terça-feira, 5 de maio de 2020

197 – NÃO FOI NO GRITO – MAIO de 1820 e 2020

RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS do BRASIL em  MAIO de 1820 e em 2020 
Fig. 01 A extensa rede mundial de ocupações lusitanas cobria territórios dos quatro continentes. . Esta rede estava para se romper na medida em que as nações industrializadas começaram a buscar fontes de matérias primas para as suas fábricas e impor um mercado cativo para os produtos de suas máquinas


Hipólito José de Costa sempre manteve o sonho de que o mundo lusitano pudesse convergir  para unidade que fosse superior à eventuais soberanias de frágeis estados nacionais isolados. Ainda não a havia nascido o COMONWELDT, mas a direção já havia sido dada pela Grã Bretanha.
 Olhando o BRASIL, do presente para o passado,  o conceito dele diante das nações soberanas nunca esteve em tamanha baixa como em  MAIO de 2020.

 Vão longe os tempos de Oswaldo ARANHA como presidente da ONU, ou de Barão de RIO GRANCO uma unanimidade nacional e internacional. Ou então um Alexandre GISMÂO brandindo o bordão do “UTI POSSIDETIS - ITA POSSEDETIS” para incorporar as MISSÔ[ÕES ao BRASIL
O que se pode ler nas entrelinhas, do texto de maio de 1810 do Correio Braziliense, é que Hipólito José da COSTA é que ele já percebe e trata o BRASIL  como nação soberana.  Apesar disto ele não abdicava da concepção que este pedaço da América pudesse integrar o MUNDO LUSITANO. Porém falaram mais alto as estreitas, imediatistas e obtusas mentalidades interesseiras. Estas rasgaram e tornaram em migalhas impotentes o que antes era uma unidade e fartos lucros para todos.
Esta visão unitária, apesar de todas as diferenças, também foi mantida pelo Rio Grande do Sul. Ele sempre lutou contra o centralismo com o objetivo de ser um Estado dentro do Brasil. Hipólito José estava propondo algo que muitas nações estão buscando, no presente, ou seja se aproximar de outras nações soberanas para se fortalecerem reciprocamente.
*


Fig. 02 A situação da região na qual se situa atualmente o URUGUIA era muito confusa, em maio de 1820.  O pior ainda estava para vir (veja gráfico acima) e só dois séculos depois baixou um pouco a poeira e cessaram alguns ânimos belicosos e interesseiros  Estes conflitos abertos e declarados tinham por objetivo de  Portugal  a acesso e se possível domínio militar da Bacia do Rio da Prata


CORREIO BRAZILIENSE de MAIO de 1820
VOL . XXIV. Nº 144. Miscellanea pp.524-528
Fig. 03  Em 1820  a cidade de BUENOS AIRES existia a partir dos primeiros anos da dominação colônia  espanhola da América, Era a garantia para o acesso de uma extensa área regada por rios navegáveis e afluentes do Rio da Prata. Nestes rios afluentes estava a cidade de Assunção. A partir dela  is espanhóis buscavam caminho das minas de prata e a conexão com o Vice reinado do Peru Buenos Aires  acumulava os fritos do seu desenvolvimento a partir do seu porto;. Este porto sofreu 12 ataques sucessivos dos britânicos quando a Espanha se enfraqueceu e a Inglaterra buscavam fontes de matérias primas para as suas fábricas e  um mercado cativo para os produtos de suas máquinas   


Refiexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALGARVES.
Relaçoens do Brazil com a America Hespanhola.
Pelas noticias do Rio-da-Prata, e pelos documentos, que publicamos a p. 403, se sabe, que houve em Buenos-Ayres uma total mudança nas pessoas da Governança, do que se espera outra mudança ainda mais considerável no systema político daquelle paiz; e, como principio dessas novas medidas, apparece ja uma confederação das provincias de Buenos-Ayres, Sancta-Fé, e Entre-Rios. A importância destes acontecimentos, a respeito do Brazil. nos parece mui evidente ; e por isso naõ podemos deixar de repetir aqui as nossas observaçoens, sebre o que se tem deixado de fazer, e o que se pudera ter feito, para assegurar ao Brazil a necessária tranquillidade, e precaver a influencia desfavorável, que naquelle paiz pudessem ter os acontecimentos políticos da America Hespanhola. 
Fig. 04  O porto tranquilo da cidade de BUENOS AIRES era a garantia da posse das PROVINCIAS CISPLATINAS.. Esta posse foi permanentemente questionada e posta a prova pelas aspirações  lusitanas,

Estas aspirações significavam a posse e o possível controle do Rio da Prata. Para tanto criou, em 1680, o forte e a cidade de Colônia do Sacramento.


Naõ pôde duvidar-se que houve tempo, em que o Governo de Buenos-Ayres se achou o mais bem disposto, que éra possível, para com a Corte do Rio-de-Janeiro. Entaõ éra o tempo de se estabelecerem negociaçoens, que produzissem o desejado effeito a favor do Brazil. Mudaram porém as cousas, e agora se torna mui problemático, se a nova Administração de Buenos-Ayres terá as mesmas disposiçoens favoráveis para com o Brazil; e, no caso que as tenha, se as outras províncias confederadas permittiraõ que se obre nesse sentido. Para o passado ja naõ ha remédio; por tanto nada diremos da negligencia dos Ministros, no Brazil, em naõ se terem aproveitado das oceasioens favoráveis ; vejamos, pois, o que ainda he possível para o futuro, e o que, em nossa opinião, parece necessário, para evitar mais desastres daqui em diante. He evidente qae as consideraçoens da politica Europea tem privado o Brazil de tirar o partido que devia do estado actual da America Hespanhola: primeiro, por uma contemplação mui entendida a respeito da Hespanha; e segundo, pelo receio de dar o fie nsa ás Potências Aliadas da Europa, que se quizéram em certo modo mostrar affectas aos interesses da Hespanha.
Fig. 05 A diplomacia lusitana estava centrada, em maio de 1820, na coorte do Rio de Janeiro que administrava o REINO UNIDO de PORTUGAL. BRASIL e ALGARVES uma extensa rede mundial lusitana dos quatro continentes. . Com as mudanças impostas pelo CONRESSO de VIENA esta diplomacia portuguesa devia responder as questões externas que as nações vitoriosas determinavam, No lado interno o questionamento da monocracia - que ainda caracterizavam a política de Don João VI – devia ser administrada  e contemporizada  

A salvação do Estado deve sempre ser a ley suprema, a qae devem submetter-se todas as outras consideraçoens; e ninguém pôde duvidar, que he da mais vital importância para a prosperidade e tranquillídade do Brazil, o conservar-se em boa harmonia com os seus vizinhos da America Hespanhola. Das funestas conseqüências, que se devem seguir á interrupção dessa bôa harmonia, nem a Hespanha, nem as Potências Aliadas da Europa poderão livrar o Brazil. Logo o Governo daquelle paiz deve despir-se das consideraçoens da politica Europeu, que lhe naõ pôde valer, e cuidar dos interesses de seu paiz, e de conservar a amizade de seus vizinhos, sem o que naõ pôde o Brazil estar tranquillo. Que o Governo passado da Hespanha naõ merecia a menor contemplação, provam os successos actuaes; porque naõ ha Hespanhol algum, desde El Rey até o menor vassallo, que naõ declare péssimas as máximas de Administração, que o Governo Hespanhol tinha até aqui seguido. Ninguém dirá, logo, que convinha ao Brazil amoldar suas medidas ao que poderia convir, ou houvesse desejado a politica de similhante Governo. Dir-se-ha, porém, que havendo mudado o Governo da Hespanha, a contemplação, que d'antes se naõ devia ter com elle, convém que se tenha agora. Dizemos que naõ; porque a mudança no Governo de Hespanha nada influirá na marcha das cousas na America Hespanhola. A Hespanha, seja qual for a forma de Governo que adopte, naõ poderá jamais recobrar o domínio dos paizes, que se tem declarado independentes; quando muito poderá conservar por mais alguns annos as colônias, que lhe restam ainda sugeitas; logo he um sacrifício inútil á Hespanha, e prejudicialissirao ao Brazil, o restringir-se a Corte do Rio-de-Janeiro em suas medidas, a respeito da America Hespanhola, meramente pela contemplação de que a Hespanha meditara ainda o plano impraeiicavel de reconquistar suas colônias ja independentes. Pelo que respeita as Potências Alliadas, nada seria mais injusto do que impedirem ellas que o Brazil cuidasse de seus interesses, por um respeito imaginário á Hespanha; ao mesmo tempo que essas mesmas poitncias, nem fazem cousa alguma a favor da Hespanha, nesta guerra civil com as colônias, nem offerecem ao Brazil a menor garantia contra os males, que necessariamente se lhe haõ de seguir, de naõ cultivar a amizade da America Hespanhola independente. 

Fig. 06 O busto de Artigas em Porto Alegre é um marco da evolução das relações do Uruguai oom o Brasil e em particular com o Rio Grande do Sul Este líder-  com belos ideais libertários- encontrou um povo debilidade dividido pelo longo e severo domínio colonial. .Misturavam-se índios  missioneiros, escravos fugidos do Brasil, aventureiros avulsos de tidas as nações e peões de estanciais. Para o Rio Grande do Sul o Uruguai sempre foi refúgio de pessoas, de economias e de ideais não tolerados no Brasil   


Só o nome de um chefe de partidas da America Hespanhola, Artigas, tem bastado para encher os mares de corsários, que annihilam os restos do commercio marítimo Braziliense; Que seria se algum dos Governos ja estabelecidos na America Hespanhola declarasse a guerra ao Brazil ? j¿Que tem leito as Potências Aliadas, para impedir os desastres, que os corsários com o nome de Artigas causam ao commercio do Brazil ? Nada, ¿ Que fariam essas Potências a favor do Brazil, se Buenos-Ayres ou outra qual quer parte da America Hespanhola lhe declarasse a guerra ? Cousa nenhuma. Logo he absurdo o negligenciar o Brazil seus interesses, nem em contemplação da Hespanha, a quem naõ pôde fazer bem algum com essa negligencia; nem em consideração das Potências Aluadas, que naõ abrigarão o Brazil contra as más conseqüências desse systema de contemplaçoens. 
Fig. 07  - A fundação, pelos lusitanos, do forte e da cidade de COLONIA do Sacramento frente a cidade de BUENOS AIRES, em 1680, tencionou ao máximo a disputa pelo RIO da PRATA. . Portugal pretendia a posse da foz do Rio Amazonas, somada com aquela da Rio da Prata, Para a Espanha o domínio da foz do RIO da PRATA significava o controle de vasto território e i caminho até o Ocenia Pacifico. Assim areação espanhola foi imediata e com suciavas tomadas militares do forte e da cidade de CILÔNIA.


As provincias de Buenos-Ayres, de Sancta-Fé e de EntreRios, principalmente esta ultima, tem sempre olhado com o maior ciúme a extençaõ dos limites do Brazil até o Rio-da Prata. Em quanto aquellas provincias se achavam desunidas, seria muito mais fácil o convênio para determinar os limites do Brazil naquella parte, do que o pôde ser agora qae essas províncias se acham confederadas.
Fig. 08 O mapa de Montevidéu, em 1820, mostra uma cidade amuralhada, com o traçado quadriculado filipino.  A tomada lusitana desta cidadela, em 20 de janeiro de 1817[1] não significava a posse e administração do interior sob o controle de diversas facções políticas, econômicas e étnicas, De outra parte Montevidéu permaneceu fiel a  Portugal  e teve de ser tomada pela esquadra brasileira após a independência do Brasil


 Considerando estas circumstaneras, e olhando para as palavras do artigo 3.º da Convenção que publicamos a p. 403, naõ temos a menor duvida de que se faraõ esforços sérios para desalojar de Monte-Vedio as tropas Brazihenses, e quando isso succeda será inevitável a guerra com Buenos-Ayres ; e dahi todas as suas funestas conseqüências. Por terra seraõ as hostilidades de igual detrimento uo Brazil, e ás provincias unidas de La-Plata, se as forças se acharem ignaes de ambas as partes contendentes; mas por mar toda a perda será para o Brazil, porque este tem commercio e navios mercantis que perder, e Buenos-Ayres só faz o seu commercio por meio de vasos estrangeiros, e assim naõ perderá cousa alguma na guerra marítima com o Brazil, Nestes termos he claro, que a Corte do Brazil naõ deve perder um só momento em negociar com as Provincias Unidas de La-Plata, um tractado de limites, com que assegure a definição de suas fronteiras, e a continuação de uma paz naõ interrompida. O único obstáculo para esta negociação seria o Chefe Artigas ; mas este, (naõ só pela derrota, que ultimamente soffreo, como ao depois veremos ; mas também, porque naõ entrou a principio na convenção das três Provincias, como se vê pelo artigo 10; a p. 495;) será de pouca monta em sua opposiçaõ; se a Corte do Brazil se resolver a levar o seu ponto adiante : e de tam ponderosa importância julgamos ser éstaimmediata negociação para firmar os limites do Brazil, que a julgamos superior a todas as outras consideraçoens, e merecedora de quaesquer sacrifícios, que sejam necessários, para alcançar tam útil objecto.
Fig. 09 A esquadra lusitana era inteiramente desproporcional e ineficiente para a extensa rede mundial de ocupações do REINO UNIDO da PORTUGAL BRASIL e ALGARVES. Os marujos eram escravos em grande parte, e os grumetes eram tratados com um rigor bárbaro e que que irá se arrastar através do Império até a Revolta da Armada já no Regime Republicano. A falta de logística marítima própria e autoral para unir i Imenso REINO LUSITANO  é uma das razões de sua estagnação e posterior  esgarçamento.


Guerra do Rio-da-Prata.
A p. 513 publicamos o extracto da Gazeta Extraordinaria do Rio-de-Janeiro de 29 de Fevereiro passado, em que se referem as particularidades de uma acçaõ importante, que houve com Artigas. Este chefe de bandoleiros fez um grande esforço para invadir as fronteiras do Brazil por parte das Missoens, ajunetando para isto gente em numero de 2.500 homens. Houveram primeiro varias escaramuças entre as partidas oppostas, em diversos pontos, e por fim veio o grosso das tropas a contacto.
Fig. 10 O Forte de Santa Teresa pertence atualmente ao Uruguai  Era um dos fortes militares que integrava ao extenso rosário de fortificações que protegiam a cista da colônia brasileira. A construção, a manutenção e ocupaçãi desta rede mundial de ocupações lusitanas que cobria as costa marítimas dos  territórios dos quatro continentes. . Esta rede consumia os parcos recursos contínuos que Portugal usufruía destas terras além dos eventuais ciclos do ouro, do pau brasil e do açúcar brasileiro


 O Conde da Figueira[1], Governador e Capitão General do Rio Grande, chegou ao passo de S. Francisco de Borja aos 10 de Janeiro, aonde o exercito do Brazil se tinha acampado, juncto ao rio Sancta Maria : c, sabendo que o inimigo marchava de Cunha, na direcçaõ de Taquarimbo, partio o General aos 11 com 1.200 homens para o passo de Armadia; e preparou-se para dar batalha, o que succedeo aos 22, como consta do mesmo ofhcio publicado a p. 513. Esta derrota de Artigas, em Lunarejo, juncto ao Taquarembo, aos 22 de Janeiro, obrigou os povos do Districto de S. Jozé a submetterem-se a Monte-Vedio, como se vè pela convenção, que publicamos a p. 49G ; e a conseqüência desta importante victoria foi a pacificação de toda a Banda Oriental do Rio-daPrata. Os Commissarios do Cabildo de Monte-Vedio, se ajunctaram, no 1. de Fevereiro, em S. Jozé, com os Deputados deste districto; e negociaram a covençaõ, que publicamos a p. 496, e que foi ratificada pelo General das tropas do Brazil, que estaõ de posse de Banda Oriental. Esta uniaõ he por conseqüência temporária; pois tem por baze unicamente a capitulação de Monte-Vedio. Medidas de mais permanente natureza saõ só as que podem assegurar esta tranquülidade momentânea, que por óra só se estriba na boa fortuna da força armada, com que nenhum político deve contar com certeza, quando naõ tem outro apoio.
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[1] CONDE da FIGUEIRA governador do Rio Grande do Sul de 1818-1820  https://pt.wikipedia.org/wiki/José_Maria_Rita_de_Castelo_Branco
Fig. 11 O Arsenal da MARINHA no RIO de JANEIRO reparava embarcações antigas e avariadas e eventualmente construía novas. Porem era insuficiente para suprir a   extensa rede mundial de ocupações lusitanas dos quatro continentes.  Sem escolas técnicas, cursos de engenharia naval, e com ferramentas rudimentares estava nuito distante para concorrer com arsenais e estaleiros em constante renovação. Esta falta de apoio marítimo era um dos grandes problemas, não só do Brasil, mas das demais nações e faze de libertação na América Latina


A Província CISPLATINA permaneceu fiel à Lisboa após o dia 07 de setembro de 1822. Assim, depois de 60 dias da Proclamação da Independia foi necessário mandar uma esquadra para que esta província se integrasse ao Brasil.
Esta situação perdurou até a Batalha de Sarandi[1] no 12 de outubro de 1825 quando o Uruguai conseguiu formar um governo e escrever uma constituição sendo reconhecido pela demais nações soberanas tendo a Argentina, o Brasil  e os Estado Unidos dado apoio e respaldo a esta soberania.
Este fato só foi possível após ó TRATADO do Rio De Janeiro do dia 28 de agosto de 1828[2].
A questão arrastou-se séculos anteriores a soberania destes países e continua presente após séculos da independência. Para guarnecer - estas áreas de fricções políticas, econômicas e sociais - um rosário de quarteis militares continua a guarnecer a fronteiras do território do Rio Grande de Sul
BOLSONAROM aposta em ACRI  e os dois perdem

Fig. 12 – Depois de sucessivas guerras - pelo domínio do Rio da Prata e de fricções continuadas de fronteiras -  o apoio explícito e nominal do presidente em exercício do Brasil em 2020 a um candidato à eleição da Argentina, certamente está fora e distante das recomendações do CORREIO BRAZILINSE de maio de 1820.  Este apoio nominal e escancarado pode ser visto comi uma interferência direta e explícita nas boas e sadias relações do Brasil com os seus vizinhos próximos e compromete economia, política e cultura


Em maio de 2020, as antigas e sepultadas intrigas, interesses e questiúnculas estão tomando forma em variadas e confusas expressões de uma diplomacia que desacredita deste passado.
De outra parte se no passado a falta de apoio marítimo era um dos grandes problemas das relações diplomáticas sadias, não só do Brasil, mas das demais nações e faze de libertação na América Latina, atualmente este problema reside no atraso na pesquisa espacial, pela dependência logística de INFORMÀTICA PROPRIETÀRIA e as deficiências nas pesquisas biológicas e conhecimentos autorias em relação ao CÓDIGO GENÉTICO.
   O Correio Braziliense é enfático para apontara que estes problemas decorrem do desconhecimento e o precário equilíbrio diplomático conseguido com tantos trabalhos, sacrifícios inclusive vidas humanas quando afirma para o Brasil da época:
“ninguém pôde duvidar, que he da mais vital importância para a prosperidade e tranquillídade do Brazil, o conservar-se em boa harmonia com os seus vizinhos da America Hespanhola”
No entanto o que valia para o Brasil da época também vale para a atualidade e para todos os vizinhos que gizam dois séculos de sustentação de sua soberania nacional
“A salvação do Estado deve sempre ser a ley suprema, a qae devem submetter-se todas as outras consideraçoens”
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FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

CONDE da FIGUEIRA governador do Rio Grande do Sul de 1818-1820
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“UTI POSSIDETIS - ITA POSSEDETIS”

O CANDIDATO a REI de BUENOS AIRES
BUENOS AIRES em 1820

UM INGLES DECREVE BUDENOS AIRES em 1820

GUERRA contra ARTIGAS 1816-1820


DOCUMENTOS do ITAMARATY até 1822
Relação das embracações  que por ordem do Vice-Rei vão para Montevideu


 O grito do Ipiranga produziu ecos em quase todo o território brasileiro, mas nas Províncias do Norte, Nordeste e na Cisplatina, as Juntas de Governo continuavam leais às Cortes de Lisboa. Foi necessária, então, a ação da Marinha para evitar a fragmentação do país e garantir a consolidação da Independência. Assim, a 14 de novembro de 1822, dois meses após sua proclamação, fazia-se ao mar a primeira esquadra brasileira, rumo a Montevidéu, com a missão de expulsar as forças que lutavam para manter a Província Cisplatina sob o domínio português


PROVINCIAS CISPLATINAS

Carlos Frederico LECOR

Batalha do SARANDI

IMAGENS e meios de COMUNICAÇÂO em 1820

NÂO FOI NO GRITO Postagen 196

BOEING DESISTE da EMBRAER

ARGENTINA DESISTE do MERCOSUL

BOLSONAROM aposta em ACRI  e os dois perdem
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sexta-feira, 1 de maio de 2020

196 – NÃO FOI NO GRITO – MAIO de 1820 e 2020

LIVROS sob SUSPEITA em MAIO de 1820 e em 2020

CORREIO BRAZILIENSE de MAIO de 1820
VOL . XXIV. Nº 144.  .pp.468 --87 
Fig. 01 A queima de exemplares únicos de obras Jan HUSS numa pintura de Lucas CRANACH. Este controle, pela queima, era uma atividade relativamente fácil e segura de eliminar o pensamento de pessoas consideradas hereges


A ERA INDUSTRIAL trouxe um problema para TIRANOS, MONOCRATAS e DÉSPOTAS
Trata-se da multiplicação de livros, pela imprensa na linha de montagem das fábricas, foi um dos primeiros produtos das fábricas e disseminou o conhecimento intelectual como as técnicas de PRODUZIR LIVROS. Um dos grandes trunfos da ENCICLOPÉDIA FRANCESA foi ensinar como se fabricam os produtos industrias como a confecção de impressos de toda natureza

Fig. 02 A queima ostensiva de exemplares múltiplos da ERA INDUSTRIAL requeria um mobilização coletiva, a formação de legiões de fanáticos bitolados por uma ideologia que pretendia ser hegemônica no pensar, sentir e agir  coletivo  . A QUEIMA PUBLICA e OSTENTISIIVA de LIVROS fazia parte do agir intimatório de controle de mentes e corações

Desencadeado este processo, tornam-se obsoletos tanto o “HIHIL OBSTAT” do CENSOR com “IMPRMATUR” do BISPO, carregados de autoritarismo, caridade fingida e violência mental sem limites.
Espinosa ensina na sua “ÉTHICA” (4.11) queOs espíritos não se vencem pela violência, mas pelo amor e pela generosidade”.Animi tamen non armis sed amore et generositate vincuntur
“DEUS ODEIA RENOIR” - in GLOBO BOSTON  em  07.10.2015

Fig. 03  - Os manifestantes - com “DEUS” na suas BARRIGAS -  atribuem-se a competência de julgar e  odiar RENOIR.  De fato atrevem-se a exibir a sua estupidez aliada a onipotência além de tomar ao nome de divindade em vão.. Estes sentimentos de onipotência, de onisciência, de onipresença e de eternidade são os mesmo que “depuram” as bibliotecas, censuram livros e queimam aquilo que não passa pelo seu crivo fanatizado

Hipólito José de Costa foi vítima do SANTO OFÍCIO de PORTUGAL, uma das últimas nações a abolir a legalidade da INQUISIÇÃO. Refugiado em Londres, mantinha uma sessão mensal na qual publicava uma resenha dos principais títulos de livros que se publicavam na Grã Bretanha.  A sessão de “LITERATURA SCIENCIA” consta nas páginas 499 até 512, do CORREIO BRAZILIENSE, de MAIO de 1820,  volume XXIV. Nº 144.
CORREIO BRAZILIENSE MAIO de 1820
Vol XXIV, Nº 144, POLITICA, pp.467-8
Edictal prohibindo, que ninguém venda litros em Lisboa senaõ os livreiros com loge aberta.
          O Senado da Câmara, a requerimento dos juizes do officio de livreiro, faz público: que Sua Majestade Fidelissima, por sua immediata resolução de 3 de Novembro do anno próximo passado, sobre consulta da Meza do Desembargo do Paço e provisão de 3 do corrente, foi servido determinar, que se affixassem e dictaes, os quaes fizessem reviver o decretado na provisão de 22 de Dezembro de 1735, a qual ordena, que nenhuma pessoa, de qualquer condição, que seja, possa vender livros encadernados pelas ruas, e lugares públicos desta cidade, com pena de perdimento dos livros, que lhe forem achados, a beneficio dos livreiros j podendo ser vendidos somente nas lojas destes, que forem examinados, e que tiverem licença para isso, e por mercador de livros Estrangeiro, que tenha casa estabelecida nesta Corte: ficando porém izemtos desta prohibiçaõ os papeis miúdos, e sem serem encadernados, como saõ os reportorios, folhinhas, autos e outros similhantes, que costumaõ vender os cegos, e algumas pessoas miseráveis, para seu sustento, por lhes estar julgada a posse, em que estaõ, por sentença: por virtude de cuja provisão, passada em observância da ley de 24 de Julho de 1713: e da novíssima, em que Sua Majestade ha por bem determinar, que se tomem sobre este artigo as mais sérias, e sizudas precauçoens, sem ofença dos dictos privilégios da corporação dos livreiros, e dos da irmandade dos homens cegos para poderem vender somente os livros usados, e velhos, e nunca os novos; o Senado, por seu despacho de 16 do corrente, ordenou, que tudo se registasse no livro do seu regimento, e se affixasse o presente, para que chegue á noticia de todos o que Sua Majestade houve por bem resolver, e possa ter a sua precisa execução.
Lisboa 24 de Março de 1820.
MANOEL CYPRJANO DA COSTA.

Fig. 04 A queima viva de Jan HUS, no dia 06 de julho de1415, foi seguida da queima de seus livros manuscrito e únicos. Permaneceu o seu pensamento na memórua das pessoas com as quais conviveu, Cem anos depois Marinho Lutero fixava publicamente as suas teses que orientaram a Reforma. Ele verteu a Bíblia á língua alemã e cujos exemplares foram confiados aos primórdios dos MÙLTTIPLOS da ERA INDUSTRIAL; Assim não bastava destruir exemplares únicos e manuscritos. Até o presente a Bíblia é campeã em número de edições autorizadas ou não.

EIO BRAZILIENSE MAIO de 1820
Vol XXIV, Nº 144,Miscellanea, p 533
Venda de livros em Lisboa.
A. A p. 467 copiamos um documento, que he outro annel da cad a daquelle mesmo systema, que reduz a nullidade a gazeta de Lisboa. Vem a ser isto o renovar-se a prohibiçaõ para que ninguém venda livros senaõ os livreiros com loge aberta. He escusado entrar nas razoens paliativas desta medida; porque a razaõ verdadeira naõ he outra senaõ o systema de por entrávez á diffusaõ dos conhecimentos entre os Portuguezes ; systema que naõ pôde produzir bem algum: e que estamos persuadidos terá conseqüências diametralmente oppostas ao que nisso se propõem os mesmos Governadores do Reyno.

O que parecia definitivamente encerrado com  o final do SANTO OFICIO, da sua INQUISIÇÃO, da MESA da CONSCIÊNCIA e os TRIBUNAIS POPULARES NAZISTAS  renasce em todos os regimes autoritários
Coronel Marcos Rocha e Jair Bolsonaro

Fig. 05 Dois protagonistas -  de estreitas, confusa e arcaicas concepções de cultura - permitiram que obscuras concepções medievais ganhassem protagonismo e aplausos de massa populares que se identificam com as ideologias maus retrógadas Com a eliminação do MINISTÉRIO da CULTURA e o controle e patrulhamento ideológico das universidades as bibliotecas sofrearam limpezas de livros clássicos brasileiros

Este patrulhamento ideológico caracteriza  exatamente os DÉSPOTAS, os MONOCRATAS e os TIRANOS de tidos os TEMPOS e LUGARES.

Fig. 06 Inimaginável que obras clássicas, de larga circulação, objetos de estudos e veneráveis pesquisas pudessem receber, em 2020, o carimbo oficial da CENSURA.BRASILEIRA.  Desqualificadas, de forma vil - pelas suas mais altas autoridades -  torna ainda mais longínquo o horizonte do projeto a “EXPORTAÇÂO da POESIA BRASILEIRA” de Oswald de ANDRADE

Como estes MONOCRATAS, DÉSPOTAS e TIRANOS estão presentes em TODOS OS LUGARES e TEMPOS sobrou para o BRASIL exibir, em 2020, uma amostra VISÍVEL de LIVROS colocados sob SUSPEITA 

Fig. 07  Os idiotas,  os caluniadores gratuitos e fanáticos encontram hereges e heresias nos maiores gênio e aniquilam os maiores tesouros da humanidade Ato contínuo e com o mais leve vacilo passa à ação do controle efetivo e à queima de livros e à eliminação física em campos de concentração ou o aniquilamento em prisões obscuras como do jornalista Vladimir Herziog

O que tidos esperavam é que na ÉPOCA PÓS INDUSTRIAL e com os novos meios de comunicação os fanáticos, os bitolados mentais e os idiotas seriam espécies em progressiva extinção.

THE GUARDIAN em 01.02.20120 _ METENDO A CABEÇA na TOCA

Fig. 08   As esperanças da cura dos idiotas,  dos caluniadores gratuitos e dos fanáticos desaparecem quando a criatura humana busca retornar para a segurança e conforto das CAVERNAS DONDE VEIO. Quando menos se espera dali surge um troglodita que ocupa um posto chave que controla uma atividade relativamente fácil de desqualificação por meio eletrônicos  e depois buscam  eliminar o pensamento de pessoas consideradas hereges e propagadores de heresias

O efeito foi o contrário. As sucessivas ondas de FAKE NEWS, as VERDADES FABRICADAS e a AVASSALADORA HORDA de BÁRBAROS que invadiram as UNIVERSIDADES, os TEMPLOS e galgaram os TRIBUNAIS criam tristes cenários onde triunfam MENTIROSOS, RETARDADOS e CORRUPTOS.
Enquanto isto os brasileiros - que se dizem alfabetizados -  compram livros de autoajuda, de astrologia, e leem, no máximo, as manchetes dos jornais. Arquivos são velharias e jornais - como o CORREIO BRAZILENSE – estão entregues aos insetos. Este blog está se esforçando - sem gritos e sem estardalhaços - para ser um ponte ente 1820 e 2020.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
GINZBURG, Carlo 0 QUEIJO e os VERMES: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido o pela Inquisição – São Paulo: Companhia das Letras, 1987, 272 p

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FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
NIHIL OBSTAT e IMPRIMATUR

DEUS ODEIA RENOIR

Jan HUS (1369 +06.07.1415)
+

ARTE DEGENERADA



A ELIE CONTRA o POVO

RONDONIA  - LIVROS

CORONEL MARCOS ROCHA de RONDONIA e BOLSINARO

Conservadorismo em RONDONIA
dd

DEPLORÁVEl - RONDONIA

Lista livris RONDONIA

APESAR de VOCÊ

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