sábado, 15 de junho de 2013

NÃO FOI no GRITO 074.


A SOBERANIA A PÉ e SEM QUADRÚPEDES:
TRÊS DESCOLONIZAÇÕES.

 Juan Manuel BLANES (1830-1901) – “Los 33 Orientales” 1877 óleo sobre tela 311 x 564 cm.
Fig. 01 –  O movimento para a soberania do Uruguai começou a tomar vida e sentido a partir de um momento do juramento de 33 patriotas acontecido no dia 19 de abril de 1825. O quadro de Juan Manuel BLANES buscou longa e exaustivamente, de 1865 até1877, recompor este momento culminante de 1825 e que resulto na tela acima  (cujo modelo recebeu o nome de “maquina”). Já no século 21 o filme “ARTIGAS la Redota” usa a angústia, deste mesmo pintor Blanes,  para recompor a fisionomia de um dos lideres que havia iniciado este ciclo heroica da identidade uruguaia. São três momentos e com características distintas (fato- imagem e filme), que possuem em comum esta busca e da construção da identidade dos ”Orientais”. Para esta busca basta o discurso motivador. Como mostra ao quadro de Blanes é perfeitamente possível a busca, sem gritos desnecessários e sem o eterno recurso aos quadrúpedes em poses heroicas. Discurso motivado resumido na bandeira com o lema “Independencia ou Muerte”. Contraria a imagem de um pais pastoril e do estereótipo do centauro da pampa gaúcho. Outro detalhe é que o fato histórico, a imagem e o filme acontecem quando ocorre um perigo explícito ou velado do naufrágio numa ou outra forma de colonialismo.

O velho hábito da heteronímia colonial teima em permanecer e reaparecer sob os mais variados disfarces. A América Ibérica teve a primeira oportunidade de proclamar a sua soberania quando as cortes lusitanas e espanholas viram o seu poder colocado em cheque.  Cheque diante dos corolários iluministas que levaram os norte-americanos á sua soberania e a Revolução Francesa à mudanças políticas irreversíveis. A segunda aconteceu no final do século XIX. Foi o apogeu do colonialismo britânico e a busca de territórios pela Alemanha e a Itália unificadas depois de 1870. Esta fase representava, para os países periféricos e ex-colônias, uma ameaça de outra natureza. A unificação interna significava para os países hegemônicos criar territórios externos cativos nos quais poderiam vender, com certa tranquilidade, os produtos e as sobras dos produtos em escala das suas máquinas. Para a América Ibérica significou também intrigas, guerras entre pares e novos inimigos contra os quais podiam usar as suas armas industriais.  As contradições destas potências e as suas fragilidades ficaram evidentes ao longo das duas Guerras Mundiais do século XX. Estavam muito longe de um ideal civilizatório com diziam-se portadores. A terceira está em andamento e é cumulativa com as duas anteriores. Pequenos países são transformados em paraísos fiscais, não importando muito a sua extensão territorial. O sistema de atração e de controle de capitais se realiza sobre bolsões externos de miséria e de escravidão virtual. Estes paraísos fiscais não se julgam com o menor compromisso ou contrato com estes bolsões externos de miséria e de escravidão virtual.

DAVID, Jacques-Louis - 1748-1825 Juramento do jogo da Pela - 1791 -Desenho  66 x 101.2 cm
Fig. 02 – Os constituintes franceses ante a ameaça da realeza da dissolução juraram, em 1788, manterem-se unidos até terem aprovada uma constituição.  Para isto se reuniram num estádio esportivo coberto. Um projeto de um governo, desta natureza, representa a busca de um pacto e de um contrato coletivo de uma nação consigo mesmo na busca de um estado soberano. Esta concepção tomou forma ao longo do Iluminismo histórico e atribui prioridade ao poder originário de uma nação. Contrapõe-se à concepção da herança, do privilégio e do sangue azul que centraliza o poder em suas mãos, verticalizando-o e centralizando-o em decisões autocráticas.

Os  três ciclos intensificam-se em processos movidos para buscar a construção de identidades regionais e nacionais pelas forças necessárias ais países que se julgam hegemônicos a revelia de que já submetido uma vez. Cada um destes ciclos possui a sua lógica intransferível, diferente da anterior e eficaz apenas para aquele momento.

- Cruikshank ou [Crookshanks], Isaac (1764–1811), CITIZENS
Fig. 03 –  A  manutenção, reforço e aumento do movimento da soberania das 13 Colônias Norte- Americanas era uma visível ameaça ao Império Britânico em guerra com as pretensões napoleônicas. A mentalidade imperial britânico temia a infiltração dos ideais iluministas franceses nas suas ricas ex colônias proclamadas soberanas em 1776 . A caricatura denominada “CITIZENS” de Isaac Cruikshank ou [Crookshanks], (1764–1811) ridiculiza a possibilidade de atingir um contrato ou pacto coletivo entre estes “não nobres” e que se denominavam entre si de cidadãos ao estilo francês iluminista.

O paradigma da colônia extrativista mostra as suas contradições esgota e compromete a hegemonia do Poder Originário uma vez submetido. Este instado a reagir e necessita correr tardiamente  atrás do prejuízo. A reação vem por meio de gritos e quebras de grilhões políticos e militares que rapidamente sofrem a natural entropia e tornam-se obsoletas diante de novas e diferentes investidas dos hábeis e ávidos colonizadores.

TOVAR Y TOVAR - Martin (1827-1902) - Assinatura da ata da Independência da Venezuela em 05 de julho de 1811-  esboço c.1870
Fig. 04 –  O movimento para a soberania da Venezuela teve várias etapas ao longo das vicissitudes dos reflexos diretos e indiretos nas colônias ibéricas sob o efeito do terremoto político da Revolução Francesa e das aventuras napoleônicas. Assim aconteceu a denominada Revolução de 19 de abril de 1810 cujo desfecho  o momento da assinatura burocrática da declaração da Independência da Venezuela em 05 de julho de 1811. O esboço do quadro de Martin TOVAR Y TOVAR – (1827-1902)  realizado 60 anos depois do fato histórico, buscou longa e exaustivamente os seus elementos plásticos e icônicos. Inspirou-se na iconografia de Jacques-Louis David e de outros “pintores de História” europeus da época,
No Brasil o primeiro ciclo da descolonização foi a da ascensão de uma classe de dominadores que havia sofrido submissa o regime colonial ibérica. Formalmente abandonado à sua própria sorte e talante, pelas metrópoles europeias fragilizadas, este dominador de ocasião descarregou todos os seus antigos recalques sobre as costas da escravidão. A classe dominante enobrecida graças ao trabalho escravo, tornou se atroz e selvagem sem freio e passou a agir sem temer qualquer sanção moral, política, econômica ou militar. A população, sem informações fidedignas, descobria a realidade já muito tarde. Este virtual PODER ORIGINÁRIO mantido no analfabetismo era usado como bucha de canhão e massa de manobra.

Juan Manuel BLANES (1830-1901) - O Juramento da Constituição de 1830 - Esboço em 1870
Fig. 05 –  O movimento para a soberania do Uruguai começou a tomar vida e sentido a partir de um momento do juramento de 33 patriotas acontecido no dia 19 de abril de 1825. Porém os movimentos de unificação nacional - entre as diversas forças orientais da Bacia do Rio da Prata - haviam começado muito antes e com diversos líderes e partidos. O esboço do quadro de Juan Manuel BLANES, realizado em 1870, tenta recuperar, fixar e divulgar o momento do ano de 1830 no qual estas forças maiores  convergiram para um texto que poderia servir de pacto e um contrato mínimo entre estas forças que buscavam um ponto de equilíbrio homeostático.

O paradigma da colônia industrial mostra as suas contradições esgota e compromete a hegemonia do Poder Originário e é instado e necessita correr tardiamente atrás do prejuízo. A reação vem por meio de construções de histórias e culturas regionais que rapidamente sofrem a natural entropia e tornam-se obsoletas diante de investidas dos hábeis e ávidos colonizadores. Esta desqualificação do segundo período foi da rearticulação da indústria e do comércio dos países hegemônicos.

MEIRELLES, Victor (832-1903) -  1ª Missa no Brasil - 1860- 268 x 358 MNBA- RJ
Fig. 06 –  A encomenda da pintura “Primeira Missa”, em 1860, corresponde ao  apogeu do Império Brasileiro. Este aproveitou a ocasião para recriar,  fixar e divulgar o momento que julgava ser a sua diferenciação e, ao mesmo tempo, sua origem e legitimação num ponto histórico. Buscou longa e exaustivamente  os movimentos indigenistas no âmbito internacional no qual as diversas nacionalidade buscavam os seus elementos diferenciadores e exóticos em relação às demais identidades nacionais. Assim foi exposta no Salão  de Paris em 1861. Foi exposta, em 1876[1], na.Filadélfia no centenário da independência norte americana.

 O “paraíso” do Brasil tornou-se um quintal para a exploração de matérias primas e exportador de produtos primários da monocultura. Na contrapartida o Brasil passou a consumir sucata, além de ser, para estas linhas de montagem, um ‘lixão” a céu aberto. O marketing continuado e a propaganda subliminar mantém a superioridade artificial do produto estrangeiro. Assim atravessadores, mediadores e importadores de armas e de tecnologia bélica dava um destino para as armas obsoletas.


Fig. 07 –  O presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, busca a sua afirmação política pelo pertencimento físico e mental ao PODER ORIGINÀRIO de sua nação. Morando e vivendo com os rendimentos de sua chácara -  frente à qual aparece nesta foto - continua o profundo movimento da soberania do Uruguai a partir da força moral e física de sus população proveniente das mais variadas etnias e ideologias. Certamente é uma das melhores estratégias para enfrentar a 3ª onda de colonização da era numérica digital e os seus produtos vulgares e baratos, mas tão ou mais alienantes das frágeis economias locais.

O paradigma da colônia virtual mostra as suas contradições esgota e compromete a hegemonia do Poder Originário e que é instado e também necessita correr tardiamente atrás do prejuízo. A reação mais visível vem de golpes militares semelhantes em toda a América Latina que fato foram investidas orquestradas e mantidas pelos hábeis e ávidos colonizadores. Pelas suas contradições internas  sofrem rapidamente a natural entropia e tornam-se obsoletas. Os hábeis e ávidos colonizadores  ocultam a terceira era colonial dominando o saber numérico digital, a conquista espacial, dos segredos da energia e do código genético. O Brasil é reduzido ás condições de mero usuário e, nestas áreas vitais, sem condições de concorrer de fato e de direito. Sem chip, distante do espaço externo com no tempo de Santos Doumond e com um número insignificante de patentes na área biológica.


Federico ESCALADA (1888-1960) - O Oriental 1935 no Parque Redenção- POA-RS
Fig. 08 –  O homem do campo  do Uruguai nunca foi transformado em tipo universal e indistinto em prejuízo de sua identidade regional . A  universalização e indistinção da denominação de "gaúcho" também não é bem aceita e aplicada à tida nacionalidade. Aqui esta identidade regional  e particular é  representado  por Federico Escalada sem o cavalo em pose semelhante ao atual presidente José “Pepe” Mujica, frente à sua chácara da fig 07.

Nestas condições de heteronímia, assiste o avanço de transgênicos, produtos tóxicos e equipamentos teleguiados por outros interesses e que não conhece e muito menos pode deliberara e decidir. Empresta os seus campos, águas e atmosfera para perigosos experimentos sobre os quais não possui controle efetivo. Necessita dobrar-se ao capital teleguiado por paraísos fiscais e que lhe impõe os contratos ao estilo britânico de sempre.


GOOGLE EARTH
Fig. 09 –  A preservação dos traços originais  lusitanos da Colônia do Sacramento, fundada, em 1680, frente a Buenos Aires, mostra o cuidado em manter as características originais.  O  Uruguai soberano sabe distinguir preservação de uma restauração e de uma estetização de  seu passado histórico. Apesar de um território relativamente pequeno sabe que existem muitos outros sítios para construir cidades e traçar urbanizações adequadas às condições e recursos do terceiro milênio.

Evidente que é muito difícil distinguir aquilo que é permanente para uma identidade de uma soberania do Poder Originário quando ecoam gritos histéricos, eventos retumbantes e de marketing e de propaganda. Nestas circunstâncias o Poder Originário não possui tempo, nem espaço para uma olhada retrospectiva, para uma a reflexão e tomada de um rumo para a autonomia e soberania.


GOOGLE EARTH
Fig. 10 –    As características originais das muralhas  lusitanas da Colônia do Sacramento, fundada, em 1680, frente a Buenos Aires, foram preservadas e mostram o cuidado nacional em manter índices inequívocas destas conquistas dos “orientais”.  O  Uruguai soberano colocou a base desta preservação de  seu passado histórico na sua educação escolar. Isto permite ao seu povo  construir cidades e traçar urbanizações adequadas às condições e recursos do terceiro milênio.

 O escravo não dispõe de tempo, nem espaço próprio para as veleidades da autonomia e soberania ne medida em que é chicoteado pelas urgências do seu dono que se dedica dia e noite ás condições mais perversas do regime colonial. Não importa muito se estas urgências são provenientes da extração intensiva, da indústria ou das condições da era numérica digital. O que interessa é inculcar a heteronímia da vontade e afastar das perigosas deliberações e decisões que por acaso as vitimas deste regime colonial e escravocrata tenham a veleidade de cultivar.


Fig. 11 –  Um fotograma do filme uruguaio  “ARTIGAS – Le Redota” mostra uma cena do atelier de  Juan Manuel BLANES na busca de um índice visual de José Gervasio Artigas (1764-1850)  um dos líderes derrotados dos primórdios da  soberania do Uruguai. Líder que os próprios Uruguai obrigaram ao exilio no Paraguai, onde ele viria a falecer. Blanes já havia longa e exaustivamente buscado representar, as suas próprias custas, entre 1865 até1877 o “Juramento de los 33 Orientales” ocorrido em 19 de abril de 1825. Dez anos depois, em 1887 era pressionado por um governo autocrático para fazer um retrato de Artigas do qual não havia o menor vestígio visual além de algumas sentenças e discursos editados por outros. Esta ausência de imagens individuais, inclusive dos heróis brasileiros como Tiradentes, Aleijadinho e Zumbi dos Palmares, era intencional  e imposto pelo regime colonial que proibia o uso da tinta á óleo e do retrato de qualquer indivíduo singular além do rei e do bispo local.
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O filme uruguaio “ARTGAS: la Redota” de 2011 retoma em 118 minutos  por médio de um episódio do final do século XIX o processo de sua soberania ocorrido junta as demais das independências sul-americanas ocorridas no início de século XIX. Assim percorre as três descolonizações. A forma a coragem de produzir uma peça visual própria e de forma alguma por alguma indústria não uruguaia. As 25 imagens por segundo contam uma narrativa numa criaç~são impregnada de meios numéricos digitais. O centro gira ao redor da necessidade de gerar, no final do século XIX uma imagem de um herói nacional do qual ninguém conhece as feições e que todos citam textos teóricos. Porém a origem da tumultuada soberania nacional está coberta de contradições, de silêncios e de tumultos provenientes interna e externamente às fronteiras do Uruguai.

Juan Manuel BLANES (1830 -1901) Júlio Roca inaugura, em 1886, o Parlamento Argentino
Fig. 12 –  As relações platinas sempre foram intensas e continuadas. Aqui uma cena do governo argentino numa pintura  do uruguaio  Juan Manuel BLANES.  Este quadro mostra o Júlio Roca (1843-1914) que teve sucessivos mandatos presidenciais argentinos ente 1880 e 1904. Blanes mostra Roca  no ato de inaugurar o Parlamento Argentino, em 1886.

Assim a peça visual contemporânea do filme ergue-se para gerar um sentimento de enfrentamento interna da 3ª colonização. Na construção da efigie do seu herói maior a obra de Juan Manuel BLANES (1830-1901) está na mesma geração e na linha das pinturas do venezuelano Martin Tovar Y Tovar (1827-1902),  dos brasileiros Vitor Meireles(1832-1903) e Pedro Américo Figueiredo de Mello (1843-1905).

Fig. 13 –  Os espetáculos visuais das academias de arte de todos os países civilizados do final do século XIX tinham uma modelagem de espetáculos mundanos de propaganda e marketing dos seus respectivos governos. Evidente que estes eventos não garantiam a qualidade das obras apresentadas alí, como também não todos os eventos oficiais que cercam a arte até os dias atuais. Em contra partida representavam projetos civilizatórios compensadores da violência que todos os governos necessitam exercer para o bem comum.   Com a indústria áudio-visual estes governos e patrocinadores começaram investir em filmes e uma série na linha do  filme uruguaio  “ARTIGAS – Le Redota”de 2011.

No seu conjunto buscavam uma forma da indústria cultural das “grandes máquinas da pintura historicista” dos países hegemônicos. Os artistas das ex-colônias diziam-se nada dever aos colonizadores, quando de fato estão na sua inteira heteronímia. Os atuais produtores da indústria visual estão na mesma situação. As suas nações estão mergulhadas na inteira heteronímia sem se dar conta desta dependência colonial. São meros  consumidores, de fato, dos meios econômicos, dos recursos numéricos digitais e da rede mundial controlados pelos países hegemônicos.


Fig. 14 –  A cultura socialista chinesa contemporânea universalizaram massivamente a técnica da pintura manual em padrões ao gosto ocidental. Distante de qualquer individualidade única e original produzem peças baratas,  em série industrial, para uma população de bilhão e duzentos milhões habitantes nacionais. Porém o seu mercado é planetário necessita de mão de obra qualificada e capaz de transferir esta habilidade para  o entendimento e manipulação de patentes internacionais que reproduzem em escala monstruosamente grande.

Na música estas pinturas historicistas são contemporâneas de Carlos Gomes (1836-1896) cuja sinfonia o Guarani estreou no Scala de Milão em 19 de março de 1870. Este brasileiro teria ouvido dum músico europeu estar começando onde ele terminava. Porém a 1ª descolonização não cabe numa narrativa. Assim dissolve-se nas formas mais imponderáveis  e inesperadas de novas veredas de perdição de sua soberania. Os ciclos de descolonização repetem-se indefinidamente.


MELLO Pedro Américo de Figueiredo (1943-1905)  “PAZ e CONCORDIA” 1895 esboço Pinacoteca de São Paulo
Fig. 15 –  O artista e filósofo Pedro Américo Figueiredo e Mello(1843-1905) além do seu profundo vínculo com o regime imperial foi constituinte do regime republicano pelo seu estado natal da Paraíba.
Enfrentou esta crise de passagem especialmente após as desastradas e mortíferas  revoltas nacionais de 1893 com o quadro “Paz e Concórdia”.  O  seu irmão Aurélio Figueiredo (1854-1916) pintava o quadro “O Último Baile da Ilha Fiscal” , em 1905, (óleo 97 x  125 cm) como recordação da gloriosa despedida do regime imperial e o  despontar da aurora republicana. Ambas as pinturas pertencem à busca de uma construção visual simbólica do final do século XIX que buscava uma afirmação material da soberania nacional conquistada politicamente no início deste mesmo século,

Infelizmente as raças dos atravessadores, dos mediadores e dos tuteladores do alheio não estão ameaçadas de extinção. Assim o velho hábito da heteronímia colonial teima em permanecer subliminarmente e tomar corpo periodicamente sob os mais variados disfarces.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ARTIGAS La Redota

ÁFRICA sem PARAISOS FISCAIS, mas VÍTIMA DELES.

ARTIGAS José Gervasio

BLANES e o quadro “LOS TREINTA Y TRES ORINTALES” 1865-1877


DESCOLONIZAR por meio de PROJETOS CIVLIZATÓRIOS COMPENSADORES da ARTE.

ESCALADA Federico -1888-1960

BRASIL IMPORTA LIXO HOSPITALAR


PARAISOS FISCAIS

AS MÁSCARAS da DEMOCRACIA para os PARAÍSOS FISCAIS

RECEBIMENTOS INDEVIDOS e NÃO DEVOLVIDOS


Fig. 16 –  O pintor uruguaio Joaquin Torres Garcia (1878-1949) “Inverteu a América” ( 1943) questionando,  e problematizando a norma de colocar o Norte na parte superior  do mapa. Cria um estranhamento de um código que permite transferir para outras “verdades” aquilo que os colonizadores de todos os tempos e ondas manipularam  e cujo verdade não passa de uma convenção mentalmente interessante para atravessadores, mediadores e tuteladores. Porém a figuração visual era poderosamente secundada pelo mundo teórico e mental dos abundantes escritos de Joaquin Torres Garcia.


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