A SOBERANIA A PÉ e SEM QUADRÚPEDES:
TRÊS DESCOLONIZAÇÕES.
TRÊS DESCOLONIZAÇÕES.
Juan Manuel BLANES (1830-1901) –
“Los 33 Orientales” 1877 óleo sobre tela 311 x 564 cm.
Fig. 01 – O
movimento para a soberania do Uruguai começou a tomar vida e sentido a partir
de um momento do juramento de 33 patriotas acontecido no dia 19 de abril de
1825. O quadro de Juan Manuel BLANES buscou
longa e exaustivamente, de 1865 até1877, recompor este momento culminante de
1825 e que resulto na tela acima (cujo
modelo recebeu o nome de “maquina”). Já no século 21 o filme “ARTIGAS la
Redota” usa a angústia, deste mesmo pintor Blanes, para recompor a fisionomia de um dos lideres
que havia iniciado este ciclo heroica da identidade uruguaia. São três momentos
e com características distintas (fato- imagem e filme), que possuem em comum
esta busca e da construção da identidade dos ”Orientais”. Para esta busca basta
o discurso motivador. Como mostra ao quadro de Blanes é perfeitamente possível
a busca, sem gritos desnecessários e sem o eterno recurso aos quadrúpedes em
poses heroicas. Discurso motivado resumido na bandeira com o lema “Independencia
ou Muerte”. Contraria a imagem de um pais pastoril e do estereótipo do centauro
da pampa gaúcho. Outro detalhe é que o fato histórico, a imagem e o filme
acontecem quando ocorre um perigo explícito ou velado do naufrágio numa ou
outra forma de colonialismo.
O velho hábito da heteronímia
colonial teima em permanecer e reaparecer sob os mais variados disfarces. A América
Ibérica teve a primeira oportunidade
de proclamar a sua soberania quando as cortes lusitanas e espanholas viram o seu
poder colocado em cheque. Cheque diante
dos corolários iluministas que levaram os norte-americanos á sua soberania e a
Revolução Francesa à mudanças políticas irreversíveis. A segunda aconteceu no final do século XIX. Foi o apogeu do
colonialismo britânico e a busca de territórios pela Alemanha e a Itália
unificadas depois de 1870. Esta fase representava, para os países periféricos e
ex-colônias, uma ameaça de outra natureza. A unificação interna significava para
os países hegemônicos criar territórios externos cativos nos quais poderiam vender,
com certa tranquilidade, os produtos e as sobras dos produtos em escala das
suas máquinas. Para a América Ibérica significou também intrigas, guerras entre
pares e novos inimigos contra os quais podiam usar as suas armas industriais. As contradições destas potências e as suas
fragilidades ficaram evidentes ao longo das duas Guerras Mundiais do século XX.
Estavam muito longe de um ideal civilizatório com diziam-se portadores. A terceira está em andamento e é cumulativa
com as duas anteriores. Pequenos países são transformados em paraísos fiscais,
não importando muito a sua extensão territorial. O sistema de atração e de controle
de capitais se realiza sobre bolsões externos de miséria e de escravidão
virtual. Estes paraísos fiscais não se julgam com o menor compromisso ou
contrato com estes bolsões externos de miséria e de escravidão virtual.
DAVID, Jacques-Louis - 1748-1825 Juramento do jogo da Pela - 1791
-Desenho 66 x 101.2 cm
Fig. 02 – Os constituintes franceses ante a ameaça da
realeza da dissolução juraram, em 1788, manterem-se unidos até terem aprovada
uma constituição. Para isto se reuniram num estádio esportivo
coberto. Um projeto de um governo, desta natureza, representa a busca de um
pacto e de um contrato coletivo de uma nação consigo mesmo na busca de um
estado soberano. Esta concepção tomou forma ao longo do Iluminismo histórico e
atribui prioridade ao poder originário de uma nação. Contrapõe-se à concepção
da herança, do privilégio e do sangue azul que centraliza o poder em suas mãos,
verticalizando-o e centralizando-o em decisões autocráticas.
Os três ciclos intensificam-se em processos movidos
para buscar a construção de identidades regionais e nacionais pelas forças
necessárias ais países que se julgam hegemônicos a revelia de que já submetido
uma vez. Cada um destes ciclos possui a sua lógica intransferível, diferente da
anterior e eficaz apenas para aquele momento.
-
Cruikshank ou [Crookshanks], Isaac (1764–1811), CITIZENS
Fig. 03 –
A manutenção, reforço e aumento
do movimento da soberania das 13 Colônias Norte- Americanas era uma visível
ameaça ao Império Britânico em guerra com as pretensões napoleônicas. A mentalidade imperial britânico temia a
infiltração dos ideais iluministas franceses nas suas ricas ex colônias
proclamadas soberanas em 1776 . A caricatura denominada “CITIZENS” de Isaac Cruikshank ou [Crookshanks], (1764–1811) ridiculiza a possibilidade de atingir um contrato
ou pacto coletivo entre estes “não nobres” e que se denominavam entre si de cidadãos
ao estilo francês iluminista.
O paradigma da colônia extrativista mostra as suas
contradições esgota e compromete a hegemonia do Poder Originário uma vez
submetido. Este instado a reagir e necessita correr tardiamente atrás do prejuízo. A reação vem por meio de
gritos e quebras de grilhões políticos e militares que rapidamente sofrem a
natural entropia e tornam-se obsoletas diante de novas e diferentes investidas
dos hábeis e ávidos colonizadores.
TOVAR Y TOVAR - Martin (1827-1902) - Assinatura da
ata da Independência da Venezuela em 05 de julho de 1811- esboço c.1870
Fig. 04 – O
movimento para a soberania da Venezuela teve várias etapas ao longo das
vicissitudes dos reflexos diretos e indiretos nas colônias ibéricas sob o
efeito do terremoto político da Revolução Francesa e das aventuras
napoleônicas. Assim aconteceu a denominada
Revolução de 19 de abril de 1810 cujo desfecho o momento da assinatura burocrática da
declaração da Independência da Venezuela em 05 de julho de 1811. O esboço do quadro de Martin TOVAR Y TOVAR – (1827-1902)
realizado 60 anos depois do fato
histórico, buscou longa e exaustivamente os seus elementos
plásticos e icônicos. Inspirou-se na iconografia de Jacques-Louis David e de
outros “pintores de História” europeus da época,
No Brasil o primeiro ciclo
da descolonização foi a da ascensão de uma classe de dominadores que havia
sofrido submissa o regime colonial ibérica. Formalmente abandonado à sua
própria sorte e talante, pelas metrópoles europeias fragilizadas, este dominador
de ocasião descarregou todos os seus antigos recalques sobre as costas da
escravidão. A classe dominante enobrecida graças ao trabalho escravo, tornou se
atroz e selvagem sem freio e passou a agir sem temer qualquer sanção moral,
política, econômica ou militar. A população, sem informações fidedignas,
descobria a realidade já muito tarde. Este virtual PODER ORIGINÁRIO mantido no
analfabetismo era usado como bucha de canhão e massa de manobra.
Juan Manuel BLANES (1830-1901) - O Juramento da
Constituição de 1830 - Esboço em 1870
Fig. 05 – O
movimento para a soberania do Uruguai começou a tomar vida e sentido a partir
de um momento do juramento de 33 patriotas acontecido no dia 19 de abril de
1825. Porém os movimentos de unificação
nacional - entre as diversas forças orientais da Bacia do Rio da Prata - haviam
começado muito antes e com diversos líderes e partidos. O esboço do quadro de
Juan Manuel BLANES, realizado em 1870, tenta recuperar, fixar e divulgar o
momento do ano de 1830 no qual estas forças maiores convergiram para um texto que poderia servir
de pacto e um contrato mínimo entre estas forças que buscavam um ponto de
equilíbrio homeostático.
O paradigma da colônia industrial mostra as suas contradições esgota e compromete a hegemonia do Poder
Originário e é instado e necessita correr tardiamente atrás do prejuízo. A
reação vem por meio de construções de histórias e culturas regionais que
rapidamente sofrem a natural entropia e tornam-se obsoletas diante de
investidas dos hábeis e ávidos colonizadores. Esta desqualificação do segundo
período foi da rearticulação da indústria e do comércio dos países hegemônicos.
MEIRELLES, Victor (832-1903) - 1ª Missa no Brasil - 1860- 268 x 358 MNBA- RJ
Fig. 06 – A
encomenda da pintura “Primeira Missa”, em 1860, corresponde ao apogeu do Império Brasileiro. Este aproveitou a ocasião para recriar, fixar e divulgar o momento que julgava ser a sua
diferenciação e, ao mesmo tempo, sua origem e legitimação num ponto histórico. Buscou longa e exaustivamente os movimentos indigenistas no âmbito
internacional no qual as diversas nacionalidade buscavam os seus elementos
diferenciadores e exóticos em relação às demais identidades nacionais. Assim
foi exposta no Salão de Paris em 1861. Foi
exposta, em 1876[1],
na.Filadélfia no centenário da independência norte americana.
O “paraíso” do Brasil tornou-se um quintal
para a exploração de matérias primas e exportador de produtos primários da
monocultura. Na contrapartida o Brasil passou a consumir sucata, além de ser, para
estas linhas de montagem, um ‘lixão” a céu aberto. O marketing continuado e a
propaganda subliminar mantém a superioridade artificial do produto estrangeiro.
Assim atravessadores, mediadores e importadores de armas e de tecnologia bélica
dava um destino para as armas obsoletas.
Fig. 07 – O presidente
do Uruguai José “Pepe” Mujica, busca a sua afirmação política pelo
pertencimento físico e mental ao PODER ORIGINÀRIO de sua nação. Morando e vivendo com os rendimentos de sua chácara
- frente à qual aparece nesta foto -
continua o profundo movimento da soberania do Uruguai a partir da força moral e
física de sus população proveniente das mais variadas etnias e ideologias.
Certamente é uma das melhores estratégias para enfrentar a 3ª onda de
colonização da era numérica digital e os seus produtos vulgares e baratos, mas
tão ou mais alienantes das frágeis economias locais.
O paradigma da colônia virtual mostra as suas contradições
esgota e compromete a hegemonia do Poder Originário e que é instado e também
necessita correr tardiamente atrás do prejuízo. A reação mais visível vem de
golpes militares semelhantes em toda a América Latina que fato foram investidas
orquestradas e mantidas pelos hábeis e ávidos colonizadores. Pelas suas
contradições internas sofrem rapidamente
a natural entropia e tornam-se obsoletas. Os hábeis e ávidos colonizadores ocultam a terceira era colonial dominando o
saber numérico digital, a conquista espacial, dos segredos da energia e do
código genético. O Brasil é reduzido ás condições de mero usuário e, nestas
áreas vitais, sem condições de concorrer de fato e de direito. Sem chip,
distante do espaço externo com no tempo de Santos Doumond e com um número
insignificante de patentes na área biológica.
Federico ESCALADA (1888-1960) - O Oriental 1935 no
Parque Redenção- POA-RS
Fig. 08 – O
homem do campo do Uruguai nunca foi
transformado em tipo universal e indistinto em prejuízo de sua identidade
regional . A universalização e indistinção da denominação
de "gaúcho" também não é bem aceita e aplicada à tida nacionalidade. Aqui esta identidade regional e particular é representado
por Federico Escalada sem o cavalo em pose semelhante ao atual
presidente José “Pepe” Mujica, frente à sua chácara da fig 07.
Nestas condições de heteronímia,
assiste o avanço de transgênicos, produtos tóxicos e equipamentos teleguiados
por outros interesses e que não conhece e muito menos pode deliberara e
decidir. Empresta os seus campos, águas e atmosfera para perigosos experimentos
sobre os quais não possui controle efetivo. Necessita dobrar-se ao capital
teleguiado por paraísos fiscais e que lhe impõe os contratos ao estilo
britânico de sempre.
GOOGLE EARTH
Fig. 09 – A
preservação dos traços originais
lusitanos da Colônia do Sacramento, fundada, em 1680, frente a Buenos
Aires, mostra o cuidado em manter as características originais. O Uruguai soberano sabe distinguir preservação
de uma restauração e de uma estetização de
seu passado histórico. Apesar de um território relativamente pequeno
sabe que existem muitos outros sítios para construir cidades e traçar
urbanizações adequadas às condições e recursos do terceiro milênio.
Evidente que é muito difícil
distinguir aquilo que é permanente para uma identidade de uma soberania do
Poder Originário quando ecoam gritos histéricos, eventos retumbantes e de
marketing e de propaganda. Nestas circunstâncias o Poder Originário não possui
tempo, nem espaço para uma olhada retrospectiva, para uma a reflexão e tomada
de um rumo para a autonomia e soberania.
GOOGLE EARTH
Fig. 10 – – As características originais das muralhas lusitanas da Colônia do Sacramento, fundada,
em 1680, frente a Buenos Aires, foram preservadas e mostram o cuidado nacional em
manter índices inequívocas destas conquistas dos “orientais”. O Uruguai soberano colocou a base desta
preservação de seu passado histórico na
sua educação escolar. Isto permite ao seu povo construir cidades e traçar urbanizações
adequadas às condições e recursos do terceiro milênio.
O escravo não dispõe de tempo, nem espaço
próprio para as veleidades da autonomia e soberania ne medida em que é
chicoteado pelas urgências do seu dono que se dedica dia e noite ás condições
mais perversas do regime colonial. Não importa muito se estas urgências são
provenientes da extração intensiva, da indústria ou das condições da era
numérica digital. O que interessa é inculcar a heteronímia da vontade e afastar
das perigosas deliberações e decisões que por acaso as vitimas deste regime
colonial e escravocrata tenham a veleidade de cultivar.
Fig. 11 – Um
fotograma do filme uruguaio “ARTIGAS –
Le Redota” mostra uma cena do atelier de Juan
Manuel BLANES na busca de um índice visual de José Gervasio Artigas (1764-1850) um dos líderes derrotados dos primórdios da soberania do Uruguai. Líder que os próprios
Uruguai obrigaram ao exilio no Paraguai, onde ele viria a falecer. Blanes já havia longa e exaustivamente buscado representar, as suas próprias
custas, entre 1865 até1877 o “Juramento de los 33 Orientales” ocorrido
em 19 de abril de 1825. Dez anos depois, em 1887 era pressionado por um governo
autocrático para fazer um retrato de Artigas do qual não havia o menor vestígio
visual além de algumas sentenças e discursos editados por outros. Esta ausência
de imagens individuais, inclusive dos heróis brasileiros como Tiradentes,
Aleijadinho e Zumbi dos Palmares, era intencional e imposto pelo regime colonial que proibia o
uso da tinta á óleo e do retrato de qualquer indivíduo singular além do rei e
do bispo local.
,
O filme uruguaio “ARTGAS: la
Redota” de 2011 retoma em 118 minutos
por médio de um episódio do final do século XIX o processo de sua
soberania ocorrido junta as demais das independências sul-americanas ocorridas
no início de século XIX. Assim percorre as três descolonizações. A forma a
coragem de produzir uma peça visual própria e de forma alguma por alguma
indústria não uruguaia. As 25 imagens por segundo contam uma narrativa numa
criaç~são impregnada de meios numéricos digitais. O centro gira ao redor da
necessidade de gerar, no final do século XIX uma imagem de um herói nacional do
qual ninguém conhece as feições e que todos citam textos teóricos. Porém a
origem da tumultuada soberania nacional está coberta de contradições, de
silêncios e de tumultos provenientes interna e externamente às fronteiras do
Uruguai.
Juan Manuel BLANES (1830 -1901) Júlio Roca
inaugura, em 1886, o Parlamento Argentino
Fig. 12 – As
relações platinas sempre foram intensas e continuadas. Aqui uma cena do governo
argentino numa pintura do uruguaio Juan Manuel BLANES. Este
quadro mostra o Júlio Roca (1843-1914) que teve sucessivos mandatos
presidenciais argentinos ente 1880 e 1904. Blanes mostra Roca no ato de inaugurar o Parlamento Argentino,
em 1886.
Assim a peça visual
contemporânea do filme ergue-se para gerar um sentimento de enfrentamento
interna da 3ª colonização. Na construção da efigie do seu herói maior a obra de
Juan Manuel BLANES (1830-1901) está na mesma geração e na linha das
pinturas do venezuelano Martin Tovar Y Tovar (1827-1902), dos brasileiros Vitor
Meireles(1832-1903) e Pedro Américo Figueiredo de Mello (1843-1905).
Fig. 13 – Os
espetáculos visuais das academias de arte de todos os países civilizados do
final do século XIX tinham uma modelagem de espetáculos mundanos de propaganda
e marketing dos seus respectivos governos. Evidente que estes eventos não garantiam a qualidade das obras
apresentadas alí, como também não todos os eventos oficiais que cercam a arte
até os dias atuais. Em contra partida representavam projetos civilizatórios
compensadores da violência que todos os governos necessitam exercer para o bem
comum.
Com a indústria áudio-visual
estes governos e patrocinadores começaram investir em filmes e uma série na
linha do filme uruguaio “ARTIGAS – Le Redota”de 2011.
No seu conjunto buscavam uma
forma da indústria cultural das “grandes máquinas da pintura historicista” dos
países hegemônicos. Os artistas das ex-colônias diziam-se nada dever aos
colonizadores, quando de fato estão na sua inteira heteronímia. Os atuais
produtores da indústria visual estão na mesma situação. As suas nações estão
mergulhadas na inteira heteronímia sem se dar conta desta dependência colonial.
São meros consumidores, de fato, dos
meios econômicos, dos recursos numéricos digitais e da rede mundial controlados
pelos países hegemônicos.
Fig. 14 – A
cultura socialista chinesa contemporânea universalizaram massivamente a técnica
da pintura manual em padrões ao gosto ocidental. Distante de qualquer individualidade única e
original produzem peças baratas, em
série industrial, para uma população de bilhão e duzentos milhões habitantes
nacionais. Porém o seu mercado é planetário necessita de mão de obra
qualificada e capaz de transferir esta habilidade para o entendimento e manipulação de patentes
internacionais que reproduzem em escala monstruosamente grande.
Na música estas pinturas
historicistas são contemporâneas de Carlos Gomes (1836-1896) cuja sinfonia o
Guarani estreou no Scala de Milão em 19 de março de 1870. Este brasileiro teria
ouvido dum músico europeu estar começando onde ele terminava. Porém a 1ª
descolonização não cabe numa narrativa. Assim dissolve-se nas formas mais
imponderáveis e inesperadas de novas veredas
de perdição de sua soberania. Os ciclos de descolonização repetem-se indefinidamente.
MELLO Pedro Américo de Figueiredo (1943-1905) “PAZ e CONCORDIA” 1895 esboço Pinacoteca de
São Paulo
Fig. 15 – O artista
e filósofo Pedro Américo Figueiredo e Mello(1843-1905) além do seu profundo
vínculo com o regime imperial foi constituinte do regime republicano pelo seu
estado natal da Paraíba.
Enfrentou esta crise de passagem especialmente após
as desastradas e mortíferas revoltas
nacionais de 1893 com o quadro “Paz e Concórdia”. O seu irmão Aurélio Figueiredo (1854-1916) pintava
o quadro “O Último Baile da Ilha Fiscal” , em 1905, (óleo 97 x 125 cm) como recordação da gloriosa despedida
do regime imperial e o despontar da
aurora republicana. Ambas as pinturas pertencem à busca de uma construção
visual simbólica do final do século XIX que buscava uma afirmação material da
soberania nacional conquistada politicamente no início deste mesmo século,
Infelizmente as raças dos
atravessadores, dos mediadores e dos tuteladores do alheio não estão ameaçadas
de extinção. Assim o velho hábito da heteronímia colonial teima em permanecer
subliminarmente e tomar corpo periodicamente sob os mais variados disfarces.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ARTIGAS La Redota
ÁFRICA sem PARAISOS FISCAIS, mas VÍTIMA DELES.
ARTIGAS José Gervasio
BLANES e o quadro “LOS TREINTA Y TRES ORINTALES”
1865-1877
DESCOLONIZAR por meio de PROJETOS CIVLIZATÓRIOS
COMPENSADORES da ARTE.
ESCALADA Federico -1888-1960
BRASIL IMPORTA LIXO HOSPITALAR
PARAISOS FISCAIS
AS MÁSCARAS da DEMOCRACIA para os PARAÍSOS FISCAIS
RECEBIMENTOS INDEVIDOS e NÃO DEVOLVIDOS
Fig. 16 – O
pintor uruguaio Joaquin Torres Garcia (1878-1949) “Inverteu a América” (
1943) questionando, e problematizando a
norma de colocar o Norte na parte superior do mapa. Cria um estranhamento de um código que permite transferir para outras
“verdades” aquilo que os colonizadores de todos os tempos e ondas
manipularam e cujo verdade não passa de
uma convenção mentalmente interessante para atravessadores, mediadores e
tuteladores. Porém a figuração visual era poderosamente secundada pelo mundo
teórico e mental dos abundantes escritos de Joaquin Torres Garcia.
Este
material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de
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blog é editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a sua
formação histórica. ...
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1º blog :¿ QUE
É ARTE ?
2º blog : MATHIAS
SIMON
3º blog NÃO
FOI no GRITO
SUMÁRIO do 1º ANO de postagens do blog NÃO FOI no GRITO
4º blog + site a partir de 24.01.2013
PODER ORIGINÁRIO
Blog 01 - http://poder-originario.webnode.com/ blog 02 - http://prof-cirio-simon.webnode.com/
RESUMO do
texto: PODER ORIGINÀRIO:
TEXTO:
expandido do PODER ORIGINÀRIO
Site
CURRÍCULO LATTES
Vídeo:
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