SUMÁRIO do 1º ANO.
“meu único desejo será de acertar
na geral opinião de todos, e para o que dedico a esta empreza todas as minhas
.forças, na persuasão de que o fructo do meu trabalho tocará a meta da
esperança, a que me propus”.
Londres,
l de Junho, de 1808 - CORREIO
BRAZILIENSE OU
ARMAZÉM
LITERÁRIO.
LONDRES: IMPRESSO POR W. LEWIS, Paternoster-Row,
Nº
001 JUNHO 1808.
Fig. 01 – O cenário improvisado de uma multissecular corte
europeia e que continuava a ser sustentada pelas onipresentes igrejas e que há
muito se havia instalado e mantido a colônia lusitana ultramarina. O Rio de
Janeiro foi refúgio de uma das expressões da mentalidade do Ancien Regime onde prologou
a sua própria agonia enquanto contaminava diretamente o Novo Continente. No seu
retorno ao Velho Continente teve de dobrar as Cortes Lusas.
Este blog busca informações do decênio anterior à proclamação oficial da Independência do Brasil. Para
tanto centra-se na leitura do Correio Braziliense (junho 1808 até dezembro 1822)
sob a redação Hipólito José da Costa (1774-1823). O presente blog, nas suas
sucessivas postagens mensais, busca a tese de que a SOBERANIA BRASILEIRA foi um
processo longo e penoso e que, em hipótese alguma pode ser aceita a narrativa
de que a Independência do Brasil FOI
no GRITO. Na concordância e no contraditório, este blog vale-se,
subsidiariamente, do tempo presente para mostrar a atualidade, a superação, ou
não, das questões que o periódico impresso em Londres, tratava há dois séculos.
No tempo presente orienta-se pela necessidade da redefinição circunstanciada, e
permanente, do PODER ORGINÁRIO BRASILEIRO.
“os acontecimentos ultimo* do Brazil fazem
desnecessário ao Redactor, o encarregar-se da tarefa de recolher novidades
estrangeiras para aquelle paiz; quando a liberdade da imprensa nelle, e as
muitas gazetas, que se publicam nas suas principaes cidade*, escusam este trabalho
d'antes tam necessário”
CORREIO BRAZILIENSE Nº 175
- DE DEZEMBRO 1822
Fig. 02 – O trabalho braçal no Brasil Colonial dependia
inteiramente da atividade manual da mão de obra escrava. Esta era formada de
variedade imensa de etnias, como se percebe pelos trajes e adereços destes
carregadores que não se entendiam entre si mesmos necessitando do idioma do
dominador para se comunicar entre si mesmos. O trabalho humano era realizado
sem a intervenção de máquinas, pois a Rainha Maria I havia banida qualquer
indústria.
Veja o texto do Alvará de
Maria I de 05 e janeiro de 1785 http://pt.wikisource.org/wiki/Alvar%C3%A1_de_D._Maria_I_sobre_a_ind%C3%BAstria_no_Brasil
001 -NÃO
HOUVE GRITO, a NÃO ser de ANGÚSTIA e de
MEDO.
sábado, 9 de julho de
2011
002 - MENTALIDADE da
CORTE LUSA no BRASIL ou o BRASIL visto de LONDRES em JULHO de 1811.
terça-feira, 12 de julho de 2011
003 - As mais
PODEROSAS FORÇAS SÃO e AGEM SILENCIOSAS.
segunda-feira, 18 de
julho de 2011
004 - RIO PARDO POSSUI VIDA PRÓPRIA OPINIÃO de
IVAN WINCK
quinta-feira, 21 de
julho de 2011
Fig. 03 – A
composição tipográfica de um jornal dependia, ainda em julho de 1812, da
montagem de tipos móveis. O linotipo tornar-se prático em 1886. A máquina de
escrever torna-se operacional na metade do séc. XIX http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/S%26g1.jpg
005 - O SILÊNCIO da
DESESPERANÇA - do que falam os muros em Porto Alegre - RS
em 2011 ?.
domingo, 24 de julho de
2011
006
- A CONFEDERAÇÃO dos TAMOIOS ou
a VOZ SILENCIADA dos VELHOS da TERRA
terça-feira, 26 de
julho de 2011
007
- BIBLIOTECA, TIPOGRAFIA e JORNAL na BAHIA
em
1811, na HETERONOMIA de CENSOR, de
GOVERNO MILITAR e PAGOS.
segunda-feira, 1 de
agosto de 2011
008 - A CAUSA MAIOR da
GRITARIA e os ruídos da comunicação.
sexta-feira, 5 de
agosto de 2011
Fig.
04 – A composição tipográfica de um jornal dependia, ainda em julho de 1812, da
montagem de tipos móveis. O linotipo só viria tornar-se prático em 1886. Cada
número do Correio Braziliense circulava entre 80 a 140 páginas. Contudo o
número de agosto de 1812 era composto de 236 páginas.
009
- O SILENCIOSO PODER ORIGINÁRIO: O QUARTO
PODER ou a SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA pelo INSTRUMENTO da COMUNICAÇÃO SOCIAL NUMÉRICA.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
010 - Os SEDUTORES e o SILÊNCIO dos
IMPOSTORES.
segunda-feira, 22 de
agosto de 2011
011
- As RUIDOSAS PROMESSAS de ADOLESCENTES e as
INDEPENDÊNCIAS
no NOVO MUNDO.
segunda-feira, 29 de
agosto de 2011
012 - BRASIL em
SETEMBRO de 1811.
terça-feira, 20 de
setembro de 2011
013
- BRASIL em SETEMBRO de 1811 no CONTEXTO das
SOBERANIAS SUL-AMERICANAS.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Fig. 05 – No mapa
de Jean Baptiste Debret a província Cisplatina e Corrientes ocupam grandes
áreas dos atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Diante deste
mapa é possível argumentar de que ele nunca esteve pessoalmente nestas províncias,
pois neste mapa ele a faz constar Porto Alegre na província do Espirito Santo.
As imagens relativas ao Rio Grande do Sul certamente ele o devia às lembranças
e os desenhos do seu discípulo Manuel Araújo Porto-alegre que o acompanhou no
seu regresso à Paris
014 - O PROCESSO do BICENTENARIO da SOBERANIA do URUGUAI.
quarta-feira, 14 de
setembro de 2011
015 - CIDADANIA e NOBREZA na INDEPENDÊNCIA
do BRASIL.
terça-feira, 20 de
setembro de 2011
016
- BRASIL em OUTUBRO de 1811. O IMPÉRIO LUSO se DESAGREGA SILENCIOSAMENTE.
sábado, 1 de outubro de 2011
Fig. 06 – Um
azulejo português retrata um caçador avulso. Mas também pode ser interpretado
como a resistência portuguesa avulsa às sucessivas investidas francesas numa terra onde a era industrial ainda não havia
chegado além de se constituir num território cativo da indústria inglesas Ao longo da ocupação francesa o azulejo
português foi proibido em Portugal.
017
- OUTUBRO de 1811 A SILENCIOSA FORÇA da SUBJETI-VIDADE.
domingo, 9 de outubro
de 2011
018
- BRASIL em OUTUBRO de 1811. PREPARANDO
SILENCIOSAMENTE, e com RAZÃO, a DERRUBADA dos PELOURINHOS LUSOS.
sábado, 15 de outubro de 2011
019
- BRASIL em OUTUBRO de 2011. “EU ROUBO !... MAS, EU FAÇO !” , ou o
ELOGIO de ALGUÉM com um PROJETO PÚBLICO.
domingo, 23 de outubro de 2011
020
- O BRASIL de novembro de 1811 e a MESA de CONSCIÊNCIA e ORDENS.
terça-feira, 1 de
novembro de 2011
Fig. 07 – - Simon
José Antonio de la Santíssima Trindad
Bolivar y Palácios (1783-1830) A instabilidade da península ibérica, após
o triufo da Revolução americana, Francesa e invasão napoleônica dos seus
territórios, empurrou as províncias espanholas
como as lusitana na América para um processo de soberania. Estas colônias não
possuíam um quadro dirigente que pudesse entender e alcançar a complexa máquina
administrativa de um país soberano.
021
- A VENEZUELA em novembro de 1811 e a LONGA, mas AUSPICIOSA PRIMAVERA da sua
INDEPENDÊNCIA.
sábado, 5 de novembro de 2011
022
- TRES QUADROS RECRIAM EVENTOS das INDEPENDÊNCIAS de TRÊS NAÇÕES.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
023 - UM IMPÉRIO de
MENTIRINHA APARENTE
domingo, 13 de novembro
de 2011
024
- O BRASIL em DEZEMBRO de 1811 ano no qual o
PRINCIPE REGENTE MANIFESTOU AMOR PATERNAL aos POBRES e aos seus VASSALOS de PORTUGAL, JOGANDO-OS na
CIRANDA FINANCEIRA INTERNACIONAL.
sábado, 3 de dezembro de 2011
025
- TODOS SOMOS ATENIENSES ou a DEMOCRACIA de “MENTIRINHA” e como ESTRATÉGIA para PERMANECER no PODER o MAIOR
TEMPO POSSÍVEL e como o PRIMEIRO ATO de TODA REVOLUÇÃO.
quarta-feira, 7 de
dezembro de 2011
Fig. 08 – A improvisação
de um atelier para o artista visual Jean
Baptiste DEBRET com uma cadeira servindo de cavalete permite perceber a
precariedade da Missão Artística Francesa a costumada com a glória e pompa da
corte de Napoleão Bonaparte. Ao mesmo tempo é visível as
encomendas oficiais destinadas à nobreza e aos militares, além dos quadros
sacros e profanos ecleticamente pendurados na parede do fundo
026
- O BRASIL em JANEIRO de 1812 ou o eterno discurso otimista e marketing do
Estado contra as provas evidentes das desordens provocadas pelo mau sistema
administrativo colonialista luso-brasileiro.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
027 - O DISCURSO por CIMA e por
FORA em janeiro
de 1812 e em janeiro de 2012.
segunda-feira, 23 de
janeiro de 2012
028
- O BRASIL EM FEVEREIRO de 1812 ..ou a tentativa de corrigir um erro histórico.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Fig. 09 – O
artista Jean Baptiste Debret desenhava
este motivos indígenas a partir das aldeias das diversas tribos que se deslocavam
do interior brasileiro para a corte no Rio de Janeiro. Nos três volumes que
editou ao retornara para Paris descreve estes costumes, os seus hábitos e as
formas de seus abrigos improvisados que armavam nos arredores da capital. Leia
em
Certamente o
costume persiste nas calçadas urbanas de Porto Alegre, em julho de 2012, quando
é frequente encontrar o artesanato, as mães indígenas e os filhos acampados.
029
- O CORREIO BRASILENSE e a CONFEDERAÇÃO dos TAMOIOS.
domingo, 19 de
fevereiro de 2012
030
- BRASIL em MARÇO de 1812. ENTRE um GOVERNO NATURAL e um CONTRATUAL
domingo, 4 de março de
2012
RUGENDAS Johan Moritz (1802-1858) Açoites no tronco – Rio de Janeiro.
Fig. 10 – A violência
e a manutenção do regime colonial expressavam-se especialmente nos sofrimentos
e humilhações da camada da população à qual legalmente havia sido arrancado
qualquer direito civil. As frustrações do lusitano, longe de sua terrinha de
origem, eram descarregadas diariamente na carne do escravo.
031
- O HOLOCAUSTO AFRICANO e o SILÊNCIO dos JORNAIS do INÍCIO do SÉCULO XIX.
quinta-feira, 15 de
março de 2012
032
- BRIC’s e AFRICA ou as IMAGENS REMASTERIZADAS, em 3D, do COLONIALSMO.
sábado, 31 de março de
2012
033
- O BRASIL em ABRIL de 1812 no CORREIO BRAZILIENSE ou QUANDO UM GOVERNO de um
ESTADO PERDE a sua CONEXÃO com o seu PODER ORIGINÁRIO e AINDA o INSULTA.
terça-feira, 3 de abril
de 2012
034
- Uma INSTITUIÇÃO BRITÂNICA e o seu SUCESSO na CULTURA BRASILEIRA
sexta-feira, 6 de abril
de 2012
BLANES Juan Manuel 1830-1901 - O Juramento da Constituição de
1830 - esboço b
Fig. 11 – A
Republica do Uruguai alcançava a sua soberania plena no ano de 1830 quando a
sua Constituição Nacional foi proclamada e festivamente comemorada pelo povo
nas ruas. A Província Cisplatina seguia o modelo das pequenas pátrias ao modelo
de Auguste Comte . O contrato Nacional de
sua soberania, expresso nesta Constituição foi intensamente trabalhado na sua
educação institucional.
035
- O BRASIL em ABRIL de 1812 no CORREIO BRAZILIENSE Uma RAINHA SONHA em
COMANDAR, a PARTIR do RIO de JANEIRO, o MUNDO IBÉRICO e as suas COLÔNIAS.
segunda-feira, 16 de
abril de 2012
036 - O PODER sem
MEDIAÇÕES e o PODER ORIGINÁRIO.
segunda-feira, 23 de
abril de 2012
037
- De MAIO de 1812 até MAIO de-2012:
MUDARAM as MOSCAS.
segunda-feira, 21 de
maio de 2012
038
- ENSINO a DISTÂNCIA em 2012 e o CORREIO BRAZILIENSE de 1808 até 1822.
domingo, 27 de maio de
2012
039
- De JUNHO de 1812 até JUNHO de-2012: O
ESTADO ASSUME a FALHA do PÁTRIO PODER e TENTA MEDIAR.
sexta-feira, 8 de junho
de 2012
040
- De JUNHO de 1812 até JUNHO de-2012: Os conflitos irreconciliáveis entre facções
afastam o ideal de um Commonwealth lusitano.
quinta-feira,
14 de junho de 2012
041
- BRASIL em JULHO de 1812 e 2012: O chá
de cadeira e os expedientes da procrastinação da diplomacia lusa.
domingo, 1 de julho de 2012
Na busca informações - do decênio anterior à
proclamação oficial da Independência do Brasil – encontra-se constantemente o
pensamento:
“..quanto os ministros
de Estado naõ forem os primeiros a submetter-se ás leys, e evitar os actos de
arbitrariedade, he impossível, que deixe de existir uma cadêa de poder
arbitrário em todos os funccionarios públicos, e por conseqüência um desprezo
geral das leys, na naçaõ; porque nada
pode importar mais aos individuos do que agradar a seus imediatos superiores,
seja ou naõ seja em conformidade das leys”.
Correio Braziliense nº 50, julho de 1812, p.157
Este pensamento é uma constante e foi uma das causas
profundas - ainda não estudadas - da derrubada da burocracia e o corporativismo
rasteiro que sustentava o regime colonial, escravocrata à proclamação oficial da Independência do Brasil. “cadêa de poder arbitrário em todos os
funccionarios públicos, e por conseqüência um desprezo geral das leys, na
naçaõ; porque nada pode importar mais
aos individuos do que agradar a seus imediatos superiores, seja ou naõ seja em
conformidade das leys”.
Em julho de 2012, certamente vão longe os tempos dos
confrontos sangrentos - ou não - entre as mentalidades que sustentavam o
“Ancien Regime” e aquelas da “Razão” e
da Iluminação.
Fig. 12 – A
artista visual Cláudia Sperb interage
com a Natureza por meio das suas obras. Motivada e orientada pela
mentalidade erudita e contatos com a cultura da Índia ela contribui para
transformou o seu lugar de trabalho como uma janela para a civilização.
Partindo dos mosaicos bizantinos enveredou para os pixels digitais quando eles
eram novidade na informática. Desde mundo ampliou a sua experiência existencial
com o Nirvana budista. Com ZERO da cultura budista e com o UM do mundo
ocidental manteve uma carreira coerente consigo mesmo e com o seu mundo visto
de uma janela de uma antiga propriedade dos primeiros imigrantes germânicos.
Também fazem
cada vez menos sentidos a herança dos confrontos entre a Direita e a Esquerda.
Contudo a burocracia e o corporativismo - rasteiro e bajulador - conseguiu sobreviver
e até saiu fortalecido destes embates barulhentos levando sempre o melhor para
si mesmo em qualquer regime. Inclusive no Brasil invadiu e distorceu os
dicionários da língua portuguesa. Falar em relação à ALVORADA, faz saltar imediatamente a figura do palácio e sede desta burocracia e a aspiração máxima de todo e
qualquer partido e da sua auréola corporativista de todos os matizes e tons
possíveis. Vão longe os poetas das madrugadas...que
ainda rimavam alvorada com passarada.
Hipólito José
da Costa
CORREIO do POVO -ANO 117 Nº 276 - PORTO ALEGRE,
SEGUNDA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2012 p,2 Nosso Colaborador Carlos Roberto
da Costa Leite coordenador do setor
de Imprensa do Musecom
02 de julho de
1823 - Bahia
09 de julho de 1932 – São Paulo
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