O GOVERNO e os seus SÓCIOS.
Fig. 01 – A nação brasileira possui, em fevereiro de
2018, diante dos seus olhos e suas
mentes aquilo que o Correio Braziliense de Fevereiro, de 1818, apontava como uma das causas da infelicidades
geral do GOVERNO que lhe imposto por pessoas que apenas visam a “POSSE de
CARGOS”. Os partidos que deveriam teoricamente PREPAR os seus integrantes
para EXERCER FUNÇÕES e SERVIÇOS PÚBLICOS de forma IMPESSOAL e se deter diante
dos LIMITES do EXECUTIVO, avançam no sinal e transformam este SERVIÇO PUBLICO
no FEUDO HEREDITÀRIO. Em FEVEREIRO de 2017 continuam as manobras dos SÓCIOS do
GOVERNO mais vivos e atuantes do que aqueles registrados, em FEVEREIRO de 1817, no CORREIO BRAZILIENSE “nomearam-se muitos homens ineptos, cujas pretensões a tais
empregos consistiam unicamente em pertencer aquele partido”.
“É da mesquinha sorte dos
Portugueses serem governados por um clube de Secretários de Estado, cujo fim é
fazer um partido de seus parentes e aderentes. Nenhum homem é empregado, que
não pertença á sua combinação, e nenhuma medida é aprovada, senão provém de sua
intervenção. Mesmo o que é sugerido por El Rey em pessoa não presta nem tem
merecimento, quando não vem por via do partido dominante,” (Correio Braziliense, fevereiro de
1818, p. 204.)
Os profundos hábitos
coloniais e servis geraram formas de
governo absolutamente coerente entre si tanto em fevereiro de 1818 como em
fevereiro de 2018[1].
O MEDO, a COBIÇA e o ARBÍTRIO manipulam as poções de TERROR, de PROMEÇAS VÂS e
a AMEAÇA de um FUTURO PIOR do que o PRESENTE.
“Procure,
pois, um príncipe, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre julgados
honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas
aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo; os poucos
não podem existir quando os muitos têm onde se apoiar” MAQUIAVEL - O PRINCIPE Cap XVIII[2].
Fig. 02– Sem GRITOS ou AVISOS, as serpentes atacam silenciosamente
na calada da noite e até imobilizar as suas vitimas pelo seu VENENO ou pelo seu ABRAÇO MORTAL Um REGIME MONOCRÁTICO
e HEREDITÀRIO é um NINHO de VÌBORAS . As SERPENTES NÂO CUIDAM da sua PROLE. Elas sabem do poder do seu VENENO. Além disto,
as VÌBORAS são altamente FÈRTEIS e
UNIVERSAIS. A metáfora da AÇÂO
SILENCIOSA, IMORAL e MORTAL da SERPENTE BÍBLICA no PARAISO é uma das suas
HABILIDADES para jogar TODOS na DESGRAÇA IRREMEDIÁVEL e PERPÈTUA, sem
oferecerem nenhuma CONTRAPARTIDA. .
Os
profundos hábitos servis e coloniais brasileiros são dissimulados pelo
populismo, pela aparência de um pertencimento vazio, de um presente tacanho e de uma História
dissimulada, reduzida e falsa. Hábitos que são constantemente reaquecidos,
cultivados e exibidos como o BEM, o BOM e VERDADEIRO possíveis. HÀBITOS e COMPORTAMENTOS
ESPERADOS e que MAQUIAVEL já descrevia (O
PRINCIPE Cap.
XXIV)[1] na época em que os portuguesa
tomavam a POSSE do Brasil
“os homens são levados muito mais pelas coisas
presentes do que pelas passadas e, quando nas presentes encontram o bem, ficam
satisfeitos e nada mais procuram”.
Nestas condições os que se apropriam e tomam POSSE dos
CARGOS PÚBLICOS LUSITANOS e BRASILEIROS comportam-se como perigosas e abjetas
SERPENTES. A sua tática e SURPREENDER as suas VITIMAS SEM GRITOS e ALARDES.
Depois tratam de subjugar fisicamente ou pelo veneno mais mortal no MAIOR
SILÊNCIO e dos quais as suas vítimas não podem escapar.
Fig. 03– O
personalismo administrativo era uma das características do REGIME MONOCRÁTICO e
HEREDITÀRIO. A FAMÍLIA do MONARCA cerca-se de apoiadores, de vassalos e súditos
absolutamente leais. Qualquer expressão infeliz, descuido ou falta de
devoção expressa e visível poderia ser julgado como CRIME LESA MAJESTADE e
PUNIDO com a MORTE. A ausência de PROVAS sempre seria a favor do MONARCA como
continua sendo em fevereiro de 2017 a favor da suspeita do JUIZ INQUISIDOR
CORREIO BRAZILIENSE DE FEVEREIRO de 1818.
Volume XX. Nº 117, pp, 204 - 207
Mîscellanea.
Reflexoens sobre as novidades
deste mez.
REVNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E
ALGARVES.
Despachos
no Rio-de-Janeiro.
Fig. 04 – O PALÁCIO REAL de SÃO CRISTÓVÃO era um
misto de CASA GRANDE COLONIAL com uma FORTALEZA . FORTALEZAS que protegiam o
LITORAL do BRASIL do NORTE ao SUL do BRASIL:.. Esta arquitetura é favorável
ao parentesco, compadrio e trocas de favores entre iguais O POVO passava ao
longe sem chance de ali penetrar a não ser para o TRABALHO BRAÇAL e SERVIÇAL ou de ESCRAVO rigidamente
domesticado.
Quando no nosso N°. passado dissemos
alguma cousa em louvor dos melhoramentos, que se haõ feito no Brazil, pelo
ministerio do Intendente Geral da Policia, tivemos um presentimento do que vemos
agora realizado, na communicaçaõ de nosso correspondente, que vai ao diante
publicada. He da mesquinha sorte dos Portuguezes serem governados por um club
de Secretarios de Estado, cujo fim he fazer um partido de seus parentes e
adherentes. Nenhuns homens saô empregados, que nao pertençam á sua combinacaõ,
e nenhumas medidas sao approvadas, senoõ provêm de sua intervençaõ' Mesmo o que
he suggerido por El Rey em pessoa nao presta nem tem merecimento, quando naô
vem por vîa do partido dorainante. Vemos isto exemplificado nos ultimos
despachos no Rio-de-Janeiro, como justamente observa o nosso conrespondente.
Nomeou El Rey os novos Secretarios d'Estado, e entre elles Joaô Gomes Bezerra ;
este, ja com os pés na sepultura, naõ quiz esperar que chegasse á Corte o
Secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros, Conde de Palmella, para encher
os lugares vagos de Diplomacia- Combinou-se com a Condessa de Linhares, e
empregou a todos, que tinham connexaõ com o partido dos Roevides, sem exceptuar
o mesmo Conde do Funchal, que foi mandado saîr dc Londres, pelo rigoroso Avizo,
que nesse tempo publicamos; e nomeáram-se para representar El Rey nas Côrtes
Estrangeiras muitos homens ineptos, cujas pretencoens a taes empregos consistiam
unicamente em pertencer áquelle partido; atando assim as maõs ao Ministro, que
ia occupar o lugar de Secretario d'Estado dos Negocios daquella reparticaõ.
Por outra parte o Intendente da
Policia, cujos serviços essenciaes, desde que a Familia Real passou para o
Brazil, saõ conspicuos e ficam provados pelos melhoramentos, que temos
annunciado, e os serviços de abrir novas estradas, pontes, fontes, &....caínda
fôra de sua reparticaõ, naô tem merecido até aqui premio algum. Este zêlo dos
Secretarios de Estado, ainda mesmo para com as medidas, que se originam era El
Rey, se naõ vem por meio do partido que governa, se mostra nas medidas do
Alvará de 15 de Septembro, e que publicamos no nosso N°. passado. Havia S. M. ,
com infinita gloria sua, suggerido a prommoçaõ do uso dos productos e
manufacturas de Portugal no Brazil, e mandou para isso publicar um alvará com
força de ley, aos 28 de Abril de 1809. Mas os Secretaríos, como isto naõ foi
medida sua, deixaram ficar a materia ein esquecimento, até que El Rey houve por
bem tornar a decretar isto de novo, e fazer expedir as cartas Regias, para soa execuçaõ,
que publicamos no principio do nosso N°. passado. A utilidade manifesta destas
boas intençoens d'El Rey naõ podia deixar de tocar a todo o mundo: assim
achamos, que o Juiz do Povo de Lisboa, mandando uma copia da Carta Regia å Casa
dos Vinte e Quatro, lhe annuncia, que pedira uma audiencia a S. M. para lhe
agradecer este favor; em nome do Povo de Portugal, — Assevera mais o dicto Juiz
do Povo, que El Rey, haveado-o recebido com a maior affabilidade, lhe prometteo
outras medidas de igual tendencia. Dizem-nos, que o actual, Secretario de
Estado dos Negocios do Reyno, no Rio-de-Janeiro, fora igualmente objecto e
victima do zêlo de seu predecessor, só porque tinha o ouvido d'El Rey. Dejamos
portanto, e esperamos de sua conhecida integridade, que elle, aprendendo pela
experiência propria, naõ faça parte de taes combinaçoens de Gabinete, que sendo
tam injuriosas a El Rey. saõ de manifesta ruina para os Povos.
Fig. 05– Uma das características do REGIME administrativo
MONOCRÁTICO e HEREDITÀRIO era o comportamento e o formalismo dos CORTESÕES presos
a RÍGIDAS ETIQUETAS e um FORMALISMO sem
FIM . Neste REGIME administrativo MONOCRÁTICO e HEREDITÀRIO era impossível
GOVERNAR sem estas EXPRESSÕES de PATERNALISMO, de APADRINHAMENTO e SUBMISSÂO
VISÍVEL da MENTE, da VONTADE e dos SENTIMENTOS mais INTIMOS..
Emprestimo á Fazenda Real, em
Lisboa.
Fig. 06 – Em fevereiro de 1817 a MONETARIZAÇÂO da POLITICA estava na torrente
das inovações da ERA INDUSTRIAL. Os
GOVERNOS dos ESTADOS EUROPEUS passaram a CONTROLAR as SUAS MOEDAS NACIONAIS. A EFIGIE do
SOBERANO foi tomada para expressar este vínculo ESTADO e ECONOMIA.. A
partir da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL esta “CARA” da MOEDA NACIONAL começou a
desaparecer além do lastro FÌSICO em OURO. Em contrapartida a ECONOMIA começou
a manietar cada vez mais a POLÌTICA NACIONAL. Desta forma as DITADURAS POLÙICAS
CEDERAM o seu PASSO e o seu ESPAÇO para
a DITADURA ECONÔMICA.
A p. 130, copiamos uma Portaria dos
Governadores de Portugal, pela qual se anuncia, que o longo projectado
empresticuo ao Real Erario ainda naõ está completo, e se manda entrar uos
cofres, estabelecidos para o pagamento do principal e juros desta divida, com o
dinheiro, que para isso he necessário, A expressaõ, de que o emprestimo esta
proximo a ultimar-se, prova, que ainda se naõ concluîo; mas os Governadores do
Reyno tem cuidado em naõ dizer quanto lhes falta, para o tal complemento O fim
apparente da portaria, he mandar entrar nos cofres, com o dinheiro necessario
para o pagamento dos juros: mas como isto se tinha ja determinado na portaria,
por que se abrio o emprestimo, em 8 de Juiho do anuo passado, he claro que o
fim verdadeiro desta portaria, he propor novo estimulo aos capitalista a ver se
concorrem com o emprestimo. Mas he claro, que a Portaria deve produzir o
effeito opposto; porque, se desde Julho do anno passado os Governadores naõ
pensáram em mandar entrar nos cofres, com o dinheiro preciso para a satisfacçaõ
dos juros do emprestimo, que solicitávam ¿ que prova mais clára pôde haver de falta
de punctualidade, do que esta tardia providencia ?
Fig. 07 – A
MONETARIZAÇÂO da POLITICA da PRIMEIRA ERA INDUSTRIAL pode se acompanhada
e ilustrada com as MOEDAS com suas “FACES”
portadoras das EFIGIES dos SOBERANOS NACIONAIS. A NUMISMÀTICA NRASILEIIRA
possui amplo material de estudo no período do REINO e que fluiu para a
consolidação da SOBERANIA BRASILEIRA. A
conquista definitiva desta SOBERANIA foi lastreada e expressa por uma ECONOMIA. Pouco SIGNIFICADO teria. Para a
POLÌTICA NACIONAL, um problemático GRITO de um IPIRANGA sem a esperança e a
crença de um NÙCLEO ADMINISTRATIVO IMPESSOAL no controle da MOEDA NACIONAL.
Evidente que os 200 anos que separam FEVEREIRO de 1818 e FEVEREIRO de 2018 não
conseguiram evidenciar um PROJETO BRASILEIRO consistente e um CONTRATO NACIONAL
solidamente estabelecido e reconhecido pelas demais 200 soberanias nacionais do
planeta.
E se as medidas, que tomáram, quando
abrîram o emprestimo, éram sufficientes, ésta segunda portaria, por isso que
éra escusada, necessariamente se faz suspeita. A verdade he o Governo terá sempre
tanto menos credito, quanto obrar mais arbitrariamente; porque, como os individuos,
que emprestam ao Governo naõ tem meios nem legaes, nem violentos, para o
obrigar a cumprir com o que promette, he claro que os credores sô emprestaraõ
ao Governo, se estivérem convencidos de sua justiça, e que tanto menos estaraõ,
quanto mais arbitrario for esse Governo. Agôra ¿ que medidas tem adoptado os
Governadores de Portugal, para se acreditarem por justos? Degradar os da
Septembrizaida, sem proceso; e enforcar os inimigos do Marechal, com processo
tal, que nunca se vio igual. Logo, o emprestino naõ pode nunca ser voluntario:
porque naô haverá mutuante,que naõ esteja exposto a ser, pelo menos, expulso do
Reyno, quando naõ sêja enforcado, e dar-se-lhe assim as contas por justas,
tanto nos juros, como no principal.
Mas diraõ, que o Senhor Ricardo
Raymundo mandarå escrever pelo padre bebado, ou energumeno, contra o Correio
Brazilieuse, e assim ficará outra vez accreditado o Governo. Desejavamos
sinceramente podermos dar lhes os parabens pelo expediente. Mas quer haja, quer
naõ, Correio Braziliense, quer elle seja refutado. quer naõ, os homens de senso
commnm teraõ sempre as mesmas ideas de tal Governo; e se o Correio Braziliense.
expondo taes males, dá com isso uma esperança deque elles se remediaraõ, os Governadores
de Portugal, empregando um bebado para os defender, degradûam o seu character,
e deteriôram a sua causa.
Fig. 08 – A figura de Dom João VI a cavalo expressava
a nobreza e a soberania sobre o peão ou gente a pé. A verdadeira parafernália icônica com
que se exalta os senhores e senhoras do
REGIME administrativo MONOCRÁTICO e HEREDITÀRIO tinha livre curso enquanto que
a imagem singular do súditos era proibida.. Com este expediente o Brasil ignora a imagem e os rostos daqueles do
PODER ORIGINÀRIO por mais importantes e significativos seria a historiografia
brasileira. Este tabu pela imagem personalizada também se aplicava para a
arquitetura colonial com exceção das igrejas e dos raros e modestos palácio governamentais.
Os emprestimos publicos, naõ forçados
com o temor de îr degradado para ás Ilhas, mas voluntários, saõ o criterio da
confiança que a Nacaõ tem no Governo. Julguem-se os Governadores de Portugal a
si mesmos, por ésta pedra de toque; considcrem, que desde Julho passado aiuda
naô podéram completar o emprestimo, e que nenhum estrangeiro achou, que devia
confiar-lhes nem uiu vintem; compárem isto com os rnilhoens, que todos os
estrangeiros confiam annualmente ao Governo Inglez; e entaô" veraõ os
Governadores do Revno a justa situaçaõ em que se acham; e conheceraõ, que nem
os oradores mais eloquentes, nem os escriptores mais agudos, serîam capazes de
mudar a opiniaô publica a seu favor, em quanto clles na5 mudassem de systema
MOEDA de DOM
JOÃO VI
FALÊNCIA do
PRIMEIRO BANCO do BRASIL
Fig. 09– O
compadrismo, o clientelismo e o jeitinho brasileiro conseguem fazer costuras
políticas, econômicas e de interesses dos quais
são excluídas as mulheres, o povo e os operários. É o retorno ao REGIME
MONOCRÁTICO e HEREDITÀRIO onde reina personalismo administrativo.. Nos projetos
coloniais europeus não era possível governar sem o paternalismo, o
apadrinhamento e submissão de mente, vontade e sentimentos dos súditos. A soberania nacional não tinha
grande sentido. Um soberano podia governar simultaneamente vários estados. Para
tanto a maquina governamental tinha de demonstrar absoluta obediência. Nada
melhor do que o parentesco, o compadrio e o encilhamento.
CORREIO
BRAZILIENSE DE FEVEREIRO de 1818. Volume
XX. Nº 117, pp, 223 - 224
Conrespondencia.
Carta ao Redactor sobre o Intendente
da Policia do Rio-de-Janeiro.
Senhor Redactor do Correio
Braziliense!
Como as gazetas do Rio-de-Janeiro e
o seu Jornal fallam dos melhoramentos no Brazil, por intenvençaô e via do Intendente
Geral da Polícia Paulo Fernandes Vianna[1],
e como este honrado e digno ministro se acha, sicut erat in principio fira
quanto a despachos, e se com o resultado de doenças, que tem adquirido no
serviço, naõ obstante os Targinis, e outros se acharem Baroens e Viscondes,
&c. &c, lhe direi, para maior informaçaõ dos seus leitores, que Paulo
Fernandes Vianna tem trabalhado e feito em 10 annos mais serviços que todos os
intendentes geraes da policia desde a sua creaçaõ.
[1]
Intendente Geral da Polícia Paulo Fernandes Vianna https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Fernandes_Viana
Fig. 10 – Paulo FERNANDES VIANNA foi Intendente Geral da Polícia da Corte de Dom
João VI. Porém o seu NOME, TRABALHOS e OBRAS foram ignorados pelo GOVERNO e
pelos SEUS SÓCIOS conforme registra o CORREIO BRAZILENSE em fevereiro de 1817: “Intendente da Policia, cujos serviços essenciais desde que a Família
Real passou para o Brazil, são conspícuos e ficam provados pelos melhoramentos,
que temos anunciado, e os serviços de abrir novas estradas, pontes, fontes,
&.” . A mesma discriminação oficial silenciou outras valorosas expressões como
do Conde da BARCA e o General GOMES
FREIRE de ANDRADE[1]
e dos seus companheiros do lúgubre infortúnio exterminados pela inércia de uma
corte voltada apenas para os seus sócios e prosélitos
Para prova disto basta olhar para o
estado atrazado a até desconhecido de policia, em que se achava o Brazil; e o
Rio-de-Janeiro, antes da chegada da Familia Real. Basta olhar para o estado
critico e melindroso, em que se deveria achar o Rio-de-Janeiro a cada momento;
visto ser ésta cidade o lugar, que servia de escála e rendevous para as
possessoens Hespanholas; e para onde se muniam os revolucionarios com passaportes.
Em fim basta olhar para as immensas cousas, que o Intendente tinha a fazer,
achando-se o Rio-de-Janeiro mudado, em um momento, de Cidade de Colonia em
Capital do Reyno e em Côrte, e tudo isto sem estabelicimentos previos, sem
rendas fixas. Paulo Fernandes Vianna sem receber do Erario ajuda alguma de custo;
sem ter á sua disposiçaõ as rendas das limpezas das ruas, como tinha o Manique;
nada menos que 200 contos, sem ter as rendas da Casa Pia; &c. &c. tem
mantido, naô sá o que mantinha o Manique, mas atê de raais a mais tem feito
oque ja mais fez Intendente algum ; por exemplo, carregar com as immensas
despezas dos colonos, que viéram das Ilhas, e que a naô ser elle serta raesmo
baldada a sua vinda: pois que se deveo ao seu cuidado infatigavel a distribuicaô
delles pelas differentes terras. Carregar com as grandes despezas das festas,
curros, &c. &c. E até servindo muitas vezes de Bolcinho para gastos,
que exclusivamente pertenctam a outrem. Em fim carregando com despezas
extraordinarias para serviços particulares e entendidos entre elle e El Rey.
Fig. 11 – O antigo prédio da Delegacia da Polícia da Corte de Dom João
VI numa foto do final do século XIX. Um
governo da nova ERA INDUSTRIAL deveria exercer a VIOLÊNCIA como delegação do
cidadão avulso que renunciava a fazer a justiça, com as próprias mãos e meios, DELEGANDO e
CONTRATANDO, para este feito, o ESTADO
NACIONAL. Para tanto este ESTADO NACIONAL não só se precisava aparelhar e contratar
agentes, mas também dispor de um espaço físico fixo conhecido de todos. De
outro lado - para que este ESTADO
NACIONAL NÂO se transformasse num ESTADO POLICIAL - ele avançava com PROJETOS
COMPENSADORES desta VIOLÊNCIA. O trabalho honesto e positivo, as escolas
públicas e as artes davam um corpo físico e institucional estes PROJETOS COMPENSADORES desta
VIOLÊNCIA contratual.
Naõ digo, Senhor Redactor, que estes
gastos os faça da sua algibeira, mas sim que, a naõ serem os fundos da sua
casa, adquiridos com o seu casamento, lhe seria impossivel com as rendas da
Policia, por mais exaggeradas que se façam, o supprir a tanto gasto, e digo,
portanto, que o desembolso em que elle muitas vezes está de sommas avançadas,
para o serviço de Estado, he um serviço de grande lote; e saõ a titulo do que
obtiveram Quintela e Bandeira os titulos de Baraõ. ainda mesmo que tirávam
destes avanços como negociantes, que éram, 200 por 100.- e tinham além disto os
Contractos Reaes por muito menos que dariam outros.
Fig. 12 – A crescente especialização e divisão de
tarefas, imposta pela lógica da ERA INDUSTRIAL,
levou os GOVERNOS dos ESTADOS EUROPEUS, ao longo do século XIX a criar a
POLÌCIA SEPARADA do EXÈRCITO. EXÈRCITO a quem incumbia a DEFESA dos TERITÒRIOS NACIONAIS enquanto a
POLÌCIA cabia a SEGURANÇA INTERNA. Espinosa já havia defendido, no plano
filosófico, a tese de que ao ‘ESTADO
cabe a SEGURANÇA enquanto ao CIDADÂO CABIA a LIBERDADE’, Para os SOBERANOS
MONOCRÀTICOS, HEREDITÀRIOS isto significava a drástica limitação do seu PODER
PESSOAL ou dos seus SÓCIOS. De outro lado pouco importava as PESSOAS SEREM BOAS
ou MÀS, quando existe um aparelho estatal competente dentro dos limites
constitucionais e contratuais. Esta AUTOMAÇÂO do PODER ESTATAL vem sendo
TENTADA ainda em FEVEREIRO de 2018 e SEM UMA SOLUÇÂO DEFINITIVA a VISTA
Fig. 13– O deputado Eduardo CUNHA tornou-se “boi
para as piranhas” para salvar o REBANHO
dos seus PROSÉLITOS e SÓCIOS de ocasião. Uma das figuras mais notórias do
GOVERNO BRASILEIRO, do início do século
XXI, ele enganou multidões anônimas e com o decidido apoio dos seus SÓCIOS se
apropriou dos mais altos CARGOS NACIONAIS. Porém os seus próprios SÓCIOS o
abandonaram, o condenaram ruidosamente e ele foi para a cadeia para que a MALTA dos seus SÓCIOS e
PROSÈLITOS pudesse prosseguir no caminho dos seus próprios projetos
perversos e lesivos à NAÇÂO BRASILEIRA..
Na conclusão é necessário sublinhar que, em fevereiro
de 1818 os SÓCIOS do GOVERNO eram, e continuam
sendo em fevereiro de 2018, um pequeno FEUDO fechado sobre si mesmo. A este FEUDO
não importa a NAÇÂO, a sua natureza,
problemas e até recursos. O SEU ÚNICO e
ÚLTIMO objetivo é empolgar o PODER e, ato contínuo, mantê-lo sob o seu controle
através da POLÍCIA, do ENCILHAMENTO e das CHANTAGENS SEM FIM.
Fig. 14 – O mecanismo LEVIANO e MAL
INTENCIONAD da acusação de que “ A CLPA é do ELEITOR” começa a se desvendar pelo fato de VOTO ser
OBRIGATÓRIO. Esta OBRIGATORIEDADE é uma ARMA que o ELEITOR faz questão de usar para colocar nos CARGOS,
os MAIS PALHAÇOS, os MAIS CORRUPTOS e os
MENOS EFICAZES. Assim materializa a “pedrada”
do Barão de ITARARÈ “QUER CONHECER
o INÀCIO: o COLOQUE no PALÀCIO” O
SERVIÇO PÚBLICO - que, em tese, deveria ser destinado ao BEM PUBLICO - é
CORROMPIDO, INUTILIZADO e se volta contra o BEM da NAÇÂO. De outro lado o
ELEITOR SABE de ANTEMÂO que ESTE PODER PERTENCE de uma ou de outra forma a um
SELETO CLUBE DE SÓCIOS. O ELEITOR também sabe, de antemão, que o seu voto não possui o menor sentido
diante do ESTELIONATO ELEITORAL, da AUDÁCIA dos DONOS do PODER e das IINCRIVEIS
e mirabolantes GINCANAS JURÍDICAS.
GINCANAS JURÍDICAS que estão FORA das SUA COMPREENSÂO, da sua
COMPETÊNCIA e sempre FAVORÀVEIS aos ETERNOS SÒCIOS do PODER.
A OPINIÃO PRONTA, DIGERIDA e VOMITADA pelos
MEIOS de COMUNICAÇÃO de MASSA é a ÚNICA INFORMAÇÂO que CHEGA ao PODER
ORIGINÀRIO da NAÇÂO. Enquanto isto o NOVO, o INEDITO e o VERDADEIRO são
atropelados. Estes são aniquilados pela ESCRAVIDÃO VOLUNTARIA e pelo
COLONIALISMO. Para estes vale a normativa governamental de MAQUIAVEL: “Os homens ficam satisfeitos e nada mais
procuram quando presente encontram o bem.”.
Torna-se impossível de desvelar o EMBUSTE - apontado por este florentino - quando os MEIOS
de COMUNICAÇÃO de MASSA DIGEREM, VOMITAM a OPINIÃO PRONTA daquilo que pretendem que seja o BEM GERAL, e o BOM
VERDADEIRO e ÚNICO. Na SOMBRA destes GIGANTES ÓCOS e FALSOS se instala e agem subliminarmente a ESCRAVIDÃO
VOLUNTARIA e o COLONIALISMO REQUENTADO. Agem
pelo REPERTÓRIO ABASTARDADO, pela IMAGEM com a qual não é possível
discutir e pela NARRATIVA SEDUTORA, EMPOSTADA e FALSA
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Filha
do PRESIDENTE do PT B como MINISTRA do TRABALHO https://oglobo.globo.com/economia/filha-do-presidente-do-ptb-deputada-cristiane-brasil-sera-nova-ministra-do-trabalho-1-22251101
PAI
e FILHA
ESPOSA
de PRESIDENTE com CINQUENTA (50) SERVIÇAIS
MAQUIAVEL
- O PRINCIPE Cap. XXIV,
Intendente Geral da Polícia Paulo
Fernandes Vianna
POLITICOS e POLÌCIA
ELEITOR X POLÌTICO x POLÌCIA
GOMES FREIRE de ANDRADE
DESEMPREGO CRESCE no BRASIL em JANEIRO
de 2018
REVANCHISMO
RIO GRANDE do SUL ESTADO
PRIVILEGIADO pela POLÍCIA FEDERAL
FALÊNCIA do PRIMEIRO BANCO do
BRASIL
Este
material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio
financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é
editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação
histórica deste idioma.
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