sábado, 18 de agosto de 2018

171 – NÃO FOI NO GRITO



OS MÚLTIPLOS DEVERES de um ESTADO SOBERANO
,” no Brazil, basta simplesmente a idea da possibilidade para que os homens dem a preferencia aos Estados Unidos; sugeitando se antes aos rigores de um mao clima, com o descanço do espirito, sem temor de arbitririedades, do que viver no delicioso paiz do Brazil, com o tormento interno de temer contínuadamente, que um delator secreto faça passar o homem mais innocente, do seio da sua família para uma prisaõ solitária”
CORREIO BAZILIENSE AGOSTO de 1818 - VOL. XXI. No. 123
Fig. 01 O  CORREIO BRAZILIENSE de agosto de 1818 registrava espantosa explosão numérica  da espécie humana de que em “muitas regiões de Europa sofrem de um excesso de povoação: daí nasce uma variedade de males, que nenhum governo tem o poder de afastar, e que leva após si um séquito horroroso de crimes e atentados contra a natureza.  No Brasil a nobreza controla do alto de sua situação econômica, social e política os escravos de uma fazenda de café nos morros do Rio de Janeiro  entregues em 2018 para as favelas. Estas cenas afastavam qualquer europeu da veleidade  de imigração definitiva para ambientes desta natureza. ..

A presença da corte real lusitana no Rio de Janeiro certamente foi um incômodo e uma brusca mudanças de hábitos dos cariocas. No entanto esta presença imprimiu um caráter indelével nas feições urbanas, nos costumes   e  no modo de SER e VER o  MUNDO aberto pela NOVA ERA INDUSTRIAL. A CIDADE MAFRRAVOLHOSA ganhou ares internacionais e vive no IMAGINÀRIO do PLANETA INTEIRO.
Alegoria às virtudes do Príncipe Regente Dom João VI Obra de Domingos Sequeira, ano de  1810 
Fig. 02 -  Domingos Siqueira criou, em  1810,  uma alegoria na qual o REI MONOCRÀTICO e  CENTRALISTA  se confundindo com próprio ESTADO NACIONAL LUSITANO. È a imagem de um Estado que  estava vivendo a sua última década sob a égide deste REGIME POLÌTICO, ECONÔMICO e SOCIAL A carga simbólica destes reis ungidos, sagrados e conforme a crença difundido que rema TAUMATURGOS veio abaixo com Revolução Inglesa, Norte Americana, Francesa com a orquestração do  Iluminismo cientificista, pragmático que abriu de per em par  a lógica da ERA INDUSTRIAL , do CONTRATO SOCIAL e dos primórdios da cidadania.  

Deste modo de SER e VER o  MUNDO permaneçam as lições provenientes das correrias diplomáticas vindas de fora e de dentro do imenso REINO UNIDO.  Esta é  arte de administrar os MÚLTIPLOS DEVERES de um ESTADO SOBERANO tendo de serem atendidos em hora e tempo adequados.
Francisco GOYA  1744-1828) - Família de Carlos IV 1800-1 Óleo 250 x 335 cm Museu do PRADO
Fig. 03 -  Francisco Goya  criou, em  1800,  uma imagem  de uma corte ainda  MONOCRÀTICA e  CENTRALISTA  se confundindo com próprio ESTADO NACIONAL ESPANHOL  A imagem revela o crepúsculo eminente  do Estado espanhol  em cujos domínios “O SOL NUNCA SE PUNHA”. Este REGIME POLÌTICO, ECONÔMICO e SOCIAL estava vivendo a sua última década em o RUFAR dos TAMBORES dos EXÈRCITOS MUNICIADOS pela ERA INDUSTRIAL A carga simbólica nestes REIS SAGRADOS e UNGIDOS como TAUMATURGOS  veio abaixo com a lógica do CONTRATO SOCIAL, da CIDADANIA  e sob o IMPACTO das ERA INDUSTRIAL

CORREIO BAZILIENSE AGOSTO de 1818 - VOL. XXI. No. 123. 2 D 210
Miscellanea.
CORREIO BRAZILIENSE USP CEÇÂO BRASILIANA Volume 21 disponivel em


Refiexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL» BRAZIL E ALGARVES.
REI da ESPANHA e FAMÍLIA
Fig. 04 -   O rei CARLOS IV  da ESPANHA era o SOGRO de DOM JOÂO VI. Dona CARLOTA JOAQUINA – esposa de Dom JOÂO VI de PORTUGAL -  aparece no quadro de  Francisco Goya  do ano  1800,  atrás do pai. Dona CARLOTA JOAQUINA nunca abdicou da imagem e da prática de  uma corte ainda  MONOCRÀTICA e  CENTRALISTA  que se confunde com próprio ESTADO NACIONAL da ESPANHA no qual “O SOL NUNCA SE PUNHA”. As imensas dificuldades entre Portugal e Espanha   se tornaram ainda mais agudas quando a CORTE de MADRID viu o seu imenso império geográfico se reduzir cada vez mais com as sucessivas independências de sua colônias do Continente Americano
   
Disputa entre Portugal e Hespanha.
Corre por certo, que a Hespanha naõ tem querido acceder ás propostas da Corte do Rio-de-Jaueiro, e que por isso a perspectiva de accommodayaõ está tum distante como sempre; e os rumores de hostilidades continuam por vários modos, e com symptomas, que nos vemos obrigados a fazer delles mençaõ. Quando saio de Cadiz a ultima expedição com algumas tropas para a America, fizeram-se consideráveis preparativos de defensa, na ilha da Madeira, e nas dos Açores. Naõ aconteceo, porém, desastre algum ; nem isso de forças Hespauholas, no estado actual e deplorável daquelle Reyno, podia assustar a ninguém. Ha, porém, rumores de outra qualidade de hostilidades, que nos dam alguma cousa mais a pensar. Na conrespondencia que se publicou anonyma (vide Covr. Braz. Vol. XX. p. 378,) por parte do Gabinete de Madrid, e por parte do do Rio-de-Janeiro, lia vários cortes, sobre o aproveitar se Hespanha de circumstancias em Portugal, que lhe favoreçam a entrada naquelle Reyno; particularmente na carta de Veritas contra Philo-Justitia (Veja-se Corr. Braz. Vol. XX. p. 408,) achamos esta passagem:— Philo-Justitice descubrio muito as suas vistas, mencionando na sua carta a conspiração de Lisboa, e concluindo com ameaçar a conquista de Portugal por Hespanha. ^ Teria aqnella conspiração alguma relação com a mysteriosa viagem a Lisboa, de um certo official Hespanhol, que se sabe haver estado em conrespondencia com algum dos conspiradores? o tempo explicará este enigma." Esta passagem induz a reflexão, quando se considera que Veritas falia quasi com authoridade ; e certamente como pessoa bem informada dos negócios correntes de Portugal. No papel, em justificação do Marechal Beresford, e contra os conspiradores de Lisboa, que começamos em nosso N°. passado, e concluímos neste; se acham bem claras insinuaçoens, de que se está formando um partido Hespanhol em Portugal, e as insinuaçoens tocam a cousa alta. No Investigador N°. 86, p. 229, refutando o folheto intitulado Reflexoens sobre a conspiração $c, diz que "aquelle author falia, como se fosse mandado escrever por Hespanha". Depois veremos o modo porque o Investigador segue o mesmo trilho. Finalmente temos visto em outras publicaçoens recommendado abertamente o plano da separação de Portugal do Brazil, e sua uniaõ com Hespanha ; vantagens quedahi se devem seguir, influencia na Europa &c. &c. Em quanto só tínhamos receios, fundados em informaçoens particulares julgamos próprio omittir a discussão deste ponto em publico ; mas do que fica dicto se conhece, que he ja manifesto o tractar-se de formar em Portugal um partido Hespanhol; e que, seguindo o plano adoptado por Phillippe H em 1580 ; se começa por escrever a favor da medida, adoçando e dispondo os escriptores a opinião publica, seguindo-se depois os emissários particulares e dahi naturalmente a compra de nobres, e desembargadores, qnc declarem que Portugal pertence á Hespanha; e por fim um exercito, que execute a sentença: esta foi a marcha em tempo de Pliillippe II ; e como he preciso apprender pela experiência do passado, achamos que he ja alto tempo de que se busque a defensa para estes ataques, que muito mais saõ para temer do que os exércitos.
Alegoria às virtudes do Príncipe Regente Dom João VI Obra de Domingos Sequeira, ano de  1810  EPÌGRAFE
Fig. 05 -  O PESO e a SOBRECARGA da  imensa expectativa, da esperança e dos projetos depositados sobre  a figura MONOCRÀTICA e  CENTRALISTA  de Dom JOÂO VI  fazia naufragar este REGIME POLÌTICO, ECONÔMICO e SOCIAL A ERA INDUSTRIAL e as sua circunstâncias materiais não se alimentavam mais destas simbologias, discursos e rituais provenientes das profundas ERA AGRICOLA e com TEMPO PETRIFICADO em MONOLITOS, PIRÂMIDES  e OBELISCO FARAÔNICOS.
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Quanto aos escriptores, e falladores, que começam ja a advogar abertamente a separação de Portugal do Brazil, e a inculcar os benefícios de sua uniaõ com Hespanha, lembrando a uniaõ ern Corte» comin uns, &c. &c. responderemos cora uma anecdota, em que se recopila a experiência do passado. Um dos primeiros Embaixadores de Portugal em França, depois <la revolução de 1640, asseverou, a quem lhe duvidava da possibilidade de Portugal se conservar independente, "que, no caso em que a desgraça fosse tanta, antes se havia de entregar ao Turco do que a Castella. Era o Embaixador Ministro de letras, e como um grande Senhor Francez lhe pedisse a razaõ deste seu dicto sendoCatholico, e letrado, respondeo assim : "Porqne eu em Turquia se defender a fé, serei mártir; se renegar, far-me-haõ baxá; e em Castella, Monsieur, nem Baxá nem Mártir." A amarga experiência de 60 annos deveria ter ensinado aos Portuguezes, que a uniaõ com Castella, seja em que circumstancias for, sempre os reduzirá a conquistados suspeitos, e ao mesmo tempo desprezados pelos conquistadores; pois aquelles mesmos que naquella oceasiaõ venderam o Reyno a Hespanha, e os que ao depois da acclamaçaõ de 1640 naõ seguiram o partido da pátria, perderam o que nella tinham, e só obtiveram na Hespanha raortificaçoens e desgostos. O Investigador Portuguez naõ advoga a uniaõ com Hespanha abertamente, mas conduz os seus escriptos, com a mesma tendência de inculcar os direitos de Hespanha, ao mesmo tempo que parece fazer reproches disto ao Author das Rejlexoens sobre a Conspiração; mas como o Investigador tantas vezes nos tem chamado " Caraquenho, revolucionário, incendiario, Soe. &c." sirva-se de soffrer, que nós agora, com mais justiça, expliquemos o mal que elle está fazendo a Portugal, inculcando os direitos da Hespanha, nesta epocha, em que se deseja formar um partido Hespanhol entre os Portuguezes. A p. 226, do No. 82, contende e Investigador, que a doaçaõ de Portugal ao Conde D. Henrique, foi feudataria ao Reyno de Leaõ; e depois diz, produzindo uma escriptura antiga, "que certas expressoeus da escriptura denotam mais a condição de um vassallo do que a de um Príncipe independente." Assim o Investigador naõ se contenta ja com dizer, que o Reyno de Portugal era feudal ario, mas quer que o seu Soberano fosse vassallo de Castella; tanto naõ pretendeo nem o mesmo Phillippe II; posto que os seus advogados usassem dos mesmos argumentos do Investigador.
Ponte da Ajuda -Vista longitudinal a partir de Portugal.
Fig. 06 -  Entre PORTUGAL e ESPANHA existe uma ponte, denominada de AJUDA, inviabilizada há 200 anos. As contestações recíprocas não param de ambos os lados sobre a posse da  província  e da cidade de OLIVENÇA para os portugueses e OLIVENZA para os espanhóis[1]..
Ponte da Ajuda -Vista a partir da rodovia.
Fig. 07 -  A atual ponte rodoviária entre PORTUGAL e ESPANHAA contornou estas DESAVENÇAS. A ERA INDUSTRIAL remeteu,  estas MENTALIDADES, para as velhas intrigas feudais da ERA AGRÍCOLA. No entanto, esta questiúncula consegue envenenar a história e as relações sociais, políticas e econômicas entre dois ESTADOS, NAÇOES e POVOS. Quem sucumbe sempre são os inocentes.

A má nomeada, que tem El Rey de Hespanha, seria um terrível obstáculo para que os Portuguezes se quizessem metter debaixo do seu Governo: para encontrar este obstáculo se adoptoa o plano de fallar muito em Cortes, para dar com isso a entender; que fazendose Cortes Geraes de Portugal e Hespanha, essas Cortes remediarão os defeitos de que El Rey he aceusado.
O judicioso Investigador cujo sofficio he seguir a vereda opposta (ao menos para isso he que lhe pagam) vai pelo mesmo caminho dos outros, fadando também muito em Cortes, e copiando, no citado N°. por inteiro os capítulos das de l-amego; e insistindo que os primeiros soberanos de Portugal eram vassallos de Castella; com a qual doutrina provaram os partidistas de Phillippe II, que a independência, que se arrogarám esses soberanos seus vassallos, naõ tem outro nome senaõ o de uma rebelliaõ bem suecedida. E esta conclusão he verdadeira, adiniUindo se o principio do Investigador.
 Castelo de Olivença – Duarte D'Armas 1509
Fig. 08 -  Para o BRASIL e a AMÈRICA LATINA é difícil esquecer as mentalidades COLONIAIS e ESCRAVOCRATAS Para PORTUGAL e ESPANHA é difícil contornar  as DESAVENÇAS, INTRIGAS e MENTALIDADES forjadas nas profundezas do INCONSCIENTE FEUDAL e SERVIÇAL  . As proeminentes edificações dos castelos, palácios e os  PEQUENOS FEUDOS geraram e mantém uma mentalidade de POSSE, de PODER e de hegemonia absurdas para uma ÈPOCA PÓS-INDUSTRIAL  

Se essa gente fallasse em Cortes do Reyno Unido; como expediente político do seu interior, seria isso uma questão interna, cuja conveniência ou disconveniencia se podia discutir, sem entrar a idea da vassallao-em a Hespanha : mas o plano he evidente; falia se de cortes, naõ como um meio de melhorar o ReynoUnido, mas como uma oceasiaõ de inculcar a supposta vassallagem a Castella. Ma8<j quanto se nao enganam os infatuados, que esperam taes cortes gerae» de Portugal e Castella? E quam vilhacoi saõ os que com essas esperanças trabalham por enganar <»» outros. Perguntáramos nós^° Que Cortes tem chamado Fernando VII iiaHespauha, havendo promettiilo tam solemnemeiite que as chamaria, ao tempo em que tomou a tomar posse do th numr" Metta-se Portugal nas garras de Fernando VII, com o engodo dessas Cortes, e verá a descortezia que encontra. Quem naõ cumpre a sua palavra COITOS sens, mal a cumprirá com os estranhos.
Ainda que tenhamos em vista combater unicamente o erro político dos que pódoin xuppor alguma vantagem na uniaõ de Portugal com Hespanha, naõ desejamos com tudo que fique sem resposta o argumento jurídico do Investigador, com que intenta provar, que o Rey de Portugal fora jamais feudatario, ou o que peior he, vassallo d'El Rey de Castella. O Documento que o investigador cita, e a conclusão, quedelle tira, da vassallagem do Conde D. Henrique, e de seu Filho D. Affonso Henriques, primeiro Rey de Portugal, á Coroa de Castella, achou-o o Investigador em Brandão, Monarchia Luzitana, Parte 3», L 8. cap. 9. Este documento prova unicamente, que na demanda entre o Bispo de Coimbra e D. Cypriano, sobre a villa de Vopeliares, que o Bispo contendia pertencer ao mosteiro da Vacariça, e D. Cypriano que éra sua. por lha ter doado El Rey D. Alfonso VI,quando ainda possuía Portugal, recorreram as partes ao dicto D. Affonso VI, naõ como a juiz superior ao Soberano de Portugal, porém para que declarasse o facto, se havia ou uaõ feito a doaçaõ que se allegava. D. Affonso responde no mesmo teor; que se naõ lembrava de haver feito tal doaçaõ ; mas que se a tinha feito ea terra éra do Mosteiro, naõ queria que tal doaçaõ fosse valida ; econclue pedindo (naõ mandando) ao Conde D. Henrique, que tome conhecimento da causa, para a decidir na conformidade desta declaração. As palavras do fim da carta saõ estas: " Sed vos, quantum mihi l/ene qveritis, causam de illa, et de illos Monasterios in_A>restante illa*.'''' Assim naõ ha da parte de D. Affonso outro acto senaõ o pedir a D. Henrique que decida a causa, na conformidade ao facto declarado,
Planta da Restituição da BAHIA por João Teixeira Albernaz
Fig. 09 -   Salvador,  primeira capital do BRASIL,  esteve nas mãos do governo da  ESPANHA entre 1580 até 1640. Pagou caro devido ao constante ataque dos holandeses instalados no Nordeste brasileiro.  Com a RESTAURAÇÂO da BAHIA novamente nas mãos lusitanas permaneceram muitos vestígios e mentalidades favoráveis à Espanha e nem  faltaram aqueles  que lamentaram a derrota dos holandeses. Estas mentalidades soteropolitanas foram contornadas em 1663 com a transferência da capital da Colônia Brasileira lusitana paro o Rio de Janeiro
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Quanto aos outros documentos, que cita o Investigador, saõ ainda mais fracos. A expressiõ Henrique Genro d1 El Rey, confirmando uma doaçaõ, nada prova, por quanto esta declaração do parentesco éra coininumiiiente usada nas escripturas publicas daquelle tempo; e he mui má a conclusão que o Investigador tira daqui, de que isto suppoem ser D. Henrique vassailo d'EI Rey de Castella; genro e vassailo saõ doas cousas mui diversa., nem a existência de uma suppoem a outra. Igualmente a oulra escriptura citada pelo Investigador, que começa Regnante Adfonso Rege, dominante terra Comitê I/enrico, nada prova para a sugeiçaõ ou vassallagem do Conde a El Rey de Castella; pois naõ se mostra se este documento he ou naõ posterior á epocha em que se fez a doaçaõ de Portugal ao Conde D. Hemique, no que só ha conjecturas dos historiadores. A epocha em que Portugal se separou da Hespanha, centrou a ser Estado Independente, naõ he bem averiguada, e pior isso discordam os Authores. Julgam uns que desde o principio recebera o Conde D. Henrique de D. Affonso VI, o senhorio absoluto de Portugal; quando casou com D. Thereza. Assim pensam Duarte Nunes de Leaõ. Chr. do Conde D. Henr. p. 11. Manoel de Faria e Souza; Europ. Port. tom. 2. Part. I. C. 1. p. 15. Francisco Velasco de Gouvea, Justa AccIam.Part. Ia. punet. 1. §. 11. André de Resende Antiq. L 4. Joaõ Pinto Ribeiro, Injustas usurpaçoens de Castella, § 3. tom. 2. p. 67.
Nicolas d'ESCRAGNOLLE TAUNAY -  1768-1830 -  Rio de Janeiro
Fig. 10 -   Com a transferência da  capital do BRASIL ao RIO de JANEIRO em 1663 e com a instalação da  CORTE E o TRONO PORTUGUÊS, em 1808,  Dom JOÂO VI percebia que o seu reino estava ultrapassando territorialmente a  ESPANHA..  A CORTE MADRID contabilizava a libertação das sua colônias,  uma a uma,  do JUGO de  ESPANHA. Enquanto  isto Rio de Janeiro como capital da Colônia Brasileira, era também o centro do Império lusitano da Europa, da África, da Ásia e da América. Este sonho durou pouco.. Porém o RIO de JANEIRO viu  Dom João ser coroado ali com REI. Ele  podia ignorar as intrigas antigas com a ESPANHA e  que o CORREIO BRAZILIENSE publicava sem afetar este Pode real lusitano

Outros Aulhores saõ de opinião, que essa independência absoluta teve lugar ao tempo do nascimento de D. Affonso II enriques, o que causou tal prazer a seu avô El Rey D. Affonso VI, que por esta oecasiaõ libertou o conde D. Henrique de toda a sugeiçaõ a Castella. Fr- Bernardo de Brito Monarchia Luz. part. 2, L. 7cap 3, foi o primeiro que se-uio esta vereda, e sua authoridade foi adoptada por outros em nossos tempos; Deducc. Chrou. Pasch. José Mell. Hist. Jur C. 5. § 36. Finalmente querem outros que os Portuguezes se livrassem do poder de Hespanha por violência e meios de facto. Esta he a opinião de Mar.ana, Hist- L. 10. c. I. Sandoval, chr. de D. Afonso 7, Illescas tom. Io i;i fin. e quasi todos os Hespanhoes Entre os Portuguezes houve Duarte Galvaõ, Chr D. AfT. Hc-nr. c Io. e Rodrigo Mendes da Silva, Gen. Real d' Hesp Querendo alguns que a independência se naõ estabelecesse senaõ era tempo de D. Affonso 3°. como se pode ver em Brandão Mon. Port. Part. 3. I.. 8. c. 9.
A todo-; os argumentos, que se podem deduzir dessas escripturas antigas, respondeu ja cabalmente Joaõ Pinto Ribeiro, no Tractado das /njuntau e succesuivas usurpaçoens de Custella e Leão. Os argumentos que produz agora o Investigador, paia mostrar, que Portugal fora feudatario de Castella, naõ saõ novos, foram muitas vezes alienados a fjvor da usurpaçaõ dos Phillippes, e especialitiente por D. Joaõ Carainuel no seu iraclado, Joanne* Brigantinus i/ligitimus Rex demonstratus; e o Dr. Nicolao Fernandes de Castro, na sua obra Portugal Convencido, porém da futilidade de todos esses argumentos se convencerá o Investigador se ler as amplas refutaçoens, que lhes fez Francisco Valasco de Gouvea, no Traciado da Junta Acclamac.ah; e Manuel Fernandes Villa Real no livro que intitulou Anti-Cramvel.
He claro, que se o IJejtio de Portuçnl foi dado ao Conde D. Henrique, com feudo ou.vassallagem, como pretende o Investigador, entaõ os Soberanos de Portugal, que se subtrahiram a essa vassallagem. éram rebeldes, a seu legitimo Soberano. Esta conclusão absurda foi relutada mesmo nos tempos mais antigos, no protesto que Egidio Martins e Pedro Valasco, Embaixadores do Senhor I). Joaõ I fizeram no Concilio de Conslança ; e se acha incorporado na Sessaõ 22 do mesmo Concilio
As DIVERSAS  ELITES SECRETAS  num ORGANOGRAMA.
Fig. 11 -   O desconhecido e aquilo que é  cultivado  intencionalmente em SEGREDO  por grupos geram TERRO e MEDO. O TERROR sempre CERCA e TRANSPIRA de ASSOCIAÇÔES HUMANAS  que escondem sua identidade, objetivos  e meios da agir  mesmo que estes sejam apenas virtuais.  Este cultivo  intencional de SEGREDOS  constitui  o lado sombrio e a defesa contra o PODER  MONOCRÀTICO e  CENTRALISTA  No Brasil o REGIME REPUBLICANO remeteu em 10 de setembro de 1893, pela Lei nº 173,  as sociedades civis para o  registro de seus estatutos no cartório..
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Alvará contra as sociedades clandestinas.
Quando vimos que os differentes Monarchas, membros da Saneitaa Alliança promulgaram uns apoz os outros leys contra as sociedades clandestinas, quando observamos que o mesmo Rey de Prússia, que deveo o seu restabelecimento ao throno, em grandíssima parte, á iociedade clandestina chamada Tugen-band, a abolio c prohibio;  quando testemunhamos que a mesma Inglaterra, seguindo esse systema geral Europeo, riscava lambem da lista das acçoens perraittidas, a formação destas sociedades; mal podíamos conceber, que o Governo do Brazil naõ seguisse a mesma marcha. As observaçoens, que aqui se offereciain, saõ taõ obvias a nossos leitores, que naõ julgamos necessário de ingranno-nos com a matéria ; e somente repetiremos uma máxima, que varias vezes temos veiiculculado; e he, Que o Governo do Brazil deve sempre ter em vista, que as Políticas Europeas podem mui bem arruinállo, se se embrulhar nellus, e nunca lhe poderão fazer bem algum. He mui natural, que os Governos Eumpeos, que vem diariamente fugirem-lhe milhares de subditos para a America, promovam boatos com que os atemorizem para que naõ emigrem; e este Alvará muito ha de favorecer as suas vistas, pelo que respeita o Brazil; mas resta ainda os Estados Unidos, aonde custará ao_ Aluados mais do que pensam fazer adoptar similhanles máximas. O mais he que o Imperador de Rússia, bem longe de seguir isto em seus Rey nos; tem lá recebido quanto Francez descontente se tem querido acolher a seus domínios, e tem obtido da Alemanha colônias inteiras e numerosíssimas.
A presença da corte real lusitana no Rio de Janeiro certamente foi um incômodo e uma brusca mudanças de hábitos dos cariocas. No entanto este presença imprimiu um caráter indelével nas feições urbanas com no modo de ser no mundo aberto pela NOVA ERA INDUSTRIAL.
Friedrich SELLOW 1789-1831 Viajantes no Nordeste Brasileiro
Fig. 12 -   Diversas e esforçadas MISSÔES de ESTRANGEIROS que vararam o imenso interior do Brasil após a abertura do Portos em 1808, entre outros objetivos estava os estudos para as imigrações de seus cidadão ao BRASIL .  Ambos os lados estavam interessados e lucrariam neste projeto caso se fizesse dentro da lei e da ordem. Evidente que os maiores obstáculos  NÂO pesavam SÒ sobre o imenso  território brasileiros e NÂO  eram só os mistérios geográficos ocultos  ao longo de três séculos coloniais. As dificuldades mais difíceis de vencer aram as MENTALIDADES de um pais escravocrata  e de um governo vivendo de favores de poderosos. Assim o melhor fluxo migratório demandava a AMÈRICA do NORTE onde as MENTALIDADES eram MAIS FAVORÁVEIS  

Emigração para o Brazil.
Publicamos a p. 175 uma pequena memória, que se nos enviou da Alemanha, sobre a introdoççaõ de colônias Aleinaãs no Brazil. A utilidade de similhante medida he evidente, e nós a temos sempre recommendado neste periódico, desde que tlle começou a existir. A maneira de o pôr em execução lie simplesmente o que pode admitlir disseussaõ. O aulhor da memória, (Mr. Ehlers) tendo em vista principalmente as colônias de mineiros, propõem, que se mande uni daquelles operários Aluinaens ao Brazil, a indagar e certificar-se do estado das cousas ali, e que voltando dê a seus compatriotas as noticias do que achar.e as informaçoens bastantes para os outros se regularem na empreza da emigração. Achamos, que em temos antigos os Reys, de Portugal adoptáram a mesma idea, e consta, que El Rey, D. Joaõ I estabelecera uma colônia de Alemaens juncto a Coruche.
Para islo naõ incorria o Governo em grandes despeza-», mas simplesmente dava a devida protecçaõ aos colonos. No caso que apontamos deo D. Joaõ I os maninhos juncto a Coruche a Lambert de Orches Alemão, para que os rompesso e povoasse, com obrigação de trazer a elles moradores estrangeiros d'Alemanha.
Com as mesmas vistas imitaram os Reys Porluguezce a política dos Judeos, estabelecendo cidades de azylos, com o que fizeram cm breve tempo dorecer essas povoaçoens. Ha, porém, um obstáculo, que lie preciso vencer, antes que se pense em persuadir os estrangeiros a que se vam estabelecer no Brazil, assim como fazem nos Estados Unidos, com tam .manifesta vantagem daquelle paiz, que a esta circuinstancia das einigraçoens da Europa deve a sua maior opuleucia. Este obstáculo lie a falta de confiança no Governo; pelo que diz respeito á segurança pessoal, e á inviolabilidade da propriedade particular. Está tam radicada na Europa a opinião da arbitrariedade do Governo no Brazil, que he preciso, antes de nada se fazer em tal plano, trabalhar por dissipar esta desfavorável preocupação; que a nova ley contra as sociedades secretas naõ pode deixar de atfiiMiar .''inda mais
Friedrich SELLOW (1789-1831) Guia de Viajantes no interior do Brasil
Fig. 13 -   O cientista e botânico Friedrich SELLOW desenhou o europeu munido de guarda-chuva, facão e uma mala de garupa que contém os resultado da coleta de plantas que irá mandar para os museus europeus.  Estes exploradores verificavam e sistematizavam e comunicavam aos seus respectivos governos as condições que eventuais migrantes iriam encontrar no Brasil.

E com tudo naõ desesperamos de ver ainda remediado este mesmo inconveniente ; porque nem sempre ha de o Ministério estar cheio de Conselheiros aíferrailos a prejuízos, e que vivendo no meio dos progressos, que as outras naçoens vam fazeudo em civilização, queiram por força manter-se estacionados, com os mesmos erros, que a supeistiçaõ e a ignorância, ajudadas pelo despotismo À£ Castella, durante a sugeiçaõ de sessenta annos, introduziram em Portugal
O Governo dos Estados Unidos, em vez de pagar aos emigrados que para lá vam da Europa, vende-lhes as terras, que tem de voJutas, e nisso consiste uma boa parte das rendas publicas. Esta preferencia que os emigrados dam aos Estados Unidos, naõ provém de outra cousa senaõ da opinião, que ha, de que as pessoas e propriedades dos indivíduos naquelle paiz recebem dns leys uma garantia, que o governo do Brazil lhes naõ offerece.
Por mais raros, que fossem os exemplos da falta de protecçaõ publica aos direitos dos indivíduos, no Brazil, basta simplesmente a idea da possibilidade para que os homens dem a preferencia aos Estados Unidos; sugeitando se antes aos rigores de um múo clima, com o descanço do espirito, sem temor de arbitririedades, do que viver no delicioso paiz do Brazil, com o tormento interno de temer contínuadamente, que um delator secreto faça passar o homem mais innocente, do seio da sua família para uma prisaõ solitária. Repetimos outra vez : he necessário dissipar esta idea na Europa antes que se possa esperar uma numerosa e útil população de emigrados Europeos no Brazil: e naõ duvidamos, que ainda se possa persuadir o Ministério a obrar em conseqüência destes conselhos.
Antônio Jose LANDI (1713-1791)  arco-triunfal BELÉM do PARÀ
Fig. 14 -   O PARÀ estava numa administração que se reportava diretamente com a corte de Lisboa. Com a vinda desta, para o Rio de Janeiro,  o GRÂO PARÁ começou a se integrar mais e efetivamente com o BRASIL.  Antes d esta abertura dos Portos  do Brasil esta capitania recebeu uma verdadeira missão artística europeia.  O italiano Antônio José LANDI   foi uma das expressões desta missão estrangeira

Governador do Pará.
Publicamos adiante, na Conrespondencia, o extracto de uma carta, escripta de Lisboa, por ura natural da cidade do Pará, em que singelamente se faz ao Conde de Villa-Flor um elogio tanto mais appreciavel, quanto se estriba ua simples enumeração de Jactos. Demos lugar áquella conrespondencia no nosso Jornal, por dons princípios: um, porque he justo, e nós nos regosijamos nisso, patentear os louvores dos empregados públicos que os merecem: outro ; porque se o nosso conrespondente julgou fazer algum serviço ao Conde, enganando-nos, actualmente lhe fará o maior mal • pois expõem a sua conducta ao exame publico, e verá saírem á luz as contradicçoens dos que o contrario souberem. E com tudo, damos credito a esta carta, porque vem de pessoa crivei; e porque somente contem factos, que se naõ podiam inventar, sem uma deliberada falsidade. Sendo esta informação verdadeira, como suppomos, de poucos Governadores no Brazil se poderá dizer, que tenham, em tam breve espaço de tempo, conseguido tantos e tam úteis melhoramentos.

Manoel de Carvalho PAES de ANDRADE
Fig. 15 -    A violenta e inesperada REVOLUÇÂO de PERNAMUCO  de 1871 foi uma das múltiplas manifestações que questionavam o REGIME MONOCRÀTICA e  CENTRALISTA LUSITANO  Inspirada no REGIME REPUBLICANO dos norte-americanos e demais colônias espanholas. em fases adiantadas de suas soberanias, encontraram firme e feroz resistência dos SÒCIOS do TRONO. Na prática o REGIME IMPERIAL BRASILEIRO foi uma longa concessão de 67 anos aos   SÒCIOS do TRONO que assim gozavam dele os  TÌTULOS NOBILIÁRQUICOS, o PODER e a ECONOMIA ESCRAVOCRATA

Pernambuco.
Damos a p. 180 uma relação do que se tem passado em Pernambuco, depois da revolta que ali houve o anno passado. Achamos, contra o que tínhamos supposto, que a deputaçaõ, que a Câmara de Pernambuco mandou para assistir á acclamaçaõ d' El Reyno Rio - de-Janeiro, pedio também uma amnestia. O Camarista Lumachi, que se mostra ter tido em tudo isto grande parte, se portou sem duvida como fiel vassailo e bom cidadão. He justo que taes exemplos naõ fiquem sem o devido louvor.
GUIANA FRANCESA - Totem contemporãneo in  Google Eart
Fig. 16 -   A totalidade da população atual da GUIANA FRANCESA é de escassos 300.000 habitantes  Muitos municípios do Brasil ultrapassam amplamente este número.  Uma das primeiras  providências da corte lusitana, instalada no Rio de Janeiro foi tomar da FRANÇA a posse deste território para não  se constituir uma cabeça de ponte para as tropas napoleônicas invadir o Brasil atrás da corte de Dom João VI. Com o Congresso de Viena esta corte devolveu esta região para a França que a mantém sob o seu pode  até os dias atuais. Ali constituiu a base dos foguetes Ariadne e o mantém como   um  território da UNIÂO EUROPEIA encravado na AMÈRICA. O Correio Braziilense ,de agosto de 1818, tratava das indenizações que a França devia pelas três  invasões do Portugal. No entanto não discutiam os  lucros,  o conluio, e as conivências  que  muitos portugueses mantiveram com os  invasores franceses e que determinaram as despesas astronômicas que a mudança de uma corte acarretou na sua mudança para a América.  

Credores da França em Portugal.
Publicamos a p. 147, uma portaria dos Governadores de Portugal, ordenando que os Portuguezes, credores ao Governo Francez apresentem os documentos e provas de suas dividas até 28 de Agosto deste anno: a portaria he datada de 30 de Junho. As convençoens assignadasem 25 de Abril 1817, entre a Áustria Gram Bretanha, Prússia, Rússia, e a França, determinaram os pagamentos, que a França tinha de fazer a seus credores estrangeiros; e posto que naõ sabemos, que Portugal fosse ouvido nesta matéria, nem que fizesse tractado algum com a França, houve quem tivesse a raridade de ajustar por parle de Portugal, que este Reyno receberia a sua proporção de 40.900 francos, como se vê da lista que publicamos, neste periódico (Vol, XX, p. 628j rendas, entradas no Grande Livro da divida publica em França. Estes tractados, de 25 de Abril, 1817, publicaremos no nossa N° seguinte; mas ainda naõ vimos a ratificação dos tractados de 1815, que se diz fora feita por parte de Portugal aos 28 de Agosto, 1817 e que tem a diferença de fazer decorrer daquella data, e naõ da trocadas ratificaçoens em 8 de Maio de 1818, o prazo de um anno, para a apresentação das reclamaçoens. Daqui se vê o motivo, porque na portaria do Governo, se limita o tempo até 28 de Agosto corrente, posto que a portaria seja datada de 30 de Junho, naõ deixando aos reclamantes dous mezes completos para prepararem seus documentos.
Mapa da localização da GUIANA FRANCESA e LIMITES do AMAPÁ
Fig. 17 -   A GUIANA FRANCESA é um dos poucos territórios da UNIÂO EUROPEIA encravado nas AMÉRICA além das ILHAS MALVINAS. As barreiras alfandegarias, as moedas divergentes e legislação francesa estão procrastinando a sua soberania que a antigas GUIANAS HOLANDESE e e INGLESA obtiveram num amplo projeto de transição..  Ainda que s a ideia de uma URASL[1] seja uma piada,  ou um notório  Fare New ele é um índice que a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Esta nova infraestrutura se  alimenta nas redes mundiais sem fronteira.  a ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. está muito distante de fronteiras guarnecido de rosários de fortalezas caras  difíceis de manter e no final ineficientes como foi a LINHA MAGINOT na II GUERA MUNDIL

Porém se os Ministrosdas Potências Alliadas declararam ao Ministro Portuguez, que se havia estipulado a ampliação de oito mezes em vez de dous, para a accessaõ de S. M. Fidelissima á dieta convenção, admira, que se naõ calculasse o tempo desde a troca, em vez de ser desde a assignatura da ratificação, a fim de dar tempo conveniente aos credores, para prepararem seus documentos. Parece também, que aquelle tractado de 25 de Abril, se fizeram algumas declaraçoens, em notas dos Ministros; equesupposto sejam pouco intelligiveis, na falta do tractado que se propõem explicar, como as achamos publicadas aqui também as inserimos. "Art. Io. Declara, que as dotaçoens concedidas pelo antigo Governo Framcez, sobre os bens pertencentes ao Domínio Extraordinário e naõ sobre o Thesouro de França, de que era separada a sua administração, naõ podem ser excluídas pela Convenção, sem que por ella se hajam de prejulgar os direitos dos donatários reclamantes, nem a divida da França para com elles." "Art 2o. Estabelece, que as estipulaçoens da dieta Convenção naõ se applícam ás reclamaçoens, que os Membros da Legião de Honra subditos das potências estrangeiras, poderiam formar sobre o que se lhes devesse por este titulo atê 30 de Março de 1814. " Art 3° Diz, que muitas reclamaçoens individuaes, tendo sido explicitamente desviadas da Convenção daquelle dia, á maneira das dotaçoens acima mencionadas, sem com tudo por isso se prejulgar era nada a sua validade, lhes he igualmente applicavel a reserva feita no Artigo Io." " Art. 4o Tracta das rendas de origem estrangeira liquidadas, e inscriptas no Grande-Livro, cujas certidoens de inscripçaõ naõ haviam sido entregues aos interessados por ser o seu valor inferior a cincoenta francos de renda, podendo agora as dos subditos de cada Potência reunirem-se em uma única inscripçaõ, no nome do Commissario ou delegado, a quem ella será entregue." Destes extractos conclue o Investigador (d' onde os copiamos) ou quem quer que lá os fez inserir, que os direitos dos Portuguezes ficam ainda salvos, para se reclamarem, naõ obstante a assignaçaÕ dos 4.900 francos. E que subsiste em Portugal o penhor das propriedades ainda naõ desembaraçadas dos effeitos do seqüestro, e que devem ser tractadas com a mesma reciprocidade de justiça que couber ás Portuguezas.
AMAPÁ - Fortaleza Jesus Maria José Macapá
Fig. 18 -   O FORTE JESUS  MARIA JOSÉ de MACAPÀ constitui,  na ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL, uma peça simbólica para lembrar o  rosário de fortalezas caras  difíceis de manter e no final ineficientes. Diante da vigilância 24 horas dos satélites, dos progressos técnicos da informática e os avanços do domínio do código genético  eles ainda lembram as lutas pela soberania brasileira, pela unidade territorial  nacional, a constante vigilância e os custos destes bens coletivos

Nós alegramo-nos com ver estas conclusoens; que attribuimos a pessoas apparentemente bem informadas na matéria, e por tanto de influencia nestes negócios. Causa-nos indignação o methodo, que se tem adoptado, de estipularem outras naçoens, o que a França tem de pagar a Portugal, como se este Estado tam poderoso, devesse ser tido em tutoria, e mettido na listadas contribuiçoens, como o principado de Nassau, pelas convençoens de outras Cortes. E ja que o Cavalheiro Brito, seguindo as pizadas do Conde de Funchal, deo Cayenna ás maõs lavadas, estimamos ver aqui lembrada a idea, de que resta ainda o penhor das propriedades Francezas seqüestradas em Lisboa. Deus queira, que isto naõ fique em palavras. A verdade he, que sugeitar-se Portugal a estar por estipulaçoens feitas por outras Portencias, he humilhação incompatível com o poderio de seus Estados.

Leandro JOAQUIM - 1738-1798 -Lagoa e arcos
Fig. 19 -   Os ARCOS da LAPA do Rio de Janeiro - que colonizador português trouxe e construiu  na América - constituem uma antiga herança do ROMANOS quando PORTUGAL era a LUSITÂNIA do IMPERIO de ROMA..  Além das vias de comunicação calçadas as preocupações destes antigos colonizadores era com  a água para as populações de suas cidades.
 
A presença e efetivo funcionamento da CORTE LUSITANA no RIO DE JANEIRO é um feito ÚNICO nas TRÊS AMERICAS e protagonizado por alguma MONARQUIA EUROPEIA. Esta presença  imprimiu um caráter indelével nas feições urbanas, nos costumes   e  no modo de SER e VER dos habitantes desta cidade.  O PATRIMÔNIO SIMBÒLICO deixado - nas pegadas por esta corte - alimenta até o presente um  MUNDO aberto pela NOVA ERA INDUSTRIAL. Para o  IMAGINÀRIO do PLANETA INTEIRO. O RIO DE JANIRO ganhou, nesta presença e ação da CORTE LUSITAN,   os primeiros esplendores dos ares internacionais e cujos fulgores  ela vive e lucra até o presente como a “CIDADE MARAVILHOSA”.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
UNIÃO IBÉRICA -158º-1640
RESTITUIÇÂO da BAHIA 1631
OLIVENÇA Portugal
OLIVENZA Espanha
OLIVENÇA Portugal mapa de 1766
FAMILIA de DOM JOÃO VI
¿ OLIVENÇA ou OLIVENZA ?
SOCIEDADES SECRETAS e as TEORIAS CONSPIRATÓRIAS
+ TEORIAS CONSPIRATÓRIAS
ELITE MUNDIAL
IMIGRANTES e FRIEDRICH SELLOW (1789-1831)
 Naturkunde Berlin, Historische Arbeitsstelle
 FRIEDRICH SELLOW (1789-1831) na BAHIA                    
FRIEDRICH SELLOW (1789-1831) no RIO GRANDE do SUL em 1823-1825
FRIEDRICH SELLOW livro
¿ FRIEDRICH SELLOW morre no RIO DOCE?
ANTÔNIO JOÈ LANDI 1713-1791)
REVOLUÇÂO PERNAMBUCANA de 1817
NÃO FOI NO GRITO nº 151
NÃO FOI NO GRITO nº 152

BRASIL: Do OIAPOQUE ao CHUI.   NÃO FOI no GRITO nº  078
B: DEVOLUÇÃO da GUIANA FRANCESA. NÃO FOI no GRITO nº 110 -
A FORMAÇÃO do BRASIL e os IMIGRANTES
SUBSTITUIR o ESCRAVO pelo IMIGRANTE NÃO FOI no GRITO - 093
Em JUNHO de 1814 o GOVERNO do BRASIL era ÓTIMO: pena que existia o povo... NÃO FOI no GRITO - 094
URSAL um  FAKE NEWS: teoria conspiratória
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