segunda-feira, 18 de julho de 2011

NÃO FOI NO GRITO - 003

As mais PODEROSAS FORÇAS

SÃO e AGEM SILENCIOSAS.

Este blog condena e estigmatiza o GRITO. No contraponto impõe-se a tarefa de mostrar a força do SILÊNCIO. Força do SILÊNCIO na ARTE coerente com a saúde mental, política e moral.


NASA -

Fig. 01 – A TERRA vista da LUA

O SILÊNCIO é perturbador para pessoas que se criaram na cultura do GRITO, do BERRO e do RUIDO. Os primeiros astronautas retornaram místicos à terra após experimentarem o SILÊNCIO dos espaço externo. Os anacoretas retiraram-se ao silêncio dos desertos para evitar os gritos, os berros e os ruídos que mantinha em funcionamento o Império Romano decadente.


NASA - Telescópio Hubble

Fig. 02 – A CONTELAÇÃO TRIFIDA expandindo-se o mostrando a sua beleza espaço interestelar é perturbadoramente silencioso

As maiores forças são silenciosas. O tempo flui silencioso sem fazer alarde. O espaço interestelar é perturbadoramente silencioso. As imensas forças do mundo físico, como o do magnetismo, não fazem ruídos. As forças morais e agem sem estardalhaço e coerentemente com as suas energias. A genética e a inteligência humana conduzem-se silenciosas e sem produzirem o menor barulho.


Programa Educativo da BBC - Londres

Fig. 03 – CÓDIGO GENÉTICO SILENCIOSO e COERENTE na sua FUNÇÂO.

Quanto mais poderosa uma energia, mais silenciosa ela é. Só acidentes e disfunções produzem barulho. A criatura humana, vivendo e cultivando a disfunção, habituou-se ao barulho e o adota o GRITO como cultura.


GOOGLE EARTH

Fig. 04 – SILÊNCIO da AMAZÔNIA - PARQUE NACIONAL do JAÚ

Certas narrativas da HISTÓRIA BRASILEIRA parecem caminhar para estas disfunções que tentam reunir argumentos que ela avançou aos solavancos e aos gritos intempestivos. Contra estas disfunções sociais, políticas e sociais este blog persegue o objetivo central é trazer documentos que reforçam a convicção de que o PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO teve um longo, sofrido e continuado caminho.

Para tanto este blog presta atenção redobrada ao SILÊNCIO dos autênticos vencedores e aos vencidos. Vitoriosos e vencidos que sabem que não cabem desculpas plausíveis e racionais posteriores à ação política como também na arte e mesmo no esporte. Isto por que a recompensa reside no próprio esporte, na arte e na política. O resto é disfunção, ruído e equívoco.


Foto de Círio Simon em 09.07.2011

Fig. 05 – A BELEZA do SILÊNCIO RECOQUISTADO da PRAÇA SHIGA – Porto Alegre.-RS A coerência do silêncio reconquistado e cultivado na lógica da cultura oriental.

Certas culturas incorporaram o silêncio em sua segunda natureza e o cultivam de todas as maneiras. Os povos do deserto desenvolveram a concepção do infinito, do padrão infinito e as divindades sem imagem e sem nome. Esta atenção permitiu inclusive salvara o grande legado clássico da cultura grega que chegou à pragmática e ruidosa cultura européia por meio da cultura árabe, que ainda aportou os algarismos, o zero indiano e arte não figurativa

O atento caçador indígena brasileiro lidava de uma forma extraordinária com o silêncio e onde qualquer ruído ou estalido de gravetos o orientavam mais do que a visão o olfato. Herança da cultura do silêncio multissecular dos seus antepassados orientais. Orientais que cultivavam este silêncio de todos os meios e formas. O projetam para o âmbito da sua religião na concepção do NIRVANA. Com toda certeza não era nenhuma banda barulhenta e dispersiva. De outra parte esta concepção de NIRVANA não é nenhum sintoma de solipsismo, de carência de uma visão universal e fuga do mundo empírico e atual.


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Fig. 06 – BELEZA SILENCIOSA de uma CATTLEYA VIOLÁCIA nascida nas PROFUNDEZAS da FLORESTA AMAZÔNICA e FLORINDO sem APLAUSOS e MESMO ESPECTADORES

Este autor ouviu a narrativa de um comerciante que foi contratado pela Colônia Nipônica da Ivoti RS para transportar a safra de suas uvas para o mercado de capital. Este comerciante procedeu a entrada nesta Colônia, o acompanhado da buzina e do grito na busca do produtor. Este ao aparecer se identificou e educadamente ponderou para o barulhento motorista:

- As uvas não gostam de barulho !.

O comentário posterior a esta lição da cultura oriental foi de inesperada aprendizagem, mas que assimilara a lição:

- Nunca recebi um “cala boca” tão educado !

A harmonia, nascida no SILÊNCIO e da ATENÇÂO ATIVA, permite percorrer todas as etapas da criação humana e no final conferir uma coerência única. Coerência potencial para assimilar todos os estágios e contribuições tanto das culturas alheias como das suas próprias elaborações.


http://arthurdisegna.blogspot.com/2010/05/arte-dos-fractais.html

Fig. 07 – FRACTAL nascido no SILÊNCIO da NATUREZA em CHICÓRIA.

Na cultura oriental mais avançada o conceito desenvolvido ao redor do Nirvana permitiu entender o poder do zero e do SILÊNCIO. Este SILÊNCIO John Cage(1912-1992) encontrou num mosteiro budista do Japão. SILÊNCIO derivado do Nirvana que permitiu que este músico adequasse todo o seu potencial sonoro na medida em o SILÊNCIO permite avaliar estes sons colocados sucessiva e controladamente no tempo em movimento. A sua obra, “4,33” recupera o SILÊNCIO completo, na passagem dos 4 minutos e dos 33 segundos que dura esta performance.



http://arthurdisegna.blogspot.com/2010/05/arte-dos-fractais.html

Fig. 08 – FRACTAL nascido no SILÊNCIO de ERA NUMÉRICA DIGITAL

O PODER ORIGINARIO também é um imenso potencial de forças silenciosas que agem e destroem todos os discursos incoerentes com o seu tempo e lugar. PODER ORIGINARIO que se vinga silenciosamente ao contornar profetas, políticos ou pretensos empresários deixando os falando, berrando. Estes, acostumados com a cultura dos seus próprios GRITOS, BERROS e pelo RUIDO da sua maquina publicitária, colocada no automático, não se dão conta de que seu tempo passou e que os seus discursos ululantes constituem meras farsas trágicas. O PODER ORIGINARIO há muito aprendeu a lição de que a melhor forma de vencer o tirano é não lhe dando o que ele quer. Como ele quer a atenção de todos a melhor forma de vencê-lo é ninguém lhe dar atenção.


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Fig. 09 – DESERTO SILENCIOSO

Não se trata defender o SILÊNCIO dos INOCENTES. Trata-se da potência somada ao conhecimento de que as maiores forças são silenciosas. Para este poderoso SILÊNCIO os GRITOS, os BERROS e o RUIDO constituem disfunções e atrapalham, escravizam e jogam na heteronomia a vontade de quem se deixa prender no brete destas disfunções.


Fig. 10 – A LUA vista da TERRA sobre o continente SILENCIOSO da ANTÀRTIDA

CAGE, John – apresentação integral de 4,33 assistida mais de 2 milhões de vezes

http://www.youtube.com/watch?v=hUJagb7hL0E

FRACTAIS

http://arthurdisegna.blogspot.com/2010/05/arte-dos-fractais.html

PARQUE NACIONAL do JAÚ – AM

http://www-man.blogspot.com/2010/08/parque-nacional-do-jau-am.html

CONCEITOS e HISTÓRIA da palavra TIRANIA

http://www.cefetsp.br/edu/eso/cidadania/newtonusp.html

Um comentário:

  1. sim, o silêncio não é a ausência de som, mas a ausência de forma no som, de instituição de som; nesse caso tanto os anacoretas quantos as belezas etc. não repugnavam exatamente o barulho, mas as "ordens" estatais, burocráticas, que atordoam o livre devir que nos atri; dessa forma, as cores podem ser barulhentas, o escuro ou os claros são barulhentos, até nos falsos silêncios de ordem também. Senão, o que seria da música realmente criativa? Ela também é um deserto.

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