BLOG “NÃO FOI NO GRITO” : 8º ANO
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SUMÁRIO do 8º ANO.
O blog “NÃO FOI NO GRITO”, ao COMPLETAR 8 ANOS de
EXISTÈNCIA continua a se dedicar à LEITURA e COMENTÁRIO do Correio
Braziliense Estes textos do Correio Braziliense (1808-1822) constituem aulas mensais de JORNALISMO do que
foi POSSÍVEL nesta época as suas
circunstâncias. O seu editor HIPÓLITO JOSÉ da COSTA segue um projeto único
e um caminho coerente com a massa de informações que ele vinha acumulando e
veiculando há onze anos e que continuou até a INDEPENDÊNCIA do BRASIL.
Nesta época
do Correio Braziliense estavam em
confronto ideologias irreconciliáveis. Como sempre ALGUÉM PRECISAVA ser a VITIMA
e quem morre é o inocente. Nos anos de 1818 e 1819 Portugal estava abandonado à sua sorte e entrou em convulsão com a corte estabelecida
no Rio de Janeiro. O Correio Braziliense registrava e tentava entender as
vitimas fatais do choque entre as ideias liberais e aquelas que sustentavam o
velho sistema feudal. Este sistema repercutia no CORREIO BAZILIENSE AGOSTO de
1818 - VOL. XXI. No. 123 que registrava as difíceis decisões dos cidadãos domiciliados no Brasil
em ir buscar outras terras e ares do descanso do espírito
,” no Brasil, basta simplesmente a ideia da
possibilidade para que os homens deem a preferencia aos Estados Unidos; sujeitando
se antes aos rigores de um mu clima, com o descanso do espirito, sem temor de
arbitrariedades, do que viver no delicioso pais do Brasil, com o tormento
interno de temer continuadamente, que um delator secreto faça passar o homem
mais inocente, do seio da sua família para uma prisão solitária”
Em POLÍTICA, em ESPORTE ou em ARTE NÃO EXISTE
PERDÃO. No máximo é possível a CLEMÊNCIA para iniciar OUTRA carreira, OUTRA
partida ou criar OUTRA obra de arte.
Para garantir a
segurança do REI, da CORTE e dos ABONADOS o decreto que distingue o EXÉRCITO de PORTUGAL e o EXÉRCITO
do BRASIL é discreto mas firme e convicto. Este decreto abre uma imensa porta
pelo qual poderá fluir o processo da SOBERANIA BRASILEIRA e ser amparada por um
exército nacional brasileiro.
O
que mantinha o aventureiro no Brasil era o SONHO do OURO continuava ativo e
vigoroso, em dezembro de 1818, CONTRA
TODAS as PROVAS em CONTRÁRIO. Neste SONHO do OURO os ESCRAVOS (PEÇAS) começaram
a ser tornar anti-produtivos. Estas “PEÇAS” tornava-se caras, obsoletas, e,
portanto, dispensáveis diante de uma emergente e prometida ERA INDUSTRIAL
Porém
o imaginário do burocrata não quer abrir, em hipótese alguma, a janela para não se contaminar com a
realidade. Realidade na qual predomina e continua a imperar o hábito de ganhos
fáceis e incessantes, especialmente para os DONOS do PODER. Não lhes importa
quem é sacrificado, descartado e aniquilado. Tanto no início do século
XIX, com no XXI, importa gerar a
acumular FORTUNAS. Gerar e acumular FORTUNAS seja por uma descoberta fortuita
de algo que se imaginava esgotado ou por
novas tecnologias que permitam continuar a alimentar o SONHO do OURO e de
FORTUNAS
“somente
ha um remédio, que é receber o mesmo valor em mercadorias, que importam os
produtos exportados, e se estes forem em valor maior que as importações
crescerá o dinheiro em circulação. Todas as leis, que se não fundarem nestes
claros princípios de Economia Politica, ou tenderão á ruína do país, ou serão
meras palavras sem efeito”.
As POTÊNCIAS que se tornaram hegemônicas, ao longo
do século XIX, legitimavam os seus avanços e espoliações de outras CULTURAS,
GENTE e TERRAS em NOME de uma IDEALIZADA e SUBLIME CIVILIZAÇÃO. INFELIZES os
POVOS e as CULTURAS que não fossem
CONVICTAS, ORGANIZADAS ou aquelas que oferecessem a mínima brecha nas
suas defesas a este ASSALTO MASSIVO destas POTENCIAS em VIAS de
INDUSTRIALIZAÇÃO.
A ORDEM e o PROGRESSO materializavam esta
CIVILIZAÇÃO IDEALIZADA e SUBLIME. Nos porões destas POTÊNCIAS rugiam as
máquinas da ERA INDUSTRIAL dando e fornecendo as ENERGIAS para ESTE PROGRESSO. As
POTÊNCIAS que tornaram hegemônicas o
faziam “EM NOME HIPOTÉTICO do SEU SOBERANO e do ACÚMULO de BENS MATERIAIS”, em
vez do lema “POR DEUS e por EL-REI” dos conquistadores ibéricos. DEUS mostrava
a sua APROVAÇÃO das suas conquistas por meio do SEU ACÚMULO de BENS MATERIAIS
na concepção destas POTENCIAS COLONIALISTAS em VIAS de INDUSTRIALIZAÇÃO..
Neste em JULHO de 2019 não só repercutem as
decisões tomadas em julho de 1819, mas existem evidencias de os problemas
básicos não foram resolvidos e por isto a NAÇÃO BRASILEIRA CAMINHA em CÍRCULOS,
Basta abrir, conferir e ler as postagens que seguem:
169 – NÃO FOI NO GRITO
A FORMAÇÃO do BRASIL e os IMIGRANTES.
INDIOS
1816 - Maximiliano WIED NEUWIED
Fig.
01 Diante das profundezas da origem
espécie humana, no continente africano,
a sua migração ao atual
território brasileira é muito recente. Nos
primórdios desta migração ingressaram diversas etnias. O europeu as denominou
genericamente de “ÌNDIOS”, por acreditar
que estivesse chegado até as costas orientais da Ásia. Grupos de coletadores vagavam no continente
americano ao sabor daquilo que encontraram sem reivindicar posse. Já os grupos
de caçadores delimitavam campos e
florestas como suas, mas nem noção o de posse individual do território
170 – NÃO FOI NO GRITO
OS IMIGRANTES com NADA a PERDER
Tarsila do AMARAL - 1886 - 1973 operários 1933
Fig.
02 Diante da constatação do CORREIO
BRAZILIENSE de agosto de 1818 da espantosa explosão numérica da espécie humana de que “muitas regiões de Europa sofrem de um excesso
de povoação: daí nasce uma variedade de males, que nenhum governo tem o poder
de afastar, e que leva após si um séquito horroroso de crimes e atentados
contra a natureza”.
A solução
singela de exportar estes rejeitos, das máquinas industriais europeias e de
ficar apenas com aquilo que lhes é
útil,, gerou favelados, miseráveis e
aproveitadores que foram praticar alhures o mesmo “séquito
horroroso de crimes e atentados contra a natureza” que praticavam na sua terra de origem superpovoada
171 – NÃO FOI NO GRITO
http://naofoinogrito.blogspot.com/2018/08/171-nao-foi-no-grito.html
OS MÚLTIPLOS DEVERES de um ESTADO SOBERANO
Fig.
03 O
CORREIO BRAZILIENSE de agosto de 1818 registrava espantosa explosão
numérica da espécie humana de que em “muitas regiões de Europa sofrem de um
excesso de povoação: daí nasce uma variedade de males, que nenhum governo tem o
poder de afastar, e que leva após si um séquito horroroso de crimes e atentados
contra a natureza”.
No Brasil a
nobreza controla do alto de sua situação econômica, social e política os
escravos de uma fazenda de café nos morros do Rio de Janeiro entregues em 2018 para as favelas. Estas
cenas afastavam qualquer europeu da veleidade
de imigração definitiva para ambientes desta natureza.
172 – NÃO FOI NO GRITO
CONDENADOS POR UM CRIME SEM PROVAS MATERIAIS
MEMORIAL
GOMES FREIRE http://espacoememoria.blogspot.com/2012/10/evocacao-de-gomes-freire-de-andrade.html
Fig.
04 Memorial no lugar em que o General GOMES FREIRE de ANDRADE foi
enforcado, esquartejado, queimado e suas cinzas jogadas ao mar no dia 28 de
outubro de 1817. A espetacular e
humilhante punição produziu o efeito de
um verdadeiro culto popular e combustível para as ideias liberais, Por efeito
destas ideias Dom João VI teve de
retornar para Lisboa e jurar a CONSTITUIÇÂO, terminando uma longa tradição dos
reis monocráticos e acima e origem de contratos e leis.
173 – NÃO
FOI NO GRITO
CLEMÊNCIA ou PERDÃO
Fig.
05 Imagem da revista das tropas
francesas na PRAÇA das PARADAS MILITARES de LISBOA logo após a entrada dos
franceses na capital de Portugal no dia 30 de novembro de 1807 numa imagem da
autoria de Luís Antônio XAVIER[1] . Esta presença das tropas
francesas teve numerosos apoiadores e
colaboradores lusitanos. Com a retirada e a queda de Napoleão este contingente
de colaborares e apoiadores portugueses foram tratados com traidores. Dom João
VI os tratou com clemência, porém examinando caso a caso
0-
174 –
NÃO FOI no GRITO,
MAIS um PASSO para a SOBERANIA BRASILEIRA
BRASIL: do OIAPOQUE ao CHUI http://naofoinogrito.blogspot.com.br/2013/08/nao-foi-no-grito-078.html
Fig.
06 Uma das primeiras ações militares das
armas brasileiras foi tomada da cidade da Caiena em 1809. Esta ação tinha com
objetivo colocar sob o protetorado a Guiana
Francesa impedir o desembarque de tropas francesas sob as ordens de capital
Napoleão Bonaparte Os motivos dste
protetorado sessaram com a queda de
Napoleão e as Guianas foram devolvidas para a França no âmbito das resoluções
do Congresso de Viena
175 – NÃO FOI no GRITO
Entre a NATUREZA e a CIVILIZAÇÃO em NOVEMBRO de 1818 e 2018.
Fg. 07 - O Rio Pardo nasce em Minas Gerais
atravessando o estado da Bahia depois de
percorres 565 Km atinge o mar na cidade
de Canavieiras. Este fértil vale foi
o destino da expedição de João
GONÇALVES da COSTA três séculos após a chegada dos portugueses num ponto
próximo no dito Monte Cabrália. O espanto é o triunfo da NATUREZA sobre a
CIVILIZAÇÂO quando esta CULTURA HUMANA não encontra referencias seguros de sua
existência e objetivos defensáveis por tempo indeterminado
176– NÃO FOI no GRITO
Magistrados e Juízes corrompidos
e corruptos, em dezembro de 1818 e em 2018
Julgamento do Pe. MIGUELINHO http://naofoinogrito.blogspot.com/2017/09/156-nao-foi-no-grito.html
Encenação julgamento Padre
Miguelinho
Fig.
08 – As CAPITANIAS do BRASIL COLONIAL
eram comandado por CAPITÃES até o
momento de sua soberania Nacional. Estes CAPITÃES concentravam nas suas mãos, o LEGISLATIVO, o EXECUTIVO e
também o JUDICIÁRIO. Neste sistema, que reproduzia o papel do monarca,
autocrático e centralista do rei, Os MAGISTRADOS e JUIZES existiam formal e
burocraticamente, no entanto subalternos e, muitas vezes, corrompidos e corruptos. Os revolucionários
de 1817 enfrentaram um tribunal de da Capitania de Pernambuco, sendo vários
deles condenados à pena capital.
177 – NÃO FOI no GRITO
BRASIL aos BRASILEIROS e PORTUGAL para os PORTUGUESES JANEIRO de 1819 e 2019.
Fig.
09 – Em janeiro de 1819 a vida e as
tradições portuguesas estavam muito mais voltas para Europa do que para o
Brasil Estavam muito mais voltadas para a FRANÇA com os seu produtos
intelectuais e culturais Estavam voltados para
INGLATERRA e sua indústria, comércio e economia. Portugal comprava
livros franceses, em janeiro de 1819 que
se pagava com libras esterlinas inglesas.
178– NÃO FOI no GRITO
A
MÁQUINA SUBSTITUI o ESCRAVO e o ROBÔ, o
OPERADOR da MÁQUINA
Fig. 10 – O estafante trabalho manual da
lavagem e da cata do OURO de ALUVIÂO além de perigoso permita os mais variados
estratagemas de sonegação do “QUNTO REAL” do PRODUTO FINAL DESTINADO à LISBOA
Insaciável E PERDULÀRIA. Portugal devia
até a calças para INGLATERRA por
efeito do tratado de METHUEN[1] .
Esta
aproveitava esta fortuna do OURO do BRASIL para financiar as suas fábricas e
para a invenção e produção de novas
máquinas
179– NÃO FOI no GRITO
NEGOCIAR a SOBERANIA de OUTROS ESTADOS
Fig.11 – A INSACIÁVEL apropriação dos PRODUTOS BRASILEIROS
- DESTINADOS à LISBOA- não se limitavam ao PERDULÁRIO PORTUGAL.
Com a abertura dos portos para as “NAÇÕES AMIGAS” a frágil e dependente economia brasileira
passou a ser uma presa perfeita para as nações industrializadas. Buscavam no
Brasil matérias primas baratas e usavam o seu vasto território como mercado dos
produtos superfaturados de suas máquinas Assim ao
brasileiro cabia um mísero pais espoliado e um mercado cativo de “NAÇÕES AMIGAS” De
outra parte Dom João VI devia, a estas potências, a preservação do seu trono,
linhagem e cargos dos seus sócios.
180– NÃO FOI no GRITO
MANDAR SEMPRE e NUNCA
OBEDECER.
Fig. 12 – No BRASIL COLONIAL a unidade
GOVERNAMENTAL era garantida pelo REI SOBERANO, MONOCRÁTICO e HEREDEDITÁRIO Neste
sistema, os MAGISTRADOS e JUIZES existiam formal e burocraticamente, no entanto
subalternos e, muitas vezes corrompidos e corruptores. Bastava-lhes cumprir o
ritual do BEIJAMÂO MATINAL no PALÀCIO REAL para que o seu MANDONISMO fosse
garantido e reforçado com benção e aprovação régia.
179– NÃO FOI no GRITO
Emigração de SUÍÇOS ao BRASIL:
“sempre se acharão alguns descontentes” .
Fig. 13 – Cena da despedida dos imigrantes
suíços ao atravessar rios, lagos como o Neueburgerrsee[1], estradas da Alemanha e em direção da Holanda
para ai embarcarem num veleiro rumo ao
BRASIL Para a maioria era a última vez que viam a sua terra natal pois era
viagem sem volta.
180 – NÃO FOI no GRITO
Como a ECONOMIA conduzia a POLÍTICA do BRASIL, com a CORDA no
PESCOÇO, em maio de 1819.
[1]
NEUEBURRGERSEE - Lago de Neuchâtel https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago_de_Neuchâtel#/media/File:Karte_Neuenburgersee.png
Gravura
pintada por “François Auguste Biard” – Rio de Janeiro 1858.[1]
Fig.14 – A ECONOMIA BRASILEIRA de MAIO de 1819
girava ao redor ds.o trabalho e da economia servil. A CORDA no PESCOÇO da POLÍTICA que desejava
ver-se livre da ESCRAVIDÃO, mas tinha de assistir, indefesa e muda, ao LEILÃO de ESCRAVOS e ainda fazer o
devido registro cartorial deste ato comandado pela ECONOMIA SERVIL
BRASILEIRA. O leilão de escravos
era um negócio lícito e com devido registro de propriedade em cartório oficial.
Os donos desta ECONOMIA SERVIL aderiram à independência do Brasil pois o
IMPÉRIO não ameaçava intervir neste estatuto enquanto em Portugal a escravidão
estava proibida deste a época do Marquês de Pombal
0-183 – NÃO FOI no GRITO
INTRIGAS PALACIANAS e o INIMIGO EXTERNO no BRASIL de JUNHO de 1819
“El Rey não é nem pôde ser sujeito a tribunal algum que o julgue””
CORREIO
BRAZILIENSE – JUNHO de 1819 VOL. XXII. N°. 133. 4 M . Miscellanea.Pp.603- 643
VOL. XXII. N°. 133. 4 M 642 Miscellanea
Vicror GILLAM – Aploogies
to Kipling
Fig.15 –A INGLATERRA como o ESTADOS UNIDOS
estavam, em junho de 1819, recolhendo os espólios coloniais das nações ibéricas
como aqueles da França. Realizavam esta tarefa em nome da uma CIVILIZAÇÂO
IMAGINADA e FAVORÁVEL ao seu propósito de ACUMULO. Estava iniciando a ERA INDUSTRIAL exigido
para manter em estágio crítico e produtivo de suas máquinas da recém
184 – NÃO FOI no GRITO
REVOLUÇÃO ou
RESISTÊNCIA em JULHO de 1819 e 2019
“O povo escolhe, melhor
governo, adaptado a seus melhores costumes; mas se a explosão não é mais do que
um movimento momentâneo contra o tirano, destruído este, aparece logo outro em
seu lugar”. Correio Braziliense,
julho de 1819
Fig.16. – A
AMÉRICA LATINA consumia e era território para o qual ERA INDUSTRIAL mandava os
seus produtos e importava os insumos.. Isto aconteceu com a imprensa que
mandava para a AMERICA LATINA os tipos, as tintas industriais e as primitivas
maquinas impressoras . De contrabando e imperceptível vinhas as ideias, novos modos de fazer política, cultura e
comércio. O CORREIO do ORINOCO imprimia os seus jornais com esta maquina
importada da Europa e difundias as ideias dos ESTADOS NACIONAIS coerentes com
esta ERA INDUSTRIAL
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Post excelente! Ótimas lições históricas para nós!
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