domingo, 9 de julho de 2017

154 – NÃO FOI NO GRITO - SUMÁRIO do 6º ANO

BLOGNÃO FOI NO GRITO:  6º ANO

SUMÁRIO do 1º ANO




SUMÁRIO do 2º ANO




SUMÁRIO do 3º ANO




SUMÁRIO do 4º ANO




SUMÁRIO do 5º ANO



SUMÁRIO do 6º ANO

Na recapitulação dos acontecimentos relativos ao Brasil -   narrados pelo Correio Braziliense  entre os meses de julho de 1816 e julho de 1817 - ressalta-se o estatuto de REINO UNIDO conferido à colônia americana lusitana pela lei do dia 16 de dezembro de 1815. Um passo importante para a soberania do BRASIL. Caminho de soberania cheio de percalços, de tropeços, de revoltas e resultados que deveriam ser enfrentados e pagos  na linha de quem  deseja viver a condição de vida adulta. Os anos de 1816 e 1817 foram pródigos em oferecer estas ocasiões que calçaram os caminhos para a soberania brasileira. Para se convencer disto basta ler e repassar o que ficou registrado no Correio Brazilense. Evidente que é necessário consultar também o contraditório que não falta em outras fontes.

140 – NÃO FOI NO GRITO -01 de agosto de 2016

A GUERRA do RIO da PRATA em AGOSTO de 1816
Fig. 140 –   a Intervenção do BRASIL mantinha a PROVÌNCIA CISPLATINA iniciou em 1816 e arrastou até 1828   . Um detalhe da  imagem de Debret mostra  Dona Carlota, Dom João VI e possivelmente  Lord  Bersford assistindo os treinos militares para esta intervenção lusitana  
141 - NÃO FOI NO GRITO 01 de setembro de 2016

¿ MAIS um  PASSO na SOBERANIA BRASILEIRA ?
Fig. 141 –   A marinha desempenhou papel vital na intervenção lusitana n a PROVÌNCIA CISPLATINA entre os anos de 1816 e  1828  . Neste  meio tempo foi  instrumento eficaz na intervenção nas capitanias revoltadas de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte ao longo do ano de 1817.  


142 - NÃO FOI NO GRITO 24 de setembro de 2016

O RIO GRANDE do SUL NUNCA FOI INDEPENDENTE.
Fig. 142 –   A frota naval  a serviço da corte lusitana refugiada no Rio de Janeiro continuou a ligar os território da  AFRICA, Ásia e Europa, . Porém com a entrada da era do vapor e com a fatta de uma indústria e um comércio em escala  empurrou os velhos barcos para o sucateamento e a obsolescência imedicável

143 - NÃO FOI NO GRITO  05 de outubro de 2016

RECONHECIMENTO do BRASIL como REINO.
Fig. 143 –   Três etapas  do centro administrativo do Rio de Janeiro   . A presença do Vice Governadores, a partir de 1763, e, depois, em 1808,  da corte lusitana estimulou  a aceleração das transformações urbanas



144 - NÃO FOI NO GRITO 07 de novembro de 2016

INTRIGAS de JORNAL e a CONVERSA de SURDOS entre o PODER POLÍTICO e o PODER ECONÔMICO.
Fig. 144 –  A réplica da Estatua da Liberdade na cidade de Maceió passa desapercebida da população local e brasileira  Procedente das mesmas oficinas que modelou, em Paris,  a gigantesca estátua colocada na entrada do porto de Nova York  possui uma proporção adequada ao pequeno respeito pela Liberdade do PODER ORIGINÀRIO brasileiro.


145 - NÃO FOI NO GRITO 08 de dezembro de 2016

A FÉ ABSOLUTA no ESTADO NACIONAL no BRASIL em DEZEMBRO de 1816 e 2016
Fig. 145 –   As atitudes do Príncipe e depois Rei Dom João VI foram cruciais para a soberania do  BRASIL nos anos do seu exílio no Rio de Janeiro. Único soberano europeu coroado na América e último rei lusitano monocrático conseguiu carregar a sua coroa, manter-se no trono e repassá-los aos seus herdeiros. Porém este universo simbólico lusitano não tinha futuro numa nação carente de suportes econômicos, políticos e técnicos como exigia a Era Industrial e seu largo espectro de apoios sociais, comerciais e militares próprios.


146 - NÃO FOI NO GRITO 04 de janeiro de 2017

O RIO GRANDE do SUL no MEIO do TORVELINHO em 1817 e 2017
Fig. 146 –   A soberania do  BRASIL significava o afastamento físico de Portugal e da Europa como também de todos os privilégios e privilegiados pelos antigos e ancestrais privilégio e privilegiados pela condição colonial.  . Uma casta formada ao longo do regime colonial teimava em manter os seus privilágio heredit´sarios e garantidos por fortunas amealhadas como sócios de Portugal e da Europa na América.. Este fundo foi a causa de numerosos enfrentamentos, sangue derramado no Rio Grande do Sul, como alias em outros pontos do território brasileiro antes, durante e muito depois do Grito do Ipiranga  



147 - NÃO FOI NO GRITO 05 de fevereiro de 2017

ARTIGAS dirige-se para as MISSÕES em 1817
Fig. 147 –   As grades distâncias e a impossibilidade do uso das rodas no transporte em estradas reduzidas à velhas e tradicionais trilhas indígenas eram vencidas nos lombos do burros e nas costas dos escravos. Um Para a corte metropolitana estas condições eram vantagens na medida em que mantinham longe dos olhos e da cobiça de povos mais evoluídos. As mesmas condições projetavam-se na precariedade na alfabetização e na circulação controlada de qualquer impresso industrial. Isto dava vantagem enorme para as capas pretas de Coimbra ou qualquer rábula sócio do poder monocrático central

148 - NÃO FOI NO GRITO. 01 de março de 2017..

A PRINCESA LEOPOLDINA CONECTA a CORTE do RIO DE JANEIRO ao MUNDO CIVILIZADO de MARÇO de 1817.
Fig. 148 –   O rei Francisco I era pai de Dona Leopoldina. Como monarca do poderoso império Austro Húngaro hospedou o Congresso de Viena em 1814. Este Congresso foi cenário para as discussões diplomáticas lusitanas e os interesses do Brasil e que por estas conversações acabou sendo guindada à Condição de Reino Unido. È deste  cenário que brotou um imenso projeto de interesses científicos, técnicos e econômicos e que para a população foi reduzida ao contrato matrimonial de sua filha com o presumido príncipe herdeiro Dom Pedro Certamente este projeto granjeou dividendos e que aplainaram o caminho para a soberania brasileira conquistada oficialmente


149 - NÃO FOI NO GRITO 14 de março de 2017

O PENSAMENTO de ARTIGAS PERMANECE.
José Gervasio ARTIGAS (1764-1850) na Cidadela.  Obra do pintor Juan Manuel BLANES (1830-4901)
Fig. 149 –  José Gervasio ARTIGAS foi um dos líderes da massas populares da PROVÌNCIA CISPLATINA  e contrário à  Intervenção do BRASIL mantinha a iniciou em 1816 e se arrastou até 1828   . Artigas se afastou do cenário no qual sucessivas tratados,, lideranças e texto legais conseguiram formar um governo de coalisão interna no URUGUAI e ter uma constituição de consenso reconhecida, inclusive,  pelo Brasil em 1832


150 - NÃO FOI NO GRITO 07 de abril de 2017

COMPETÊNCIAS e LIMITES dos GOVERNOS em ABRIL de 1817 e 2017
Fig. 150 –  A corte lusitana refugiada no  BRASIL introduziu hábitos, rituais exigências desconhecidas do PODER ORIGINÀRIO BRASILEIRO   . De outra parte os tributos, as manipulações do erário publico  e as controversas hermenêuticas legais mantinha sócios e associados ao Estado Monocrático e que não se dissiparam com o retorno da corte lusitana para a Europa

151 - NÃO FOI NO GRITO 04 de maio de 2017

REVOLUÇÂO PERNAMBUCANA de 1817
Fig. 151 –   Os acontecimentos ocorridas nas capitanias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte - na primeira parte do ano de 1817 – evidenciam a nítida distinção entre as classes nobres, abonadas e os sócios do governo monocrático e centralista e aqueles excluídos deste círculo de poder fechado e de poucos.. De outra parte serviu para evidenciar o imenso e afinado aparato militar deste poder monocrático e centralista e que exerceu a sua condição triunfante e opressora antes, durante e muito tempo depois da proclamação oficial da soberania brasileira em 1822

152 - NÃO FOI NO GRITO 10 de junho de 2017

Em JUNHO de 1817 o GOVERNO foi enfraquecido pelos ABUSOS para enfrentar a REVOLUÇÃO em PERNAMBUCO e manter MONTEVIDEU
José CORBINIANO LINS - Mural das REVOLUÇÔES de 1817-1824- 1948 RECIFE painel em 1967
Fig. 152–   O PODER ORIGINÀRIO BRASILEIRA AUTÊNTICO sempre foi e continua sendo uma ficção.. Não restam duvidas desta fragilidade e ficção  ao acompanhar mais de perto as expressões populares antes, durante e muito tempo depois da proclamação oficial da soberania brasileira em 1822


153 - NÃO FOI NO GRITO 08 de julho de 2017

 PORTARIA ou PORCARIA

do CENTRALISMO MONOCRÁTICO LUSITANO.

Fig. 153     O brasão do REINO UNIDO PORTUGAL, BRASIL e ALGARVES resultou da  lei do dia 16 de dezembro de 1815. Na realidade uma exaltação, marketing e propaganda da coroa e da corte lusitana que se se queria “URBI et ORBI” e cercada de um rosário de castelos plantados nos cinco continentes do planeta
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sábado, 8 de julho de 2017

153 - NÃO FOI NO GRITO


PORTARIA ou PORCARIA
do CENTRALISMO MONOCRÁTICO LUSITANO.

A imediata e implacável repressão à REVOLTA de PERNAMBUCO expôs, em JULHO de 1817, aos olhos de todos,  o triunfo de um CENTRALISMO MONOCRÁTICO ABSOLUTO BRASILEIRO. CENTRALISMO MONOCRÁTICO ABSOLUTO BRASILEIRO que ainda se MANTÉM ATIVO e em PÉ em julho de 2017.
Fig. 01 –  O monarca Dom João VI refugiado no Rio de Janeiro era duplamente prisioneiro  do poder  econômico, militar e político  britânico. Em território lusitano europeu mandava  o Marechal Beresford com o apoio industrial e territorial após o desastrado tratado de Methuen inglês. Na América o império britânico era hegemônico nas rotas marítimas e terrestres ampliando a ação dos seus ágeis e espertos negociantes[1]. Na medida em que o movimento revolucionário de 1817 de Pernambuco era inspirado na Revolução Norte Americana e Francesa era uma ameaça aos interesses britânicos e os seus sócios domiciliados no Brasil; O Correio Brazilense tornou-se uma das vozes destes sócios lusitanos e brasileiros e tratou de descarregar todas as suas baterias contras estes “SEDICIOSOS e INOPORTUNOS”. O acúmulo em LONDRES de 1817 fazia gravitar ao redor dos seus interesses Dom João VI, os seus cortesãos, os donos das fortunas e também das letras impressas.


Nestes dois séculos todos os movimentos regionalistas do atual território refluíram e até reforçaram o CENTRALISMO MONOCRÁTICO  BRASILEIRO  ABSOLUTO. O caso do URUGUAI foi uma ocupação enquanto o Brasil aguardava a constituição de um governo legítimo e autônomo deste território ocupado pelas armas. Repetia-se a tomada da Guiana Francesa que retornou tão logo que a França se reequilibrou.

No aspecto material, técnico, econômico e politico a ERA INDUSTRIAL impunha a lógica do ACÚMULO de gente, insumos, maquinas e capitais. Este acúmulo necessitava se centralizado presentemente e um único trono personalizado e CULPADO de TUDO. Qualquer desvio deste projeto era não só herético como altamente subversivo e receber as mais graves e extremas sanções como aconteceu com os Revolucionários de 1817 de Pernambuco e em Portugal com execução pública e infamante do General Gomes Freire de Andrade e Castro (1857-1817)[2].

O próprio editor do Correio Braziliense aderia e defendia este CENTRALISMO MONOCRÁTICO. Ele raciocinava e agia na lógica da ERA INDUSTRIAL na qual o ACÚMULO de gente, matérias primas tecnologia e capitais ainda favorecia este CENTRALISMO MONOCRÁTICO. Já  em julho de 2017, a mesma Inglaterra está deixando a UNIÃO EUROPEIA (BREXIT), pois o ACÚMULO da ERA INDUSTRIAL se pulverizou e não se dá mais em seu território e os britânicos  necessitam repartir o seu PODER com nações como a debilitada e convulsionada Grécia. Coisa absolutamente incongruente com o pouco PODER que ainda possuem entre 180 nações soberanas. A política é salvar o pouco que sobrou do ACÚMULO da ERA INDUSTRIAL

Correio Brasiliense. VOL. XIX. No. 110, pp.  104-113

Reflexoens sobre as novidades deste mes.
Fig. 02 –  Portugal não só necessitava do Marechal Beresford com todo apoio industrial e econômico britânico. O grande número de lusitanos domiciliados, em julho de 1817, em Londres  era índice desta dependência econômico, militar, econômica e até política. De outra parte a drástica solução militar dada ao movimento de 1817 de Pernambuco era uma resposta ás ameaças. deste ponto geográfico,  cair em mãos rebeldes aos desígnios britânicos. Ponto com possibilidade de amigos de Napoleão Bonaparte  estabelecer uma base em Recife para resgatá-lo da Ilha de Santa Helena. O editor do Correio Braziliense colocou o seu jornal a serviço do controle central britânico sob pretexto e  égide da defesa da corte do Rio de Janeiro sócia e devedora da coroa inglesa. 


REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALGARVES.

O Edictor deite Periódico publicou no principio deste N*. (na repartição de Política por um engano) o Aviso, sobre a prohibiçaõ do Correio Braziliense em Portugal[1]. A matéria he demasiado insignificante, para que similhante documento, posto que relativo a este Jornal, fosse inserido naquelle lugar; mas como elle principiou o N<>., também por elle começamos as nossas observaçoens, sobre as occunencias deste mez. A ordem, a que o tal documento se refere, foi expedida a instâncias do celebre Inspector de Moinhos de vento, Conde de Linhares, e renovada agora por sen illustre irmaõ o Principal Souza; em combinação com o Marechal Lord Beresford- e seu intimo amigo, (pois se acham, mui cordeaes, sobre este assumpto) o Secretario do Governo o Sr. Forjaz :e como nunca foi publica, àquella ordem aqui a inserimos para informação de nossos Leitores; posto que isto seja trovoada velha. Aviso:

" Illmo. e Exmo. Senhor. " O Príncipe Regente Nosso Senhor tem sido servido determinar ímmediatamente, que se proliiba neste Reyno e seus Domínios, a entrada e publicação do Periódico intitulado Correio Braziliense; assim como de todos os mais escriptos do seu furioso e malévolo Author. O que V. Exa. fará presente na Meza do Desembargo do Paço, para que haja de expedir ao dicto respeito as ordens necessárias.—Deus guarde a V. Exa. Palácio do Governo, em 2 de Março, de 1812.

(Assignado) ALEXANDRE JOZE FERREIRA CASTELLO. " Senhor Francisco da Cunha e Menezes. " Cumpra-se e registe-se, e se passem as ordens necessárias. Lisboa 9 de Março de 1812. " Com três rabricas dos Ministros da Meza do Dezembargo do Paço. O Edictal da Meza do Dezembargo do Paço, que manda cumprir a ordem do Governo, sobre esta prohibiçaõ, deveria seguirse á tal Portaria; porém foi mettido na Miscellanea, a p. 64 e por outra troca na Política se inserio um indulto ou permissão do Delegado Apostólico, Maclii, para que quem nas tivesse azeite pudesse adubar a sua comida com gordura de porco ; se tivesse a tal gordura de porco; Alem disto, por outro erro typographico, á Portaria se lhe chamou Porcaria. O Leitor terá a bondade desculpar estas confusoens da gordura de porco, do Correio Braziliense, do Lord Marechal, &c considerando o susto, que devia causar ao pobre Edictor, o ver renovada, pelo apoio do Todo Poderoso Marechal do Exercito, a prohibiçaõ de 1812.
Fig. 03 –  O regime colonial jogou a pesada máquina militar  sobre a capitania de Pernambuco fazendo sentir  toda a dominação monocrática  lusitana. Maquina militar desproporcional comparada ao poder civil. Apesar das melhores intenções e proclamações humanitárias, racionais e políticas  toda a população escrava estava evidentemente excluída liminarmente deste  poder civil
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Revolução em Pernambuco.

Pelas ultimas noticias chegadas de Lisboa se sabe, que a revolução de Pernambuco está de todo suppressa; havendo as tropas, que marcharam da Bahia dado batalha aos rebeldes, e derrotado-os inteiramente, nas vizinhanças de Pernambuco; ao mesmo tempo que da esquadra do bloqueio desembarcou alguma gente, que, combinada com os da terra, tomaram posse da cidade aos 20 ou 21 de Maio; havendo durado o Governo Provisório 74 dias. Os cabeças dos insurgentes, depois de derrotados, fugiram para o interior, com cousa de 200 ou 300 sequazes. Naõ éra de esperar outro fim a uma insurreição, que, supposto tivesse elementos antigos, foi obra do momento, parto da inconsideraçaõ, e nunca sustendada por plano combinado: pois tudo mo9tra naõ só a precipitação, erros, e injustiça dos cabeças; mas a sua total ignorância em matérias de Governo, administração, e modo de conduzir os negócios públicos: em uma palavra naõ mostraram outra qualidade recommendavel, senaõ a energia, que he filha do enthusiasmo, em todos os casos de revoluçoens. Este acontecimento, desastroso como he em dous sentidos, que ao depois explicaremos, produzirá com tudo um effeito benéfico; e ne demonstrar ao povo do Brazil, que as reformas nunca se devem procurar por meios injustos, quaes saõ os da opposiçaõ de força ao Governo, e effuzaõ de sangue. Um rey de Inglaterra (Ricardo II)[1] achando-se entre os rebeldes, em uma grande commocaõ popular em Londres, gritou ao povo, vendo a sua vida em grande perigo. '¿  Quereis vós matar o vosso Rey ? ¿  Quem entaõ remediará vossos aggravos? " Esta máxima he applicavel a todos os Governos; porque, destruído o Governo ¿ quem ha de remediar os males e abusos da Naçaõ ?  Os Demagogos em Pernambuco esperavam, ou talvez intentaram persuadir a seus ignorantes sequazes, que deviam esperar, soccorros de Potências Estrangeiras. Este he o outro absurdo de quem suppoem, que as revoluçoens saõ o meio de melhorar a naçaõ. Jamais se vio que uma Naçaõ se intromettesse nas disputas civis de outra Naçaõ, sem ser para peiorar as cousas, e tirar proveito de ambos os partidos disputantes. Se a historia naõ estivesse cheia de factos, que provam isto, bastava o exemplo do que fizeram os Francezes durante a sua revolução- Em todos os paizes aonde foram recebidas as armas de França, com esperanças de introduzirem melhoramentos do Governo, fizeram os Francezes o mais escandaloso abuso da boa fé e ignorância daquelles, que assim os receberam.
Fig. 04   O regime colonial jogou a pesada máquina militar  sobre a capitania de Pernambuco anulando as melhores intenções e proclamações humanitárias, racionais e políticas dos patriotas de primeira hora Estas intenções foram aniquiladas pelo velho poder da maquina militar desproporcional comparada ao poder civil. Este  poder civil só ganhou alguma visibilidade um século depois com a adoção da sua bandeiro pelo estado republicano do Pernambuco. Porém, na prática, 200 anos após o evento libertário de Recife, de 1817,  pouco deste ideal aterrissou e chegou ao mundo empírico e quotidiano brasileiro  
 A Itália e a Hollanda, saõ horrososas provas desta Verdade histórica. No caso actual de Pernambuco, aconteceo, que a Inglaterra prohibio logo a. exportação de armamentos, e até que se enviassem cartas para Pernambuco. Os Estados Unidos passaram uma ley para o mesmo fim, que deixamos copiada a p. 95 com a representação do Ministro Portuguez em Washington, que promoveo aquella medida. Mas supponhamos, que estas duas naçoens, de quem os revolucionários do Brazil esperavam algum auxilio, naõ obravam como obraram, e permRtiam que se mandassem petrechos de guerra aos insurgentes; isso sô seria para continuar a guerra civil, e esses estrangeiros tirarem partido das águas envoltas, vendendo ali as suas mercadorias, sem se importar com os vencidos nem com os vencedores.
Fig. 05 –  Um assunto tabu, para o jornalismo da época, era a possibilidade do resgate de Napoleão Bonaparte a partir da capitania de Pernambuco na costa do nordeste brasileiro. Jogo no qual estavam os fortes interesses britânicos e dos seus sócios. Do outro estavam os interesses comerciais, políticos e militares do recém-abatido império napoleônico e dos seus sócios. Tanto ingleses como franceses ocultavam as suas intenções e as cobriam com retórica ao estilo do que apresenta este número de julho de 1817 do Correio Braziliense. O assunto morreu e foi sepultado definitivamente com a morte de Napoleão Bonaparte em 1821  

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Esta he a política que vemos seguida quanto ás Colônias Hespanholas ¿ e porque haviam os insurgentes do Brazil esperar outros resultados ? Quanto aos dous sentidos, em que dissemos que esta revolução deve ser desastrosa; o primeiro he, que a Naçaõ tem de pagar mais tributos, para resarcir as despezas, necessariamente incurridas, para supprimir a insurreição; e estas despezas por força haõ de ser mui consideráveis, tanto de presente, como em suas conseqüências.

Segundo; isto deve causar um espirito de suspeita da parte do Governo; que temerá toda e qualquer proposta de reforma, como symptoma de revolução; e uma conrespondente timidez da parte do povo, que receará pedir reforma alguma, com o temor» que dahi se sígam revoluçoens, ou suspeitas de haverem vistas atraiçoadas; e portanto os homens bons e cordatos, que realmente desejam ver remediados os abusos de sua pátria, antes se sugeitaraõ aos males presentes do que se arriscarão ao máximo dos males, que he a dissolução do Governo. Assim devemos agradecer aos demagogos de Pernambuco, o necessário retardamento, em muitos pontos, na melhoria política da pátria; porque até o mesmo nome de reforma será por muito tempo odioso. Se o povo porem, como nos julgamos, deve tirar deste acontecimento uma liçaõ útil, para conhecer que as revoluçoens naõ saõ o meio de melhoramento da naçaõ ; também esperamos, por outra parte, que o Governo se aproveite do que succedeo em Pernambuco, para olhar com differentes vistas, para as causas remotas das revoluçoens. Naõ basta dizer que o Governo tem forças bastantes, e energia bastante, como sem duvida se mostrou nesta occasiaõ, para submetter e castigar as rebelioens; porque estas saõ sempre um mal muito considerável, ainda quando supprimidas: e portanto o remédio próprio, e necessário, he mostrar o Governo sempre um desejo de melhoramentos progressivos, com o que, ainda quando se naõ realizem sempre, se conserva a massa geral do povo, e os komens bons e espirituosos da naçaõ, consolados pelas esperanças de futuros mais prósperos. Quanto ás conspiraçoens (que distinguimos das rebelioens ou insurreiçoens, por constarem estas de uma combinação de poucos indivíduos, sem fundamento em desgosto do povo) nunca saõ os  terríveis ao Governo, porque nestas sempre a opinião da naçaõ vai em apoio da authoridade legitima. Agora he preciso dizermos alguma cousa sobre o Investigador No. 73; que achou um pontinho por onde se vingar do que nos lhe attribuimos, de fallar contra a guerra do Rio-da-Prata para a fazer impopular; e pegou-se a uma passagem do nosso N***. de Maio, p. 558., aonde dissemos " que os abusos ali mencionados eram causa de se aborrecer o Governo." E daqui conclue, (p. 131) que o nosso artigo he " uma satyra directa do Governo do Brazil, e uma apologia mui clara, naõ só da revolução de Pernambuco mas de todas as revoluçoens."
Fig. 06 –  A capitania da Paraíba forneceu o jovem mártir José PEREGRINO XAVIER de CARVALHO que aso 19  anos teve as  mãos amputadas, em vida, e depois foi enforcado em Recife.  O estado republicano da Paraíba rendeu-lhe homenagem em 1917 e mandou pintar um quadro que colocou com honra no Palácio da Redenção  na atual capital do Estado
Antônio  PARREIRAS (1860-1937) “JOSE PEREGRINO de CARVALHO JURA FIDELIDADE à REVOLUÇAO” Tela 1918 209 x 400 cm – Palácio da Redenção – JOÂO PESSOA PB
José PEREGRINO de CARVALHO  jura  ao seu pai que não abandonará a Revolução
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Não nos enfadamos porque faça o seu officio, e se aproveite destas passagens destacadas para nos combater ; principalmente, quando o faz com decência; pois este artigo contra nós, já naõ vem com a regateirisse Funchalense; e com tudo convém responder-lhe aposite. Que ha abusos do Governo, e principalmente na forma da Administração publica do Brazil, temos asseverado, e asseveramos ainda; naõ obstante a lista de benefícios que alega o Investigador. Nisto concorda aquelle Jornal também; porque a p. 131, em que assim nos ataca, diz elle isto :— " Naõ duvidamos de que ainda ali se precisam muitas reformas, tanto na parte da legislação, como na parte administrativa; e que as leys, que govenaram o Brazil como colônia, e paiz despovoado, naõ o podem Ja governar como reyno, e paiz que diariamente cresce em povoaçaÕ e em riqueza: desta nossa opinião saõ provas os diversos artigos, que a este respeito se acham no Investigador Portuguez." Estas tem sido e saõ as opinioens do Correio Braziliense; e único ponto porque combatemos a Administração : e, se he satyra ao Governo, o nós asseverarmos isto; porque o naõ será também no Investigador? Agora, pois, que vamos conformes quanto ao mal, a accusaçaÕ só pôde recahir quanto ao remédio proposto; e perguntamos; ¿ Aonde, e em que parte deste Jornal s& recommendou ja mais uma revolução como remédio próprio aos abusos, que desejamos reformados? Nisto estamos tam firmes, que só a cavilaçaõ pode torcer as nossas expressoens*. e disso naõ esta livre, nem aBibliaquando he commetvtada por pessoas, que a querem applicar a seus sinistros fins. O Investigador achou, que tinha grande partido em atacarnos, pegando-se ao que nós dissemos, sobre o descontentamento dos homens bons e espirituosos da Naçaõ. He claro, que esta he a classe de gente, a quem o Governo deve convencer das suas boas intençoens no melhoramento das cousas publicas; porque a classe ignorante vai com a torrente; e a outra classe dos empregados, e parasitas do Governo, ou egohas, naõ fazem caso nenhum da utilidade o-v bem geral: com tanto que recebam seus ordenados, e comam e bebam descançados, tudo o mais he indifferente; e os que estaõ em poder ou authoridade, logo que se lhes falia em reforma, temem que se lhes tirem as commodidades, em que sévam a sua priguiça, e por isso chamam a toda a reforma revolução, e a toda a demonstração de abusos Jacobinismo .* e os que, por espírito de patriotismo, apontam esses males, saõ denunciados como perturbadores do socego publico; porque perturbam a fruição dos mal ganhados prazeres desses egoístas.

Assim recommendamos ao Investigador, que mude de rumo, quando escrever contra nós, naõ produzindo accusaçoens de que naõ tem prova; e que talvez fossem sugeridas por algum sequaz de Napoleaõ, que sabemos assiste ao contovêlo de pessoas, cuja graduação devia servir de escudo, contra a intrusão de taes conselheiros; que para mostrar o pé de cabra, como os rapazes dizem do demo, acabou o artigo, a p. 132, com a fraze Bonapartista "Tudo a favor do povo nada pelo povo." Esta máxima posto que verdadeira, e que he a nossa, assim como de todos os homens cordatos, seria exprimida por outros termos, e naõ nas palavras de Bonaparte, se naõ fosse dictada pelo co

nselheiro a que aludimos.
REVOLUÇÂO de PERNAMBUCO de 1817
Fig. 07 –  O breve período de independência regime colonial teve variadas durações em cada uma das três capitanias que aderiram ao movimento de autonomia da pesada máquina militar  da dominação monocrática  lusitana  Como capitanias  a maquina militar ocupava todo o espaço do  poder civil e fez valer a sua força e truculência. Quem agradecia e subvencionava esta  máquina militar eram os negociantes de Portugal como fica claro no texto que se segue

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Contribuição dos Negociantes de Portugal, para o armamento contra Pernambuco.

Além da portaria dos Governadores do Reyno; que publicamos a p. 5; recebemos também uma copia da circular expedida aos negociantes de Lisboa, pela Juncta do Commercio; pedindo-lhe uma contribuição, para aprestar o armamento destinado a obrar contra os Insurgentes de Pernambuco. A presteza dos Governadores, em dar algumas providencias, a esle respeito, como foi fazer sair a íragata Pérola para bloquear Pernambuco, e dar ao commandante uma proclamaçaõ, que copiamos a p. 7; para a dirigir aos paizes revoltados, he mui digna de louvor; assim como o he também a promptidaõ, com que muitos particulares se offerecêram a prestar o auxilio que podiam. E com tudo, alguma cousa se nos offèrece a dizer a este assumpto, que naõ pôde ter lugar neste N°. por nos chegarem estes documentos demasiado tarde, mas tomaremos oceasiaõ de o fazermos no Nº. seguinte. He verdade que com as agoas passadas naõ móe o moinho; porém dos factos passados aprende o prudente a tirar experiência para o futuro.
Fig. 08 –  Os descontentamentos, as sedições e as revoltas públicas  não se restringia ao âmbito da longínqua  capitania de Pernambuco fazendo e reagindo à dominação monocrática  lusitana. A população metrópole de Portugal começou a entender a  se movimentar fornecendo índices alarmantes deste descontentamento. Assim surgiram em Lisboa e no Porto movimentos que teriam respostas fáceis entre populares esmagados pela maquina militar controlada pelo britânico Lord BERESFORD e desproporcional ao poder civil que legalmente não tinha o menor meio de expressão

Conjuração em Portugal.

A p 4 copiamos um artigo, publicado pelos Governadores de Portugal, na Gazeta de Lisboa, sobre a conspiração, que se diz ter sido ali descuberta. O Governo assevera naquelle artigo, que está procedendo com toda a legalidade na investigação do crime; e no entanto começa por prejudicar a causa dos prezos, declarando d' ante maõ que a existência da conjuração está provada; e nomeando uma commissaÕ de Juizes seus, que haõ de ser premiado» se condenarem os réos. Se tal modo de proceder he conforme aos procedimentos legaes desejávamos ver citadas a leys, por que he permittido ao Governo declarar culpado a réo algum, antes de se lhe fazer o processo. Que «os digam qual he a ley do código Portuguez, ou de qualquer outra naçaõ civilizada, aonde se permitta declarar, por authoridade do Governo, que os denunciados por qualquer crime, saõ com efleito culpados, antes de serem ouvidos em sua defeza. A razaõ natural mostra, que uma asseveração da existência do crime, pela authoridade do Governo, deve prejudicar a mente dos juizes, ainda imparciaes, que houverem depois de julgar a causa de taes reos. Mas quanto á imparcialidade de juizes, que saõ nomeados pela parte offendida, que he o Governo, e o qual tem o poder de os premiar, se a sentença for dada conforme as suas vistas; he fora de toda a experiência humana esperar imparcialidade, em taes circumstancias.
Fig. 09 –  O regime lusitano começou a providenciar SOPA PARA OS POBRES em LISBOA  para encobrir com migalhas os potenciais  descontentamentos, as sedições e as revoltas da “VOZ PÙBLICA”.   Esta ação era a reedição da velha estratégia romana improvisada do “PÃO e CIRCO”. O “CIRCO” i ficava na conta da  maquina militar controlada pelo britânico Lord BERESFORD - o Marechal General  de Portugal - que reagia com execuções sumárias e publicas dos lideres para intimidar qualquer veleidade de manifestação da população metrópole especialmente em Lisboa e no Porto


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Se a vóz publica, em Lisboa, merece algum credito, os presos, nesta occasiaõ, saõ pessoas desaffcictas ao Marechal General, o qual também se diz fora o que descubríra a conjuração. Nos dissemos ja em outra occasiaõ que, naõ obstante os grandes serviços que Lord Beresford tinha feito a Portugal, na organização de seu exercito, o grande poder e influencia, que elle obteve, quando foi ao Rio-de-Janeiro, éra bastante causa para produzir desgosto» até aos mesmos Governadores do Reyno, cujo partido tomamos nessa occasiaõ, contra o Marechal. He possível pois em taes circumstancias, que alguns officiaes Portuguezes se mostrassem ciosos, contra esta demasiada authoridade, concedida a um official estrangeiro, e da qual nunca gozou, nem mesmo o Duque de Alafoens, quando foi Marechal General juncto á Real Pessoa, a pezar de ser o Duque parente d' El Rey. He também possível, que esses officiaes prezos nesta occasiaõ elevassem o seu ciúme daquelle official estrangeiro até algum ponto imprudente, e talvez altamente criminoso; porém quando dessa indisposição contra o Marechal se argumenta para deslealdade contra El Rey, achamos que he um passo de tal distancia, que julgamos a differença infinita; e parece-nos que para acreditar que a conjuração existisse em toda a extençaõ, que o Gavcrno Portuguez indica, convém esperar por provas ulteriores. No entanto, para se radicar no publico este prejuízo contra os prezos, valeram-se também da capa da Religião, e o Principal Sousa, que he um dos Governadores, juncto com os mais Principaes da Patriarchal, imprimiram o papel, que copiamos a p, 65; mandando celebrar Te Deum em acçaõ de graças, pela Descuberla de tam horrorosa conjuração; sem que os taes Principaes digam, porque authoridade sabem, que a conjuração tinha essa horrorosa exlençaõ de vistas malignas que se lhe attribuem. A decência pedia, que esperassem, ao menos, que se lhe commuuicasse o fado depois das sentenças; porém elles julgaram essencial naõ perder a occasiaõ deste episódio. Nós também nos uaõ teríamos alargado tanto em expor as nossas observaçoens, antes de ver o desfecho do enredo, se naõ fosse o considerarmos, que, como o nosso Periódico ja naõ pode ser lido em Portugal, em conseqüência da recente prohibiçaõ, naõ pôde também o que nós dizemos embaraçar de forma alguma, naquelle paiz, os procedimentos do Governo, nem prejudicar a opinião do publico; ao mesmo tempo que as nossas conjecturas podem divertir os nossos Leytores em Inglaterra, que pela distancia em que se acham do lugar da scena, sem duvida gostarão de ouvir a nossa opinião nesta matéria.
Fig. 10 –  No Congresso de Viena de 1814 o regime colonial lusitano aceitou a sugestão Charles Maurice de TALLEYRAND-PERIGORD  (1754-1838)[1] - o ministro plenipotenciário de Napoleão Bonaparte e depois, em 1817 com mesmo cargo na corte dos reis Bourbons da França -  de elevar o Brasil ao “estatuto de REINO UNIDO”[2] . A corte lusitana, refugiada do Rio de Janeiro tratou de colocar a ideia no mundo empírico sem confessar a origem da sugestão O resultado visível para a população foi o escudo (logo) que fazia propaganda, de fato, da longa tradição monocrática, centralizadora e expansionista da corte lusitana metropolitana .
Escudo de Armas do Brasil.

A o. 11 copiamos a ley, pela qual S. M. concede ao Reyno do Brazil um Escudo d' Armas, e as manda encorporar nas do Reyno Unido. Isto he conseqüência necessária, de se ter mudado a denominação do Brazil, de Estado, como d' antes se chamava, para Reyno, como agora se denomina. A escolha de uma esphera para armas do Brazil, julgamos ser feita em allusaõ a El Rey D. Manuel, em cujo reynado foi descoberto o Brazil, e se espalharam, por distantes partes do globo as armas Portuguezas.
Segue mais uma das defesas da interiorização geográfica da capital do Brasil empreendida pelo Correio Braziliense. As capitais litorâneas estavam expostos a investidas marítimas com recursos bélicos cada vez mais a poderosas, experientes e temerárias. De outra parte o ESTADO CENTRALISTA e MONOCRÁTICO seria obrigado a estar presente no interior remoto e desconhecido evitando os seus fraccionamento..
Fig. 11 –  A maioria e os maiores  centros urbanos brasileiros - que se fundaram, e desenvolveram e povoaram  ao longo do três século do regime colonial - estavam perigosamente expostos a investidas marítimas com armas e naus cada vez mais poderosas das máquinas militares industriais  e diante dos quais o rosário das frágeis e antiquadas fortalezas coloniais lusitanas nada podiam fazer. Assim era prudente recuar para o interior e para o coração do Brasil. Diante deste argumento o Correio Braziliense voltava a carga em julho de 1817.De outra parte seria uma forma de manter a posse e a unidade deste continente brasileiro que era três vezes maior do que o Império Romano no seu apogeu geográfico

Melhoramentos no Brasil.
A p. 76 adiará o Leytor algumas importantes providencias sobre estradas no Brazil. O que diz respeito á commnnicaçaô da capitania das Minas, pelas campinas do Rio-Doce, cora a Capitania de Espírito Sancto, he matéria de grande importância; e que nos dá grande prazer, pela coincidência que isso tem com as nossas ideas. Sempre temos julgado que a capital do Brazil, em vez de ser uma cidade marítima devia ser no interior; e em outros Nos. temos dado as nossas razoeus; porque julgamos, que as cabeceiras do Rio-Doce, ou iminediaçoeus ás do Rio-de-S. Francisco he o lugar mais conveniente para este fim. A abertura pois daquellas estradas, e consequente introducçaõ de população, mostrará cada dia mais a utilidade deste plano, e facilitará a sua execução.
Evidentemente a orquestração auto laudatória deste ESTADO CENTRALISTA e MONOCRÁTICO também construiu a narrativa gloriosa do “GRITO do IPIRANGA” entre tantas outras narrativas dos fatos. De outra parte esta narrativa unitária e laudatória da família real se manteve nos dois séculos subsequentes. Isto apesar do povo


Cristina Benevides e a VOZ do POVO

E é mas começou na Bahia, a luta. D PedroI gritou às margens do Ipiranga por que D. Joao VI recomendou para que o nome da família ficasse na história. Mas a luta pela Independência do Brasil começou antes para desembocar no 7 de setembro. Foram muitas mortes de brasileiros pela Independia do Brasil, D. Pedro II só fez aceitar por que teria guerra com brasileiros e de qualquer forma o nome da família real ficaria na história da independência do Brasil. .D. Pedro I não lutou por nada”.

Opinião de leitor do Jornal  A TARDE – SALVADOR  BAHIA  13:17:01 02-07-2017


O numero de julho de 1817 do Correio Braziliense é singular por evidenciar os desígnios do editor, dos seus leitores, dos interesses de um império lusitano único e sob a tutela ou firme aliança britânica cada vez mais onipresente. No aspecto técnico e econômico esta politica é um índice da emergente Era Industrial. Industria que exigia acumulo em pontos geográficos privilegiado para acumular e ter a mão gente (urbanização), de matérias primas, de técnicas e de capitais.
CIDADE de BANANAL Jean Baptiste DEBRET

Fig. 12 –  O viajante desavisado que percorresse o interior do Brasil, em julho de 1817, encontraria poucos índices que encorajasse uma sustentação adequada e eficaz da soberania do Brasil. Casas  diante das quais as atuais favelas e malocas são mansões indicavam uma população intencionalmente deprimida, analfabeta e entregue ao regime colonial.  Regime colonial que lhe proibia qualquer ostentação luxo ou cultura que não fosse filtrada pelo PODER CENTRAL e rigorosa e pontualmente controlada ao poder eclesiástico designado pelo trono. Isto somado  à população escrava normalmente em maior número do que a população liberta


FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS



BRASIL REINO UNIDO






CAIS do VALONGO: candidato a PATRIMÔNIO da HUMANIDADE




Charles Maurice de TALLEYRAND-PERIGORD


CONGRESSO de VIENA




CORREIO BRAZILIENSE de JULHO de 1817 em


DECRETO Dom JOÃO VI




Distribuição da Sopa em Lisboa




O desastrado tratado de Londres de 28.07.1817





ILHA de SANTA  HELENA




John CONSTABLE (1776-1838)




Lei do dia 16 de dezembro de 1815 que eleva o Brasil a Reino Unido




LORD BERESFORD e a CONSPIRAÇÂO de 1817 em PORTUGAL







RECIFE 1819




REVOLUÇÂO de 1817 em PERNAMBUCO


REVOLUÇÂO de 1817 na  PARAIBA


NÃO FOI NO GRITO nº 151 -


NÃO FOI no GRITO nº 152 –

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