplicadas falsas representaçoens, que se poriam em practica, para levar ao cabo aquella medida, que tam nociva tem sido, e será, aos vassallos de S. M. Fidelissima. Mas he agora o mesmo partido, o que trabalha, e infelizmente com bastante successo, em tornar a conseguir a mesma influencia nos conselhos da Corte do Brazil. 
Fig. 06  A presença física da corte lusitana trouxe para a cidade do Rio de Janeiro um acúmulo e o tumulto de gente que eram proveniente, não só do BRASIL mas de todo p vasto império lusitano  espalhado nos quatro continentes  Um estranho a esta língua, hábitos correntes, religião e a esta economia de escambo tinha poucas oportunidades de êxito. Razão pela qual os empresários preferiam manter os seus parques industrias sob seu controle pessoal e localizados nos territórios sua própria pátria. O Brasil interessava apenas como mercado dos produtos de suas máquinas e fonte de matérias prima baratas. O próprio Correio Bazilense não escapava desta lógica. de procurar Londres para a sua sede

Vimos entaõ um Ministro Diplomático tomar sobre si o enviar outros ministros a Cortes estrangeiras, como se esse ministro fora o Rey : vimos empregar nessas agencias diplomáticas homens réos do crime de lesa-majestade, e por tal condemnados a morte em Portugal, e naõ por crimes meramente de opinião, mas por crimes contra a pátria, manifestados em matar a seus mesmos patrícios por servir os Francezes.

SETE RAZÕES para ODIAR o SECULO XIX
Fig. 07 -  Londres era uma “Torre de Babel, em março de 1820, como centro da migrações e epicentro dos terremotos provocados pelo acumulo de gente, de valores econômicos e técnicos, O trânsito civilizado era, ali, impraticável e voltava a LEI da SELVA do mais forte, ágil e espero, Ai dos vencidos que eram mandados como migrantes para as colônias de todo o mundo e para ali recomeçarem o caos londrino as custas dos nativos destas “TERRAS SELVAGENS e INCULTAS”

E quando vemos agora esses mesmos homens, e outros da mesma estofa, uns perdoados, a empenhos do partido desses diplomatas, outros ainda sem o perdaõ empregados, já com lugares effectivos, ja com situaçoens nominaes nas Legacias da Europa, para gozarem dos privilégios das Embaixadas, naõ podemos duvidar, nem dos bem succedídos esforços dessa gente para firmar o poder de sua oligarchia, nem da continuação do mesmo systema da falta de responsabilidade, que tem arruinado a naçaõ.
O plano da emigração da Suissa, ja defeituoso na origem como vimos acima, soffrerá ainda novos estorvos por estas causas que acabamos de apontar. Ha em França um homem de nenhuma representação, que se mandou á Suissa, para assim dizer com carta assignada em branco, para ajustar os emigrados como lhe parecer, o fazer as despezas como quizer. Ha um ministro no Brazil, que, apezar do plano ser approvado por El Rey, põem todos os entrávez e dificuldades, que cabem em seu poder. Ha outro ministro na Europa, que em vez de se prestar e auxiliar o plano da emigração o retarda quanto pôde, escrevendo para o Brazil a metter medos com as potências estrangeiras.

Fig. 08  A vida urbana de Londres dava sinais, em março de 1920, do que já trivial trivial e comum, e março de 2020,  sob as marquises urbanas das ruas do BRASIL Em ambos os casos a administração e o controle fugiram da burocracia. Esta burocracia só pensa em se reeleger e manter a posse de cargos completamente incoerentes com os discursos de um populismo deslavado  
 ¿ Que plano poderá ir a diante com tal systema, ou antes falta de systema nesses empregados, que nada temem, porque naõ tem responsabilidade publica, e as queixas particulares, que pudesse haver, tarde ou nunca surtem effeito ?
Exemplo, que por accaso falhou. Mandara El Rey, com a mais decidida justiça, que se passasse de Inglaterra para Lisboa, a administração dos contractos reaes do Páo-brazil, Marfim, Urzella e Diamantes: a fim de deixar entre seus vassallos os lucros provenientes de se administrarem esses ramos de Commercio em Portugal. Mas houve Minístro, que fez com que os velhos Administradores fizessem representaçoens a El Rey, com o fim de o desviar de seu propósito, e continuar a Administração em Londres.
Eis aqui como, pela falta de responsabilidade publica se forma um partido oligarchico, que reúne no pequeno numero de poucas famílias todos os lugares de maior importância, naõ dando os empregos senaõ aos seus, ou algum de seus satélites, que cegamente lhes obedeçam, e assim se estabelece uma barreira impenetrável entre os Soberanos e os vassallos em geral.
Das circumstancias, que tem ja apparecido, e das contrariedades, que indirectamente se tem opposto ao plano da emigração para o Brazil, agouramos mal desta medida, no caminho que ella vai levando. Este negocio naõ he um segredo de Estado: logo naõ pôde haver inconveniente, para que se façam publicas as condiçoens, com que no Brazil se receberão os emigrados; os fundos, que para este fim se applicam; as maõs porque tem de passar; e as precauçoens para fazer erficaz a responsabilidade de cada um dos individuos nisto empregados.
Sem estas circumstancias cada Ministro se opporá na Europa ás vistas dos outros, segundo o som de seu pádar; as ordens d' El Rey seraõ glozadas, demoradas e illudidas, conforme as vistas de cada um; e todos contarão com a impunidade em sua desobediência, fundando-se na falta de responsabilidade publica, e na difficuldade, que dahi se segue, de poder nunca a verdade chegar aos ouvidos d' El Rey.
Reflicta-se, em prova disto, em um só facto, que he notório a todo mundo.
- ¿ Ha quantos mezes se nomearam, ao tempo do Ministro Bezerra, e logo depois de sua morte, Ministros para as Cortes estrangeiras ?
Com tudo até agora ainda nenhum desses foi para os lugares do seu destino. Mui plausíveis razoens teraõ allegado ao Soberano, para assim obrarem, e como tudo isso se faz em segredo, naõ he possível discutir a bondade ou disconveniencia dessas razoens.
Uma cousa, porém, se pôde ainda assim dizer, e he, que se taes ministros tem mui boas razoens para naõ irem para os lugares a que saõ destinados, outros se deveriam nomear, que naõ tivessem tam boas razoens para deixar de ir cumprir com o seu dever. Em fim, quem tem observado o que se tem passado ha tantos annos na legaçaõ de Londres, sobre a naõ execução, gloza, e evasaô das ordens d'ElRey, sem que contra taes procedimentos houvesse ainda a conveniente demonstração, naõ se pôde admirar, posto que naõ possa deixar de lamentar, o que se está prarticando hoje em dia, a respeito do plano de que tractamos; assim como a respeito de outros assumptos, que em tempo opportuno teremos occasiaõ de explicar, em que tal vez apareçam boccados, que sejam de mui difficil digestão.

Fig. 09  O mundo dos vírus em ação, em março de 1820, nas águas do Rio Tâmisa    Vírus trazidos, nos cascos e nos porões  dos navios procedentes dos sete mares e vetorizados por  IMIGRANTES, MARUJOS e COMERCIANTES Era mais um tributo  - oculto na águas  -que a ERA INDUSTRIAL cobrou em todas as cidades pelas quais  passou. No BRASIL as águas dos portos, dos rios, as praias[1] pagaram caro este tributo oculto.
O leitor deste texto, de março de 1820, facilmente chega a conclusão que, de fato, NÃO ERAM os IMIGRANTES que estavam na questão de fundo, Os agentes da Revolução Liberal do Porto estavam evidenciando o tomando partido da ineficiência da máquina administrativa lusitana, diante dos sistemas políticas de outras nações  cuja infraestrutura estava se apoiando cada vez mais na lógica administrativa exigida pelas máquinas, pelas  fábricas e pelo comercio, com projeção mundial. Evidente que estas máquinas e os seus subprodutos tinham o alto preço da acumulação de gente, de poluentes, poluição e exploração implacável do homem pelo homem. Não or nada que Carl Marx se estabeleceu no borborinho e no acúmulo de Londres provocado pela primeira era industrial
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Fig. 10  O mundo dos vírus, em violenta erupção,  em março de 2020, faz repensar a MIGRAÇÃO ao BRASIL e no MUNDO, O CORONAVIROS furou todos os protocolo, fronteiras  e vigilâncias burocrática Diante desta onda avassaladora do CORONAVÍRUS, desaparecem os preconceitos entre etnias, as barreiras entre ricos e pobres, entre desenvolvidos e subdesenvolvidos  ou entre esquerda e direita,

Algo está acontecendo em 2020 quando as nações hegemônicas estão se valendo cada vez mais da INFORMATICA, do DOMÍNIO do CÓDIGO GENÉTICO e o controla espacial global pelos SATÉLITES. As imensas e incontidas levas de REFUGIADOS tem sua origem em nações carente e apenas usuários dos SATÉLITES, do CÓDIGO GENÉTICO e da INFORMÁTICA de nações que se dizem hegemônicas e proprietárias do raio e do trovão.
De outro lado há necessidade de arregimentar amigos para transformá-los em prosélitos e burocratas sem sentimento de culpa e suficientemente LEAIS pois NÃO necessitam e NEM deliberar e decidir com seus juízos para o seu próprio BEM  segundo a lógica  de Sallustio  no seu “Bellum Iugurthinum”[1]
“ Os sustentos dos reinos não são nem os EXÉRCITOS e nem os TESOUROS, mas os AMIGOS que não se obtém com as ARMAS nem se compram com o OURO: conquistam-se com o BEM e a LEALDADE” 
Quando levas determinadas de refugiados, invadem fronteiras, nenhum meio, ou aparato coercitivo, esconde mais esta mentira e embuste, cultivados durante séculos pela burocracia. Mentira e embuste que escondem o próprio BEM da BUROCRACIA. Esta BUROCRACIA pretende obter favores, por meio da sua LEALDADE, para poder se eximir de qualquer sanção ou culpa que a burocracia joga sobre a cabeça do seu chefe CULPANDO-O DE TUDO
CORREIO do POVO - Porto Alegre Ano 125. Nº 161  foto em 09.03.2020 - BARREIRA BUROCRÁTICA aos IMIGRANTES
Fig. 11  Os desdobramentos da concentração de renda, ,em países hegemônicos que agiram sem ética ao expatriar as suas sobras humanas na forma MIGRAÇÃO MASSIVA estão recendo o troco na FORMA de MASSIVAS  ONDAS de REFUGIADOS e que retornam sobre a EUROPA para COBRAR o que LHES FOI SUBTRAÍDO pela  ERA INDUSTRIAL da qual só recebiam o retorno na forma    POLUIÇÃO, a EXPLORAÇÃO das suas RIQUEZAS de firma PREDATÓRIA e VIL, Nesta cobrança vale o mesmo princípio teórico e físico que embasou a lógica industrial “A TODA AÇÃO corresponde ima REAÇÃO, IGUAL e CONTRÁRIA
Quando levas de refugiados determinadas, como em março de 2020, invadem fronteiras, desconhecem a história e as tradições burocráticas de uma nação, todo este esquema vem abaixo e nenhum ardil funciona mais.
O Império Romano não resistiu a estas avalanches humanas, ensandecidas pelas necessidades básicas e nenhuma legião as deteve. A Muralha da China tornou-se, logo, apenas um imenso gasto de tempo e energias humanas de uma burocracia apenas voltada para si mesma
Na presente postagem percebe-se uma visão panorâmica geral o confronto entre o imaginado humano e taylorista[1] no seu confronto com a realidade empírica dada pelo TEMPO tanto em março de 1820 com em 2020, como o LUGAR e a SOCIEDADE modelada por hábitos seculares compor leis pontuais.
O problema dos MIGRANTES e das levas de REFUGIADOS, denuncia os protocolos interesseiros dos burocratas mundiais que traçaram arbitrariamente  os limites e os territórios da nações que surgiram com e após a ERA INDUSTRIAL MUNDIAL .

              No entanto, o que o BRASIL precisa, de fato. em MARÇO de 2020, como precisou MARÇO de 1820, é  continuar a POVOAR o BRASIL com BOA GENTE e ter o privilégio de possuir um irrepreen-sível QUADRO de SERVIDORES,  competentes para assumir as funções dos seus cargos que as leis e constituição lhes prescreve. Assim ninguém possui qualquer argumento para duvidar, ou divergir, sobre a sua LEGALIDADE,  IMPESSOALIDADE, MORALIDADE. PUBLICIDADE de seus ATOS e a sua  EFICIÊNCIA.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS

SIMMEL, Georg  Sociología y estudios sobre las formas de socialización. Madrid:         Alianza. 1986,  817.  2v.


TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAS

VISÂO GERAL da POLITICA da IMIGRAÇÂO ao BRASIL
IMIGRANTES

Emigração de SUÍÇOS ao BRASIL: 179– NÃO FOI no GRITO

Os CONDENADOS às GALÉS e o DOCE CLIMA do BRASIL em  DEZEMBRO de 1819 e em 2019190  – NÃO FOI NO GRITO – DEZEMBRO de  1819 e 2019

IMIGRAÇÂO para ENCOIBRIR a ESCRAVIDÃO BRSILEIRA

A IMIGRAÇÂO ALEMÂ RS

MIGRANTES em CALAIS 2020
Migrantes

EMERGÊNCIA do MERCADO de ARTE em LONDRES
 VISTA de LONDRES
SETE RAZÕES para ODIAR o SECULO XIX
BELLUM IU IUGURTHINUM

OCULTANDO o CORONAVIRUS

EFEITOS CONÔMICOS MUNDIAS ,na ÉPICA PÓS-INDUSTRIAL




[1] TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915).  Princípios de administração científica.           7. ed.  São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.


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