GRITOS PARA
INTRIGAR.
“Não
nos admiraria então ver, que os ignorantes gritassem aqui d'EI Rey contra os Ingleses, e que os velhacos
se aproveitassem deste grito para intrigar; sem que queiram refletir, que o
Ministro Inglês faria o seu dever; e que a culpa era inteiramente dos Portugueses”. CORREIO BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 68 janeiro de 1814 p. 141
O grito, o brado e o berro servem
mais para dissimular a falta de razão do que o contrário. A gritaria e o
berreiro servem, na cena pública, para intimidar as multidões. O grito, o brado
e o berro buscam ocultar a preguiça, a falta de planejamento e as derrotas
sofridas. As derrotas resultantes da
falta de planejamento e da preguiça cultivadas numa falsa esperança e delegação
de responsabilidades para outros. Outros que se aproveitam deste sono da razão
e entorpecimento das vontades de quem tutelam para despojá-los do pouco que os
seus tutelados ainda possuem. Ao descobrirem o logro e a pilhagem resta, a este
infelizes, o grito, o brado e o berro para
ocultar a sua heteronomia vexatória.
FRIENDS &
FOES UP HE GOES 1813 Museu Britânico
FIG. 01 Em janeiro de 1814 estava em andamento a
vingança da nobreza reestabelecida como reação ao plebeu que se apropriou do
Terror de Revolução Francesa e com este pavor
e violência havia ameaçado e vencido as mais sólidas e monarquias europeias. Mas com as “baionetas da para fazer tudo...menos ficar sentado
sobre as suas pontas” napoleão estava
pagando as suas temeridades. Não havia
novidade, pois como na Física, também em política, a toda ações corresponde uma
reação igual e contrária.
Era o panorama que se apresentava,
em janeiro de 1814, ao redator do Correio Braziliense, diante da inanição,
da preguiça e da falta de qualquer
projeto lusitano diante do recuo do exércitos napoleônicos e da subida para
cena publica das antigas monarquias.
Antigas monarquias que se viam livres dos rituais medievais. Monarcas que
assumiam a condução de uma cidadania modelada ao seu gosto. Monarcas que se divertindo
em 1814 e 1815 com as leves e mundanas valsas vienenses enquanto os seus
diplomatas dividiam o mundo conforme os interesses econômicos, comerciais e
militares das elites dominantes. Elites dominantes que agora tinha por tarefa
primordial manter-se distantes das ameaças da plebe e da qual a Revolução
Francesa, a Independência norte-americana e as reformas de Cromwel. Nada melhor
que os leves rituais da exibição da moda, dos prolongados eventos e da
diplomacia da aparência luxuosa e superior aos gritos dos vencidos, do brado do
despeitado e do berro do impotente.
A leitura das “Reflexões sobre as novidades deste mês no BRAZIL” estampado no CORREIO
BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 68 janeiro
de 1814 publicada na seção “Miscelânea”, páginas 139 e 141, elucida o que se passava no final do
império napoleônicos e navas perspectivas e cenários que se abriam para o
vencedores atentos. O jornal registrava
tanto o que chegava à capital britânica como as projeções como desalentaras
da diplomacia lusitana diante dos fatos novos longamente aguardados,
construídos e editados pela atenta e experimentada diplomacia britânica.
Julgamos
ser do nosso dever lembrar, em um dos Nºs passados, do nosso Jornal a
necessidade que tinha a Côrte do Brazil, de nomear Ministros Diplomáticos de
conhecida habilidade, que assistissem ao Congresso das Potências, no caso de uma
pacificação geral. A partida do Ministro dos Negócios Estrangeiros Inglez para
o Continente; o annuncio das gazetas Francezas, de que uma personagem de igual
character publico se destina a encontrar-se com aquelle, saõ motivos bastantes
para suppor, que dentro em mui breve tempo, se abrirá um Congresso geral ; e
nos da occasiaõ a repetir a nossa observação, sobre a falta de um
Plenipoteneiario Portuguez nesta occasiaõ.
Importa
pouco para a nossa questão o averiguar, se deste ajunclamento de Plenipotenciarios
resultará ou naõ a pacificação geral ; basta que se tracte disso para que seja
necessário a Corte do Brazil o ter ali o seu Representante, que poderia muito
bem ser o Ministro que residisse juncto á Corte de Áustria, ou de Rússia ; com
tanto, que estivesse munido de poderei e instrucçoens a este respeito.
Ha
quem tenha espalhado em Londres, que o motivo porque o Conde de Funchal aqui se
tem demorado, he porque tem intrucçoens particulares, para tractar dessas
negociaçoens na paz geral ; e que por isso
naõ tem entregado o lugar ao seu suecessor.
Nós
duvidamos muito do facto; e Deus naõ permitia que tal calamidade venha aos Portuguezes
; mas se isso assim he ¿ porque existe elle em Londres, quando as negociaçoens
se vaõ começar em Basilea?
CONGRESSO de VIENA 1814-1815
FIG. 02 – O Congresso de
Viena arrastou-se ao longo dos anos de 1814 e 1815. Marcado por eventos
sociais, culturais e de toda forma
política que podia ser fonte de despiste e de procrastinações. Era pautado por
personagens que não tinham de prestar contas ao seu PODER ORIGINÀRIO que
pudesse exigir eficiência, transparência, moralidade, impessoalidade e
legalidade destes congressistas. Sem mandato popular, eles eram lei de novo,
valia o nome e fama do personagem, instauravam uma distinção entre lei é ética
evidente à seu favor, as notícias eram rigorosamente editadas e qualquer pressa
podia atrapalhar os seus planos pu surgir mais um corso temerário.
He
mui possível, que o Conde de Palmella tenha boas razoens para se ter demorado
em Londres um anno, sem que se saiba por que espera; mas de certo naõ pode
haver boas razoens para que.de uma parte d'onde menos devíamos esperar taes
gracejos, se diga ; que o seu predecessor o em palha mandando lhe pedir por além
via, que publique no Investigador a sua traducçaõ Franceza do Camoens. Espalhar
taes rumores he ajunnctar o insulto á injustiça; porque naõ se pode ver a
sangue frio um diplomatico aliás
acreditado na Diplomacia, vencendo os seus ordenados, para naõ lhe permittirem
o fazer mais do que mandar versos ao Investigador. Quanto á nossa opinião
decididamente he, comparando os dous condes, que seria de infinita mais
vantagem deixar o Ex mº-, Funchal fazer quanta, analizes quize.se aos versos
Hexametros , e mandar o outro a cuidar de suas funcçoens Diplomáticas, para o
que seu Soberano, naõ sem bastante justiça, o nomeou.
CONGRESSO de VIENA 1814-1815
FIG. 03 A divisão do mundo foi realizada pelo Congresso de Viena. Os mais fortes e perspicazes levavam as maiores,
melhores e estratégicas fatias do globo terrestre.. Sem reclamar, cobrar nada
para si e sem contrapartida Portugal devolveu aos
representes franceses a Guiana, e que as
tropas brasileiras haviam ocupado em represália da invasão das tropas
francesas.
Porém
sem entrar na pessoa ou pessoas, que devem representar a Corte do
Rio-de-Janeiro nesta importantíssima occasiaõ; quando se consideram os
interesses, que se vaõ a discutir no futuro Congresso, a magnitude do objeto; a parte que Portugal deve naturalmente ter
nisso, naõ pôde deixar de reparar-se em
que três ou mais Plenipotenciarios naõ estivessem já nos quartéis generaes dos
Alliados, ou naõ partissem para lá ao mesmo tempo que Lord Castlereagh, com os
poderes e instrucçoens necessários em taõ critico momento.
Em
tempos, como o presente, em que se naõ tracta somente a questão da paz ou da
guerra ; mas da firmeza dos estados antigos, da creaçaõ de novos, de estabelecer as regras geraes do commercio do
mundo: e talvez de prescrever o direito publico, porque as naçoens do globo se
haõ de governarem seus deveres, umas para com outras ¿ porque fatalidade naõ ha de Portugal ter um sufficiente numero de
homens intelligentes, revestidos com o character diplomático, que advoguem os
seus interesses na grande assemblea das naçoens?
Por
varias vezes temos examinado a opinião de alguns, que disculpam esta falta de vigilância nos Ministros de
Portugal, ja com a pequenhez da monarchia Portugueza; ja com o muito que
devemos descançar na amizade da naçaõ Ingleza. Uma vez que continua o mal de se
crer em similhantes erros; he preciso continuar o remédio de os combater.
Portugal,
nem he uma naçaõ taõ pequena, que naõ possa figurar entre as Potências do Mundo
; nem deve deixar á Inglaterra o cuidado de negociar sobre os interesses
meramente Portuguezes.
Quanto
á primeira parte, argumentamos ja em outro lugar com o exemplo da Suécia,
comparando os pequenos recursos daquella naçaõ com os muitos que possue
Portugal; e vemos que por haver a Suécia entrado na liga contra a França obteve a sancçaõ dos
Alliados, para forçar a Dinamarca a que lhe cedece a Norwega. Ora, Portugal tem
soffrido nesta guerra um pezo muito maior do que a Suécia, tem contribuído com mais
gente, e mais dinheiro, e portanto deve esperar mais lucros que a Suécia ; esta
adquirio a Norwega ¿ Quaes saõ os que espera Portugal?
A
Corte de Hespanha, instigada pelos Francezes, fez guerra a Portugal, e
tomou-lhe Olivença; porque Portugal se considerou pequenino cedeo esta injusta conquista aos Hespanhoes; que tendo
altamente declarado injustos, e oppressivos todos os actos dos Francezes na
Península, naõ podem deixar de reconhecer a injustiça daquella guerra, em que
Olivença foi tomada para agradar aos Francezes. Os Portuguezes, pequenos, ou naõ
pequenos, tomaram Olivença aos Francezes, que estavam de posse delia, e
continuaram a ajudar os Hespanhoes, a retomar dos Francezes as outras terras de
Hespanha ¿ Logo que tem a pequenhez de Portugal para que naõ torne a possuir a
praça d'Olivença ; que era sua; que lhe foi injustamente tomada pelas intrigas
dos Francezes; e que foi retomada naõ aos Hespanhoes, mas aos Francezes ?
CRUIKSHANK Isaac - Delegados em Conselho gravura de 09.06.179
FIG. 04 O PODER ORIGINÁRIO BRITANICO havia se imposto desde a época de Oliver CROMWELL
(1599-1658) como fonte do Estado. Muito
antes dos franceses guilhotinarem o seu rei o povo inglês decapitara o seu rei em 1649. Mesmo que a
elite se cercasse de tradições inventada por ela, e na hora que interessasse, ela tinha mil
dificuldade e concessões a fazer manter o controle do Estado PODER ORIGINÁRIO
do ESTADO INGLÈS em suas mãos o. Uma cena, como desta imagem, seria inimaginável
no reino lusitano onde o instrumento da inquisição, o poder real monocrático e a nobreza não admitiriam a
existência destes delegados, mesmo para
uma inocente e inócua paródia.
Se
a pequenhez de Portugal naõ pôde ser obstáculo para recobrar Olivença; também naõ pode servir de
objecçaõ para tomar a haver as possessoens que tinha na margem esquerda do
Rio-da-Prata.
Lembremo-nos
outra vez do exemplo da Suécia. Esta naçaõ, antes de entrar na liga contra a
França, estipulou, como se vê de seus tractados as vantagems, que havia de
tirar da guerra, se ella fosse bem succedida; e por tanto offereceo de sua parte as tropas que
tinha; e exigio da parte dos Alliados um subsidio para as pagar ; e que lhe
haviam de garantir a posse da Norwega, e a Inglaterra deo-lhe de mais a mais
uma ilha no golpho México.
Naõ
he pois porque Portugal seja pequenino, que naõ se estipulou alguma cousa em
seu beneficio, em troco das tropas e despezas, com que concorreo para a guerra;
he sim porque o bem-aventurado Embaixador que aqui tem o Principe Regente em
Londres, deixou ir um exercito Jngleza Portugal, sem fazer ajustes ou
estipulaçoens; e seu irmaõ no Rio-de-Janeiro louvou este systema, para
supportar o pacto famílias ; e por
fim á força de erros diplomáticos foram os exércitos Portuguezes fazer a guerra
á França atravessando toda a Hespanha ; sem saber como, nem para que, e feitos
um rebanho de carneiros; tomarem dos Francezes até o que era seu de Portugal
para o dar aos Hespanhoes.
Naõ
se precisa mais do que comparar a prudência com que o Governo Sueco fez as suas
estipulaçoens e contractos, antes de se envolver na guerra, com o descuido e desmazêllo com que o
Embaixador Portuguez em Londres deixou passar todas as occasioens de propor
negociaçoens vantajosas, para saber que o mal naõ provem de ser Portugal
pequenino.
A
Hespanha achava-se em muito peior situação do que Portugal, quando a Inglaterra
lhe offereceo os sem serviços; mas ainda assim naõ os aceitou sem fazer
tractados, e entrar em estipulaçoens.
Imagem
do vídeo em que Antonioni visita, em
silêncio, o Moises Miguel Ângelo http://www.youtube.com/watch?v=6A5bVWwu-qQ
FIG. 05 Portugal jogava vivamente com os extremos da
CULPA e do PERDÂO , na medida que se filiou à CONTRA-REFORMA. Esta emocionava e
desestabilizava consciências, convicções com este jogo emocional e imposto ao
repertório de todos sossentidos humanos Com o instrumento legal e subliminar do
seu TRIBUNAL da CONSCIÊNCIA a Religião vigiava a ortodoxia e desta forma
afastava qualquer ameaçao ao trono. Os gritos dos condenados aos suplícios dos
sentidos humanos mantinham a estabilidade
o poder real monocrático e a
nobreza
A
Hespanha estava sem Governo; Portugal tinha o seu Governo; simplesmente havia a
differença de se haver mudado a corte para o Brazil. A Hespanha chegou a estar
na completa occupaçaõ militar dos Francezes, excepto Cadiz, e outros pontos,
que naõ desfazem a proposição geral. Portugal, desde que se revoltou, nunca os
Francezes o occuparam senaõ parcialmente. A. Hespanha tinha as suas colônias
revoltadas; Portugal possuiu pacificamente todas as suas.
No meio pois de todas estas differcnças a favor de
Portugal, este reyno sugeitou-se a fazer guerra aos Francezes mesmo alem de
seus paizes; entrando em combinação com os Alliados; sem que estipulasse para
si vantagem alguma das que Hespanha segurou ; porque até mesmo o subsidio que a
Inglaterra dá a Portugal foi estabelecido de maneira, que alguns dos mesmos
Inglezes lhe tem chamado uma esmola ; e he esta esmola a única vantagem que Portugal
tem de esperar de seus esforços na guerra
Imagem
do vídeo em que Antonioni visita, em
silêncio, o Moises de Miguel Ângelo http://www.youtube.com/watch?v=6A5bVWwu-qQ
FIG. 06 O
grito silencioso do mármore. A Contra-Reforma valeu-se dos cinco
sentidos humanos para realizar o seu projeto da Propaganda da Fé. Para este
projeto valeu-se do jogo intencional e
subliminar entre CULPA e PERDÂO em que mergulhava e gerava uma consciência coletiva
dependente. As técnicas comerciais do marketing e da propaganda transferiram
este sentimento de dependência coletiva. O jogo intencional e subliminar é realizado
nos templos de consumo - sem janelas para o mundo externo - e onde quem não
consome sente-se CULPADO. e quem consome é PERDOADO.
Mas
porque naõ se chama esmola, o subsidio pago á Hespanha, ou á Suécia? Por uma
razaõ bem simples; porque os subsidios aquellas naçoens saõ dados em virtude de
tractados solemnes, publicados ao mundo para honra de ambas as naçoens ; e para
mostrar, que saÕ um equivalente no contrario igual, e reciproce de duas naçoens
independente, do ut des, ou do ut facias. Portugal trabalha, sem que lho agradeçam, e o que recebe
vem com o nome de esmola; porque s e n a õ fizeram os ajustes de que nenhuma
naçaõ se esquece.
Quanto
ao outro refugio dos nossos politicoens de descançar confiadamente na Alllança
da Inglaterra; temos ja combatido este absurdo ; mas diremos mais uma palavra.
Primeiramente
he ignominioso que naçaõ alguma independentes e entregue de todo a outra para
tractar os seus negócios. A Inglaterra he o melhor alliado de Portugal; e para
conservar esta alliunça se devem fazer, com razaõ, milhares de sacrifícios; mas
ser alliado naõ he ser colônia; ser amigo
naõ he ser pupilo.
Snpponhamos
agora, que Lord Castlereagh se achava no Congresso de Basilea, tractando a paz;
e que, por naõ haver ali Ministro Portuguez, se encarregava de ajustar o que
pertencesse a este alliado da Gram Bretanha
¿ Que idea taõ despresivel naõ faria dos ministros Portaguezes, este mesmo
Lord Castlereagh ?
Deixemos
de parte a ignomia: pensemos aos interesses. Naõ he de suppor que Lord Castlereagh, ou outro algum
negociante Inglez, entenda dos interesses de Portugal; por melhor que sejam os
seus desejos de o servir. Alem de que pode haver interesses de Portugal, que se
intrometiam com os da Inglaterra; e nesse caso por força Lord Castlereagh ha de
preferir os seus aos alheios.
Por
exemplo: supponhamos que na pacificação geral, os Americanos dos Estados Unidos
faziam proposiçoens á Corte do Rio-de-Janeiro, sobre o poderem negociar no
Brazil, pescar n'aquellas costas; e metter nos portos os seus navios, tanto
mercantes como de guerra; concedendo por estas vantagens, equivalentes que as
compensassem. Neste caso ¿ poderia o Ministro Inglez ser o canal próprio para
tractar tal negociação? Em similhante caso, naõ nos admiraria entaõ ver, que os
ignorantes gritassem aqui d'EI Rey contra os Inglezes, e que os vilhacos se
aproveitassem deste grito para intrigar; sem que queiram reflectir, que o
Ministro Inglez faria o seu dever ; e
que a culpa éra inteiramente dos Portuguezes. Ouviriamos outra vez os mesmos
argumentos, que se fazem a respeito do tractado de commercio, isto he, que os
Portuguezes se devem deitar a durmir ; naõ empregar pessoa alguma, que entenda
que dous e dous saõ quatro; e dahi chamar aos Inglezes uns malvados, que naõ
estudaram os interesses de Portugal, para os estabelecer no tractado, ainda que
fosse em preferencia dos seus próprios Inglezes.
Jean- Paul GEROME – (1824-1904)- BELLONE - 1892- bronze 87 X 47 X 30 cm
FIG. 07 A Deusa BELLONA, a guia dos cavalos do deus
Marte da guerra é representada, aqui, como um figura histérica, desvairada e
assustadora. A guerra sempre foi o
terror, o calvário e o sumidouro dos
filhos e das poucas fortunas do PODER ORIGINÀRIO. Para as elites a guerra era algo distante, um
jogo, fonte de glórias e de fortunas .
As consequências desta desalentara diplomacia lusitana verificam-se
nos duzentos anos que transcorreram depois deste texto publicado em janeiro de
1814 Em janeiro de 2014 Portugal está fragmentado e corroído por uma
descolonização que não soube prever e muito menos conduzir, como os britânicos. Encontra-se metida em grave crise econômica, social e
política diante da União Europeia. Paga este preço da sua heteronomia diante de
países que souberam aproveitar-se das novas tecnologias, mentalidades e
cultura. Tanto Portugal como o Brasil continua carente de iniciativas na área
de informática, sem uma janela própria para o espaço externo e na heteronomia de mercados ágeis e
previdentes de crises cíclicas. A ameaça do grito das ruas, do brado
coletivo e o berro do PODER ORIGINÀRIO das duas nações buscam evidenciar a
heteronomia vexatória. Porém as classes dominantes transformam, no seu
populismo endêmico, a ameaça em um funesto cortejo de argumentos para se
reelegerem e permanecer por tempo indeterminado no comando do poder estatal.
FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS.
CORREIO BRAZILIENSE
de 1814
DONA CARLOTA e as
PROVÌNCIAS ESPANHOLAS do PRATA
A REVOLTA DA PÓLVORA
1605
GUY FAWKES
MEDIATIZAÇÂO ALEMÃ e
secularização dos reinos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mediatiza%C3%A7%C3%A3o_Alem%C3%A3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mediatiza%C3%A7%C3%A3o_Alem%C3%A3
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