segunda-feira, 9 de julho de 2012

NÃO foi no GRITO - 042


SUMÁRIO do 1º ANO.

meu único desejo será de acertar na geral opinião de todos, e para o que dedico a esta empreza todas as minhas .forças, na persuasão de que o fructo do meu trabalho tocará a meta da esperança, a que me propus.
Londres, l de Junho, de 1808   -  CORREIO BRAZILIENSE OU
ARMAZÉM LITERÁRIO.
LONDRES:  IMPRESSO POR W. LEWIS, Paternoster-Row,
Nº 001  JUNHO 1808.

Fig. 01 – O cenário improvisado de uma multissecular corte europeia e que continuava a ser sustentada pelas onipresentes igrejas e que há muito se havia instalado e mantido a colônia lusitana ultramarina. O Rio de Janeiro foi refúgio de uma das expressões da mentalidade do Ancien Regime onde prologou a sua própria agonia enquanto contaminava diretamente o Novo Continente. No seu retorno ao Velho Continente teve de dobrar as Cortes Lusas.

Este blog busca informações do decênio anterior à proclamação oficial da Independência do Brasil. Para tanto centra-se na leitura do Correio Braziliense (junho 1808 até dezembro 1822) sob a redação Hipólito José da Costa (1774-1823). O presente blog, nas suas sucessivas postagens mensais, busca a tese de que a SOBERANIA BRASILEIRA foi um processo longo e penoso e que, em hipótese alguma pode ser aceita a narrativa de que a Independência do Brasil FOI no GRITO. Na concordância e no contraditório, este blog vale-se, subsidiariamente, do tempo presente para mostrar a atualidade, a superação, ou não, das questões que o periódico impresso em Londres, tratava há dois séculos. No tempo presente orienta-se pela necessidade da redefinição circunstanciada, e permanente, do PODER ORGINÁRIO BRASILEIRO.
“os acontecimentos ultimo* do Brazil fazem desnecessário ao Redactor, o encarregar-se da tarefa de recolher novidades estrangeiras para aquelle paiz; quando a liberdade da imprensa nelle, e as muitas gazetas, que se publicam nas suas principaes cidade*, escusam este trabalho d'antes tam necessário”
CORREIO BRAZILIENSE  Nº 175  - DE DEZEMBRO 1822


Fig. 02 – O trabalho braçal no Brasil Colonial dependia inteiramente da atividade manual da mão de obra escrava. Esta era formada de variedade imensa de etnias, como se percebe pelos trajes e adereços destes carregadores que não se entendiam entre si mesmos necessitando do idioma do dominador para se comunicar entre si mesmos. O trabalho humano era realizado sem a intervenção de máquinas, pois a Rainha Maria I havia banida qualquer indústria.
 Veja o texto do Alvará de Maria I de 05 e janeiro de 1785 http://pt.wikisource.org/wiki/Alvar%C3%A1_de_D._Maria_I_sobre_a_ind%C3%BAstria_no_Brasil

 001  -NÃO HOUVE GRITO, a  NÃO ser de ANGÚSTIA e de MEDO.
sábado, 9 de julho de 2011

002 - MENTALIDADE da CORTE LUSA no BRASIL ou o BRASIL visto de LONDRES em JULHO de 1811.
terça-feira, 12 de julho de 2011

003 - As mais PODEROSAS FORÇAS  SÃO e AGEM  SILENCIOSAS.
segunda-feira, 18 de julho de 2011

004 - RIO PARDO POSSUI VIDA PRÓPRIA OPINIÃO de IVAN WINCK
quinta-feira, 21 de julho de 2011

Fig. 03 – A composição tipográfica de um jornal dependia, ainda em julho de 1812, da montagem de tipos móveis. O linotipo tornar-se prático em 1886. A máquina de escrever torna-se operacional na metade do séc. XIX  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/S%26g1.jpg

005 - O SILÊNCIO da DESESPERANÇA - do que falam os muros em Porto Alegre - RS em 2011  ?.
domingo, 24 de julho de 2011

006 - A CONFEDERAÇÃO dos TAMOIOS ou a VOZ SILENCIADA dos VELHOS da TERRA
terça-feira, 26 de julho de 2011

007 - BIBLIOTECA, TIPOGRAFIA e JORNAL na BAHIA  em 1811,  na HETERONOMIA de CENSOR, de GOVERNO MILITAR e PAGOS.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011

008 - A CAUSA MAIOR da GRITARIA e os ruídos da comunicação.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fig. 04 – A composição tipográfica de um jornal dependia, ainda em julho de 1812, da montagem de tipos móveis. O linotipo só viria tornar-se prático em 1886. Cada número do Correio Braziliense circulava entre 80 a 140 páginas. Contudo o número de agosto de 1812 era composto de 236 páginas.

009 - O SILENCIOSO PODER ORIGINÁRIO: O QUARTO PODER ou a SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA pelo  INSTRUMENTO da COMUNICAÇÃO SOCIAL NUMÉRICA.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011

010 - Os SEDUTORES e o SILÊNCIO dos IMPOSTORES.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011

011 - As RUIDOSAS PROMESSAS de ADOLESCENTES e as
INDEPENDÊNCIAS no NOVO MUNDO.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011

012 - BRASIL em SETEMBRO de 1811.
terça-feira, 20 de setembro de 2011

013 - BRASIL em SETEMBRO de 1811 no CONTEXTO das      
         SOBERANIAS SUL-AMERICANAS.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fig. 05 – No mapa de Jean Baptiste Debret a província Cisplatina e Corrientes ocupam grandes áreas dos atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Diante deste mapa é possível argumentar de que ele nunca esteve pessoalmente nestas províncias, pois neste mapa ele a faz constar Porto Alegre na província do Espirito Santo. As imagens relativas ao Rio Grande do Sul certamente ele o devia às lembranças e os desenhos do seu discípulo Manuel Araújo Porto-alegre que o acompanhou no seu regresso à Paris

014 - O PROCESSO do BICENTENARIO da SOBERANIA do URUGUAI.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011

015 - CIDADANIA e NOBREZA na INDEPENDÊNCIA do BRASIL.
terça-feira, 20 de setembro de 2011

016 - BRASIL em OUTUBRO de 1811.  O IMPÉRIO LUSO se DESAGREGA SILENCIOSAMENTE.
sábado, 1 de outubro de 2011

Fig. 06 – Um azulejo português retrata um caçador avulso. Mas também pode ser interpretado como a resistência portuguesa avulsa às sucessivas investidas francesas numa terra onde a era industrial ainda não havia chegado além de se constituir num território cativo da indústria inglesas  Ao longo da ocupação francesa o azulejo português foi proibido em Portugal.

017 - OUTUBRO de 1811 A SILENCIOSA FORÇA da SUBJETI-VIDADE.
domingo, 9 de outubro de 2011

018 - BRASIL em OUTUBRO de 1811. PREPARANDO SILENCIOSAMENTE, e com RAZÃO, a DERRUBADA dos PELOURINHOS LUSOS.
sábado, 15 de outubro de 2011

019 - BRASIL em OUTUBRO de 2011.  “EU ROUBO !... MAS, EU FAÇO !” , ou o ELOGIO de ALGUÉM com um PROJETO PÚBLICO.
domingo, 23 de outubro de 2011

020 - O BRASIL de novembro de 1811 e a MESA de CONSCIÊNCIA e ORDENS.
terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fig. 07 –  - Simon José Antonio de la Santíssima Trindad Bolivar y Palácios (1783-1830)  A instabilidade da península ibérica, após o triufo da Revolução americana, Francesa e invasão napoleônica dos seus territórios,  empurrou as províncias espanholas como as lusitana na América para um processo de soberania. Estas colônias não possuíam um quadro dirigente que pudesse entender e alcançar a complexa máquina administrativa de um país soberano.

021 - A VENEZUELA em novembro de 1811 e a LONGA, mas AUSPICIOSA PRIMAVERA da sua INDEPENDÊNCIA.
sábado, 5 de novembro de 2011

022 - TRES QUADROS RECRIAM EVENTOS das INDEPENDÊNCIAS de TRÊS NAÇÕES.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011

023 - UM IMPÉRIO de MENTIRINHA APARENTE
domingo, 13 de novembro de 2011

024 - O BRASIL em DEZEMBRO de 1811 ano no qual o  PRINCIPE REGENTE MANIFESTOU AMOR PATERNAL aos POBRES  e aos seus VASSALOS de PORTUGAL, JOGANDO-OS na CIRANDA FINANCEIRA INTERNACIONAL.
sábado, 3 de dezembro de 2011

025 - TODOS SOMOS ATENIENSES ou a DEMOCRACIA de “MENTIRINHA” e como ESTRATÉGIA para PERMANECER no PODER o MAIOR TEMPO POSSÍVEL e como o PRIMEIRO ATO de TODA REVOLUÇÃO.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Fig. 08 – A improvisação de um atelier para o artista visual Jean Baptiste DEBRET com uma cadeira servindo de cavalete permite perceber a precariedade da Missão Artística Francesa a costumada com a glória e pompa da corte de Napoleão Bonaparte. Ao mesmo tempo é visível  as encomendas oficiais destinadas à nobreza e aos militares, além dos quadros sacros e profanos ecleticamente pendurados na parede do fundo

026 - O BRASIL em JANEIRO de 1812 ou o eterno discurso otimista e marketing do Estado contra as provas evidentes das desordens provocadas pelo mau sistema administrativo colonialista luso-brasileiro.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

027 - O DISCURSO por CIMA e por FORA  em janeiro de 1812 e em janeiro de 2012.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

028 - O BRASIL EM FEVEREIRO de 1812 ..ou a tentativa de corrigir um erro histórico.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Fig. 09 – O artista Jean Baptiste Debret desenhava este motivos indígenas a partir das aldeias das diversas tribos que se deslocavam do interior brasileiro para a corte no Rio de Janeiro. Nos três volumes que editou ao retornara para Paris descreve estes costumes, os seus hábitos e as formas de seus abrigos improvisados que armavam nos arredores da capital. Leia em
Certamente o costume persiste nas calçadas urbanas de Porto Alegre, em julho de 2012, quando é frequente encontrar o artesanato, as mães indígenas e os filhos acampados.

029 - O CORREIO BRASILENSE e a CONFEDERAÇÃO dos TAMOIOS.
domingo, 19 de fevereiro de 2012

030 - BRASIL em MARÇO de 1812. ENTRE um GOVERNO NATURAL e um  CONTRATUAL
domingo, 4 de março de 2012

RUGENDAS Johan Moritz  (1802-1858)  Açoites no tronco – Rio de Janeiro.
Fig. 10 – A violência e a manutenção do regime colonial expressavam-se especialmente nos sofrimentos e humilhações da camada da população à qual legalmente havia sido arrancado qualquer direito civil. As frustrações do lusitano, longe de sua terrinha de origem, eram descarregadas diariamente na carne do escravo. 

031 - O HOLOCAUSTO AFRICANO e o SILÊNCIO dos JORNAIS do INÍCIO do SÉCULO XIX.
quinta-feira, 15 de março de 2012

032 - BRIC’s e AFRICA ou as IMAGENS REMASTERIZADAS, em 3D, do COLONIALSMO.
sábado, 31 de março de 2012

033 - O BRASIL em ABRIL de 1812 no CORREIO BRAZILIENSE ou QUANDO UM GOVERNO de um ESTADO PERDE a sua CONEXÃO com o seu PODER ORIGINÁRIO e  AINDA o INSULTA.
terça-feira, 3 de abril de 2012

034 - Uma INSTITUIÇÃO BRITÂNICA e o seu SUCESSO na CULTURA BRASILEIRA
sexta-feira, 6 de abril de 2012

BLANES Juan Manuel 1830-1901 - O Juramento da Constituição de 1830 -  esboço b
Fig. 11 – A Republica do Uruguai alcançava a sua soberania plena no ano de 1830 quando a sua Constituição Nacional foi proclamada e festivamente comemorada pelo povo nas ruas. A Província Cisplatina seguia o modelo das pequenas pátrias ao modelo de Auguste Comte . O contrato Nacional de sua soberania, expresso nesta Constituição foi intensamente trabalhado na sua educação institucional.

035 - O BRASIL em ABRIL de 1812 no CORREIO BRAZILIENSE Uma RAINHA SONHA em COMANDAR, a PARTIR do RIO de JANEIRO, o MUNDO IBÉRICO e as suas COLÔNIAS.
segunda-feira, 16 de abril de 2012

036 - O PODER sem MEDIAÇÕES e o PODER ORIGINÁRIO.
segunda-feira, 23 de abril de 2012

037 - De MAIO de 1812 até MAIO de-2012:  MUDARAM as MOSCAS.
segunda-feira, 21 de maio de 2012

038 - ENSINO a DISTÂNCIA em 2012 e o CORREIO BRAZILIENSE de 1808 até 1822.
domingo, 27 de maio de 2012

039 - De JUNHO de 1812 até JUNHO de-2012:  O ESTADO ASSUME a FALHA do PÁTRIO PODER e TENTA MEDIAR.
sexta-feira, 8 de junho de 2012


040 - De JUNHO de 1812 até JUNHO de-2012:  Os conflitos irreconciliáveis entre facções afastam o  ideal de um  Commonwealth lusitano.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

041 - BRASIL em JULHO de 1812 e 2012:  O chá de cadeira e os expedientes da procrastinação da diplomacia lusa.
domingo, 1 de julho de 2012



Na busca informações - do decênio anterior à proclamação oficial da Independência do Brasil – encontra-se constantemente o pensamento:

“..quanto os ministros de Estado naõ forem os primeiros a submetter-se ás leys, e evitar os actos de arbitrariedade, he impossível, que deixe de existir uma cadêa de poder arbitrário em todos os funccionarios públicos, e por conseqüência um desprezo geral das leys, na naçaõ; porque  nada pode importar mais aos individuos do que agradar a seus imediatos superiores, seja ou naõ seja em conformidade das leys”.
Correio Braziliense nº 50, julho de 1812, p.157  

Este pensamento é uma constante e foi uma das causas profundas - ainda não estudadas - da derrubada da burocracia e o corporativismo rasteiro que sustentava o regime colonial, escravocrata  à proclamação oficial da Independência do Brasil. “cadêa de poder arbitrário em todos os funccionarios públicos, e por conseqüência um desprezo geral das leys, na naçaõ; porque  nada pode importar mais aos individuos do que agradar a seus imediatos superiores, seja ou naõ seja em conformidade das leys”.

Em julho de 2012, certamente vão longe os tempos dos confrontos sangrentos - ou não - entre as mentalidades que sustentavam o “Ancien Regime”  e aquelas da “Razão” e da Iluminação.


Fig. 12 – A artista visual Cláudia Sperb interage com a Natureza por meio das suas obras. Motivada e orientada pela mentalidade erudita e contatos com a cultura da Índia ela contribui para transformou o seu lugar de trabalho como uma janela para a civilização. Partindo dos mosaicos bizantinos enveredou para os pixels digitais quando eles eram novidade na informática. Desde mundo ampliou a sua experiência existencial com o Nirvana budista. Com ZERO da cultura budista e com o UM do mundo ocidental manteve uma carreira coerente consigo mesmo e com o seu mundo visto de uma janela de uma antiga propriedade dos primeiros imigrantes germânicos.

 Também fazem cada vez menos sentidos a herança dos confrontos entre a Direita e a Esquerda. Contudo a burocracia e o corporativismo - rasteiro e bajulador - conseguiu sobreviver e até saiu fortalecido destes embates barulhentos levando sempre o melhor para si mesmo em qualquer regime. Inclusive no Brasil invadiu e distorceu os dicionários da língua portuguesa. Falar em relação à ALVORADA, faz saltar imediatamente a figura do palácio e sede desta burocracia e a aspiração máxima de todo e qualquer partido e da sua auréola corporativista de todos os matizes e tons possíveis. Vão longe os poetas das madrugadas...que ainda rimavam alvorada com passarada.



Hipólito José da Costa
CORREIO do POVO -ANO 117 Nº 276 - PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2012 p,2 Nosso Colaborador Carlos Roberto da Costa Leite coordenador do setor de Imprensa do Musecom

02 de julho de 1823 - Bahia


09  de julho de 1932 – São Paulo


Este material possui  uso restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
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1º  blog :

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