quinta-feira, 18 de setembro de 2014

104 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
                          VOLTA à ORDEM e à UNIDADE RETÓRICA.

Os vencedores de Napoleão e do seu Império tentavam construir entre eles, em 1814/5, no Congresso de Viena, uma unidade parecida com o aquela a quem eles estavam derrotando. Por mais que Napoleão Bonaparte e os franceses - saidos da Revolução de 1789 - pudessem ter errado e serem criticados, não era possível ignorar a formidável e temida unidade que alcançaram. Tanto a Revolução como Império conseguiram unir o povo, a nação francesa ao redor do seu Estado.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html#f3001_amp.html
Fig.01. O povo aglomerado em Lisboa no aguardo do retorno do Rei Dom João VI do Brasil. O Poder Originário lusitano sentia-se - e se comportava - na mais absoluta heteronomia dos aparelhos reais monocratcos e divinos. O Poder Originário lusitano, mormente o metropolitano, nunca tivera ocasião de manifestar-se de forma legal, política, militar e econõmicamente. O que resultou apenas num aglomerado de uma população desorientada e impotente para criar e desenvolver um projeto coletivo e consequente.

Com praticamente dois governos - um na América e outro na Europa – e ambos podia ser vista a mesma busca de unidade e o retornoa às velhas tradições no fragmentado reino português. Na busca desta unidade lusitana nada mais lógico do que Lisboa pedir o retorno do rei e da sua corte onde sempre estivera. Na mente subliminar dos lisboetas estava o seu antigo prestígio e o tradicional poder político metropolitano.
Porém este projeto era passivo e especulativo na mesma calha sentimental do sonhado retorno Dom Sebastião. Este sebastianismo lusitano pode ser comparado com o que brasileiro, da metade do ano de 2014, quando multidões foram as ruas e se dispersaram tão rápidamente como se dissipiram os seus projetos pontuais. Evidente que nem Portugal, em setembro de1814, como o Brasil de 2014 podiam, ou podem, ostentar um pacto nacional digno deste nome. Pacto nascido, desenvolvido e reproduzido, nestas duas nações, a partir do ideário, da vontade e do sentimento do seu próprio PODER ORIGINÁRIO.
SWEBACH Jacques-Franços (1769-18230 - Conserto da carruagem - 1802- desenho 27.3X40.6 cm.
Fig.02. Uma viagem interrompida no início do século XIX. Os frágeis fiacres e as diligẽncias artesanais rodavam lenta e penosamente por precárias estradas da época. No entanto o “GRAND TOUR du MONDE” era obrigatório,pois estes mesmos veículos artesanais - de tração animal - traziam jornais, livros e produtos das primitivas máquinas industriais

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.402-410

Vinda da Familia Real para Portugal.
Nós ja fallamos mais de uma vez nesta matéria, para dizermos que a S. A. R. e ao seu Conselho, isto he, lá aos Portuguezes uns com outros pertence examinar, e decidir, qual he o tempo opportuno de voltar a Corte do Rio-de-Janeiro para Lisboa.
Agora temos de tornar a tocar neste ponto; actualmente vai sahir uma esquadra, debaixo das ordens do Almirante Beresford, para comboiar, como dizem as gazetas de Londres, o Principe Regente de Portugal para Lisboa; por elle assim o ter pedido
.
Fig.03. No Brasil o viajante que se quisesse aprofundar no seu território, em setembro de 1814, dispunha de cavalos e de mulas para percorrer as precárias e indefinidas trilhas. As carros e carroças de bois eram semelhantes aqueles da ṕoca da ocupação Romana da Lusitãnia. porém sem as vias calçadas e as pontes destescontrutors antigos.

Este por elle assim o ter pedido, he o que nos faz tornar a entrar na matéria. Nós estamos convencidos, que S. A. R. naõ pedio tal cousa; primeiro; porque tal comboy estrangeiro naõ preciza para sua mudança; e segundo porque naõ he este o tempo de voltar n Corte do Rio-de-Janeiro para Lisboa. Donde concluímos, que a persuasão em que diz o Governo Inglez estar, de que S. A. R. Lhe mandou pedir este comboy, e que por isso se prestaram logo ao seu desejo; naõ pôde deixar de ser uma refinada intriga, ou de algum indivíduo do Rio-de-Janeiro, que para câ o mandou dizer ao Governo Inglez; ou de alguém aqui em Londres que assim o communicou; em qualquer dos casos vale bem a pena de indagar aonde começou o enredo, e sendo descuberto o inventor., dar-lhe S. A. R. os devidos agradecimentos.
Fig.04. A melhor obra dos 13 anos da permanência da corte de Dom João VI no Brasil foi a constituição de instituições e a formação deuma elite administrativa como o das Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro. Por mais precária fosse o ambiente e primária, esta formação foi a semente para a formação de uma burocrcia estatal brasileira para assumir os primórdios da soberania brasileira.

Havendo o Governo Inglez recebido communicaçaõ do que S. A. R., o Principe Regente de Portugal, queria voltar com toda a Familia Real do Rio-de-Janeiro para Lisboa, e que desejava uma esquadra para seu Comboy, he mui digno de louvor no Governo Inglez, o prestar-se logo ás vistas de S. A. R.; mas sendo isto uma patranha, e pura intriga, por melhor que sejam as suas intençoens, a culpa he de quem o enganou; e por conseqüência tal esquadra sa naõ devia mandar ao Brazil; e ja que se manda S. A. R. naõ deve aceitar os seus serviços, e antes deliberar por si o que melhor lhe convier, e naõ se importar com o incommodo de Ia o irem buscar; porque desse incommodo naõ tem culpa S. A. R. mas sim os que levantaram de sua cabeça aquelle falso peditorio.
Fig.05. A semente trazida por Dom João vingou no Rio de Janeiro. Vingou por mais que os próprios habitantes achassem que a cidade havia sido estetizado para “Inglês Ver” e acolher temporáriamente uma requintada e snobe corte europeia no Brasil. As carros e carroças de bois contrastavam com os raros fiacres de burocratas e com ascadeirinhasdos nobres carreagadas por escravos.
A razaõ mais forte que se tem dado por que S. A. R. deva vir neste momento para Lisboa, he que a distancia do Rio-de-Janeiro, o estabelicimento de dous Governos um na Europa outro na America, que mutuamente se desculpam um com outro, fazem com que as Potências estrangeiras tenham grande difficuldade em arranjar os seus negócios com a corta do Brazil, e assim lhes fica mais commodoo, que o Príncipe resida em Lisboa.

          Visto de setembro de 2014, a ausencia de do Rei de Lisboa e da Europpa foi umaestratǵia que no fim nã só beneficiou a casa real, mas também manteve Portugal soberano e distante de qualquer resolução afoita e a revelia do poder lusitano que os plenipotenciários vitoriosos tomariam no Congresso de Viena.

Fig.06. A manutenção da moeda nacional e da coroa em mãos lusitanas certamente são feitos que devem ser atribuídos à corte de Dom João sediada no Rio de Janeiro. Apesar do seu valor simbólico e pouco efetivo fora das fronteiras significava muito diante das devastações,mudanças de hábitos e mentalidadevigentes em outras nações, governos e estados em turbulentamudança nem sempre para melhor
Com o devido respeito a todos esses Senhores, que tem atirado a« Mundo com essas razoens, para provar, que o Principe Regente deve vir para Lisboa, he nellas que nos fundamentaríamos para dizer que S. A. R. naõ devia sahir agora do Brazil; porque este argumento da utilidade das Potências Estrangeiras reduz-se por outras palavras a está summa; que no Brazil, porque está longe, e porque está mais senhor de si, naõ o podem obrigar a fazer tudo quanto querem; e se estiver em Liboa a liga Continental por terra, e a força naval por mar, tem no apertado entre a bigorna e o martello, por tal maneira, que naõ pôde ter vontade sua. Logo essa he a mais importante razaõ para que elle naõ venha para a Europa, sem que uma pacificação geral, e tractados solidos, o ponham a abrigo desses vexames.
O redator do Correio Braziliense havia estagiado nos Estados Unidos da América antes dese dirigir para Londres. Os ingleses estavam, em setembro de 1814, no rescaldo de sua ativa Guerra com os yankes. Estes com os vínculos hitóricos com as ideias, tratados e suas ações com os franceses, também eram uma esperança para o Brasil para não ficar na constrangera heteronomia econônica, militar e marítima em que os lusitanos dependiam visceralmente da Grã-Bretanha.
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford
Fig.07. Por mais que a coroa de Dom João e sua corte sediada no Rio de Janeiro devessem a ao irlandes Lord Beresford – a serviçõ das milicias ingleses opeando em terras lusitanas- não era pssivel atender questões políticasque implicavam na soberania do Estdo e do seu ocupnte máximo . A s pretensões deste irlandẽs poder serem vistas e percebidas como os movimentos de um EU romântico embrionário diante de instituições abalandas pela mentalida empreendera da nova era industrial provocando mudanças e terremotos que atingiam Estados, governos e hábitos seculares de servidão.

Vistas estas consideraçoens, taõ ponderosas, julgamos que S. A. R. naõ podia pedirão Governo luglez; que o mandasse buscar; e porque no seu Decreto de 26 de Novembro de 1807 declarou, que se conservaria no Brazil, para segurança de sua pessoa, até a paz geral. Esta paz geral naõ está feita; naõ só porque os negócios do Continente estaõ por arranjar no futuro Congresso de Vienna; mas porque a continuaçaõ da guerra dos Estados Uniidos com a Inglaterra naõ promette um existo feliz e prompto; e como esta guerra interessa muitíssimo por suas conseqüências á Corte do Brazil, com summa justiça deve S. A. R. esperar a sua determinação, para ver entaõ o que deve obrar, e decidir-se pelo que achar que for mais conveniente a seus Estados e subditos, como he de razaõ.

Commercio livre do Brazil.
Logo que se soube no Rio de-Janeiro, a noticia da paz geral, mandou S. A. R. publicar editacs, pelos quaes se concedia a todas as naçoens o commerciarem com os portos do Brazil. Sentimos qne nos naõ teunha chegado á maõ copia deste Edital, e logo que aobtenhamos o publicaremos, por ser como he um documento mui nteressante na historia do Brazil.
 http://linux.an.gov.br/mapa/?p=6350
Fig.08. A Aula de Real de Comércio do Rio de Janeiro foi outra instituição dos 13 anos da permanência da corte de Dom João VI para a formação da elite administrativa do Brasil soberano. Esta área de conhecimento comercial, associada às Ciência Juridicas , formou uma burocrcia estatal brasileira que assumio os primórdios da soberania brasileira.
O sistema colonial e escravocrata - no qual o Brasil vegetou durante tres longos e penossos séculos - tinha os seus beneficiários e aproveitadores contumases. Estes não tardaram em tomar os meios para inibir qualquer ameaça de mudança nos seus privilágio e favores.

Aconteceo a este respeito uma singular anecdota no Rio-de-Janeiro. Na manhã seguinte á em que se affixáram os Edictaes, se observou que tinham sido arrancados todos, e foi precizo que a Juncta do Commercio mandasse fazer nova ediçaõ e distribuir copias por todas as pessoas. Seria temeridade arriscar conjecturas sobre os authores deste accontecimento ,- mas elle prova, que ha no Brazil, e juncto á Corte, pessoas inimigas da prosperidade do paiz. Este facto lhes fará mais mal, do que elles julgavam obter de bem, arrancando os Editaes; ainda sem fallar no crime, e atrevimento da acçaõ.

Congresso geral de Paz.
O ajunctamento dos Plenipotenciarios em Vienna parece que terá lugar nos princípios de Outubro. As especulaçoeos e conjecturas a este respeito saõ immensas ; e entre outros objectos, que ali se discutirão dever ser a reorganização do Império Germânico.

Na Alemanha estava brotando, em setembro de 1814, um projeto que viria tomar corpo efetivo em 1870 com Bismark. 

Na Alemanha, corre por todas as Cortes uma projecto, que dizem será submeltido ao Congresso. Segundo este projecto, se fará uma assemblea geral de Deputados da Alemanha, que terá de estabelcer 1. O armamento e exercicio geral do paiz; e a perpetua paz entre todos os povos da Alemanha, e a obrigação de fazer a guerra em commum. 2. Um systema geral de impostos. 3. Um systema geral de administração de justiça. 4. Regulamentos geraes de Commercio entre os Alemaens. 5. O estabelicimento de um tribunal perpetuo, a que todos os príncipes Alemaens tenham direito de ser nomeados, aonde se decidam as duvidas, e que cuide na observância destes regulamentos.
http://www.editorawerlang.com.br/diekoloniesantoangelozeitung0016.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Germ%C3%A2
nica
Fig.09. A gradativa passagem do sistema feudal, a libertação da servidão e o pagamento diferenciados de tributos ganhou visibilidade, na Alemanha, no final do periodo napoleônico e se consumoupoíticamente com o prussiano Bismark. No Brasil entreos emigrantes, desta região, estas diferenças, os conflitos e concorrências foram sendo sentidas mesmo após atrevessaro Atlântico. Bávaros, pomeranos e do Hunsrück tinha superar imensa barrreiras cuturais, sociais e especialmente religiosas.

Na contramão havia obstáculos de toda ordem para superer diferenças, mesquinharias e antigas obseções que não se sutentavam mais aluz da mais elementra Razão e da Lógica.

Alguém supporia, que, havendo-se firmado a liberdade politica da Europa, pela destruição do poder que perturbara todas as relaçoens externas dos Estados, cada um dos Governos, livres dos sustos de attaques externos, se applicaria ao melhoramento de suas leys, ao progresso das sciencias e das artes, que servem á maior felicidade dos homens; e à formação do character dos cidadãos, em conseqüência do actual estado de civilização da Europa.
Nestas matérias porém ninguém falia ! a possessão da Polônia, adistribuição da Itália, a acquisiçaõ dos paizes baixos, a subjugaçaõ da Norwega, &c. &c. oecupam os pensamentos dos que tem influencia nos negócios públicos, depois da queda de Bonaparte.
0 restabelicimento dos Jezuitas, da Inquisição, dos monopóliosda Hespanha, &c. &c. provam bem que ha muito quem desejevoltar aos abusos antigos • e largar por maõ todos os melhora-mentos que se tem introduzido de novo ; porém o seguinte põem isto fora de duvida. El Rey de Sardenha naõ quer que se continue a practica da vaccina; em seus dominioos; porque foi introduzida por um Francez; e determinou mais, que nunca passaria por uma ponte, que foi construída por ordem de Bonaparte!

http://www.guiadacidade.pt/pt/destino/poigf/24518
Fig.10. O governo português ergeu um monumento cem anos após os eventos da epopeia da resistẽncia lusitana aos ataques das legiões napoleônica sob a égide da sua águia. Obra iniciada sob o governo do rei Dom Manuel II, em 15 de setembro de1906, com projeto de José de Almeida Ferreira e do arquiteto Francisco de Almeida Ferreira e concuido, em 1933, no mandato (1932-1968) de Antônio de Oliveira Salazar (1889-1970) e nos primórdiod do Estado Novo de Portugal (1933-1974)  

PORTUGAL.
Concluída gloriosamente a guerra, entraram as tropas Portu- guezas no Reyno, e as que chegaram a Lisboa no dia 15 de Agosto, foram recebidas com os mais decididos, e bem merecidos applausos dé todo o povo, havendo illuminaçaõ, e outros festejos.
Nada ha mais próprio do que recompensar com estes louvores públicos; os serviços assignalados dos defensores da P á t r i a; e este exercito os tem altamente merecido. Mas naõ podemos deixar de reparar, que o seu commandante em chefe, o official que organizou este exercito, o general que o disciplinou, e preparou para as victorias que alcançaram naõ fosse mencionado senaõ com duas linhas na gazeta de Lisboa, dizendo-se unicamente, que tinha ali chegado de Inglaterra o Marechal Lord Beresford.
Quando comparamos a sequidaõ deste annuncio, com os pomposos elogios, que se fizeram na gazeta de Lisboa, aos Fidalgos, que foram na Deputaçaõ a França pedir um rey para Portugal, entrando estes deputados no reyno, em circumstancias, que em vez de terem louvres deveriam passar por uma justificação de seu character; naõ podemos deixar de contemplar nisto uma parcialidade no Governo de Lisboa, que deslustra muito o seu nome. Se attribuimos isto ao Governo, e naõ ao Gazeteiro, he pela bem conhecida razaõ de que a gazeta naõ publica senaõ o que o Governo lhe manda imprimir.


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Fig.11. O monumento dedicado aqueles qur resistiram às legiões napoleônicas segue as tendẽncias estilísticasda Art Nouveau. Obra iniciada 1906 e concuida, em 1933 no início do Estado Novo de Portugal. Ìndice da retórica e da busca de um mito nacional em momentos de declinio e de ocaso. Neste sentido comunga com a retórica do “Grito do Ipiranga” também concebido na hora do ocaso do Regime Imperial brasileiro. As duas obras contradizem as ações silenciosas e consequentes do Poder Originário lusitano e brasileiro e nada tem a ver com os gritos e o tumulto laudatórias e mitificadores dasobras concebidas pelas elites da “Belle Epoque”

Os que foram em Deputaçaõ á França, pedir um rey, se o fizessem de boa vontade, tinham comettido um crime de Alta Traição; estamos inclinados a suppor, que o fizeram contra sua vontade, e que portanto o constrangimento, sendo provado, os aliviaria da pena; mas as apparencias do crime, principalmente em matéria de tanta importância, requerem a justificação judicial, para satisfacçaõ da jus- tiça, e exemplo dos povos. Construir isto em patriotismo, e tirar daqui occasiaõ para elogios na gazeta da Corte á entrada destes indivíduos no Reyno, fica sendo tanto mais escandaloso, quanto he sensível o contraste a respeito do Marechal dos Exércitos.
Os serviços de Lord Beresford saõ evidentes, e taõ públicos como os do Exercito. Era portanto natural que se esperasse, que a sua entrada em Lisboa fosse annunciada na gazeta com expressoens de triumpho; que um jantar publico dos Governadores do Reyno, ou festins de alguma sorte, marcassem sem equivoco, que o Governo sabia apreciar os cuidados que este general tinha tido na organização, disciplina, e commando das victoriosas tropas Portuguezas.Mas por toda a demonstração de agradecimento se acha o simples annuncio dé que chegou a Lisboa. Os Governadores deveriam nisto imitar a seu Soberano, que pelas honrosas distincçoens, com que tem premiado Lord Beresford, tem mostrado a seus vassallos, que os serviços deste official saõ dignos de grande attençaõ.
D. José luiz de Sousa teve a sua primeira audiência publica d' El Rey de Hespanha como Ministro Plenipotenciario do Portugal, aos 25 de Agosto.
Por um annuncio da gazeta de Lisboa, vemos, que se recebeo uma remessa do Brazil, applicavel á redempçaõ dos captivos d'Argel. A primeira ainda está no escuro; e o publico senaõ esquecerá do que temos dicto a este respeito.
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Fig.12. Cem anos após a epopeia da resitẽncia lusitana o governo português começou a erguer este monumento dedicado aos que resistiram aos ataques das legiões napoleônicas. As figuras desta obra mitificam o Poder Originário lusitano e que nada tem a ver com os gritos e o tumulto laudatórias e mitificadores desta obra concebida sob o governo do rei Dom Manuel II econcuida nos primórdios do Estado Novo de Portugal (1933-1974).

No resumo pode-se perceber um mundo em cacos em setembro de1814, e que nele o EU romântico estava despertando dos torpores do sono da Razão, do Iluminismo e dos ideais platônicos.
Em setembro de 2014 percebe-se a vigência prática, no mundo contemporaâneo, de uma Terceira Guerra Mundial em cacos, aos solavancos e numa barbárie sem limites. Caos que contradiz um projeto e um pacto consequente e como resultado de uma ordem previsível ou progresso linear e universal. De fato o mundo está intoxicado e poluido por ideias e ideologias que desconhecem as suas próprias competêncis e os seus próprios limites. Ideias e idelogias que possuem por objetivo apenas dar uma forma a alguns interesses parciais e pontuais conforme as circunstâncias e dos lugares nos quais nascem, vegetam e tentam se propapagar em redes mundiais.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
EDITAIS de 1814 da JUNTA do COMÉRCIO do RIO de JANEIRO
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=805&sid=98&tpl=printerview

SITUAÇÂO de LISBOA em 1814
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html#f3001_amp.html

FISCAIS e MEIRINHOS COLONIAIS: livro 1985-2010
http://linux.an.gov.br/mapa/?p=500

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

AULA de COMÈRCIO da CORTE
http://linux.an.gov.br/mapa/?p=6350

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

MONUMENTO à RISISTÊNCIA à INVASÃO FRANCESA em LISBOA
http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-monumento-aos-herois-da-guerra-peninsular-entrecampos-24518
http://www.guiadacidade.pt/pt/destino/poigf/24518

ZILLY Berthold “No princípio era a viagem” 2013
http://www.goethe.de/wis/bib/prj/hmb/the/159/pt11290513.htm

A ALEMANHA em 1814
http://www.editorawerlang.com.br/diekoloniesantoangelozeitung0016.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Germ%C3%A2nica


BERESFORD, William Car (1768 - 1854)
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford


Em setembro de 2014: A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL em PARTES
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/mundo-vive-terceira-guerra-mundial-em-partes-diz-o-papa-francisco.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/papa-diz-que-a-guerra-nao-e-o-meio-para-resolver-injusticas.htm

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