sábado, 2 de março de 2019

180– NÃO FOI no GRITO

MANDAR SEMPRE e NUNCA OBEDECER. 
Fig. 01 – No BRASIL COLONIAL a unidade GOVERNAMENTAL era garantida pelo REI SOBERANO, MONOCRÁTICO e HEREDITÁRIO Neste sistema, os MAGISTRADOS e JUIZES existiam formal e burocraticamente, no entanto subalternos e, muitas vezes corrompidos e corruptores. Bastava-lhes cumprir o ritual do BEIJAMÂO MATINAL no PALÀCIO REAL para que o seu MANDONISMO fosse garantido e reforçado com benção e aprovação régia.


O MANDONISMO brasileiro estava ativo em março de 1819 como continua plenamente ativo em março de 2019
MANDONISMO que não conhece limites, competências e constrangimentos de qualquer natureza. No Estado brasileiro o MANDONISMO sempre foi e continua tendo livre trânsito entre o LEGISLATIVO, o EXECUTIVO e o JUDICIÁRIO.
No Brasil COLONIAL todos se sentiam REIS SOCERANOS ABSOLUTOS e SENHORES dia RAIO e d TROVÂO na medida em que estavam distantes de REI de fato e de direito de Lisboa. O IMPERIO caminhava de concessão em concessão para a sua nobreza comprada a peso de ouro. A República se sustentava e continua a sustentar sobre seus CACIQUES e CORONEIS SOBERANOS e MANDÕES por natureza e vocação

Fig. 2 – Em BRASÍLIA a UNIDADE é garantida pelas invasões das competências recíprocas. Neste sistema os LEGISLADORES, os EXECUTIVOS e os MAGISTRADOS exibem notáveis duelos par ver QUEM MANDA no BRASIL TODO. Governadores, prefeitos, vereadores e juízes de comarcas são meros expectadores impotentes diante deste ESPETÁCULO do MANDONISMO BRASILEIRO e de firme UNIDADE NACIONAL. Ao ”VENCER as BATATAS” ou o ritual do BEIJA MÃO MATINAL protagonizado por juízes de comarcas, vereadores, , prefeitos e governadores no respectivo  PALÁCIO do  VENCEDOR do DIA ANTERIOR


O LEGISLATIVO invade as competências do EXECUTIVO, este manda e retira os seus EXECUTIVOS para o LEGISLATIVO na medida em que foram eleitos, O JUDICIÁRIO se percebe tolhido, impotente e aturdido pelo RUÍDO que estas invasões provocam.
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Fig. 3 – Ninguém pode ignorar as NORMAS CULTURAIS e POLITICAS. Porém quando triunfa a NORMA do MANDONISMO ECONÔMICO desaparece qualquer norma CULTURAL ou POLÌTICA sadia e construtiva. Os altos salários do EXECUTIVO e as mordomias e privilégios do LEGISLATIVO rivalizam os proventos incontáveis e estipêndios de MAGISTRADOS e JUIZES calam qualquer conivência e consciência de qualquer mortal.

CORREIO BRAZILIENSE MARÇO de 1819  VOL. XXII. N°. 130. R a  Miscellanea. pp. 313 até 320
Reflexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALGARVES.
Juiz de Fora de Pernambuco.
Fig. 4 – A burocratização da ILUMINAÇÃO PÚBLICA URBANA NOTURNA das CIDADES BRASILEIRAS garantia vagas, salários e outro tipo de MANDONISMO com hierarquias em cujo topo estava o JUIZ, ou EXECUTIVO e ou LEGISLADOR.  O óleo de baleia era o combustível destas lamparinas. Der óleo de baleia que mantinha outra cadeia produtiva e de distribuição e que estava associada aos artesões fabricantes das lanternas que por sua vez pertenciam a uma guilda rigidamente hierarquizadas a e com compromissos, juramentos e impostos a pagar


Deixamos transcripta a p. 288 a commiinicaçaõ que se nos fez, da disputa que houve entre o Juiz de Fora e a Câmara do Recife e a sua terminação, por haver S. M. mandado render ao Juiz, mudando-o para outro lugar. A simples leitura dos documentos, que fazem parte daquella communicaçaõ, mostra a pouca razaõ que tinha o ministro, julgando que a Câmara naõ podia fazer um Edictal para luminárias sem a assistência do Juiz de Fora. He possível que, se ouvíssemos o que nisto terá a dizei o tal Juiz de Fora, a questão apparecesse em outro ponto de vista, e naõ queremos decidir sem ouvir a allegaçaõ de ambas as partes; mas, quanto á impolitica do procedimento do Juiz, o facto referido basta para o characterizar, e fazer ver a necessidade de restringir o poder arbitrário, em todos aquelles em quem El Rey deposita alguma parte de sua authoridade. Supponhamos, o que por óra naõ cremos, que a Câmara nem por ley, nem por custume, podia mandar affixar editaes para luminárias, sem a assistência do Juiz de Fora, O motivo desta illuminaçaõ éra tam plausível e tam justo, que o Juiz de Fora naõ podia escolher peior occasiaõ para defender a sua authoridade. As luminárias, como acto alegria, ou de agradecimento a El Rey, pelo perdaõ, que havia concedido a Pernambuco, éra e devia ser medida originada no mesmo povo ou Câmara, que o representa, e naõ no Juiz de Fora; o qual por isso mesmo que vem de fora; naõ se pôde julgar identificado com o povo, nos sentimentos e nas opinioens locaes; e por isso que he nomeado pela Corte, os seus actos devem ser interpretados como de um Cortezaõ e naõ de vontade popular, que he o que éra próprio nesta occasiaõ, para que se mostrasse a gratidão e alegria do povo. 
Fig. 5 – O trabalho braçal era um TABU CULTURAL para JUIZES, LEGISLADORES e EXECUTIVOS,   Em  compensação o ERÁRIO PÚBLICO recompensava amplamente está “CRUEL RENÚNCIA”. O sistema escravocrata era legal e o favor prestado pelos ESCRAVOS de GANHO revertia para o ERÁRIO dos donos das “PEÇAS” Entre estes ESCRAVOS de GANHO estavam aqueles que dedicavam à iluminação das vias públicas urbanas


O Governador de qualquer cidade do Brazil, póde autorizar que se illuminem as casas por alguma occasiaõ de regosijo da Coitu ou da Naçaõ ; porém o mesmo facto de serem as luminárias mandadas pôr pelo Governador, a mesma idea do mandado faz com que as luminárias sejam por obrigação e obediência, e naõ sirvam de prova de um regosijo voluntário no povo. A mesma respeitabilidade e boa fama do Soberano, requerem, que estas demonstraçoens de satifacçaõ do povo, se originem nesse mesmo povo, para que naõ tenham a apparencia de compulsivas. 
Fig. 6 – Ao acompanhar o histórico da ILUMINAÇÃO PÚBLICA no  BRASIL salta ao olhos que os DONOS do PODER TIVERAM as suas RUAS iluminadas com antes e com muito maior requinte do que as vielas e becos onde se alojava o PODER ORIGINÁRIO que paga o ESPETÁCULO da ILUMINAÇÃO PUBLICA URBANA NOTURNA das CIDADES BRASILEIRAS Evidente que este acúmulo de do ERÁRIO PÚBLICO, por menor que fosse, determinava rixas, intrigas e quebra braços entre MAGISTRADOS, LEGISLADORES e EXECUTIVOS  pelo simples fato de MANDAR no BEM PÙBLICO como se percebe no CORREIO BRAZILIENSE de março de 1819


Olhemos, porem, o comportamento daquelle Juiz-de-Fóra, e m outro ponto de vista mais importante. As Câmaras saõ as únicas instituiçoens no Brazil, que tem algum vislumbre de consideração popular. Pernambuco tinha passado pelo fermento de um motim, e ainda se estava devassando sobre os culpados ; portanto naõ éra de suppôr que naquelle momento estivessem os espíritos ja de todo socegados. O acto da Câmara, ordenando as luminárias, tendia a dar grande impressão da beneficência do soberano, e da reconciliação do povo. Desattendendo a estas ponderosas consideraçoens, escolheo o Juiz de Fora tal occasiaõ para suscitar entre si e a Câmara uma disputa de authoridade, que podia reaccender o espirito de descontentamento, fazer que o povo tomasse, como éra de esperar, o partido da Câmara; e organizar-se alguma opposiçaõ formal contra o Juiz de Fora, que elle e seus coadjuetores teriam bom cuidado de representar como novo motim, e nova conspiração : daqui novas devassas, novas prisoens ; e frustradas as intençoens do Soberano de querer em um perdaõ geral acabar a memória e os effeitos das desordens passadas. 
Fig. 7 – A fachada dos três poderes é para ”INGLÊS VER e ELOGIAR ” a UNIDADE. Esta ordem de fachada não garante as invasões internas de competências do governo brasileiro. O temor constante deste sistema são os braços escondidos nas costas e que trazem “SURPRESAS” de hora em hora. Assim qualquer autoridade passa a maior parte do seu tempo e energias meditando e se prevenindo de “GOLPES BAIXOS” vindos do outro poder que está no mesmo nível. O que menos conta, neste ambiente, é a PRESTAÇÂO de SERVIÇO PÚBLICO que corresponde às funções constitucionais de todos os cargos públicos


Mui louvavelmente atalhou El Rey a isto mandando mudar immediatamente o Juiz de Fora; mas he preciso que factos de tal importância naõ fiquem no esquecimento; naõ só porque a imprudência deste Juiz de Fora faz temer, que elle no lugar para que foi mudado practique outros actos igualmente injudiciosos; mas mui principalmente, para que o Governo tenha em vista, sempre, a necessidade de cohibir os que governam, para que no exercício da jurisdicçaõ, que El Rey lhes delega, naõ produzam azedumes no povo, cujos eífeitos he da obrigação desses delegados do Soberano cohibir e prevenir.
A CONFUSÂO entre os TRÊS PODERES CONTINUA do BRASIL de HOJE
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CENDEDORES de LAMPIÕES com ÓLEO de BALEIA

HISTÓRIA da ILUMINAÇÂO PÚBLICA

AGREGAR VALOR À  CAUSA JUDICIAL

350 anos de atraso e com problemas Magistrados e Juízes corrompidos e corruptos,
em dezembro de 1818 e em 2018

MARÇO de 2019: AÇÂO PROMESSA do EXECUTIVO para SEDUZIR o LEGISLATIVO BRASILEIRO
Fig. 8 – O BRASIL começou a montar as suas primeiras tipografias com a vinda da corte lusitana  ao Rio de Janeiro Assim estava atrasado de três séculos e meio em relação à invenção do tipos móveis de metal por Gutenberg e as aplicação na imprensa O rígido controle da imprensa pela autoridades governamentais e eclesiásticas era visto como algo normal e poupava de qualquer esforço mental o PODER ORIGINÁRIO que era rigidamente castigado caso a Inquisição descobrisse uma obra sem o imprimatur e o  "nhil obstat" do BISPO LOCAL


O BRASIL recebeu a IMPRENSA 350 anos após a sua invenção, uso continuado e progressivo nos países civilizados. Além do atraso técnico o despreparo de quem manipulava a criação, multiplicação e distribuição eram gritantes e com obstáculos quase insuperáveis. A falta IMPRENSA ao longo dos 350 anos não fazia diferença num pais de escravos e quase totalidade analfabeta.   A falta IMPRENSA era amplamente suprida pelo MANDONISMO e que, na ausência de textos impressos, não precisava se preocupar cair em contradição e assim MANDAR e DESMANDAR como SOBERANO ABSOLUTO

Imprensa no Brazil.
As restriçoens da imprensa no Brazil naõ saõ objecto de quiexa,que se péssa imputar exclusivamente aquelle paiz: a maior porçaõ dos Governos da Europa segue em grande parte a mesma, em nossa opinião, errada vereda. Mas nem por isso que os outros Estados adoptem máximas impróprias devemos concluir, que o mesmo se admitta em nosso paiz; antes pelo contrario devemos desejar, que na terra em que nascemos se adopte tudo quanto possa tender a fazêlla superior ás demais. 

Fig. 09 – A GAZETA do RIO de JANEIRO foi o primeiro jornal totalmente editado, composto e impresso no Rio de Janeiro a partir de 1808. Era um jornal que existia em função da corte de Dom João VI no BRASIL, Era uma espécie de DIÁRIO OFICIAL do GOVERNO substituindo os conclamas e publicação das LEIS nos PELOURINHOS OFICIAIS. Ainda que uma minoria estivesse apta a ler e escrever o GOVERNO podia alegar que a LEI HAVIA SIDO TORNADA PÚBLICA

As publicaçoens periódicas, ainda que naõ sejam das obras literárias as que obtenham mais permanente fama, saõ com tudo de grande utilidade momentânea; e os males, que produzem, quando saõ mal redigidas, saõ mui insignificantes, comparados aos bens que resultam da instrucçaõ publica, que por taes obras se diffunde. A difficuldade de publicar estas obras periódicas no Brazil, ja pelo entrave da censura previa, ja pelo perigo a que os redactores se exporiam, fallando livremente das acçoens de homens poderosos, fez cogitar o expediente de imprimir similhantes obras em paizes estrangeiros. A França e a Inglaterra foram principalmeme os pontos de reunião destas publicaçoens, desde a epocha em que a Família Real passou a ter a sua residência no Rio-de-Janeiro. Aberto este canal pôde dizer-se, que se estabeleceo a liberdade de imprimir para o Brazil, posto que naõ no Brazil. Portanto, examinaremos, se esta liberdade, que ja tem estado em practica por mais de dez annos, tem causado algum mal aquelle paiz, pelo abuso dos Redactores de obras periódicas ou outras. 

Fig. 10 – O PATRIOTA circulou no Rio de Janeiro entre 1813 e 1814 com 18 números publicados. Ele foi impresso na imprensa régia O seu título pode sugerir um passo na direção da SOBERNA BRASILEIRA a exemplo dos PATRIÓTAS NORTE AMERICANOS. No entanto havia um longo caminho pela frente especialmente em constituir uma massa significativa de  “PATRIOTAS” capazes, convencidos de proclamar esta SOBERANIA de PORTUGAL e manter acesa esta chama. Isto significava em especial convencer os DONOS das FORTUNAS, das TERRAS e da GENTE a optar entre PORTUGAL e o BRASIL

Saio depois do Correio Biaziliense uma turba de esciiptos periódicos em Lisboa, e em Londres, uns para o refutar, outros para o imitar. Alguns escreviam com seriedade, outros jocosamente: uns com argumentos, outros como meros caturras literários. Cada ura enfunando-se em levar a palma. Tomaremos, para exemplo, duas obras das que, neste gênero de periódicas se publicaram em Londres, o Argus e o Microscópio. Os Redactores daquelles papeis, por falta de talentos e conhecimentos políticos, para escreverem sobre as importantes matérias de Estado, de que se propunham tractar, limitaramse quasi unicamente a referir alguma anecdota deste ou daquelle indivíduo empregado publico. Isto agradou a um ou outro leitor, que se divertia em ouvir esta espécie de praguentos; porém acabou-se a collecçaõ das anecdotas, faltou a matéria para continuar os dicterios individuaes, e os taes periódicos acabaram de existir, antes mesmo que tivessem entrado em circulação no Brazil.

Fig. 11 – Na comunicação de massa instantânea vale o lema romano ITA POSIEDETIS  ITA POSIEDIATIS[1]. Isto em termos de comunicação significa se apropriar do FATO antes de qualquer outro o faça e dar-lhe a FEIÇÃO que interessa, Qualquer FATO objetivo e concreto oferece múltiplas facetas das quais sempre é possível evidenciar uma LADO em detrimento dos demais. Assim é urgente e necessário Imprimir ao FATO o INTERESSE de QUEM se APROPRIA dele e o COMUNICA ao seu MODO e MEIO. Assim Mac LUHAN tem razão ao ensinar que “o MEIO é a MENSAGEM”

 Assim a insignificancia do escripto occasionou a sua queda, sem que fosse necessária alguma prohibiçaõ; e talvez nem no Brazil conheceriam nossos Leitores os nomes de tal Argus ou tal Microscópio; posto que seus redactores ein .Londres andassem mui inchados, comparando-se com os mais eminentes edictores e escriptores do Jornal de Trevoux, ou da Encyclopedia Methodica. ¿ Que mais poderiam fazer os decretos do Governo contra taes obras, do que effectou a sua mesma ininsignificancia ? um publicou quatro N°s- e acabou ; outrro chegou ou publicar seis ou sette Nºs- e extinguio-se. Dizem alguns, que, ainda admittindo que a ignorância dos redactores de periódicos, nas matérias políticas, de que se propõem tractar, sirva de per si mesmo para naõ dar currencia a taes obras e acabar com ellas ; com tudo em quanto existem, por breve que seja a sua existência, trazem á luz do dia anecdotas que vexam os indivíduos, principalmente quando se intromettem no character particular; e a prohibiçaõ pelo menos remedeia este mal. Nós nem este argumento admittimos; porque, na terra aonde o indivíduo insultado vive, considerando a pequenhez das povoaçoens, ainda cidades do Brazil, as taes anedoctas passam de boca em boca, e se fazem tam publicas, como se andassem impressas na gazeta, com esta differença, que em quanto o rumor anda como escondido e passando ao ouvido, naõ tem aquelle, que he victima delle, meios de o refutar; e aparecendo impresso, pôde achax-se em forma naõ vaga, mas definida e certa, e assim pôde o lesado refutallo com precisão, ou requerer o castigo do calumniador, se u insulto valer a pena desse procedimento.



[1] UTI POSSIDETIS ITA POSSIDIATIS https://pt.wikipedia.org/wiki/Uti_possidetis

Fig. 12 – Evidente que “o MEIO é a MENSAGEM” no ensino de  Mac LUHAN. As LETRAS GARRAFAIS em MANCHETE são irrestíveis para as camadas populacionais que apenas as soletra num esforço heroico e  não possuem repertório algum para se defender da devastação emocional, moral e religiosa de que são portadoras  O FATO demonstra que a imprensa da época do CORREIO BRAZILIENSE nem suspeitava do uso interesseiro e grosseiro do jornalismo em qualquer uma das suas modalidades impressas, digitais, sonoras ou tudo somados e simultâneos em vídeos e filmes. Importa sempre que a vítima não use a sua razão ou tente ser ela mesma. Importa o MANDONISMO que necessita de prosélitos que acreditem e dobremos demais numa ação fulminante de “CREIA ou MORRA”

O character dos homens públicos he objecto de publica observação, isto mesmo lhes serve de freio, e ainda que se pudesse conseguir o reprimir a publicação das opinioens, pela imprensa, nunca se poderiam suffocaras vozes. Por outra parte, se admittimos que naõ he justo, e chega a ser escandaloso, o desnecessário intrometliineuto com as particularidades das vidas alheias ; isso naõhe applicavel aos actos de administração, que os indivíduos authorizados obram, no exercício de suas funeçoens publicas, porque esses interessam immeditamente a todos os que lhe ficam sugeitos, e mediatamente a toda a Naçaõ, pelo máo exemplo, que convém previnir. Um povo, que se conduz como rebanho de carneiros, he sempre incapaz de cousas grandes. Quando os homens raciocinam por si, quando tem a faculdade, e a opportunidade de julgar dos negocio» públicos, adquirem a energia de espirito, que os faz aspirar á fama, e a fazerem, para a obter, serviços assignalados; e naõ ha nada, que a isso mais conduza, do que a leitura dos suecessos, que vam tendo lugar no mundo, para o que saõ essenciaes as obras periódicas políticas.

Fig. 13 – O primeiro JORNAL DIÁRIO do BRASIL começou a circular no Rio de Janeiro em 1821. Vinha treze anos após o Jornal de HIPÓLITO da COSTA editado e impresso em Londres desde 1808. O “Correio Braziliense” era MENSALe num alentado volume de algumas centenas de páginas em cada número.  O “Jornal do Rio de Janeiro” era SMANAL e que apareceu alguns meses após o Correio Braziliense e com proposto ser uma especie de Diário Oficial com poucas páginas No seu conjunto estes periódicos eram índices de uma ERA INDUSTRIAL ATRASADA e com parcos suportes econômicos brasileiros, No entanto este ATRASIL ATRASADO era  altamente favorável ao MANDONISMO MONOCRATICO e sem contestações instransponíveis pelo CENTRALISMO das deliberações e decisões de quem tinha nas suas mãos o PODER ECONÔMICO, POLÍTICO e ESPIRITUAL

 Mas, diraõ, esse espirito publico pôde levar a máos fins. Ao que respondemos : para isso he que serve a capacidade e actividade de um bom Ministério ; isto he, paia dar uma direcçaõ útil ao espirito publico. Os Ministros que se querem furtar a este trabalho, saõ os que desejam que todos os subditos se conduzam como carneiros, posto que os comam os lobos, quando seria occasiaõ de defender-se. Olhe-se, pois, para esta questão, em geral, independentemente de consideraçoens individuaes, ponderem-se os efleitos e tendência dos escriptos deste gênero bons ou máos: os bens e os males, que podem produzir: a necessidade que ha de espalhar instrucçaõ útil no Brazil: os inconvenientes, que se seguem da ignorância; as vantagens, que disso tiram as naçoens estrangeiras, e naõ temos duvida que todo o homem, que pensar nisto desapaixonadamente, será de opinião, que a admissão e multiplicação de obras periódicas no Brazil. será de incalculável vantagem, para o melhoramento da civilização daquelle paiz.
El Rey tem seguramente mostrado mais desejos de melhorar o espirito publico da Naçaõ, do que nenhum outro Soberano actual, se exceptuarmos o Imperador da Rússia, o qual na verdade vai indo a passos rápidos, nas instituiçoens úteis de seu paiz. O Soberano do Brazil tem de per si contribuído mais em dez annos, para o melhoramento daquelle paiz, do que fizeram todos os seus predecessores, tomados junctamente. Mas,; que pôde fazer um operário sem os instrumentos de seu officio ? Para El Rey por em practica as suas boas intençoens he preciso que tenha instrumentos próprios, estes saõ os homens instruídos, sem elles nem terá com quem se aconselhe, nem quem execute as suas resoluçoens ? E como se haõ de achar os homens instruídos nas occasioens, em que saõ necessários, se os meios da educação se restringem e apoucam ? Naõ se podem formar politicos sem os estudos preliminares da sua sciencia, a leitura da historia, e o conhecimento do que actualmente se vai passando no Mundo. Para esta ultima partesaõ essenciallissimas as obras periódicas: se as naõ ha no Brazil, onde haõ de os Brazillienses ir aprender este ramo de política ? Os Cortezaõs diraõ a El Rey, que a eschola para os politicos, se acha nas differentes Embaixadas, que Sua Majestade tem por varias Cortes do mundo principalmente na Europa. Contra isto temos, primeiro, que o numero desses empregados nus Embaixadas he muito pequeno, para que El Rey possa d'entre elles fazer escolha suíficiente de homens, que empregue nos lugares em que se requerem conhecimentos politicos: depois, mandam-se para secretários e outros aggregados a essas Embaixadas, naõ pessoas de educação literária e com cabedal de conhecimentos e talentos para aprender política, mas pela maior parte homens sem essas qualidades, com tanto que tenham bons empenlios : dahi, os estudos políticos naõ saõ sempre compatíveis com as occupaçoens de taes secretários, nem com a dissipaçaõ, que as grandes cortes offerecem a taes aggregados : logo, occorre a dificuldade de prover á subsistência destes homens, que o Estado uma vez empregou, e que a honra d' El Rey pede que senaõ deixem depois desamparados, quer provem os seus talentos, quer naõ ; o que pode naõ ser culpa sua : ultimamente a incompatibilidade de similhantes estudos somente, com lugares em que se precisem outros, como saõ os de magistratura, governos, finança. &c. Assim, he necessário que os estudos da política se generalizem muito mais do que he compatível com o numero de pessoas distribuídas pelas differentes embaixadas, para que El Rey possa achar pessoas instruídas para os differentes empregos, e quando demittir essas por máo comportamento, ter outras igualmente instruídas para as substituir.
HISTÓRIA da IMPRENSA no BRASIL REINO UNIDO
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FAKE NEWS
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Melhoramentos no Brazil.
Fig. 14 –  Na medida em que o BRASILEIRO deixava de ser caranguejo ia descobrindo as riquezas e as potencialidades da terra. Os rios e os mananciais de água como o Rio Jequitinhonha ofereciam pesca abundante, caça, uma vegetação exuberante e terras férteis para a sobrevivência humana.  Porém a cultura, a técnica e os capitais econômicos fazem que fosse mais um refúgio um pouco diferente e pior da cultura indígena que cuidou destas paragens por milhares de anos.  Em poucos anos a ERA INDUSTRIAL, as concentrações urbanas e as terras exauridas pelas chuvas topicais lavaram o solo cuidado pelo indígena por séculos. Os desastres de MARIANA e o, de 2019, em BRUMADINHO, apenas surpreenderam e mataram os despreparados em lidar com a ECOLOGIA e colocaram tudo a perder na sua ESPERANÇA nos MANDATÁRIOS de plantão


Os nossos Leytores veraõ com prazer as noticias, que da gazeta da Bahia copiamos a p. 285. Regosijamo-nos de ver aqui posto em practica o plano, que tantas vezes temos recommendado, de povoar os pontos mais importantes das estradas, que communicam umas partes do Brazil com outras, e fazer servir para isso a tropa desoccupada em tempo de paz
Fig. 15 –  O MANDONISMO de ERA de ACUMULAÇÃO INDUSTRIAL sem olhar para as consequências de sua PILHAGEM indiscriminada da NATUREZA teve como consequência, em 2019, o evento do rompimento da barragem de BRUMADINHO trazendo mortes, destruição e prejuízos que recaíram sobre o PODER ORIGINÁRIO sepultando todas as esperanças de CORREIO BRAZILIENSE de março de 1819   Neste acontecimento o jogode empurra entre u LEGISLATIVO, o EXECUTIVO e JUDICIÁRIO acumula procrastinações reciprocas  na qual o PODER ORIGINÁRIO arca como solitário os PREJUÍZOS enquanto oi GOVERNO do ESTADO BRASILEIRO espera acumular apenas lucros.,


O rio Jequetinhonha he de summa importância, para a communicaçaõ commercial entre a Bahia, e as Minas; e assim tem este objecto com muita justiça merecido a attençaõ do Governador da Bahia ; que ja em outras cousas se tem mostrado mui digno do lugar que occupa. Se a população do Brazil receber do seu Governo a protecçaõ que merece, naõ pôde duvidar-se da grandeza a que em hieve tempo chegará aquelle delicioso paiz. 
Fig. 16 – O evento do rompimento da barragem de BRUMADINHO, em 2019, trouxe uma amarga desesperança do CORREIO BRAZILIENSE de março de 1819 com mortes, destruição e prejuízos que recaíram sobre o PODER ORIGINÁRIO. Em BRASÍLIA o fato apenas serviu para uma mais uma BATALHA de FARPAS, de ACUSAÇÕES RECÍPROCAS e para “INGLÊS VER” e “TUDO como ANTES na CASA de ABRANTES”.  A UNIDADE  do MANDONISMO não sofreu o menor arranhão. Neste sistema, os LEGISLADORES, os MAGISTRADOS e EXECUTIVOS expressaram as mais sentidas condolências  



Rio Pardo:  Entre a NATUREZA e a CIVILIZAÇÃO em novembro de 1818 e 2018.

Rio JEQUITINHONHA

Atuais municípios da bacia do Rio Jequitinhonha

Rio SÂO JOÃO afluente do Rio JEQUITINHINA

BRUMADINHO


RIQUEZA e SAUDE DEGRADA na bacia do Rio Jequitinhonha
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O Brasil de março de 1819 e o de março de 2019 é diferente na medida em que cresceram as dimensões dos problemas governamentais, de comunicação e do meio ambiente.
  O SENHORES do RAIO e do TROVÃO mudaram-se de Lisboa para Brasília. No Planalto Brasileiros os CACIQUES e os CORONÉIS SOBERANOS e MANDÕES por natureza e vocação, sentem-se mais seguros e cercados por uma vasta gama de SÓCIOS que come de suas mãos as migalhas caídas do banquete dos MANDÕES de ocasião.
Estão ai os monumentais estragos do MEIO AMBIENTE da BRUMADINHO e de MARIANA sem remédio, sem que alguém se responsabilize, conserte e indenize adequadamente.
A imprensa saltou para a ÉPOCA PÒS INDUSTRIAL com as mídias digitais pessoais que desconhecem as mais elementares leis da ética e da moral. Juízes que TOMAM POSSE de CARGOS no EXECUTIVO, EXECUTIVOS que invadem o LEGISLATIVO na hora em que interessa e a qualquer pretexto.
Neste CAOS -  INSTALADO de LONGA DATA e do qual o PODER ORIGINÁRIO é excluído LIMINARMENTE - vale aos corruptos de plantão preservar e impor a norma implacável de MANDAR SEMPRE e NUNCA OBEDECER mesmo que seja num mísero POLEIRO de uma minúscula repartição pública. 
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DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática
TESE: Origens do Instituto de Artes da UFRGS
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Um comentário:

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