3º ANO do BLOG “NÃO FOI no GRITO”
No dia 09 de julho de 2014 o blog “NÃO
FOI NO GRITO” inicia o seu 4º ano do trabalho silencioso. O seu
projeto é o TEMPO preparatório para a
proclamação efetiva da soberania do Brasil. O seu problema consiste em
demonstrar e contrariar a opinião geral que esta soberania foi conquistada num
simples e solitário GRITO.
Para tanto o blog “NÃO FOI NO GRITO” percorre mês a mês o que o CORREIO
BRAZILENSE publicava dois séculos atrás em relação ao Brasil e suas
circunstâncias da época. Com este referencial compara e avalia o que ocorre no
Brasil dois séculos depois
Nas postagens deste blog “NÃO FOI NO GRITO” não se buscam prosélitos,
seguidores ou multidões. Multidões capazes - com o seu ruído, exclamações e
gritos - desviar o objetivo da contemplação serena e desapaixonada do PODER
ORIGINÀRIO de agora e de 200 anos atrás.
LAZAR SEGAL Mário de Andrade na rede- 1929 gravura
Fig. 01 –O escritor Mário da Andrade (1893-1945) foi
alguém competente e compenetrado sem se deixar distrair ou envaidecer pela
fama. Num intenso trabalho sondou a
alma brasileira em todas as dimensões e intuiu a sua profunda e silenciosa conexão com o seu tempo e lugar. Com sua
atenção e com esta conexão devolveu um farto, rico e original repertório da
alma brasileira. Esta elaboração não cessa de ter seguidores silenciosos e que
se encarregam de atualizar o seu legado material e imaterial.
SUMÁRIO do
1º ANO
SUMÁRIO do
2º ANO
MÁSCARA de GUY FAWKES em
DRUMOND de ANDRADE Londres: Guardian 24.06.2013A
Fig. 02 – Os protestos que se espalharam pelo mundo
afora e atingiram o Brasil com intensidade e sob as mais variadas formas e
objetivos reflete uma época de transição. Transição entre os padrões da era
industrial estão migrando para era pós-industrial. O Correio Braziliense
pertenceu aos primórdios da cultura do múltiplo industrial. A era
pós-industrial usa este mesmo múltiplo e o potencializa instantaneamente
tantopara um único destinatário como para milhões.
SUMÁRIO do 3º ANO do BLOG
“NÃO FOI no GRITO”
077
- NÃO FOI no GRITO .
A POLÍCIA e os JUÍZES.
078
- NÃO FOI no GRITO .
BRASIL do OIAPOQUE ao CHUI.
PROTESTOS em BRASÌLIA -
CP 17.06.2013
Fig. 03 – A HITÓRIA existe apenas como ENTE
PRIMITIVO do qual todos falam mas ninguém é capaz de estabelecer um conceito
unívoco, linear e único. Existem narrativas visuais, faladas e escritas. Assim
é possível gerar um evento singular e em relação a ele gerar imagens, textos e
falas cuja eficácia de sedução foi plenamente comprovada pelo regime nazista. Imagens,
textos e falas que contornavam a ética em qualquer uma das suas manifestações.
079
- NÃO FOI no GRITO.
VOZES da ÁFRICA: ESCRAVIDÃO e COLONIALISMO.
080
- NÃO FOI no GRITO.
BRASIL e CHINA:
COINCIDÊNCIAS em 1813 e 2013.
081
- NÃO FOI no GRITO.
HELENISMO – MANEIRISMO e POS-MODERNIDADE: três épocas de mudanças.
082
- NÃO FOI no GRITO.
CARGOS e FUNÇOES e a
PROPAGANDA da CRENÇA no ESTADO NACIONAL
CATTELAN Maurizio -Rotunda GUGGENHEIM NYT 08.11.2011
Fig. 04 – A cultura pós-industrial é competente para se
apropriar, reciclar e mandar para o museu todos os estágios anteriores. A era industrial realizou esta proeza com
os objetos únicos e manufaturados da era agrícola
083
- NÃO FOI no GRITO.
...e o RESTO é GRITARIA
para apenas marcar um território transitório.
084
- NÃO FOI no GRITO .
Como o BRASIL se percebia em NOVEMBRO de 1813 e a CRENÇA no ESTADO NACIONAL
085 - NAO FOI no GRITO
1814-2014 – O BRASIL ACOMPANHA
DOIS SÉCULOS de
GUERRAS ALHEIAS na BUSCA da HEGEMONIA PLANETÁRIA.
UCRANIA - Kiev no caos - Foto de Louisa GOULIAMAKI - CP 21.02.2014
Fig. 05 –Os “SEM HITÓRIA e SEM ROSTO” buscam
desmontar as imensas estruturas opressivas do PODER ORIGINÀRIO herdadas da era
industrial unívoca, linear e concentradora. .
086 - NAO FOI no GRITO
Uma SEMENTE de
LIBERDADE.
087 - NÃO FOI no GRITO
O
BRASIL e o COMÉRCIO INTERNACIONAL em
1813 e em 2013.
088 - NÃO FOI no GRITO.
GRITOS PARA
INTRIGAR.
089 - NÃO FOI no GRITO.
A GUERRA SOBRE
a MESA
BRASIL em
FEVEREIRO de 1814 e 2014.
NSA
Fig. 06 – Entre os anos de 2013 e 2014 cresceu macro
controle absoluto da informação e a
produção de versões adequadas e politicamente corretas é uma das preocupações
dos governos dos países hegemônicos. Os norte-americanos concentraram e
continuam o papel que Londres exercia em 1813 e1814 e ao longo do século XIX.
Não era por acaso que Hipólito da Costa ali redigia, imprimia e distribuía o Correio
Braziliense.
090 - NÃO FOI no GRITO.
MANDAR
no PRÍNCIPE: Mediadores e
atravessadores auto titulados mandam sem perguntar e dão conselhos importunos.
BRASIL
em MARÇO de 1814 e 2014.
091 - NÃO FOI no GRITO.
A ESCRAVIDÃO
NÃO FOI ABOLIDA NO GRITO.
092 - NÃO FOI no GRITO -
A NOBREZA
LUISITANA OMISSA na HORA da CONTABILIADE e da DISTRIBUIÇÃO BRASIL 1814 - 2014
093- NÃO FOI no GRITO -
SUBSTITUIR o
ESCRAVO pelo IMIGRANTE.
094 - NÃO FOI no GRITO -
Em JUNHO de
1814 o GOVERNO do BRASIL era ÓTIMO: pena
que existia o povo...
PROTESTOS na CANDELÁRIO do Rio de Janeiro - CP 18.06.2013
Fig. 07 – A multidões se dispersam tão rapidamente
como se reuniram. A carga da acelerada e opressiva multiplicação dos fatos
subsequentes, encarrega-se de apagar rapidamente qualquer narrativa visual ou
escrita. Resta apenas a simples união
física das pessoas e produzindo rebanhos “sem condições de deliberar e decidir
a respeito de si mesmas”. Abre-se o paraíso para atravessadores, tituladores e
atravessadores.
095 - NÃO FOI no GRITO -
O BRASIL NASCEU
e CONTINUA VELHO.
096 - NÃO FOI no GRITO -
O BRASIL em JULHO de 1814 e a
sua busca da MAIORIDADE.
MuCEM - TRANSUMÂNCIA e MARSELHA -- The Guardian 10.06.2013
Fig. 08 – A simples união física das pessoas produz apenas
multidões ou apaga rapidamente qualquer narrativa visual ou escrita e produzindo rebanhos. Geram-se multidões
incalculáveis “SEM HISTÓRIA” além de
brinco numérico digital de identificação e de garantia de origem de procedência.
O CONHECIMENTO de SI MESMO não interessa mais, pois um clone é condicionado, servido e
alimentado por mediadores,
atravessadores e tutelares. Tutelares, atravessadores e mediadores que para o
seu controle do rebanho aplicam chips numéricos digitais em todos e em tudo.
Como afirmamos em outro
blog que A HISTÓRIA NÃO É LIXEIRA. Não basta acumular dados e fatos de um
passado mais ou menos remoto. Nesta condição estes dados e fato não passam de
um entulho pronto para ir ao lixo.
Ninguém consegue libertar a História indígena, africana e do imigrante
brasileiro do interior de uma cápsula hermeticamente fechada e ameaçada de torna-se lixo. Em tempo de
obsolescência programada e de descarte
generalizado o dia anterior - e o passado em geral - entram na categoria do obsoleto, do inútil -
senão como algo ameaçador . O historiador passa a ser percebido e tratado como
o catador de lixo para esta mentalidade consumista. Para esta mentalidade a
única função do passado é mostrar como o EU do presente é superior. Este EU
julga se onipotente, onisciente, onipresente e eterno, pois ele está VIVO e
TRIUNFANTE e o passado está MORTO e INÚTIL.
Fig. 09 –Os “SEM HITÓRIA” além de um solitário
quero-quero
A distinção que mais se percebe duzentos anos após as sucessivas edições do CORREIO BRAZILIENSE e que a era
pós-industrial é competente para
reificar o passado torna-lo mais
rápida e eficazmente em COISA. Na
condição de objeto este passado pode ser ridicularizado na hora e na forma que
interessa ao mortal vivo e idiota desqualifica-lo
e descarta-lo. Este idiota atarantado e eufórico com a sua tecnologia não
percebe que ele próprio é parte deste processo. Uma serie infinita de fatos,
conceitos e fazeres protagonizado por
este idiota atarantado e eufórico nada entende do dia do hoje e do
presente. Marc Bloch esclarecia e distinguia (1976: 4.).
“É tal a
força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas
se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce
fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos
por compreender o passado se nada sabemos do presente” .
BLOCH, Marc (1886-1944)
. Introdução à História.[3ª
ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América 1976
179 p
Damien HIRST (1965 - ) Bezerro de Ouro 2008 - vendido por 16.5
milhões de dólares
Fig. 10 –
O artista inglês aproveita-se o idiota
atarantado e eufórico da era pós-industrial para lhe vender, bem caro, o seu
BEZERRO de OURO embalsamado. Esta obra é uma imagem contemporânea da nova idolatria da mídia
da propaganda e marketing
Os historiadores tem a menor responsabilidade pelo fato de que a Historia
Contemporânea estar em migalhas. A era
da cultura pós-industrial é determinada por pessoas que aprenderam a criar
narrativas singulares e mantê-las únicas encapsuladas. Vai longe o TEMPO do EU
romântico que jogava o seu coração sangrando e pulsando no balcão do espaço
público. O horror e o espanto pessoal
eram apresentados ao transeunte como universais e veiculados de forma massiva,
impressa e duradoura. Na época pós-industrial é o contrário: o horror e o
espanto são encapsulados cuidadosa e asceticamente. O rótulo da narrativa condiciona o seu o
consumo para uma obsolescência impessoal, programada e virtual.
A cultura pós-industrial formam
vastas geografias culturais. Culturas habitadas por térmitas e clones
alimentados pelo marketing e propaganda. Alimento cuidadosamente extraído do
seu meio de origem, juridicamente encapuzado e mediado pelo marketing e pela propaganda.
Clones com as suas vidas e os seus pensamentos pré-determinados e que torna
desinteressante para ao outro clone com carga cultural idêntica.
O resultado é a solidão do clone na multidão.
ENCAPSULADOS e
ENCAPUZADOS
FERNANDO
PESSOA
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Este
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formação histórica deste idioma.
Círio SIMON
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