A
MÁQUINA SUBSTITUI o ESCRAVO e
o
ROBÔ, o OPERADOR da MÁQUINA
O SONHO do OURO continuava ativo e vigoroso, em dezembro de 1818, CONTRA TODAS as PROVAS em
CONTRÁRIO.
Neste SONHO do OURO FÁCIL e ABUNDANTE os
ESCRAVOS (PEÇAS) começaram a ser tornar anti-produtivos. Estas “PEÇAS”
tornava-se caras, obsoletas, e, portanto, dispensáveis
Porém o imaginário do burocrata não quer
abrir, em hipótese alguma, a janela para não se contaminar com a realidade.
Realidade na qual predomina e continua a imperar o hábito de ganhos fáceis e
incessantes, especialmente para os DONOS do PODER. Não lhes importa quem é
sacrificado, descartado e aniquilado.
Tanto no início do século XIX, como no XXI, importa
gerar a acumular FORTUNAS. Gerar e acumular FORTUNAS seja por uma descoberta
fortuita de algo que se imaginava esgotado ou por novas tecnologias que
permitam continuar a alimentar o SONHO do OURO e de FORTUNAS.
Fig. 01 – O estafante trabalho manual da lavagem e da
cata do OURO de ALUVIÂO além de perigoso permita os mais variados estratagemas
de sonegação do “QUNTO REAL” do PRODUTO FINAL DESTINADO à LISBOA Insaciável E
PERDULÀRIA. Portugal devia até a
calças para Ia NGLATERRA por efeito do
tratado de METHUEN[1] .Esta
aproveitava esta fortuna do OURO do BRASIL para financiar as suas fábricas e
para a invenção e produção de novas
máquinas.
CORREIO BRAZILIENSE DEZEMBRO de 1818 - Voi XXL No. 127,
pp. 633-664 MISCELLANEA. BRAZIL.
Introducçaõ de machinas na Mineração. Rio de Janeiro
25 de Julho. Villa Rica.
Fig. 02 – O ativo e esforçado Wilhelm Ludwig von ESCHWEGE (177-1855) imaginou, criou e fez operar mecanismos hidráulicos que esmagavam,
lavagem e catavam o OURO de ALUVIÂO. Esta iniciativa foi possível graças a “ABERTURA dos PORTOS
para NAÇÔES AMIGAS” . Evidente as fortunas do OURO do BRASIL foi algo que motivou
as viagens, pesquisas e investimentos no território brasileiro fechado, aos não
lusitanos, ao longo de três séculos de COLONIALISMO para financiar as suas
fábricas e para a invenção e produção de novas máquinas.
Para constar ao publico quam úteis saõ todas as machinas
e engenhos, com os quaes se poupam muitos braços, c principalmente nas
províncias interiores do Brazil, aonde ha mineração de ouro e aonde cada vez
mais cresce o preço dos escravos ; se ajunctaaqui a copia de uma attcstaçaõ.
Homualdo José Monteiro de Barros, Professo na Ordem de Christo, Coronel de
Milícia por Sua Majestade El H<°y Nosso Senhor.—Attestoe faço certo que por
insinua
çaõ do Tenente Coronel de Engenheiros Guilherme, Baraõ de
Eschewege, fiz construir um engenho para reduzir a pó, e ao mesmo tempo lavar a
formação de pedra da rainha lavra, seguindo-se em tudo a sua direcçaõ, com que
principiei logo a perceber a grande vantagem de tirar vinte e seis oitavas de
uma mina abandonada pela sua pobreza, no curto espaço de pouco mais de dous
dias de trabalho, cm que foram occupados apenas dous escravos, vantagem esta,
que antes naõ percebia com trinta praças occupadas na mesma mina em uma semana.
Fig. 03 – A decantada MÁQUINA de esforçado Wilhelm Ludwig von ESCHWEGE TRITURAVA o CASCALHO, LAVAVA o PÓ e EXTRAIA o OURO de ALUVIÂO.. Evidente que
mecanismos desta natureza interessavam à CORTE de LISBOA na medida da cobrança
do QUNTO do PRODUTO FINAL destinado a PORTUGAL,
Porém
o mecanismo era improvisado pela falta de um suporte industrial local, carência
de técnicos que eram improvisados e especialmente pelo esgotamento do OURO
SUPERFICIAL CARREGADO pelo ALUVIÃO, desde a Época da INCONFIDÊNCA MINEIRA. Assim a MÁQUINA de Wilhelm
Ludwig von ESCHWEGE não fez história na continuidade da invenção e produção de novas máquinas brasileiras. Permanece apenas como
curiosidade do MUSEU do OURO de SABARÁ
E por esta me ser pedida a passei para
constar.—Morro de Santo Antônio 13 de Maio de 1815.—Romualdo José Monteiro de
Barros. Ora applicando-se era todas as minas similhantes engenhos nas lavras de
ouro, como este, e como outro, que está estabelecido pelo mesmo Tenente Coronel
Engenheiro para a Sociedade de Mineração em Villa Rica, executado em ponto
maior, com toda a razaõ se deve esperar que as minas de ouro, que vam cada vez
em mais decadência pela ignorância na Sciencia Montanistica, algum dia tornem
outra vez a chegar ao seu llorente estado antigo, quando acharão a abundância
de ouro a flor aterra
Fig. 04 – A imensa, ativa e interessada burocracia
lusitana que foi deslocada para a COLÒNIA NRASILEIRA - com o objetivo de
controlar, contabilizar e cobrar o QUNTO
do PRODUTO FINAL DESTINADO à LISBOA -
deixou o seu registro na barras de ouro.
Registro que antecederam as atuais BARRAS e os CÒDICOS NUMÉRICOS
DIGITAIS A finalidade é a mesma, ou seja
o de controlar e acumular impostos para
o GOVERNO CENTRAL e que torno o objetivo de uma burocracia grudada e
identificada com esta fonte. .
Melhoramentos no Brazil.
O Leitor achará a p. 633, uma interessante noticia sobre
a introducçaõ de machinas na mineração do Brazil. A escassez de braços, que o
alto preço dos escravos produz no Brazil, naturalmente impellirá os habitantes
daquelle paiz a recorrer ao niachinismo, tanto melhor adaptado ás necessidades
da vida do que o trabalho forçado dos homens, e tanto mais Iucroso, em um paiz
aonde a população he tam diminuta. A p. 634, temos também copiado das
novidades, da Bahia, um novo estabelecimento naquella cidade, para educação dos
meninos pobres, Este ramo de economia interna merece toda a attençaõ do
Governo, e nos regosijamos de ver o patriotismo dos indivíduos, dirigido a tam
úteis fins. Mas he preciso repetir, que o Governo naõ permitte ao espirito
publico a elasticidade do que elle he susceptível: sem os esforços dos
particulares, sempre as medidas do Governo seraõ mancas.
Apos dois séculos quando este SONHO do OURO
movido pelos braços dos ESCRAVOS (PEÇAS) começou a ser tornar anti-produtivos
continua a inflamar e cegar mentes e corações.
Fig. 05 – O prédio e as austeras salas do MUSEU do OURO
de SABARÀ é o que restou do trabalho manual da lavagem e da cata do OURO de
ALUVIÂO em Minas Gerais Uma eventual fortuna do OURO acumulada no BRASIL de
forma alguma podia ser aproveitada em comodidades domésticas e muito menos em
ostentação suntuária. No máximo podia se cofiada à uma das confrarias religiosas
para a construção e ornamento de igrejas. Outra alternativa era o retorno para
Lisboa e a construção e o ornamento de residências associadas ao esplendo da corte lusitana,
A diferença é que no século XXI estas “PEÇAS”
, substituídas pela MAQUINA do século XIX , são por sua vez substituídas pelo
robôs do século XXI. Os proletários, operadores das MÁQUINAS, tornaram-se obsoletos,
caros e, portanto dispensáveis.
De outra parte aumento imensamente o TRABALHO
INTEÇLECTUA, a SENSIBILIDADE ao limite humano e os robôs incapazes de deliberar
e decidir sobre a sua criação e reprodução.
Fig. 06 – As complexas e precisas rotinas de controle
das MÁQUINAS são assistidas pelo
operário do lado de fora do estafante da Linha de montagem. Rotinas que
podem ser programadas para fabricar um produto diferente do anterior e
posterior da série da mesma linha de
produção e montagem. Resta ao humano o intenso trabalho intelectual e criativo
da invenção e da produção de novas
máquinas, os robôs e as rotinas que devem seguir com rigor e precisão.
Apesar do aumento do TRABALHO, os EMPREGOS
formais -criados para operar as máquinas - estão diminuindo a olhos vistos
Fig. 07 – Numa fábrica, operada por robôs,
verifica-se a ausência humana. Não é por acaso que a palavra “ROBOTA” é o termo
empregado, na língua tcheca, para designar
o ESCRAVO , Escravo sem alma sensível e incapaz de produzir e se reproduzir, em
seu próprio nome, deliberação e decisão
como é o estatuto do ESCRAVO
HUMANO.
Na medida em que imaginário do acumular, dono
do poder e do seu burocrata não quer abrir a janela para a realidade continuam
a contaminar, poluir e sacar sobre os bens de sua própria sobrevivência e
reprodução do SER HUMANO. O hábito de ganhos fáceis e incessantes dos DONOS do
PODER predomina e continua a imperar sobre a realidade. Ao acumulador não importa
quem é sacrificado, descartado e aniquilado.
No contraditório é de perdoar a esperança e o
entusiasmo do editor do CORREO BRAZILIENSE, de dezembro de 1818, pelo mecanismo
do nobre, ativo e esforçado Wilhelm Ludwig von ESCHWEGE. Afinal HIPÓLITO JOSÈ da COSTA estava distante do LUGAR, da
SOCIEDADE e das CONDIÇÕES CULTURAIS e TÉCNICAS de um CONTINENTE DOMINADO,
ESPOLIADO na superfície e DESCONHECIDO no seu interior profundo. Ao mesmo tempo
o jornalista estava mergulhado de corpo e mente nas emanações e vapores da
PRIMEIRAS FÁBRICAS britânicas sem as quais seria impossível imaginar a INGLATERRA
de HOJE. Assim HIPÒLITO da COSTA conferia destaque para qualquer notícia que
podia ser um débil índice deste caminho do Brasil na pista destes europeus
empenhados na corrida para as fábricas e para a ERA INDUSTRIAL.
FONTES
Wilhelm Ludwig
von ESCHWEGE (177-1855)
+
MÁQUINA de LAVAR
OURO
MINAS GERAIS e o
QUINTO do OURO
MUSEU do OURO
Sabará video
CICLO do OURO
O OURO derramado
sobre SABARÀ
Tratado de Methuen - 1703
ROBÔS nas
FÁBRICAS
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