sexta-feira, 2 de maio de 2014

NÃO FOI no GRITO - 092

A NOBREZA LUSITANA OMISSA na HORA da CONTABILIDADE e da DISTRIBUIÇÃO dos DIVIDENDOS......

BRASIL 1814 - 2014
“Quando os homens renunciam os seus direitos, merecem ser tratados como brutos; da mesma forma, quando as nações se descuidam de manter a sua dignidade, não podem esperar das outras senão insultos. É essencialmente necessário ao bem das nações, assim como dos indivíduos, o manter a honra, e a dignidade, não porque isso seja um bem real, mas porque produz efeitos reais e importantes na prosperidade, conforto, e existência dos homens” .CORREIO BRAZILIENSE maio de 1814 p.755

Fig.01 – O  escultor português Eugênio Macedo cria a partir do granito lusitano metáforas nas quais desafia a si mesmo. No descanso sobre a sua obra tem tempo para rememorar o que a sua cultura ancestral possui de profundo e de telúrico.  Sem buscar prosélitos, escravos ou aços coloniais  se entrega a exercício de colocar a sua marca nos materiais que vai encontrando pelos seus caminhos

Em maio de 1814 a queda de Napoleão Bonaparte já era irreversível. As decisões do Congresso de Viena estavam sendo implementadas. A atuação pífia de Portugal e da Espanha neste pós-guerra, que se aproximava deixa perplexos os historiadores até maio de 2014. Em maio de 1814 o editor do Correio Braziliense não estava menos perplexo com os desdobramentos que seguiram nas diversas práticas das guerras napoleônicas. Ele não se calava diante desta pacificação unilateral e interesseira. Quem cala consente. Consente num novo sistema colonial do capitão de indústria, do banqueiro e do acumulo de matérias e maquinas e da opressão social. O COLONIALISMO ao MODELO do SÉCULO XIX estava se desenhando por estas vias e foara do alcance dos hábitos medievais da nobreza lusitana.


Fig.02 – Este livro trata das memórias de um soldado francês que viveu as marchas e contramarchas das legiões napoleônicas que tentaram por três vezes se apropriar do território lusitano europeu . Os exércitos napoleônicos contavam com vários regimentos portugueses e até altos comandantes. A sociedade civil contava com muitos simpatizantes portugueses das ideias da Revolução Francesa. De outra parte os tradicionais laços econômicos provenientes de tratados multisseculares com os britânicos. Este choque de ideias transformou Portugal  um imenso e pouco definido campo de conflitos de interesses e guerras.

Enquanto isto Portugal e Espanha recuavam no tempo para arrastar um colonialismo acomodatício e caro para  além da metade do século XX. A nobreza e o governo lusitano argumentavam e alegavam um gigantismo mórbido e caro. TAMANHO nunca foi DOCUMENTO e ARGUMENTO desde sempre. O ESPERTO FICA com o MELHOR DOCUMENTO por meio do ARGUMENTO e usufrui  PRÊMIO MAIOR.

 Tudo isto já constava nas Reflexões sobre as novidades deste mês relativas ao BRASIL no CORREIO BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 72, maio de 1814, Miscelânea. pp.752-756
Quando instamos, ha alguns mezes, sobre a necessidade, que tinha a Corte do Brazil, de se prevenir com Embaixadores juncto ás Potências Alliadas, para o caso esperado de uma pacifiaçaõ, naõ nos occurreo, por mais de um motivo, que haviam de ir ter a Paris todos os que se achavam era Londres, como a maré de enchente e vazante que vai toda para uma parte, e depois para a outra. Mas em fim, assim se passa - e estaõ em Paris o Conde de Funchal, o Conde de Palmela, os Secretários, &c. &c. ; e se naõ foram consultados para os preliminares da pacificação geral; pelo menos haõ de os seus nomes apparecer no tractado definitivo, que vai a concluir-se.

O Conde de Funchal, por tanto, está á frente desta importante missaõ; e os nossos leytores, que tiverem em vista o tractado de Commercio; as negociaçoens sobre as propriedades Portuguezas: a entrada das tropas lnglezas em Portugal; &c. naõ teraõ grande difficuldade em prognosticar, quaes seraõ as vantagens, que S. A. R.o Principe Regente de Portugal e seus vassallos, haõ de tirar desta negociação. Nos estamos taõ persuadidos do resultado, que a nossa opinião está ja formada sobre o que ha de succeder.


Fig.03 – A corte lusitana, refugiada no Brasil, mantinha e administrava em Portugal uma vasta gama das suas glórias passadas. Enquanto isto sua  diplomacia morava em Londres  onde recebia ordens britânicas. Os velhos hábitos medievais e senhorias eram cultivados como um mito reavivado por galas e poses fidalgas. Enquanto isto O  Tenente General Sir Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington Welington e Berford  estavam no topo da hierarquia militar controlando e comandando um pragmático exército no qual os oficiais superiores era ingleses.

Sabemos muito bem, que um certo partido entre os Portuguezes dirá, que naõ importa quem he o Negociador; Portugal he mui pequeno para ter voto; e o fiel Alliado fará tudo. Nos temos combatido,  e combateremos sempre, com todas as nossas forças, ésta errada, e perniciosíssima, opiniaõ; peior que nenhuma outra máxima politica, que se possa adoptar, para a direcçaõ das relaçoens exteriores de Portugal

Fig.04 – A controvertida figura do Príncipe Regente Dom Joao VI estava colocada entre a mãe afastada do trono por incapacidade e esposa, Dona Carlota, aspirando ao trono espanhol. Refugiado no Brtasil i improvisando um governo no exílio era assistido pelos cortesões que o Correio Braziliense não cansa de mostrar a incapacidade e falta de vontade de se atualizar e brigar por um lugar ao sol na geopolítica poós Napoleão Bonaparte. Não perdeu a coroa, mas também não tirou o mínimo lucro para o seu povo, nação e estado lusitano.

Cada Estado da Europa, pequeno ou grande, tem certo gráo de influencia nos demais Gabinetes, que hc proporcional, naõ so aos recursos da Naçaõ, mas ao grão de habilidade com que esses recursos saõ manejados; e daqui procede, que naçoens poderosíssimas só alcançam uma attençaõ secundaria; ao mesmo tempo que outros Estados, comparativamente muito mais fracos, entram em grande consideração nas decisoens dos diversos Governos.


Fig.05 – A península Ibérica  foi um teatro de marchas e contramarchas de franceses e das tropas comandadas por seus rivais britânicos. Se a Rússia sofreu com uma invasão pontual da Grande Armada, os ibéricos tiveram uma presença constante não só de soldados mas simpatizantes dos franceses infiltrados nas mais diversas hierarquias e fornecendo tropas.

Se a extensão de território e população, se as riquezas, se o valor dos individuos, se a vastidão de possessoens, fossem bastantes para dar ás Naçoeus uma inffuencia proporcional para com as outras, sem duvida a Hespanha seria arbitra da Europa. Um terreno fértil, numerosos e bons portos de mar tanto no Oceano como no Mediterraneo; vastíssimas possessoens coloniaes, ricas minas de metaes preciosos; abundância de producçoens apropriadas ao Commerrio da Europa; bons marinheiros; ilhas no Mediterrâneo, na Costa da Africa na America, na Ásia. nos pontos mais essenciais intermediários do Commercio do Mundo; um povo laborioso, emprehendedor; e com tudo isto ¿ que figura tem a Hespanha feito na Europa, por estes vinte e cinco annos passados; e em conseqüência desses males passados, que figura faz mesmo na epocha em que escrevemos ? Além da grandeza de seu território, e imcomparaveis recursos de suas colônias, poz em armas 100.000 homens contra os Francezes; e a Inglaterra, sua Alliada, que nunca teve mais de 40.000 homens na guerra da Hespanha, exigio, que o seu general commandasse também as tropas Hespanholas; e todos os planos políticos e militares deviam ser dependentes da Corte de Londres.


Fig.06 – As terras de Portugal transformaram-se de fato em domínio britânico enquanto o rei estava ausente. Este administrava do Rio de Janeiro os representes de  sua corte enquanto os ingleses transformavam o território em praça de guerra.  Os dolorosos eventos das três invasões de tropas francesas exigiram sacrifícios sem recompensa e evidência para o Poder Originário lusigtano.

Por outra parte a Suécia, pobre, limitada, sem recursos, e com uns tristes 15.000 homens em campo, estipulou da Inglaterra a cessaõ de uma considerável colônia, que he a ilha de Guadaloupe, o pagamento desses poucos soldados; e das Potências Alliadas estipulou nada menos,do que a arquisiçaõ de todo o reyno de Norwega. Por este alto preço se comprou a amizade de Suécia !

Provando com estes dous exemplos, que o respeito e consideração das naçoens depende naõ somente dos recursas, e forcas phisicas, mas também,e mui principalmente, da capacidade de seus Governos; argumentaremos agora com Portugal.


Fig.07 – A acidentada  geografia lusitana guarda nas suas dobras cicatrizes de invasões que vem da Pré-história até a História Contemporânea. A cidade fortificada é uma destas cicatrizes. Os eventos das guerras napoleônicas a colocaram de novo a prova.

Naõ ha Portuguez, por pouco instruído que seja na historia de sua naçaõ, que naõ saiba as proezas de suas conquistas, em África, e Ásia, a lingua Portugueza na índia será um monumento da gloria dos Portuguezes, que talvez permaneça até depois de séculos de revoluçoens nas naçoens Europeas. Porém como a pertinácia dos que chamam a Portugal pequenino; porque suas cabeças saõ apoucadas, naõ quer que se use do argumento desses tempos florentes da monarchia; fillaremos de epocha mais próxima a nós, e no cumulo da decadência dos Portuguezes; e se mostrarmos, que em tal conjunctura houve Portuguezes que alçasse a vóz, e que fallasse no tom em que a Suécia fallou á França e á Inglaterra por estes dous anos passados; parece-nos que temos o direito de concluir, e os Portuguezes de esperar, que a Corte do Brazil poderia figurar agora, melhor do que tendo ministros que tudo esperem da protecçaõ dos Alliados, ou que sigam a traz delles como mero appediz, ou nota á margem.

Fig.08 – A cidade de Sabugal foi palco no dia 03 de abril de 1811 de uma decisiva vitória de Wellington contra a 3ª invasão das tropas francesas. Estes eventos reais não pesaram no momento do triunfo final em maio de1814.

O momento da revolução de I640,que poz no throno de Portugal a casa de Bragança, pôde sem duvida considerar-se o ultimo estado da decadência das forças e recursos phisicos de Portugal; porque tinham entaõ chegado ao seu maior cumulo as conseqüências desastrosas do estudado systema da Corte de Madrid, em opprimir os Portuguezes, empobrecellos e reduzillos á mizéria e dependência. Naõ obstante isso, Portugal levantou-se, sustentou a guerra por 28 annos; e por fim conseguio a sua independência.

Diraõ aqui, que a França protegia a revolução de Portugal; por que lhe fazia conta que fosse independente da Hespanha ; este argumento nos servirá para o depois; mas por agora respondemos, que houve tempo, em que até a mesma França desamparou Portugal; e nem assim mesmo desfalccèram os Portuguezes, ou mudou de tom o Governo.


Fig.09 – A localidade de Sabugal é referência num turismo que em 2014 possui por tema as invasões e os feitos especialmente das armas britânicas. O marketing e a propaganda vendem e perpetuam esta memória destes eventos reais sob o comando britânico.


Quando o embaixador de Portugal D. Joaõ da Costa chegou á França mandado pela Rayuha Regente, achou aquelle gabinete disposto a fazer paz com a Hespanha, e sacrificar Portugal. O Embaixador, longe de se accommodar, imprimio um folheto, em que alegou vinte e sette razoens, porque a Fiança devia sustentar os interesses de Portugal; fez-se circular este papel, e quando o Cardeal Mazarino se mandou queixar á Regente de Portugal; a reposta que teve foi "Que S. M. tivera particular gosto de saber, por modo taõ authentico, que o seu Embaixador fizera o seu dever."


Fig.10 – A fortaleza de Sabugal ostenta as armas lusitanas. Para os povos colonizados pelos portugueses estes monumentos lembram períodos de heteronomia, espoliação e muito sofrimento físico e moral. O que preocupa são os poucos relatos lusitanos deste período sem imprensa própria e ainda sob a memória e as sombras da inquisição. A maioria dos relatos é de origem, com repertório e interesses britânicos.


Em fim quando a França ajustou a paz com Hespanha nos Pyreneos, offereceo o Ministro Francez uma indemnizaçaõ a El Rey de Portugal pelo seu reyno, que se tornaria a dar á Hespanha; a resposta do Eimbaixador Portuguez foi, que seu amo só trocaria a sua coroa pela coroa da gloria, quando cessasse de viver. Mazarini retorquiu, que esperava que as suas proposieoens lossem melhor ouvidas cm Lisboa. ? Mas que aconleceo?' O Conde de Cantanhede depois de ouvir, em Lisboa, o que lhe disse o Embaixador da Fiança; perguntou- lhe se naõ tinha mais que dizer; e dizendo o Embaixador, que tinha acabado, lhe tornou o Conde; "Muito nos peza, Senhor, de fazeres taõ prolixa viagem, para nao ter nada que nos digaes."


Fig.11 – A Europa em 1810 vista pelos britânicos mostrava o gigantesco império de Napoleão Bonaparte no seu apogeu. Apesar das três tentativas francesas de invadir Portugal, Londres considerava Lisboa fora deste Império. Transformou-se numa área de intensas atividades britânicas e que não descartar a figura de uma invasão. Por tudo isto Portugal nada recebeu no momento da contabilidade e distribuição dos dividendos.
Portugal, desamparado pela França, continuou a guerra, ate que combinaçoens mais favoráveis lhe tornaram a trazer o apoio de outras Naçoens.

O nosso argumento portanto he, que se Portugal, no extremo estado de pobreza, e desamparo, pôde fallar aquella linguagem, agora que as circumstancias saõ em muitos respeitos infinitamente mais favoráveis, naõ ha a menor razaõ para que Portugal seja caudatario de ninguém ; excepto a incapacidade de seus ministros.

Voltemos no argumento, que lembramos acima, de que na revolução de 1640, era do interesse da França, e de outras mais naçoens sustentar a independência de Portugal; Assim mesmo dizemos nós agora, he do interesse da Inglaterra e de outras naçoens sustentar Portugal, e como essas naçoens assim obram por seus mesmos interesses, vem a ser inútil o fazer humiliaçoens para obter isso, que por força das circumstancias ha de ser concedido.


Fig.12 – A propaganda e marketing lusitano apresentavam Portugal como uma imensa área de posses físicas. De um lado alimentava a onipotência lusitana de outro lhes impedia  qualquer reinvindicação. Certamente neste caso tamanho não era sinônimo de progressos, atualidade e civilização.

Em tal caso as pequenas Potências tiram partido de sua mesma fraqueza, combinam se umas com outras, offcrecem termos ás grandes naçoens, que saõ rivaes das outras de quem se temem, e suprindo com a arte a falta de força, conservam a sua independência, e dignidade

Quando os homens renunciam os seus direitos, merecem ser tractados como brutos; da mesma forma, quando as naçoens se descuidam de manter a sua dignidade, naõ podem esperar das outras senaõ insultos. He essencialmente necessário ao bem das naçoens, assim como dos individuos, o manter a honra, e a dignidade, naõ porque isso seja um bem real, mas porque produz effeitos reaes e importantes na prosperidade, conforto, e existencia dos homens.


AUTORIDADES  Diário de Concepción em 26.04.2014 http://www.diarioconcepcion.cl/2014/04/26/#2
Fig.13 – Os mediadores, atravessadores e tuteladores do PODER ORIGINÁRIO sabem o que e como fazer quando encontram alguém disposto à  renunciar á sua soberania e à sua autonomia. Administram-lhe a morfina da autoridade pura e concentrada. A desgraça nunca vem só. Depois desta doce tem ao seu inteiro dispor os povos mais inteligentes, trabalhadores e sensíveis em nome dos quais passam a deliberar e decidir o que lhes interessa.

O individuo que naõ resentir uma affronta ou um desprezo, na consideração de que isso naõ lhe faz mal ao corpo nem á propriedade, verá bem depressa que o seu adversário passa do desprezo a tocar-lhe o corpo, e a propriedade. He o mesmo a respeito das Naçoens.


Fig.14 – A corte republicana brasileira inverteu apenas a sua posição física. Apropriou-se da arena para ser aplaudida e reeleita pela massa ignara das galerias quando lhes faz os caprichos. Carente de qualquer projeto digno deste nome deixa-se levar pelos humores fomentados pelo marketing e propaganda de grupos de interesses pontuais.

Naõ ha duvida de que se houvesse em Chatillon um Ministro Portuguez, ao tempo em que se assignou a Convenção para a suspençaõ de hostilidades, esse ministro havia de estar por ella; mas o que desejávamos éra que ali se achasse um ministro, que assignasse também o seu nome naquelle instrumento, como representante da Corte do Brazil. O Soberano de Portugal estava em guerra com a França: padecia os incommodos inherentes a este estado de guerra, conservava um exercito actualmente empregado contra a França; e portanto éra de direito que elle, por seu representante, approvasse o armisticio; que figurasse como parte interessada, que na realidade he; porque os soldados Portuguezes vaõ brigar e morrem na guerra, logo o seu Soberano deve ter voto em fazer a paz e a guerra.

Se, portanto, as cousas assim vam, naõ he porque a Corte do Brazil naõ tenha direito de figurar, nem porque naõ tenha meios de se fazer respeitar; he porque os seus maiores interesses estaõ nas maõs de homens, que ou naõ sabem como, ou naõ lhe importa servir o seu Soberano e a sua Pátria como devem. O Tractado de Paz apparecerá; e veremos o que tira delle Portugal.


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Fig.15 – A entropia universal e constante desmonta e extermina as mais belas e felizes civilizações. Se isto aconteceu com  Império napoleônico, em 1914 repetiu-se com a eclosão da Iª Guerra Mundial que ceifou e sepultou nas trincheiras industriais uma geração de jovens com as suas  mais sublimes expectativas.  Portugal foi novamente coadjuvante secundária e passou despercebida e nada recebeu em troca.

Somos informados de que S. A. R., o Principe Regente de Portugal, se acha ja embarcado com a Familia Real, voltando do Rio-de-Janeiro, com sua Corte para Lisboa.


Fig.16 – O colonialismo  de Portugal foi arrastado até as portas do 3º milênio. A propaganda e marketing lusitano apresentavam como uma imensa área de posses físicas. De um lado alimentava a onipotência lusitana de outro lhes impedia  qualquer reinvindicação. Certamente neste caso tamanho não era sinônimo de progressos, atualidade e civilização. Em maio de 2014 as consequências desta soma de erros estão bem presente na situação de perplexidade e na heteronomia neocolonial lusitana vivida para a comunidade europeia.

Portugal e Espanha preferiram continuar num sistema colonial de baixo risco e de pífios retornos senão de contas no vermelho como aconteceu na metade do século XX quando tiveram de se recolher ao regaço europeu.

As antigas e superadas potenciais ibéricas mantiveram, entre si mesmas, a política do UTI POSSEDETIS. Instaladas nesta confortável poltrona assistiram juntas e de camarote o desfile e engrandecimento das nações industriais e a desabrida atuação de um sistema bancário alavancando um estágio econômico após outro.

Fig.17 –  O  escultor português Eugênio Macedo - vestindo a camiseta do Brasil - cria a partir do granito lusitano metáforas nas quais desafia a si mesmo e uso os abundantes recursos nacionais . Trabalha sem gritos, sem discursos ou queixas.  Aceita os mais temerários desafios que um bloco de granito pode lhe oferecer. No seu agir soma-se ao universal que uma obra de arte em granito pode oferecer em todos os tempos e lugares.

Nesta nova era industrial as narrativas também eram industriais. Se examinarmos, em maio de 2014,  a enxurrada de jornais, de relatórios impressos e livros impressos e distribuídos pelos britânicos e o comparamos com os minguados e censurados jornais, relatórios impressos e livros impressos e distribuídos pelos lusitanos percebe-se um índice do que também estava acontecendo no campo político, econômico e tecnológico.

As comparações são odiosas e uma perda de tempo. A contemplação no espelho alheio faz perder a identidade, tempo e desvia a atenção das próprias competências e limites. Entre estes limites o mais daninho e desastroso que o Brasil herdou de Portugal foi a clivagem social entre os que tudo podem e tudo tem e do outro lado sem conexão os desamparados de tudo e que nada possuem. Em maio de 1814 os ministros lusitanos foram alimentados pela sua mentalidade de onipotência, onisciência, onipresença e eternidade quando deviam tratar dos interesses de sua nação. Esta arrogância pessoal foi solenemente ignorados por aqueles que se apropriaram dos despojos, dos louros  e do poder. Nada restou ao PODER ORIGINÁRIO ibérico que reconstruiu com sangue, suor e lágrimas aquilo da Espanha e de Portugal que esta elite colocou em perigo extremo.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.

CORREIO BRAZILENSE maio 1814




PORTUGAL de 1814  dependente da INGLATERRA


GUERRA PENINSULAR  IBÈRICA NARRADA por FRANCESES







GUERRA PENINSULAR  IBÈRICA NARRADA PELOS INGLESES








DOCUMENTOS LUSITANOS da GUERRA da PENÍNSULA




MAPA da PENÌNSULA IBÈRICA




EUGENIO MACEDO





 DESCALABRO LUSITANO em MAIO de 2014: 5.000 ESTUDANTES com AULAS em CONTEINERS


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