quinta-feira, 9 de junho de 2016

135- NÃO FOI no GRITO

Os IMIGRANTES e as OLIMPÍADAS.
 
. Em alguns reinos se tem buscado atrair os estrangeiros pela magnificência da Corte; beleza dos edifícios; celebração de festividades; instituições de feiras, &c. os jogos Olímpicos, e outros entre os Gregos; os triunfos e jogos seculares entre os Romanos, tanto no tempo da Republica, como no tempo dos Imperadores; tiveram em vista esta atração de estrangeiros; por diferentes modos, segundo as diversas formas de Governo, mas em todos pela perseverança e firmeza nestas medidas de proteção, que inspiram a confiança nos demais povos.”.
CORREIO BRAZILIENSE  VOL. XVI. No. 97 junho de 1816.  Miscellanea. p.625 
Fig. 01 –  As empresas de imigrantes organizavam multidões que elas embarcavam em navios fretados ou especialmente construídos[1] para este fim.. Esta verdadeira maré humana fertilizou e fez emergir e fez prosperar nações e estados nacionais que tinham de fato um projeto para estes adventícios e novas energias. No Brasil - o belo projeto desenhado, expresso estampado no Correio Braziliense, em junho de 1816 - teve modesta e desconfiada acolhida tanto pela parte do Estado Nacional como da parte daqueles que  dependiam da Escravidão e dos favores da metrópole lusitana.

A Europa estava mandando, no mês de junho de 1816, para todos os portos mundo as suas sobras da sua gente da Era Agrícola. Em junho de 2016 está recebendo o refluxo de suas exportações de suas sobras. Em 1816 a sua Era Industrial já estava acesa e provocava mudanças radicais na ERA AGRÍCOLA e na mentalidade feudal. Em 2016 a Época Pós-Industrial promete, mas também impõe, na prática e subliminarmente, normas e exerce códigos secretos e de difícil compreensão, assimilação e descarta sem contratos avisos para quem as ignora
A Europa seria completamente diferente sem esta exportação de sua gente -  em pleno andamento em junho de 1816 - e após as guerras napoleônicas. De outra parte é imprevisível o que irá acontecer com as sucessivas ondas de retorno dos descentes europeus para a pátria dos seus antepassados e recentes dominadores coloniais em pleno andamento e junho de 2016.
Seria impensável uma EUROPA da qual ninguém tivesse imigrado ao longo destes 200 anos.
Fig. 02 –  As massas humanas comprimidas em pequenos e precárias embarcações pagavam passagem e se aventuravam por conta e risco. Em junho de 2016 quando esta mesma massa humana busca as melhores oportunidades imita este gesto de pagar fortunas para atravessadores, mediadores e inescrupulosos que transfrmam este comércio humano em fonte de lucros. Enquanto isto os estados nacionais impõe rigorosa prontidão nas suas fronteiras e até elevam longa muralhas para conter esta invasão desordenada

O texto do CORREIO BRAZILIENSE, do mês de junho de 1816, possui muitos pontos em comum com os eventos do mês de junho de 2016. Eventos nos quais a mídia mundial mistura o drama dos refugados e a preparação e iminência dos Jogos olímpicos no Brasil. 
CORREIO do POVO Ano 121 nº 239- capa -dia  26 .05.2016 MIGRANTES.
Fig. 03 –  Em junho de 2016 as condições dos imigrantes passam pela clandestinidade e são realizadas or empresas de fachada e que frequentemente terminam em tragédias piores do que a da BALSA de MEDUSA[1] tornada pública e celebre numa pinturas de Gericault O Mari interno do Mediterrâneo é palco de um busca desesperada de retorno para assuas origens e a evidência de que a cultura europeia fracassou humanamente em se ver livre  desimpedida para iniciar a sua ERA INDUSTRIAL e onde sobrava um significativo contingente humano que era mandada, em condições precárias e perigosas  para as suas colônias e de cujo trabalho e riquezas fez a sua gloria[2] e atual ameaças de ruina e invasão dos “exportados”.

A busca da “TERRA SEM MALES” do indígena brasileiro dos refugiados e imigrantes. Busca que se materializa e  se reflete nos olhos dos refugiados haitianos ou senegaleses. Busca universal por um mínimo de segurança, de bem estar e especialmente a possibilidade de deixar nas mãos  dos seus descendentes o fruto do seu trabalho honesto e as parcas conquistas materiais.
Fig. 04 –  As condições de alojamento dos navios veleiros fretados par transportar imigrantes nas rotas marítimas do mundo não eram muito diferentes daquelas dos navios fretados para transportar escravos. As doenças, os seus contágios e os óbitos nestas condições eram frequentes. Esta vida precária era apenas  uma amostra das condições materiais, psicológicas e políticas que aguardavam os sobreviventes temerários em terra firme. Muito poucos foram aqueles que puderam transformar estas privações e uma vida melhor, mais segura e deixar para seus descentes um estilo de vida superior ao daqueles de sua pátria de origem.  

Porém esta liberdade de busca da “TERRA SEM MALES” e a circulação necessitam de um sistema político, econômico e social. Sistema que contenha garantias  para que este projeto e este pacto contemple  um mínimo de credibilidade, planejamento e perspectiva de duração por um tempo indeterminado.
As guerras, as dissenções e as diferenças regionais ou étnicas  sessavam quando os gregos se preparavam para as suas olimpíadas clássicas. O conhecimento de si mesmos e pr uma mente sadia num corpo sadio era iluminada pela chama ideal das olimpíadas. Nenhum evento político, econômico ou social poderia ofuscar ou apagar esta chama ideal. De outra parte os 4 anos que separavam uma olimpíada da outra
Se o imigrantes busca outras terras do que as suas origens o faz por uma necessidade premente e inadiável.
Fig. 05 –  As diversas etnias que constituíram uma identidade grega própria, trataram de exportar esta cultura e estilo de vida pelo Mar Mediterrâneo afora. Na contrapartida os gregos foram suficientemente sábios para atrair, e recompensar aqueles estrangeiros fascinados pela cultura e arte helênica. Um destes  seus projetos civilizatórios eram as Olimpíadas que no ano de 2016 serão rememorados no Brasil.  

Os gregos tratavam o estrangeiro como uma categoria muito especial e do qual aprendiam o melhor e ao mesmo tempo sabiam da imensa energia e trabalho que se podia esperar de um deslocado de sua terra.

CORREIO BRAZILIENSE  VOL. XVI. No. 97,  junho de 1816. Miscellanea. pp.623-626

Immigraçaõ no Brazil.
O Brazil he agora sem duvida a mais importante parte da monarchia Portugueza, e ao mesmo tempo aquella, que tem menor população. Este ponto he demasiado importante, para que deixemos de tornar a fallar nelle uma vez mais. Duas cousas desejamos aqui recommendar: uma, a introducçaõ de emigrados, em geral: outra a edificação de uma cidade no interior; que venha pelo tempo adiante a servir de capital ao Brazil. E quanto á primeira; convém lembrar o exemplo de outros paizes; para dcsabu-.aras pessoas, que ainda hesitam, sobre as utilidades do expediente de favorerer a immigraçaõ, em um paiz, aonde a população he proporcionalmente taõ diminuta; as sciencias e as artes taõ atrazadas
Fig. 06 –  A Europa e especialmente a Inglaterra iniciou um intenso e agressivo programa de Industrialização Decretou a obsolescência de grandes áreas agrícolas e as  ocupou e a poluiu terra e os ares  de forma permanente com produtos químicos altamente tóxicos.. A sentença de que  “os incomodados se mudassem”  provocou umcortejo de imigrantes que e dirigiam a todos pontos do planta. Evidentemente não tinham condições intelectuais e técnicas para levar junto as máquinas. Porém estes imigrantes, contraditoriamente, tornavam–se fonte de matérias primas e reserva de mercado destas máquinas industriais da linha de montagem. .Este processo está ocorrendo ainda em junho de 2016 na China para onde migraram as grandes fortunas e estão invertendo o processo colonial por meio da busca de insumos e transformando o planeta como um  magno território de reserva de mercado de seus produtos.

Abaixo verá o Leitor, no artigo dos Estados Unidos, alguma noticiado rápido augmento de população, industria, e riqueza, que tem procurado aquelle paiz o prudente conselho de favorecer, por todos os modos possíveis, a introdução dos estrangeiros. Perém naõ he somente a practica moderna dos Estados Unidos, que  temos a favor desta politica ; inumeráveis outros paizes tem ílorecido. adoptando a mesma máxima de introduzir população estrangeira. O prodigioso melhoramento na agricultura, nas artes, na edificação das cidades, villas e lugares; a afiluencia de povo, e em rim a industria de todo o gênero, que se observava nos Paizes baixos, foi mui principalmente devida ás guerras civis, calamidades, perseguiçoens, oppressoens, e descontentamentos, que foram mui fataes a seus vizinhos. 
Fig. 07 –  A “pescaria de almas” também se industrializou. As “igrejas” passaram a funcionar como “Companhias”  interessadas no maior número possível de “prosélitos”.. Não foi apenas na religião que se verificou este fenômeno.  Ideologias, partidos políticos, instituições e  Universidades alcançavam e domesticavam os emigrados da Europa e os seus descentes. Este proselismo intelectual, moral, técnico e econômico estão mais fortes e ativos, em junho de 2016 do que nunca antes.

As perseguiçoens religiosas, na Alemanha, em tempo de Carlos V.; em França, sob Henrique II; e em Inglaterra, no tempo da Raynha Maria, forçaram muita gente para fora destes paizes, que se foram acolher ás Provincias Unidas; aonde as antigas liberdades do paiz, e os privilégios das cidades tinham sido invioláveis, sob o governo de uma longa suecessaõ de Principes ; dando protecçaÕ a estes opprimidos estrangeiros, que encheram as suas cidades de gente e de commercio ; e levantaram Antwerpia ao cumulo de elevação e grandeza, em que se conservou, até que as as perseguiçoens do Duque d*Alva a arruinaram, afugentando o povo, que se naõ tornou a ajunctar ali, scnaõ depois de terem com a força d'armas saccudido o tyranissimo jugo dos Hespanhoes. As guerras civis e as perseguiçoens religiosas em França, na Alemanha e na Inglaterra, naõ somente levaram para as Provincias Unidas os que se escapavam da oppressaõ immediata, mas também muitos homens pacatos, que procuravam ir viver ali quietos e seguros, na posse de seus bens, e no trafico de seus officios ; bem como os pássaros, que no principio do Inverno deixam o seu paiz natal aonde foram creados, buscando climas mais doces, e naõ voltaraõ para suas habitaçoens senaõ depois de passadas as tempestades. 
Pintura Eduard Ender-com imagem Alexander von Humboldt e Aime Bonplandna floresta Americana
Fig. 08 –  As expedições cientificas europeias nas três Américas eram a vanguarda da Ciência e da tecnologia que fornecia argumentos, media potencialidades e abria vias para os produtos industriais da linhas de montagem dos países hegemônicos nos processos econômicos, técnicos e políticos. A viagem de Alexander von Humboldt foi anterior à abertura dos Portos do Brsil em 1808 e não recebeu aval do governo lusitano par explorara o interior de sua colônia  

Conhecendo estas vantagens, os governos das Provincias Unidas admittiram como principio ou máxima de Estado, fazer do seu paiz o refugio commum de todos os homens miseráveis ; sem que nenhumas alianças, tractados ou interesses quaesquer podessem fazer vacilar esta protecçaõ. Todo o homem, que obedecia ás leys do paiz, vivia descançado, e livre : cada um ia pelo seu caminho; tractando do seus negócios, e naÕ lhe importando com os dos outros ; cada um éra juiz de sua consciência ; e assim cada um vivia salisfeito. He pois necessário notar aqui, que estas vantagens naõ foram somente efieito da forma de Governo Republicano, que se estableceo na Hollanda, depois que aquelle paiz foi separado da Hespanhã; a máxima de Estado de tolerância universal e protecçaõ efficaz, de que resultou a accumulaçaõ de tanta gente e du tanta industria na Hollanda, éra adoptada antes daquella epocha, pelos Príncipes que governaram aquelles paizes, como foram o Conde de Flandres, o Principe de Nassau, pois foi nessa epocha, que a sabedoria daquelles povos se aproveitou da imprudência dos Portuguezes; dando abrigo aos perseguidos Judeos, que o fanatismo tinha expulsado de Portugal. Assim naõ he desta ou daquella forma de Governo, que taes vantagens resultam, mas sim das máximas d'Estado, e dos princípios políticos, que se adoptam para a administração. 
Johann Moritz RUGENDAS Cena rural do Brasil
Fig. 09 –  Após a abertura dos Porto do Brasil houve uma sequência de expedições estrangeiras para conhecer as potencialidade deste território que seestava preparando paraser umanação soberana.. Logo após a independência brasileira começaram a desembarcar as levas de imigrantes no Brasil.

Em alguns reynos se tem buscado attrahir os estrangeiros pela magnificência da Corte; beleza dos edifícios; celebração de festividades; instituiçoens de feiras, &c. os jogos Olympicos, e outros entre os Gregos ; os triumphos e jogos seculares entre os Romanos, tanto no tempo da Republica, como no tempo dos Imperadores; tiveram em vista esta attracçaõ de estrangeiros; por differentes modos, segundo as diversas formas de Governo, mas em todos pela perseverança e firmeza nestas medidas de protecçaõ, que inspiram a confiança nos demais povos. Desta mixtura de gente de differentes opinioens políticas e religiosas, nunca se seguio-mal algum, dos que suppoem os opponentes da medida de introduzir população estrangeira. Figuram alguns, que a differença de opinioens, de linguagem, e de custumes, he motivo de rixas, e desconcertos no Estado. Esta supposiçaõ nem he fundada na razaõ, nem authorizada pela experiência. 
Aldo Daniele LOCATELLI (1915-1962) Mural na  Prefeitura de Caxias do Sul Trabalho rural dos Imigrantes
Fig. 10 –  As levas de agricultores estrangeiros, recém libertados da servidão feudal europeia, provaram no Brasil, e em outas partes mundo,  a possibilidade do cultivo da terra com as próprias mãos em vez da força escrava.. Em junho de 2016 os produtos e os negócios das “commodities[1] agrícolas é um dos fortes esteios da economia brasileira. Muitos dos seus agentes são descendentes diretos de imigrantes europeus, nipônicos ou do Oriente Médio
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Os estrangeiros, que se estabelecem em um paiz, aonde acham proteçaõ, principalmente vindo acossados da perseguição em sua pátria, devem sentir gratidão ao povo que os acolhe; a necessidade de viver com a gente do paiz os obriga a immitar suas maneiras e custumes: a linguagem da terra, em que vivem, he em breve a linguagem de seus filhos: e se estes estrangeiras saõ de diversas naçoens e de diversas seitas, naõ tem senaõ em sentimento commum, que he a gratidão ao paiz,.que os tolera; e portanto practicamente se convencem do grande beneficio da tolerância, e de que o naõ podem gozar, sem que todos extendam essa tolerância uns aos outros. Isto que a razão ensina, he o que a practica tem amplamente provado em todos os paizes, e está actualmente debaixo dos nossos olhos, nos Estados Unidos. Philadelphia, por exemplo, contem *28 Igrejas ou templos de varias cominunhoens de Christaõs ; e Synagogas de Judeus; nos dias de festa, cada um vai á Igreja de seus pays; e naõ ha exemplo de que, depoi» que se admittio aquella tolerância, jamais houvesse uma rixa, commoçaõ popular, ou distúrbio; por causa das differenças em opinioens religiosas: pelo outro lado, taes rixas de certo se excitariam, se as leys permitissem que qualquer seita pudesse perseguir a outra.

Na conclusão é necessário admitir que este texto de junho de 1816 é recheado de otimismo, de projetos e a sua adequação aos primórdios da soberania brasileira. Necessita-se admitir o acerto de suas ponderações e projeções. Dificilmente o Brasil teria mantido a sua unidade interna, ocupado o seu imenso território e consolidado a sua independência apenas com a endogenia  racial e cultural lusitana  
LITUANOS em IJUI-RS  no dia 18.11.1936 -  Fonte: Enciclopédia Sul-Rio-Grandense. Canoas-RS: La Salle, 1958 – 5º volumen p.284 b.
Fig. 11 –  As massivas imigrações em direção ao Brasil sempre buscavam manter o pertencimento às culturas de origem.. A gradativa absorção e a geração de uma identidade nacional e brasileira foram tentadas de forma truculenta em especial ao longo no Estado Novo Brssileiro (1937-1945). Em geral a proibição das línguas dos imigrantes e o parco glossário nacional fez com que os descendentes destes imigrantes voltassem a níveis  muito baixos e com parca interação com a cultura brasileira.


No entanto - na época de mundialização e da massiva  circulação humana física e conceitual -  muitas outras coisas diferentes aconteceram e não previsíveis por esta visão e crença otimista do editor expressa e estampada Correio Braziliense, de junho de 1816 e já esmaeceram pelo tempo transcorrido. A teoria sempre é perfeita e não  está ainda sujeita a outro paradigmas, projetos e perspectivas.
 Os próprio descendentes dos imigrantes perderam o  projetos dos seus antepassados como a cultura. É evidente a inadequação da mentalidade dos atuais descendentes com a mentalidade dos seus antepassados vindos nos primórdios da soberania brasileira.  Os atuais descendentes ignoram as  vivencias quotidianas dos pioneiros, a sua difícil luta pela sobrevivência  e a descoberta dos reais limites e as competências da nova pátria.
A memória da criatura humana é pródiga neste esquecimento dos males do passado. No máximo os mitifica, os compara e se fixa nos escassos bens do seu presente, mesmo que eles sejam muito inferiores daqueles dos seus decantados “Paraísos Perdidos” 
Aldo Daniele LOCATELLI (1915-1962) Mural na  Prefeitura de Caxias do Sul Trabalho urbano dos Imigrantes
Fig. 12 –  No Brasil inverteu-se o processo de que a cidade era consequência da acumulação agrícola. Destes os primórdios da colonização ibérica no Novo Mundo a primazia do processo  cabia as cidades e cidadelas fortificadas. Deste meio urbano provinha o artesanato, o comércio e as decisões políticas que se projetavam sobre o meio rural. Este processo invertido fez comue o Brasil limitasse a entrada e a recepção de imigrantes já familiarizados com as lides, os ofícios e mentalidade urbana. A escohaera por imigrantes agricultores.
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Mesmo a intelectualidade se dá conta desta naturalização quando se matriculam e frequentas universidades estrangeiras. Nelas recebem o choque e espanto équa sua realidade nada significa para esses intelectuais estrangeiros, além de algo exótico e recendendo à barbárie. Estes intelectuais exilados e desqualificados pela cultura estrangeira tratam de pesquisar, escrever e até publicar algo que trate de remediar este exotismo e barbárie.
Porém de retorno ao Brasil encontram os nativos que naturalizaram ou mitificaram o emigrante. Para estes nativos não  interessa o que estes intelectuais exilados pesquisaram, escreveram e até publicara em terras alheias, mesmo que as traduzam  e editem em português. O seu esforço ilustra o que o  CORREIO BRAZILIENSE já havia estampado nas suas páginas em  novembro de 1814,  p. 710[1] que as  “As pessoas serão  boas ou más, acidentalmente; o sistema é que acusamos de mau radicalmente”. Como o sistema brasileiro foi gerado, mantido e alimentado pelo Regime Colonial e escravocrata não há nada de esperar de bom ou mau de um ou outro indivíduo singular. Revoltado ou cooptado,  indignado ou obediente ao sistema do Regime Colonial e escravocrata, mais cedo ou mais tarde será convertido a este sistema. Foi o destino que aconteceu aos descentes dos imigrantes, tenham os seus antepassados vindo de onde viessem. Trouxeram mentes, corações e corpos individuais. Os sistemas, a língua e a identidade nacional,  de sua origem, tiveram de deixar para trás, por bem ou por mal.
A luz que nasce no fim do túnel é a superação dos Estados Nacionais criados, mantidos e alimentados pela Era industrial. A época Pós-industrial está apontando para esta potencialidade. Sinais evidentes são as costuras políticas, econômicas e jurídicas dos blocos continentais. De um lado - estes países gigantes - são  ameaças piores e mais fortes do que os Estados Nacionais da Era Industrial. Estes blocos gigantes só possuem sentido na medida em que possam ajudar à todas as criaturas humanas encontrar as suas proporções, projetos e esforços dirigidos para o bem estar planetário.
Não basta deslocar pessoas ou bens sem este projeto planetário do bem estar mundial.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

BERSH, Danilo Roque et ali. Ondas de migrantes de 138 anos de Brod no Brasil. Lajeado-RS: Univates, 2006, 580 p. ISBN 85-98611-35-2

BRAMBATTI, Luiz Ernesto. Locatelli em Caxias – Porto Alegre : Metrópole, 2003   96 p.
----------------- Locatelli no Brasil . Caxias do Sul-RS : Belas Letras, 2008, 240 p. ISBN 978-85-60174-29-4

Enciclopédia Sul-Rio-Grandense. Canoas-RS: La Salle, 1956-58 –
  5 volumes.  il. Col.

GARDOLINSKY Edmundo Imigração  Colonizaçõa Polonesa. Edotora S/N: Data sugerida 1970 114 p
------Escolas da colonização polonesa no Rio Grande do Sul- EST: Porto Alegre, 1977, 136 p.

SULIANI, Antônio et COSTA, Frei Rovílio, Cultura Italiana-130 anos, Porto Alegre: Nova Prova, 2005, 340 p.

TUBINO, Nina A germanidade no Brasil  Porto Alegre: Sociedade Germânia, 2007, 208, il


FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

CORREIO BRAZILIENSE – JUNHO de1816


Em JUNHO de 1814 o GOVERNO do BRASIL era ÓTIMO: pena que existia o povo.NÃO FOI no GRITO - 094

COLONIZAÇÂO da AMÈRICA

Em junho de 2016 entram mais  ILEGAIS CHINESES nos EE U do que MEXICANOS

SUBSTITUIR o ESCRAVO pelo IMIGRANTE.

REPENSAR a POLÌTICA DA IMIGRAÇÂO

Em junho de 2016:  BAIXA PRESENÇA de IMIGRANTES no BRASIL

IMIGRANTES ITALIANOS no BRASIL

IMIGRANTES Imagens
PERÌODO de OURO da IMIGRAÇÂO para a AUSTRÁLIA

Ford Madox BROWN The Last o England
Maquina substituindo o agricultor n               A Inglaterra do sec. XIX
PESCANDO ALMAS

VIDA RURAL INGLESA de 1550 até 1800

As olimpíadas gregas e os imigrantes helênicos
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