terça-feira, 13 de novembro de 2012

NÃO FOI no GRITO – 059.



ONDE e COMO CIRCULA o PODER movido pela
ENERGIA POLÍTICA LIMPA.

“Imprimem-se na Peninsula 37 periódicos, além de outros de que naõ temos noticias, e daquelles que os Francezes fazem imprimir nos Paizes que occupaõ. Esta multiplicidade de escritos, quasi todos diários, prova, que actualmente na Peninsula se lê mais do que em tempo algum, e refuta victoriosamente a opinião de que os Peninsulares se achavam atrazados das mais Nações um século de luzes (e que isto fosse culpa do povo.)” 
                                                      (Correio Braziliense - novembro de 1812, na p. 727)


E . LE SEUR. Árvore da Liberdade 1792 Museu Carnavalet  - Sans culottes plantaram 60.000 arvores
Fig. 01 – A plantação, circulação e reprodução  do PODER proveniente da LIBERDADE pública  ao estilo da ÁGORA GREGA e realizada em praça publica. Acima da multidão consta um texto inspirado no MUNDO da RAZÂO exaltando a Liberdade. A imagem foi criada para ser impressa e distribuído largamente entre o público ávido de novidades e para reforçar as suas convicções políticas. Assim foram plantadas, na França,  60.000 árvores-carvalhos -  A ilustração corresponde a mentalidade e sentimento do “Einfühlung” do evento, aberto a todos e efêmero  estudado pelo alemão William Worringer

A invenção dos tipos móveis, e o posterior reforço das suas sucessivas técnicas, foi um dos primeiros pontos da emergência e visibilidade da “era industrial”. A imprensa industrial possibilitou iniciar o processo da escolaridade universal. Na política abalou a onipotência e o centralismo excludente. Os produtos da indústria gráfica questionaram, abalaram e contornaram as crenças, a magia e a ortodoxia que se queriam oniscientes, eternos e onipresentes. Quem quer acreditar nos seus fantasmas imaginários fica isolado e falando sozinhos com eles. A apropriação das informações públicas possibilita mover a ENERGIA POLÍTICA LIMPA e faz CIRCULAR o PODER por meio da disseminação, exame e crítica universal daquilo que os produtos da indústria gráfica produzem em larga e uniforme tiragem. 


HOGART William  1697-1764 - Entretenimentos no dia de eleições  c. 1755 -1758 Gravura
Fig. 02 – A origem, a circulação e a reprodução  do PODER proveniente da LIBERDADE privada  ao estilo da DÒMUS e do PATRIO PODER ROMANo e concretizado em ambiente doméstico fechado e com estreitas e pequenas janelas voltadas ao espaço externo da praça publica. Os lares são representados por um ícone do patriarca representado em cima e centro da cena. A imagem também foi criada para ser impressa em múltiplo em gravura tipográfica e distribuído largamente entre o público ávido de novidades e para reforçar as suas convicções políticas.. Na concepção da mentalidade da “Abstraktion do alemão William Worringer esta ilustração  carrega símbolos arcaicos e que se materializam  ciclicamente num âmbito familiar  interno sob rituais e convenções. No círculo externo há pouco sentido, justificativas e até sinais de desqualificação a quem não compreende e segue estes rituais do grupo de dentro.

 A Enciclopédia Francesa abriu e divulgou o que era domínio particular de castas profissionais multisseculares e com o custo da vida de quem as divulgasse para não iniciados. As fechadas e hegemônicas guildas medievais tiveram amplamente divulgados pela imprensa os seus segredos do seu saber técnico exclusivo. 


CRUIKSHANK George -1792-1878   Matador Corso
Fig. 03– A imprensa industrial e massiva instituiu na História Contemporânea em pauta preferencial o ESPETÁCULO do EXECÍCIO do PODER e transformá-lo em  fonte PRIMÁRIA de sua própria SUSTENTAÇÃO e LUCRO EMPRESARIAL  Não lhe importa o que o ENTE e o SER do agente público seja, faça ou deixa de fazer. Para a pauta do periódico só interessa a FORMA  de comunicar. Retorna-se à velha fórmula romana doa PÂO e CIRCO ou então os OITO  SEGUNDO do PEÂO SOBRE a MONTARIA e a sua QUEDA..O artista gráfico George CRUIKSHANK se valeu do espetáculo da TOURADA e onde a realeza representa os diversos povos como espectadores dos azares do   “Matador Corso”. O objetivo evidente, deste trabalho, era criar uma imagem para a imprensa industrial e massiva e ser produto de venda a um público indiferenciado.

As energias dos produtos da indústria gráfica, produzidos em larga e uniforme tiragem, superaram os segredos das guildas da Idade Média, o terror da Inquisição e os rituais excludentes do Ancien Regime. Assim a técnica da Fotografia, longamente tentada e elaborada, a sua patente foi adquirida pelo Estado Francês e divulgada amplamente, neste mesmo ano, pela imprensa.
No contraditório é necessário admitir que nenhuma civilização é natural. Cada uma delas possui, para o homem natural, algum tipo de mal estar,  na concepção de Sigmund Freud. A circulação, mesmo discreta e silenciosa, é acompanhada pelo controle na microfísica desta circulação do poder conforme estudos de Michel Foucault. No entanto, no macro poder este controle é massivo, persistente e subliminar. Nele estamos todos mergulhados e somos levados, mesmo à nossa revelia. Os estudos do brasileiro Raimundo Faoro e do norte-americano Charles Wright Mills mostram a potência e falta de limites deste poder absurdo e que se torna incontrolável mesmo por poderosas e antigas organizações. 


William BLAKE – América: uma profecia  1793
Fig. 04 – As visões místicas do inglês William BLAKE (1757-1827) podem ser interpretadas como projeções da concepção da mentalidade da “Abstraktion do alemão William Worringer. Estas projeções nórdicas são como estranhas manchetes de jornais de assuntos do qual o poeta e pintor não tinha experiência direta e nem a proporção exata. As suas obras predizem  as compulsões mentais levadas adiante pelo pintor Francis Bacon (1909-1992)

O Correio Braziliense era um dos produtos da indústria gráfica, produzidos em larga e uniforme tiragem, com o objetivo  de superar os segredos das guildas da Idade Média e os rituais excludentes do Ancien Regime. O seu redator havia sido vítima do terror da Inquisição e por isto estava refugiado em Londres. Assim não podia deixar de noticiar, em novembro de 1812, no setor da LITERATURA e SCIENCIAS de PORTUGAL do seu nº 54, na p. 725:
O nosso Governo fez expedir a seguinte Portaria.
 HAVENDO o Principe Regente nosso Senhor tomado em consideração quanto convém a beneficio do estado, que neste Reino haja, como em as nações mais civilizadas, um diccionario de artes, e officios, com o resumo dos seus respectivos tractados, a fim de que os artistas, e officiaes dos mesmos possão adquirir facilmente por principios os conhecimentos necessários á successiva perfeição de uma illustrada prática com o soccorro do referido diccionario ; o qual deve conter os termos, denominações, e frazes próprias, que constituem os elementos scientificos de cada um dos differentes ramos de industria, em que se empregão os mesmos artistas, e mestres de officios: he o mesmo Senhor servido encarregar ao Doutor Gregorio José de Seixas, da organização, e fôrma de tão importante diccionario, authorizando- o para haver de cada uma das competentes  estações, e donde mais convier, todas as noticias necessárias. O mesmo Doutor Gregorio José de Seixas, o tenha assim entendido.
Palácio do Governo, em 22 de Septembro, de 1612.
Com quatro Rubricas dos Senhores Governadores do Reino.


George CRUIKDHANK 1792-1878  Dificuldades numa exposição de desenho
Fig. 05 – A imprensa contribuiu poderosamente no projeto individual do cidadão de “VER e SER VISTO em PÚBLICO”. Para tanto a imprensa era portador de código de comportamentos recomendados,  aceitos, tolerados e frontalmente rejeitados a circulação do cidadão  em publico. Entre aqueles que circulavam e passam nestes códigos públicos eram selecionados os agentes competentes para gerar PODER e sua reprodução.

Esta portaria régia certamente era uma meia capitulação diante da Enciclopédia Francesa de 1772. Neste ano ela completava quarenta anos de sua primeira impressão e circulação pelas principais culturas, países e principalmente centros industriais. Para esta indústria, suas fábricas, oficina e laboratórios esta Enciclopédia Francesa havia preparado um volume especial, abundantemente ilustrado por equipamentos e o seu funcionamento prático.
 A Enciclopédia Francesa dava ênfase á RAZÃO, secundada  pela MEMÓRIA e pela IMAGINAÇÃO. Das suas páginas afastava qualquer opinião, dogma ou ideologia incapaz de se ancorar e sustentar nestes três pontos.


Fig. 06 – Movido e acossado pela imprensa o Estado Francês passou a se autodenominar como o mediador com  SER SUPREMO que ele confundiu com a RAZÃO. Para tanto estabeleceu um culto público, um calendário de eventos e dividiu o tempo com fórmulas matemáticas. Este voluntarismo estatal não gerou hábito pois era deliberações de um pequeno grupo que havia tomado a circulação do PODER em suas mãos e o administrava  por meio de eventos efêmeros sem renovar e atualizar as deliberações e decisões na interação com o seu próprio Poder Originário. 

A Enciclopédia Francesa não entrava num espaço vazio, por mais força que tivesse e por lúcida e pioneira que fosse. Na contrapartida, desta força revolucionária gaulesa, cada cultura mandou redigir, imprimir e distribuir a sua própria enciclopédia, como o fazia Portugal em 1812. Cada espaço nacional e cultural conferia sentido próprio a oportunidade, força e as consequências ao seu projeto. Isto aconteceu com a Enciclopédia Britânica ou a Herder alemã. Basta prestar atenção a uma visão panorâmica sobre o numero dos periódicos impressos na Península Ibérica para verificar que a Enciclopédia Francesa não entrava soberana num espaço vazio e sem dono. Ali eram produzidos e circulavam o que Correio Braziliense noticiava em novembro de 1812, na p. 727:
“Imprimem-se na Peninsula 37 periódicos, além de outros de que naõ temos noticias, e daquelles que os Francezes fazem imprimir nos Paizes que occupaõ. Esta multiplicidade de escritos, quasi todos diários, prova, que actualmente na Peninsula se lê mais do que em tempo algum, e refuta victoriosamente a opinião de que os Peninsulares se achavam atrazados das mais Nações um século de luzes (e que isto fosse culpa do povo.)
Adiamos também annunciado na Gazeta de Lisboa, que se vai a publicar naquella cidade um periódico em língua Hespanhola, com o titulo de " El Verídico," que sahirá tres vezes por semana.



CARICATURA 17 contra ARAÚJO PORTO-ALEGRE  Manuel -1809-1979
Fig. 07 – A sustentação e a circulação do poder sobre uma base fragmentada e instável numa charge contra  Manuel ARAÚJO Porto-alegre (1809-1879). Ele é considerado o pai  da caricatura impressa no Brasil. Isto não impediu que o futuro Barão de Santo Ângelo fosse cruelmente caricaturado numa série de cartoons impressos e largamente distribuídos na capital do Império.

Como o sul-rio-grandense, o Barão de Santo Ângelo foi vítima de sua própria criação, assim outro gaúcho o editor do Correio Braziliense Hipólito José da Costa também foi vitima da mesma liberdade que defendia na imprensa industrial. É o que se verifica na continuidade da leitura do mesmo texto do Correio Braziliense:
Carta de um pay para seu filho, estudante na universidade de Coimbra sobre o espirito do Investigador em Inglaterra. Lisboa, 1812.
Este folheto que contém 41 paginas, e se publicou annonymo, he attribuido ao Padre José Agostinho de Macedo ; e o estylo, e objecto, mostram, que he sumamente provável ser elle seu author.
A obra tem por objecto fazer um ataque ao Investigador, ou para melhor dizer a seus Redactores; porque publicaram uma satyra de Manuel Maria da Bocuge, contra o tal padre José Agostinho, mas por um traço de sua natural justiça, e conseqüência, descanta contra o Correio Braziliense, que nisto naõ  teve parte nem boa nem má.
Nós, seguindo os principios da charidade christaã, que este senhor reverendo padre nos aconselha, lhe perdoamos a sua má lógica; pois em fim merece perdaõ quem naõ sabe o que faz. Este homem be um verdadeiro maníaco literário ; que pelo que insinua espera poder obter do Governo alguma cousa, por escrever contra os que suppoem seus adversários. Mas como nem isto tem obtido; porque os boi.s ossos se daõ a roer aos parasitas mais assíduos nas ensensadellas, desabafa em gritos desentoados.


John CLIFTON - Cena das “Alegres Comadres de Windsor” Ato III - Cena V -  http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/windsor.html
Fig. 08 – A imprensa contribuiu para espalhar as obras de Wiliam Shakespeare e o fino e elaborado humor britânico diante das mais insólitas situações como o velho e mulherengo canastrão Falsafata das “Alegres Comadres de Windsor” de Shakespeare, sendo despejado por dois jovens nas águas lamacentas e rasas do Tâmisa...

O editor elogiava esta possibilidade de exercício continuado do hábito da integridade intelectual. Longe de qualquer busca de hegemonia, onisciência ou onipotência, mesmo que os respingos o atingissem e pudesse ser despejado no Rio Tâmisa como certo Falsafat da peça as “Alegres Comadres de Windsor”. O editor, vacinado contra o medo de pequenas vinganças e adulto, ele continua na p.728:
Este folheto naõ seria mencionado, por sua insignificancia, se naõ o desejássemos produzir como uma prova do melhoramento, que as circumstancias vaõ produzindo na liberdade de imprensa.
Facultáram-se primeiro em Lisboa os escriptos controversistas, para desacreditar o Correio Braziliense. Nós alegramonos com isto ; porque ganhamos o primeiro ponto a que nos propuzemos, (graças á perspicácia do Governo Portuguez) que foi introduzir na naçaõ esta sorte de escriptos, que julgamos mui úteis; por vários motivos: e posto que se deixassem já a muito de mandar escrever contra o Correio Braziliense, com tudo pegou o gosto desta leitura; e visto o exemplo taõ próximo da Hespanha, naõ será mui fácil destruir esta inclinação em Portugal.


George CRUIKDHANK -1792-1878 -  Gent - No Gent & Re Gent - Gravura  1816
Fig. 09 – A imagem mostra o processo da fabricação do herói pela imprensa. Esta fabricação passa pelo ícone (“santinho” atual)  do herói, a sua corrupção pela celebração das suas proezas divulgadas pelos jornais e os seu aproveitamento como governante segue o antigo modelo do general romano, a gloria divulgada dos seus feitos a sua consagração como autoridade ao receber o poder do Império   

O editor justificava o elogio desta possibilidade de exercício continuado do hábito da integridade intelectual, mesmo que fosse contra ele mesmo. Ele argumentava a favor da livre circulação da informação, do exercício da vontade e do direito da livre expressão pública. Assim o continuava nas pp.728 e 729:
Argumentarão talvez contra nós, dizendo, que nos mesmo reprovamos este folheto; e portanto queremos para nos uma justiça e outra para os outros. Mas este naó he o facto. Nos julgamos que o Padre José Agostinho, maníaco como he, tem o direito de publicar as suas opinioens, como todo, e outro qualquer homem; e mui bem faz o governo em o deixar imprimir o que elle escreve.
Mas taõ bem nos temos o direito ; assim como todo o outro individuo, de julgar do merecimento disso que ele escreve. Em uma palavra o Publico, e naõ meia dúzia, ou talvez um só censor da naçaõ, deve julgar do merecimento dos escriptos.
O editor do Correio Braziliense  revela a necessidade de superar a cápsula da língua portuguesa para que esta circulação fosse planetária. Assim saudava a constituição de uma ponte entre a língua lusa e a inglesa por meio de uma gramática específica para este intercâmbio linguístico.
Nova Grammatica Ingleza e Portugueza, dedicada á felicidade e augmento da naçaõ Portugueza. Selecta dos melhores authores; por Manoel de Freitas Brazileiro. Liverpool, 1312.
O Author desta obra, se intitula no prólogo Selector, ou compilador do que se acha escripto sobre a Grammatica da lingua Ingleza, que se propõem explicar por meio da Portugueza ; e podemos asseverar ao Leitor que a selecçaõ he mui superior ao que neste gênero temos até agora visto na lingua Portugueza, pelo que respeita a dar a um Portuguez, por meio de seu idioma, um conhecimento daquella lingua taõ exacto quanto he possivel dar-se em lingua taõ differente, dos principios da linguagem Ingleza.
Naõ he um mero rezumo, nem uma compilação de dissertaçoens; sobre os diversos assumptos da Grammatica Ingleza; e por tanto julgamos este volume sumamente adaptado a guiar o discípulo, e ajudar o mestre ; até que o Portugeez estudante da lingua Ingleza esteja em situação de fazer maiores progressos, sem o auxilio de Pedagogo, que, aos principios, nenhuma Grammatica Ingleza, por mais ampla que fosse, poderia fazer com que se escusasse: pode isso affirmar-se de quasi todas as línguas ; mas da Ingleza com especialidade; e pôde o estudante Portuguez estar seguro, que nenhuma Grammatica, por mais perfeita que fosse, o ensinaria a faltar Inglez sem as instrucçoens oraes do Mestre.


George CRUIKDHANK -1792-1878  Monstruosidades de 1822
Fig. 10 – A imprensa de moda continua sendo uma grande fonte de informações e como palavra escrita, orienta o olhar e o agir.. O puro experimentalismo, sem teoria e sem uma forte base semiótica pode levar aos exageros que esta imagem tenta colocar ao ridículo. Na moda inglesa dominada pelo behaviorismo e experimentalismo e completamente distinta da moda francesa que parte da informação e das concepções mentais que se referenciam aos cânones semióticos ao modo como Roland Barthes registrou no seu antológico “Système de la Mode” de 1967 ou aos cânones estéticos de um Max Bense. .

Explicação imparcial das Observaçoens do Doutor Vicente José Ferreira Cordozo da Costa, sobre um Artigo da gazeta de Lisboa de 1810: impressa em Londres. Lisboa, 1812; vende-se na loge de Carvalho aos Mártires.
As técnicas gráficas  industrializadas na linha de montagem possibilitaram a escolaridade universal, abalaram a política centralista excludente, contornou a magia e a ortodoxia proveniente da imaginação sem provas. O ano de 1812, além da vitória dos russos sobre a poderosa armada Francesa, pode ser considerado aquele em que as técnicas gráficas industrializadas disseminaram-se pelo mundo civilizado e precedeu o que estamos vivendo, no ano de 2012, nas redes numéricas digitais. Ambas mudaram as formas e a maneira publica de perceber a educação, a política e as esperanças e as crenças em geral.


E. LE SEUR Sans culottes plantam a arvore da liberdade 1792 Museu Carnavalet - detalhe
Fig. 11 – A Revolução Francesa de 1789 foi movida e sustentada imprensa. Em Paris circulavam jornais e impressos de toda ordem principalmente nos seus períodos mais agudos da mudança do Regime. Um destes  impressos  moveu o público a plantar 60.000 árvores-carvalhos, na França para reforçar as suas convicções políticas da Liberdade de pensar, deliberar e decidir a agir coletivamente. O que era antes conseguido pela violência e coação física e mental era conseguido pela informação, vontade e direito conquistados pelo cidadão.

FONTES BIBLIOGRÀFICAS
BARTHES, Roland.  Système de la mode. Paris : Seul, 1967. 327p.

BENSE, Max(1910-1990). Pequena estética. São Paulo:  Perspectiva,1971, 225p+(2.ed. 1975).

FAORO, Raymundo (1925-2003). Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro.   Porto Alegre – São Paulo: Globo e USP, 1975.  2v.

FOUCAULT, Michel (*15.10.1926 – †28.06.1984).  Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1995. 295 p.

FREUD, Sigmund.(1858-1939).O mal estar na civilização (1930). Rio de Janeiro : Imago, 1974. pp. 66-150.  (Edição standard brasileira de obras psicológicas completas de Sigmund Freud, v.13)

NIETZSCHE, Frederico Guillermo (1844-1900)  Sobre el porvenir de nuestras escuelas. Barcelona: Tusquets, 2000. 179 p

WORRINGER, Wilhelm (1881 - 1965).  Abstraccion y naturaleza. (Abstraktion und Einfühlung -1ª.ed. 1908).  México :  Fondo de Cultura   Econômica, 1953. 137p.

WRIGHT MILLS, Charles (1916-1962) A elite do poder. (3.ed) Rio  de Janeiro: ZAHAR, 1975.  421 p..


HOGART William  1697-1764 - Entretenimentos no dia de eleições  c. 1755 -1758 Gravura – detalhe
Fig. 12 – O conhecimento registrado e escrito num texto pertencem a todas as civilizações superiores que usam este meio para sintetizar, guardar e eventualmente criticar  o conhecimento . Este registro escrito manual e único se potencializou, em formas inesperadas, com os produtos da indústria gráfica, produzidos em larga escala, e  de tiragem uniforme e confiável..

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
CORREIO BRAZILIENSE nº 54 – NOVEMBRO de 1812:
O Correio Braziliense está disponível integralmente no portal da USP – Coleção Brasilina -

ENCICLOPEDIA BRITÂNICA

ENCICLOPÉDIA FRANCESA

HERDER

IMPRENSA e REVOLUÇÃO FRANCESA de 1789

MUSEU CARNAVALET – PARIS

NIÓBIO BRASILEIRO e GRÃ-BRETANHA em 2012

Manuel ARAÚJO Porto-alegre (1809-1879 Barão de Santo Ângelo e a caricatura impressa
Shakespeare – AS ALEGRES COMADRES de WINDSOR
“Alegres Comadres de Windsor”ATO III -Cena V -  http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/windsor.html
“FALSTAFF — .. Ora, ter vivido, para que me carregassem num cesto e me atirassem no Tâmisa, como restos de açougue! Bem; se eu cair em outra brincadeira como essa, quero que me tirem o cérebro, o fritem em manteiga e o dêem a um cão, como presente de ano novo. Os patifes me atiraram no rio com tanta despreocupação como se fossem afogar quinze cachorrinhos recém-nascidos e ainda sem vista. Se o fundo do rio estivesse na mesma altura do inferno, eu me teria afogado. Sim, teria morrido afogado, se a margem não fosse tão baixa e arenosa. Morte essa que eu abomino, porque a gente estufa na água. E de que jeito eu ficaria, se viesse a estufar? Parecera a múmia de uma montanha”.


HOGART William  1697-1764 - Entretenimentos no dia de eleições  c. 1755 -1758 Gravura detalhe
Fig. 13 – O livro, a mesa, o alimento e alguém despejando “conhecimento”  diretamente no cérebro são alguns índices da origem,  circulação e da reprodução  do PODER proveniente da LIBERDADE

SOM
O presente texto foi composto ao som de Robert SCHUMANN - Etudes Symphoniques opus 13


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