MANTEIGA x DIAMANTES
A ARTE de FAZER MANTEIGA e
os DIAMANTES do BANCO do BRASIL.
http://nitroimagens.com.br/nitronline/2010/11/03/historias-pedras-preciosas/ FEIRA de PEDRAS PRECIOSAS em TEÓFILO OTTONI
Fig. 01 – Até o presente os DIAMANTES
do Brasil constituem uma fonte de renda e de contrabando Certamente o
pretexto da MANTEIGA está na historia
para ocultar este contrabando Em 2013 falta descobrir os caminhos pelos quais o
NIÓBIO escoa pelas fronteiras brasileiras sem beneficiar a sua população com
aconteceu com o OURO e os DIAMANTES do período colonial
“Em conseqüência das cartas de recommendaçaõ do
Embaixador Portuguez a seu irmaõ; e da protecçaõ de Lord Strangford; foi este joallieiro
introduzido a S.A. H. o Principe Regente; debaixo do pretexto de saber fazer
manteiga. 1º Um joalheiro fazendo
manteiga! Como se lá no Brazil, principalmente no Rio-grande, naõ soubessem
fazer manteiga até as camponesas de 10 annos de idade. 2°. Que este descubridor
da incógnita arte de fazer manteiga, teve permissão de visitar, por
curiosidade, as minas dos diamantes...” CORREIO BRAZILIENSE JULHO, 1813 - .p. 148
Os
mediadores, atravessadores e tituladores do PODER ORIGINÁRIO encontram os mais
estranhos pretextos para cumprir os seus tenebrosos desígnios. Evidente o que
menos lhes interessa é o GRITO ou a publicidades de seus trabalhos sorrateiros.
Fig. 02 - A fabricação da MANTEIGA no
Brasil foi apenas foi mais um pretexto para os espertos negociantes passar para
trás as autoridades e conseguir o que fato lhes interessava apesar do Alvará de
Dona Maria[1].
Além dos descredito desta autoridade que apenas queria cultivar o seu cargo,
sem entender o alcance de suas funções reais. Funções que necessitava fornecer
um pacto nacional ao PODER ORIGINÁRIO para que este tivesse condições e meios para sair
da escravidão e do regime colonial.
Na leitura das “Reflexões sobre as Novidades deste mês BRAZIL” publicadas no CORREIO BRAZILIENSE (Volume IX - Nº 62
- DE JULHO, 1813.pp. 148-152) descobrem-se
os mais estranhos e incompatíveis paradigmas que sustentava uma corte refugiada
nas Colônias Americanas e uma percepção de um jornalista embebido da
mentalidade de Londres e da técnica gráfica industrial britânica.
A p. 18 publicamos[2]
uma carta regia, vinda do Rio-de-Janeiro Governadores de Portugal; em que se
manda dispor e vender bens livres da Coroa; para com o seu producto se occurrer
ás necessidades da guerra. Convencidos, como estamos, da bondade da
Constituição Portugueza, tanto desapprovamos as tentativas da corte em invadir
os direitos dos povos; como lamentamos as medidas tendentes a diminuir a justa
influencia, que o monarcha deve ter no reyno; e por isto julgamos, que, naõ
obstante o louvável, c paternal cuidado, com que S. A. R. o Principe Regente do
Portugal se deseja despojar do que he seu, a fim de aliviar os encargos de seu
povo; com tudo os ministros do Brazil naõ deveriam jamais aconselhar, nem
convir nesta medida de se venderem os bens da corda 1°. por que he impolitica;
e 2°. porque he desnecessária.
[1] Alvará de Dona Maria I em
05.01. 1785 https://pt.wikisource.org/wiki/Alvar%C3%A1_de_D._Maria_I_sobre_a_ind%C3%BAstria_no_Brasil
Fig. 03 O redator do número de julho
de 1813 do Correio Braziliense expõe o sentido que os DIAMANTES possuíam para ele a
glória de uma CORTE num ESTADO MONÀRQUICO. Em 2013 a Coroa Britânico continuam esta tradição por meio de
um pacto com o seu PODER
ORIGINÁRIO. A própria França depois de guilhotinar o seu rei e logo após adotar
o IMPERIO e coroar Napoleão I suportado por uma corte esplendorosa e cujo modelo
o Brasil irá adotar logo após a sua Independência
Fig. 04 - O PODER ORIGINÁRIO começou
a tomar consciência de suas potencialidades.
A revolução inglesa (1640-1648), independência norte-americana (1776)
e principalmente com os eventos decorrentes de Revolução Francesa de 1789 abalaram os mais sólidos tronos e colocaram em
cheque o seu poder absoluto e a sua origem divina. Porém o PODER
ORIGINÁRIO ao palco da História começou a se vestir e se comportar com uma
etiqueta própria para este palco. Os tecidos das máquinas inglesas e a
criatividade dos modistas franceses desenharam estes trajes que eram
desatualizados para a estação subsequente fazendo com que os teares jamais tivessem
sossego.
Mas
prescindamos ainda da impolitica da medida neste sentido; he impolitica e
improvidente ainda no sentido da economia. Se a venda dos bens da coroa fosse
para pagar uma divida absoluta, paga a qual naõ havia mais que satisfazer,
poderia dizer-se, que remia a necessidade; mas he para supprir, como diz a
Carta Regia, um defficit, que
naturalmente deve acontecer todos os annos; e se os financeiros supprem este
anno os 12 milhoens do déficit, vendendo
os bens da Coroa ¿ a que haõ de recorrer no anno que vem, se o deficit, como se
deve suppôr, for o mesmo ?
BONEY STARK MAD
Bonaparte louco de raiva ou mais navios, colónias e comércio, CRUIKSHANK George
-1792-1878 caricatura de 02.01.1808
British Museum
Fig. 05 A conquista da Europa - por
Napoleão Bonaparte- era um luta de vida e de morte pelo controle do comercio e
sua expansão mundial por meio do colonialismo nos moldes industriais. Para o novo projeto do colonialismo da
era industrial, para a sua politica, e comércio a fuga da corte lusitana para
as Américas era pouco importante. Antes,
ao contrário, deixava o caminho aberto ao PODER ORIGINÁRIO destas novas
hegemonias industriais. Caminho para a sua expansão e despejar intensa levas de
emigrantes de sobras humanas europeus. Migrantes que expandiam, mundo
afora, a nova lógica comercial pela
exigência destes migrantes de produtos industriais provenientes de sua origem. As novas hegemonias industriais firmavam a sua
hegemonia sobre áreas de formas arcaicas de poder debaixo desta dupla influência.
A
conseqüência deve necessariamente ser o recorrer entaõ a novas imposiçoens ou
empréstimos; e exaqui, portanto, que o Estado, no fim do anno que vem, se hade
achar nas mesmas necessidades; e a Coroa reduzida a mendicidade. Todo o pay de
familias que vende o seu capital para occurrer ás despezas diárias, está certo
de acabar em pobreza: mas parece, que esta verdade, taõ obvia como he, nem
assim foi alcançada pelos financeiros do Brazil.
Julgamos,
em segundo lugar, que esta medida da venda dos bens da Coroa he desnecessária;
porque consideramos os recursos del Rey de Portugal, mui superiores ás
exigências, que aqui se alegam ; com tanto porém que esses recursos se naõ
ponham á disposição de homens ignorantes, ou, talvez, peior que ignorantes;
porque, sem uma bem entendida economia, naõ ha rendas que cheguem para cousa
alguma.
Fig. 06- Depois de três séculos de regime Colonial o
PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO tinha pouco para mostrar ao estrangeiro mesmo na
sua capital. Muito menos qualquer conforto para oferecer para uma corte lusitana que lhe
havia sugado todas as riquezas, tolhido as iniciativas dos súditos e tolhido
todas as suas deliberações e decisões na condição de colônia. Diante
desta precariedade geral, armaram-se
verdadeiros cenários para “inglês ver” e liberar mais um empréstimo que
iniciava outro ciclo de regime colonial. Mas os próprios negociadores lusitanos
não tinham a menor convicção do que podiam oferecer como garantia como se
percebe por este número do Correio Braziliense.
O
déficit, que alega esta Carta Regia, he de doze milhoens de cruzados: e
declara-se que foi impossivel alcançar um empréstimo na Inglaterra, a pezar das mais activas
deligencias e negociaçoens. Consideremos estas proposiçoens por menor; em tanto
quanto he possivel, visto que a Carta Regia, declarando o deíicit, naõ
estabelece nem a receita nem a despeza.
Em
parte nenhuma do mundo se pode obter um empréstimo actualmente com mais
facilidade, e termos mais favoráveis do que na Inglaterra; se as negociaçoens
por tanto falharam, a culpa he do negociador,
tanto por sua falta de habilidade presente, como por seu comportamento passado,
que naõ pôde deixar de ter imjuriado muito o credito de seu Governo.
Fig. 07 - Os rituais da corte lusitana, exilada no Rio
de Janeiro, repetiam, nos trópicos, a mentalidade, os trajes e os hábitos medievais. Rituais, trajes e
hábitos que geravam uma enorme distância entre esta CORTE e o PODER ORIGINÁRIO.
A Rainha exigia, quando de sua passagem, que a plebe se ajoelhasse nas ruas.
Este abismo criou duas culturas distintas. Este abismo permitia aos mediadores,
atravessadores e tuteladores os mais variados pretextos confundir o povo e esconder as suas reais intenções.
Deixando de parte a falta de habilidade de S. E.;
porque isso naõ he culpa delle: talentos da-os Deus a quem he servido; e elle
responderá mui bem se disser que nesta parte a culpa he de quem o emprega;
fallaremos dos factos positivos, que nos parece terem influído na prosperidade
das finanças, e no credito do Governo do Brazil.
O tractado do Commercio, he o primeiro escolho que
se apresenta; e supposto que fomos por isto assaltados, com toda a furia -
temos a satisfacçaõ de saber, que temos convertido a todos os que naõ querem
fechar os olhos á experiência diária; e até o mesmo Ex.mo. Senhor,
confessando os inconvenientes que a practica tem mostrado, deita-se de fora, e
imputa a culpa ao irmaõ, que ja esta morto.
Este tractado de Commercio ; e as licenças, que o embaixador de S.A.R.
em Inglaterra deo aos negociantes Inglezes, para ir ao Brazil entupir os
mercados de fazendas, estragaram quasi de todo o rendimento das alfândegas; que
a perversa administração lá acaba de arruinar.
Fig. 08 - Os “faiscadores” de DIAMANTES
continuam a sua faina diária. Este pesado e desgastante trabalho não tem a
menor conexão com a produção da MANTEIGA. Só mediadores, atravessadores e
tuteladores sustentarão esta conexão para confundir o PODER ORIGINÁRIO. Esta
confusão era possível devido ao abismo entre a corte e o povo. Abismo no qual
proliferavam os mais variados mediadores, tuteladores atravessadores nacionais
e estrangeiros.
Os diamantes com os mais contractos reaes, saõ outra
causa da ruina das finanças do Brazil; e do descrédito do Governo. Naõ
fallaremos aqui no modo da administração dos diamantes em Inglaterra; porque
essa matéria fica reservada para a continuação da correspondencia do Redactor,
com o Ex.mo, Conde do Funchal; correspondencia que se suspendeo, em
conseqüência de consideraçoens, que a seu tempo sahiraõ a luz; e
correspondência, que naõ está concluída mas somente suspendida.
Limitar-nos-hemos agora somente ao que succedeo com o Banco do Rio-de-Janeiro.
Fig. 09 - Um soberano que enfrentou não só o exílio como
também as angústias de uma mãe rainha interditada como uma esposa que tudo
fazia para herdar a coroa espanhola, certamente tinha muita dificuldade para
distinguir os negócios dos DIAMANTES e da produção da MANTEIGA. Além no seu
cargo de Regente, era, em julho de 1813, tutelado por todos os lados por
cortesãos nem sempre os mais inteligentes e competentes. Porém no seu
pragmatismo teve êxito em deixar no Brasil alguém de sua casa e que o proclamaria
soberania nacional sendo o seu titular e protetor perpétuo. Este mesmo filho seria
coroado na Europa como um dos seus sucessores no trono português.
Os nossos Leytores estarão informados de que pela
solemne ley da creaçaõ do Banco Nacional do Brazil, a elle pertencia, entre
outras cousas, a administração dos diamantes, como um dos fundamentos do
credito daquella instituição, que mais podiam contribuir para fazer estrondo nos paizes estrangeiros. O
Embaixador Portuguez em Londres tomou sobre si o decidir naõ somente contra a
ley fundamental do Banco; mas contra as repettidas ordens que seu Soberano lhe
mandou a este respeito; e naõ somente a sua temeridade ficou sem o condigno
castigo; mas acommodàram-se, por fim, no Rio de Janeiro com oque elle cá fez.
Nestes termos ¿quem ha de dar
credito ao que este homem prometter em
nome de seu Governo? Suppunhamos que
elle fallava ou ao Governo Inglez, ou a alguns negociantes, para que emprestassem estes 12 milhoens ao
Governo do Brazil; e promettia taes ou taes rendas para o seu pagamento; a
resposta seria obvia : que se naõ podiam fiar de suas promessas; porque assim
como elle atirou com as leys e ordens de seu Soberano debaixo da meza ; sendo
ellas sobre matéria taõ importante, como he o credito do banco nacional; assim
também o seu successor poderá fazer o mesmo com os contractos que elle ajustar.
Fig. 10 - O porto do Rio de Janeiro
apresentava, um pouco antes da chegada da corte lusitana, um expressivo movimento
de naves lusitanas de cabotagem e transoceânicas. A Alfândega do Rio de
Janeiro[1]
era uma das poucas do Brasil Colônia.
Estes saõ os verdadeiros motivos da difficuldade de
negociar um empréstimo em Inglaterra, e naõ a falta de dinheiro, nem a falta de
vontade de o dar a juros, com tanto que o pagamento seja seguro.
S. A. R. pois, e a Naçaõ Portugueza podem dar os
devidos agradecimentos â familia dos Souzas, por estes importantes serviços que
lhes tem feito. E nós continuaremos a considerar, que necessidade
ha de -vender os bens da coroa.
O déficit he de 18 milhoens; logo se houver uma
pessoa, que os empreste todos a juro certo, e com remissão da divida a períodos
determinados; naõ ha duvida, que está a cousa remediada. Se naõ houver uma só
pessoa que o faça bastarão duas, a 6 milhoens cada uma; e senaõ quatro, a tres
milhoens cada uma; ou em fim, doze pessoas a um milhaõ cada uma; e muito
infeliz deveria ser o Ministério do Brazil, se propondo um plano seguro para os
pagamentos, naõ achasse entre o Brazil, Portugal, e Inglaterra; 12 pessoas, que
completassem; por si, e por seus amigos, aquella somma.
Fig. 11 - O inglês Francis Bacon
(1909-1992) plasmou na pintura as angústias humanas universais na espécie
humana. Porém as suas pinturas são herdeiras de uma cultura de angústias dos
ilhéus e da “Abstraktion” nórdica . Esta cultura conhece os seus fantasmas,
bruxas e distorções de toda ordem. Este conhecimento permite ao britânico
assistir as projeções do “Einfühlung”[1]
das culturas tropicais e lhes vendem os panos para as expressões de suas fantasias e caprichos momentâneos. O
pagamento destes panos pode ser em DIAMANTES. A MANTEIGA é mero pretexto dos
mediadores, atravessadores e tuteladores confundir o PODER ORIGINÁRIO.
O tractado de Commercio (que nós daqui em diante
chamaremos o tractado Roevidico; por ser nome mais breve, e mais adaptado á
matéria) estragou as rendas das alfândegas; mas se se aproveitar o resto, se
achará ainda com que pagar os juros de um empréstimo de 12 milhoens. Contra
isto está a difficuldade de corrigir os abusos das alfândegas; com effeito
elles saõ taõ grandes, taõ arraigados, e taõ ramificados, que apenas podemos
conceber que se remedeiem no systema actual; portanto atrevernos-hia-mos a
propor como remédio ao mal, outro mal, que julgamos menor: isto he arrendar os
rendimentos de uma, duas, ou tres alfândegas do Brazil (pondo-se a lanços sem
preferencia de valimento) e deixar a cobrança por conta dos rendeiros; assim
como as medidas para a supressão do contrabando.
Fig. 12 – Os Arcos da Lapa é uma obra que persiste das
melhoria do Rio de Janeiro elevado a capital da colônia brasileira em 1763. Este
deslocamento da capital - de Salvador para o centro geográfico - era decorrente
das novas fronteiras e conflitos no sul como do controle mais efetivo do fluxo
do ouro e dos DIAMANTES de Minas Gerais.
Os juros de 12 milhoens, ainda mesmo a 6 por cento -
e mais um milhaõ por anno para remir o principal; he de certo um pezo com que
as alfândegas podem; com tanto, que as precauçoens contra o contrabando sejam
tomadas no Brazil, e naõ intentadas nos portos estrangeiros; o que he um absurdo,
que só pôde pegar era um cabeça de páo.
Os diamantes saõ um objecto da primeira importância
; mas a sua má administração naõ se pode provar melhor, do que com a desculpa official do Embaixador de S. A. R. em
Londres, o qual asseverou, com attestaçoens vindas do Brazil; que lá naõ havia
sequer os pezos próprios para averiguar o valor dos diamantes. Por estes
motivos julgamos, que a S. A. R. naõ faltam rendas para occurrer ás despezas da
guerra; nem meios de obter empréstimos; mas os empregados públicos, tem
arruinado o credito do Erário; e evidentemente naõ saõ capazes de o consolidar.
Ha ainda outras fontes de riqueza nacional, a que se
naõ tem attendido; e que naõ dependem
destes desarranjos, que tem tido origem na Inglaterra: tal he o Commercio com
as Colônias Hespanholas. Um tractado de Commercio com o Governo da Hespanholas,
poria isto em boa ordem; principalmente agora, que a Corte do Brazil,
entendendo melhor os seus interesses, se deixou do systema de guerra contra
seus vizinhos.
No entanto, daremos aqui, pois vem taõ aproposito,
uma idea da maneira porque os empregados de S. A. R. o servem na economia de
suas finanças.
Fig. 13 – Ao largo do regime
colonial brasileiro era quase impossível qualquer deslocamento de estrangeiros pelo
interior. A linha de fortificações
que se estendia do norte ao sul da costa
do Brasil mantinha distante qualquer navio não
lusitano. Ainda não se fez a conta - na ponta do lápis - do montante do
consumo do orçamento empregado na construção e manutenção destes equipamentos
militares agora obsoletos e sem o menor sentido diante dos atuais drones,
satélites e foguetes..
Foi de Inglaterra viajar ao Brazil, ha algum tempo,
um Inglez, munido com cartas de rccommendaçaõ do Embaixador Portuguez cm
Londres, para seu irmaõ o Conde de Linhares, que ainda entaõ era vivo. Este
Inglez publicou, depois que aqui chegou de volta, um livro de suas viagens; e
deste mesmo livro constam os seguintes factos, 1º. Que em conseqüência das
cartas de recommendaçaõ do Embaixador Portuguez a seu irmaõ; e da
protecçaõ de Lord Strangford; foi este
joallieiro introduzido a S.A. H. o Principe Regente; debaixo do pretexto de
saber fazer manteiga. ¿Um joalheiro fazendo manteiga! Como se lá no Brazil,
principalmente no Rio-grunde, naõ soubessem fazer manteiga até as camponesas de
10 annos de idade. 2°. Que este descubridor da incógnita arte de fazer
manteiga, teve permissão de visitar, por curiosidade, as minas dos diamantes,
acompanhado de uma escolta de soldados, e ordens do Secretario de Estado, Conde
de Linhares, para apenar cavalgaduras para seu serviço, &c. &c. 3º. Que
o Senhor Manteiguista, teve permissão de voltar para o Rio de Janeiro do
Districto Diamantino, sem se lhe examinar a bagagem: privilegio nunca d'antes
concedido a ninguém. 4° Que
voltou para Londres.
E 5° (que naõ consta do seu livro de viagens, mas
que se póde ver em todas gazetas de Londres pelos avisos que faz) que em vez
de se applicar á sua descuberta de fazer
manteiga depois de chegar a Londres, continua na sua loja a vender pedras
preciosas, e entre outras diamantes em bruto, em qualquer quantidade que se
queiram ; em fim continua no seu efficio de mineralogisla joalheiro.
Fig. 14 – Os DIAMANTES são fonte ainda significativa de
rendimento. Porém a sua lapidação - e posterior comercialização - é
realizada por estrangeiros que impõem preços incomparáveis pelo que recebem os
“faiscadores” e catadores brasileiros. Enquanto isto as empresas brasileiras
estagnam em tecnologias e design arcaicos que não lhes agregam valor
algum. Estas pedras brasileiras, preciosas
e semi-preciosas, sustentam várias
cidades europeias.
Ora despois deste facto julgue S. A. II. e julguem
os Portuguezes todos, se os empregados públicos tomam algumas precauçoens para
economizar as rendas Reaes, e prevenir os descaminhos
Na
conclusão é necessário admitir que em julho de 2013 continuam a imperar, no
Brasil, os mais estranhos e incompatíveis paradigmas. Um que sustenta um governo brasileiro
refugiado em gabinetes principescos. Outro completamente distinto e constituído
pelas percepções do PODER ORIGINÁRIO deste mesmo governo. Um falando dos
DIAMANTES do seu AMOR pelo PODER. O outro mergulhado nas suas NECESSIDADES
BÁSICAS, inclusive da MANTEIGA, mas embebido, de fato da mentalidade subliminar
do marketing e da propaganda do AMOR pelo PODER. A esperança de um observador
externo é que PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO tenha condições e capacidade de usar
adequadamente a técnica numérica digital para expressar as suas autênticas
NECESSIDADES BÁSICAS. Com estas expressões conduzir a sua ação para
deliberações e decisões coerentes com esta percepção.
Os
refugiados nos gabinetes principescos podem alegar que são presidiários e
instrumentos da 3ª fase do Regime Colonial. Ao Poder Originário cabe negar e
evitar este Regime Colonial e refazer o triste, longo e sangrento caminho de
sua soberania.
Este
caminho trabalhoso será possível se NÃO FOR APENAS MAIS UM GRITO inconsequente
e no qual apenas se desperdiça preciosas energias.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.
A espera dos bárbaros
Arte de
fazer manteiga
Diamantes no Brasil
Plebiscito em vez do trabalho
REVOLUÇÃO INGLESA
VIGÊNCIA e CONSEQUÊNCIAS da 3ª FASE de REGIME COLONIAL EUROPEU
. Este material possui uso restrito ao apoio do processo
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blog é editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a sua
formação histórica. ...
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1º blog :¿ QUE
É ARTE ?
2º blog : MATHIAS
SIMON
3º blog
NÃO FOI no GRITO
SUMÁRIO do 1º ANO de postagens do blog NÃO FOI no GRITO
4º blog + site a partir de 24.01.2013
PODER ORIGINÁRIO
Blog 01 - http://poder-originario.webnode.com/ blog 02 - http://prof-cirio-simon.webnode.com/
RESUMO do
texto: PODER ORIGINÀRIO:
TEXTO:
expandido do PODER ORIGINÀRIO
Site
CURRÍCULO LATTES
Vídeo:
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