PORTUGAL tornou- se INDEPENDENTE do BRASIL pela REVOLUÇÃO de 24 de agosto de
1820 no PORTO.
“Todos se suppóem políticos; todos arrostam com os negócios do Estado; e ninguém ou quasi ninguém ha com assas conhecimentos da sciencia de Governo, para dar á devida direcçaõ aos negócios públicos”
Correio Brazilense. setembro de 1820, p. 344
SOPA dos POBRES em ARROIOS por Domingos Antônio de Siqueira o LUZITANO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopa_dos_Pobres_em_Arroios_(Domingos_Sequeira)
Fig. 01 – A imagem é da calamitosa situação do POVO de PORTUGAL fustigado pelas profundas mudanças econômicas, sócias e politicas do inicio do século XIX. Politicas sem a resença do Rei Dom Jião VI. Sociais com com aventureiros inspirados pelas mais variadas e contrárias ideologias fazendo tábua rasa com o sistema monocrática anterior, Econômicas com a falta das mais elementares necessidades básicas, O populismo estava recoreendo ao uso de recursos ocasionais e com grande estardalhaço, marketing de quem queria se manter e impor de qualquer maneira. O seu poder pessoal
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“NÃO FOI NO GRITO” do IPIRANGA de 07 de setembro de 1822 que o BRASIL tornou-se efetivamente independente, Dois anos antes PORTUGAL começo o o seu PROCESSO de a PRCLAMAÇÃO da sua INDEPENDÊNCIA do BRASIL:
Esta INDEPENDÊNCIA POLITICA de PORTUGAL do BRASIL foi de fato um bom negócio politico, econômico e social para a elite lusitana. Politicamente a Casa de Bragança continuou a governar Portugal e Brasil, A elite lusitana ficou de posse e usufruto dos seus títulos de nobreza. Na economia esta elite lusitana continuou com a suas posses e terras e bens além dos tpitulos no Brasil. Social e economicamente esta elite tinha enorme vantagem no BRASIL com a ESCRAVIDÂO LEGAL enquanto em PORTUGAL ela estava banida legalmente, desde 1760.
Evidente que toda mudança possui seu lado aversivo e de perdas irreversíveis. Em PORTUGAL esta mudança da sua INDEPENDÊNCIA do BRASIL estava em pleno caminho em setembro de 1820 com a REVOLUÇÃO PORTO iniciada em 24 de agosto de 1820. Nesta ocasião o processo do andamento e sustentação de uma revolução era favorável a devido a ausência física do seu rei.
A NAÇAO LUSITANA, de mal consigo mesma, teve ocasião de escancarar as contradições, as insatisfações e os atrasos sob presença e estrita vigilância britânica. Em Portugal grassavam as ideias surdas que a Revolução Francesa disseminou mundo afora e qual faziam sentido nos países mais desenvolvidos. Portugal desconsiderado e sem vez e voz no CONGRESSO de VIENA via a sua influência internacional sendo aniquilada pela falta de sentido de sua economia, comércio e falta absoluta de um suporte industrial.
Fig 02 Imagem do03 de abril de 2020 - MULTIDÃO de SALVADOR INVADE distribuição de 159 senhas de CESTAS BPASICAS
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/04/04/video-multidao-invade-centro-social-em-bairro-de-salvador-durante-distribuicao-de-cestas-basicas.
A imagem é da calamitosa situação do POVO do BRASIL de de 2020 fustigado pelas profundas mudanças econômicas, sócias e politicas do início do século XXI. Politicas pela ausência do poder central refugiado e encastelado em Brasília, Sociais com com aventureiros inspirados pelas mais variadas e contrárias ideologias fazendo tábua rasa com um seguro sistema de social . Econômicas cm a população dividida em duas castas daqueles que nada possuem e daqueles que nada possuem além de promessas eleitoreiras e a mercê do populismo de ocasião
Por sua vez o BRASIL está, em setembro de 2020. com o seu governo refugiado em BRASÌLA. Enquanto os GOVERNADORES e PREFEITOS estão nos Estados e Municípios a braços com um perigoso e letal vírus que mantem a população brasileira de sobressalto em sobressalto, refém de notícias desencontradas e entregue à sua oripria sortes. Por cumulo estes PREFEITOS e GOVERNADORES são tratados e chamados de “PEQUENOS DITADORES” por quem se imagina e diz ser dono do GOVERNO CENTRAL do Brasil
Fig. 03 – Os ideais de LIBERDADE, de IGUALDADE e de FRATERNIDADE foram jogado repentinamente sobre o POVO de PORTUGAL Estes ideiais mal assimiladas e sem suporte na vida material, eram sequência de movimentos antes abafados. Esta fragilidade necessitou de 50 anos de REVOLUÇÔES que fustigaram oscilações entre o passado monárquico e presente miserável e impotente do PODER ORIGINÀRIO da NAÇÂO LUSA, Oscilações que projetaram consequências econômicas, sociais e politicas no BRASIL de setembro de 1820 e que continuam em 2020.
Em PORTUGAL erguia-se, desde o dia 24 de agosto de 1820, uma REVOLUÇÃO cujos lideres leram e publicaram o que o CORREIO BRAZILINSE em SETEMBRO de 1820no VOL XXV. N° 148 na Miscellanea pp,317-316:
1.* Proclamação
Publicada na revolta da cidade do Porto. Soldados!—Uma só vontade nos uma: caminhemos á salvação da pátria. Naõ ha males que Portugal naõ soma; Naõ ha soffrimento, que nos Portuguezes naõ esteja apurado. Os Portuguezes, sem segurança em suas pessoas e bens, pedem o nosso auxilio, elles querem liberdade regrada pela ley. Vós mesmos,- victimas dos males communs, tendes perdido a consideração, que o vosso brio e vossas virtudes tem merecido. He necessária uma reforma, mas esta reforma deve guiar-se pela razaõ e pela justiça, naõ pela licenciosidade. Coadjuvai a ordem, cohibi os tumultos; abafai a anarchia, e criemos um Governo Provisório, em que confiemos; elle chame as Cortes, que sejam o orgaõ da Naçaõ, e ellas preparem uma Constituiçaõ, que assegure os nossos direitos. O nosso Rey D. Joaõ VI., como bom, como benigno, ha de abençoar nossas fadigas, como amante de um povo, que o idolatra. Viva o nosso bom Re).
VOL. XXV. N\ 148. 318 Miscellanea.
Vivam as Cortes, e por ellas a constituição. Porto em Conselho Militar, 24 de Agosto de 1820.
(Assignados) SEPUEVEDA, Coronel do Reg. N.° 18
CABREIRA , Coronel d'Artilheira. Tt. Cor. do Reg. N,p 6 Major das Milícias de Maia Major das Milícias do Porto.
2ª Proclamaçuõ
Acabou-se o soffrimento! A Pátria em feros: a vossa consideração perdida: nossos sacrifícios baldados; um soldado Portnguez próximo a mendigar uma esmola!— Soldados o momento he este: viemos à salvação da Pátria: voemos á nossa salvação própria.—Camaradas, vinde comigo; vamos com nossos irmaõs organizar um Governo Provisional, que chame as Cortes, a fazer uma Constituição, cuja falta he a origem dos nossos males. He necessário deseiivoivêllo; porque cada qual de vôs o sente. He em nome, e conservando o nosso Augusto Soberano, o Senhor D. Joaõ VI., que ha de governar-se. A nossa sancta lltligiaõ será guardada! Assim como nossos esforços saõ puros, assim Deus ha deabençoàllos. Os soldados, que compõem o bravo exercito Portuguez, haõ de correr a abraçar a nossa; porque he a sua causa. Soldados a força he nossa ; naõ devemos, portanto, consentir tumultos : a cada um de nós deve a Naçaõ sua segurança e tranquillidade. Tende confiança n'um Chefe, que nunca soube ensinar-nos senaõ o caminho da honra toldados! naõ deveis medir a grandeza da causa, pela singeleza dos meus discursos: os homens sábios desenvolverão um dia este feito, maior que mil victorias. Santifiquemos este dia ; seja de hoje em diante o grito do nosso coração; Viva El Rey, o Senhor D. Joaõ VI: Viva o Exercito Portuguez: Vivam as Cortes, e por ellas a Constituição Nacional. (Assignado J
São militares que aparecem em publico com o apoio de seus regimentos do Exercito Lusitano
O CORREIO BRAZILIENSE - no seu número de agosto de 1820 - traça um vasto panorama dos ajustes SOCIAIS. ECONÔMICOS e POLÍTICOS necessários tanto em como no BRASIL. Ajustes que afetavam também as demais nações atingidas pela ERA INDUSTRIAL
CORREIO BRAZILINSE VOL XXV. N° 148 . x x. pp,334- 346 Miscellanea SETEMBRO de 1820
Reftexeens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALGARVES.
Dizem alguns naturalistas, tidos por demasiado crédulos, que os ratos, por um instiucto natuial, fogem das casas em que habitam, quando ellas estaõ para cair
WILLIAM CARR BERESFORD
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford Fig. 04 – A presença britãnica na política, na economia e meio militar português era personalizada pela presença do Marechal WIILIAM CAAR BERESFORD. Os ideais de LIBERDADE, de IGUALDADE e de FRATERNIDADE eram certametente algo estranho para este irlandês bastardo e a ser combatido num estado que se queri livre do controle econômico e militar inglês.
A partida do Marechal Beresford para o Brazil fazendo-nos lembrar esta circumsrancia, naõ deixou de dar-nos mais um pressagio do que ia a succeder em Portugal, e por isso dissemos no nosso N.° 144. p. 534, (fallando da partida do Marechal para o Brazil) " Veremos o que succede em quanto volta, e o que resultará dessa volta.'' Revolução do Porto. Pelas 9 da noite do dia 23 para 24 de Agosto, segundo o plano previamente concertado, se congregaram na casa do Coronel do Regimento de Artilheria N.° 4, Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira ; o Bacharel Jozé Ferreira Borges ; o Tenente Coronel do Regimento de Infanteria N.° 6. Domingos Antônio Gil de Figueiredo Sarmento; o Tenente Coronel commandante do Corpo de Policia, Jozé Pereira da Silva Leite de Berredo; o Major de Milicias do Porto, Jozé de Souza Pimentel; o Ajudante de Milicias da Maya, Tiburcio Joaquim Barreto Feio, que depois foi substituído, pelo Major do mesmo Regimento Jozé Pedro Cardoso da Silva ; e entaõ, formado o Conselho, assentaram, que as forças ficariam ás ordens dos dous Coronéis, que deviam fazer o rompimento convencionado: o que elles aceitaram. Tomadas as medidas precisas, e reunidas as tropas d'antemaõ, leo o Coronel C:\brtira a proclamaçaõ N.* 1.*, que deixamos copiada a p. .'317. No dia sen-uiute, 24, pela matihaS mui cedo, ajunctaram-se as tropas no campo de Saucto Ouvidio, e ali leo o Coronel Sepulveda a proclamaçaõ N.° 2. (p. 318) Deo-se uma salva de 21 tiros; e n'um altar preparado no tampo celebiou missa o capelão do Regimento d'artilheria ti.* 4 ; e prestaram os presentes juramento, cuja formula, fica copiada a p. 321. Isto feito marchou a tropa para a Praça Nova, e entraram na casa da Câmara os chefes militares, e mandaram chamar todas as pessoas principaes da cidade. Vieram ali o Bispo, o Governador das Armas, o Senado da Câmara, o Juiz do Povo, a Casa dos Vinte e Quatro, os Juizes de Vara Branca, as pessoas da governança, e cidadãos principaes ; e entaõ se lançou o Auto de Câmara Geral, que deixamos copiado a p. 319. Depois disto a Juncta nomeou para Vice-Presidente o Corouel Sebastião Drago Valente Brito Cabreira ; e expedio o manifesto ou proclamaçaõ á naçaõ, que copiamos a p. 321. Diz o rumor, que esta revolução começara antes do período contemplado, que éra aos 13 de Septembro, porque os conspirados se descubrirain ao Conde d'Aniarante, esperando ganhállo a seu partido, mas elle deo parte aos Governadores do Reyno em Lisboa, que despacharam o Marechal Manuel Pamplona Carneiro Rangel, para que tomasse o comniando das tropas no Porto, e prendesse os conjurados. Um destes, Manuel Fernandez Thomaz, teve aviso do que se passava, coniniunicou-o aos outros, e resolveram declarar-se instantaneamente. No entanto, que o General Rangel caminhava para sua commissaõ, soube em Aveiro, que o Porto ja estava levantado, pelo que retrogadou a Coimbra, com o batalhão 1().° de Caçadores; mas sabendo, que o Coronel Silveira lhe vinha no alcance, com o Regimento 22 de infanteria, deixou os Caçadores, e foi para Lisboa. 0 Coronel Sepulveda chegou logo depois a Coimbra, aonde reorganizou os Caçadores, coin mais outras tropas de seu bando. Entaõ se declarou Coimbra pela Juncta Provisória, o que ja tinham feito varias outras villas e cidades. Quatro dias depois do levantamento do Porto, tiveram delle noticia os Governadores do Reyno, chamaram a Conselho de Estado, a que assistio o Conde, de Palmella ; e destas deliberaçoens resultou a proclamaçaõ, que copiamos a p. 224, VOL. XXV. N". 148. u u 334 Miscellanea.
Quanto á proclamaçaõ dos Governadores do Reyno, attríbulase ella aos talentos do Conde de Palmella: nós a supporiamos antes obra do Padre Jozé Agostinho, que por muito tempo tem sido o coadjutor literário dos Senhores Governadores do Reyno. Até naõ merece esta proclamaçaõ, que se lhe faça analyze. O certo he que no outro dia (29) pela manhà se achou rasgada a tal proclamaçaõ, ou bezuntada de iniuiundicie, em todos os lugares públicos aonde tinha sido aftixada. A esta falta de respeito se segtiio mandarem os Governadores esqui par a toda a pressa os navios de guerra, que se achavam no porto; c ainda que esta medida fosse mui natural nas circumstancias, o povo a attribuio logo, a preparativo dos Governadores, para se retirarem ao Rio-de-Jaueiro. No entanto que isto se passava em Lisboa, a província do Minho seguia a revolução do Porto, commandando as tropas o Marechal Gaspar Teixeira de Magalhaens e Lacerda. A brigada9 e 11, e caçadores 12 éra commandada por Antônio Lobo Teixeira de Ba: ios ; e a brigada 3 e 15, e Caçadores 6, por Joaquim Telles Jordaõ ; estando toda a divisão ás ordens do Brigadeiro Antônio de Lacerda Pinto da Fonceca. A cidade de Braga declarou-se pela insurrecçaõ aos 28 de Agosto; Ponte de Lima aos 26; Vienna aos 27, proclamando todos a Constituição, que naõ se sabe ainda qual seja. No 1.* de Septembro chegou ao Porto a Proclamaçaõ dos Governadores do Reyno, c em resposta a ella publicou a Juncta outra proclamaçaõ, que copiamos a p. 326: e na noite de 2 se fe» uma leva para augmentar as tropas, que se destinavam a marchar contra Lisboa. A Lisboa, porém, chegaram officios do Conde de Amarante, Governador das armas, na pvovincia de Tras-os-montes, datados de Chaves, aos 25 de Agosto, (e que deixamos copiados a p. 291) em queannunciava os preparativos, que fazia para marchar contra os revolucionários, chamava louco conhecido por tal a seu irmaõ, que entrara na revolução : e incluía também o Conde a copia de uma proclamaçaõ, que publicará contra os revoltosos. Ao mesmo tempo tiveram os Governadores officios, na mesma tendência, do Corregedor de Villa Real, do Governodor das armas da Provincia da Beira, e do Governador de Elvas, em que todos se mostravam promptos a apoiar a authoridade d'El Rey, esenGeverno. Copiamos estes officios com outros documentos de p. 293 em diante. Naõ obstante estas noticias, que mostravam terem os Governadores do Reyno ainda um partido a seu favor, publicaram elles, no dia 1° de Septembro, uma proclamaçaõ, em que promettiam convocar as Cortes ; cedendo assim a torrente da revolução Veja-se p. 292. Seguindo-se a isto nomear a Commissaõ preparatória das Cortes, pela portaria, de p. 300, substituindo depois outro membro, em lugar do Visconde de Barbacena, p. 303. Ultimamente passaram-se as Cartas de chamamento das Cortes, para se ajunctarem em Lisboa aos 15 de Novembro ; e a p. 312 damos a que se dirigio ao Senado da Câmara de Lisboa, ordenando-lhe, que elegesse os seus dous procuradores, e lhes desse instrucçoens. Neste documento notamos, que os Governadores do Reyno mudaram a fraze e estylo, que tam impropriamente tinham adoptado desde o principio de sua administração. As suas ordens eram expedidas, fatiando como se fosse El Rey, que as escrevera ou assignara; agora faliam os Governadores em seu próprio nome; como se convocassem as cortes de sua própria authoridade.
As noticias da revolução de Portugal foram publicadas nas gazetas Inglezas, com algum estrondo, mas naõ appareceo nenhum paragrapho do Braziliano Residente em Londres, nem para as contradizer, nem mesmo para as explicar ou suavizar; pelo que suppômos que o tal Braziliano ja aqui naõ reside; ou estará enfermo; se isto he, damos-lhe os pezames pelas suas moléstias ; e lhe recommendamos, que incumba alguém a que «ça as soas vezes, escrevendo para os jornaes Inglezes ; por que decerto a revolução em Portugal naõ he bagatella, que se dente ficar no tintei ro. 336 Miscellanea. Até aqui os factos, que narramos segundo as melhores noticias, que pudemos alcançar. Agora, porém, faremos algumas observaçoens sobre estes procedimentos e suas conseqüências, O concurso de causas, que linhaiu motivado o descontentamento dos Portuguezes, éra tam manifesto, que nada podia escurecer : os malignos servlam-se disto, paracalumniar injustamente El Rey : os Governadores naõ davam passo algum para impedir o mal imminente : e os homens principaes da naçaõ, empregados por El Rey, fugiam de cooperar para o próprio remédio com um egoismo, por naõ dizer outra cousa, verdadeiramente escandaloso.
Pedro de SOUSA de HOLSTEIN (1781-1850) Duque de PALMELLA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Sousa_Holstein,_1.%C2%BA_Duque_de_Palmela
na Revolução do Porto
http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/448-pedro-de-sousa-e-holstein-duque-de-palmela
Fig. 05 – A pessoa e a figura do CONDE de PALMELLA era um vinculo com as demais cortes europeias e dos circulo de nobreza com que custava assimilar e praticar os ideais de LIBERDADE, de IGUALDADE e de FRATERNIDADE. Sem as práticas e as habilidades de Charles Maurice de TALLEYRAND-PERIGORD (1754-1838) que se manteve no poder na REVOLUÇAO FRANCESA, no governo de Napoleão Bonaparte e nos sucessivos retornos dos BOURBONSN na França.
O CONDE de PAMELA permaneceu fiel a poder monárquico absolutista luso, sofrendo os reveses e gozando as glórias nas oscilações dos sucessivos sistemas excludentes e contraditórios do governo da NAÇÂO PORUGUESA
Por exemplo o Conde de Palmella. Foi este fidalgo nomeado Secretario de Estado ; e espeiava-se por elle na Còite do Rio.deJaneiro, como os Judeus esperam pela vinda do Messias: o Conde sabia, ou devia saber, pois ninguém o ignorava, que éra da mais urgente necessidade adoptar proinptissimas medidas, para aquietar as fermentaçoens, que existiam em Portugal, mas em vez de ir para o Brazil a promover, ou ao menos ajudar, os planos que El Rey contemplava, deixou-se ficar em Londres por três annos, fazendo viajens a Paris, sob vários pretextos ; e até se diz, que El Rey, para o induzir a partir, he mandara pagar as dividas, que montavam a sommas enormes. Em um saio de Londres, mas foi para Lisboa, aonde chegou a tempo para assistir ao enterro, dando-se em razaõ, que ia para achar-se presente ao casamento da irrnaií; como se tam futil causa se pudesse pôr cm competência com a magnitude dos objectos, que se deviam tractar no Rio-de-Janeiro, e de que dependia a salvação da Monarchia. Mas naõ pára aqui o Conde de Palmella, em faltar á obediência a El Rey. Na gazeta de Lisboa se publicou uma carta do Conde da Feira, que assigna agora os papeis do Governo, juncto com os Governadores, sem sabermos cora que bullas. Esta carta, dirigida ao Conde de Palmella, roga-lhe, que naõ vá para o Brazil; c o Conde de Palmella, responde, que a pezar dos seus desejos, vista esta requisição se deixará ficar, (veja-se p. 314.) ¿ A quem illudiiá uma pantomima desta natureza ? Depois veremos, como esta repugnância do Conde em ir para o Rio-deJaneiro, quadra com outras circumstancias. A par deste comportamento egcistico do Conde de Palmella, vem o procedimento dos Governadores do Reyno. Tudo ameaçava a prompta dissolução de sua authoridade, se naõ se tomassem medidas as mais decisivas, para contentar os Portuguezes, principalmente depois do exemplo da Hespanha, mas nada fizeram, senaõ prohibir que se naõ escrevesse nem fallnsse sobre a revolução Hespanhola, como se fosse possível o ignorar-se, em Portugal, o que estava passando no outro lado de suas abertas fronteiras; e como se taes medidas restrictivas naõ fossem de si mesmas novo motivo, para se contrastar a liberdade Hespanhola com a servidão Portuguesa. Succede em fim a revolução do Porto, no dia 24 de Agosto, e tam mal servidos eram os Governadores em Lisboa, que só delia souberam aos 28. Aos 29 publicaram sua proclamaçaõ, declarando, que as Cortes, convocadas pela Juncta Provisória, sempre seriam illegaes; porque só El Rey tem o direito de as convocar; e naõ obstante isto, quatro dias depois, aos 2 de Septembro, se erigem esses Governadores em Rey, proclamando que Iam convocar as Cortes. Dizem os Governadores, nessa proclamaçaõ de 1 de Septembro, que assim obram ein virtude dos poderes e instrucçoens, que tem, para os casos urgentes. Se taes poderes tinham ¿ porque naõ uzáram delles a tempo ? Se a convocação das Cortes éra medida conveniente, para impedir o perigo imminente, em que «e achava o Reyno, deviam couvocállas, antes de arrebentar a revolução; porque entaõ appareceiia como acto gracioso, o que loinente lie agora concessão extorquida ; entaõ um acto de justiça ou benevolência, lhes attrahiria respeito; agora uma conseqüência de temor só fará desprezível sua authoridade, entaõ as Cortes, chamadas com deliberação, poderiam ser dirigidas, segundo as vistas do Governo, para que naõ adoptassem senaõ reformas graduaes : agora obrando-se com a precipitação, a que a revolução impelle, o Governo será levado pela torrente a qual1 u er extremo, que a convulsão o arrojar.
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A revolução actual só he a manifestação do descontentamento que muito d'antes existia; e se a convocação de Cortes he adaptado remédio desse descontentamento; ja também muito d'antes deveriam os Governadores do Reyno ter proposto essa medida a Sua Majestade. Nada disso fizeram. Se, porém, a convocação das Cortes naõ éra o próprio remédio, para acalmar a inquietação, que ha tanto tempo se observava em Portuga.
¿ que justificação poderão alegar os Governadores do Reyno, para ter agora recorrido a tal medida ? e" Que com isso parariam a revolução e manteriam sua authoridade ? Ridícula esperança ! um acto do Governo, dictado pelo temor, nunca lhe conservou a authoridade ; porque nunca lhe pôde conciliar o respeito dos subditos. ¿ Que se seguio de facto a esta medida dos Governadores e do seus conselheiros ? Logo que se soube em Trás os Montes, que os Governadores cediam á revolução, e chamavam Cortes, se fez Conselho em Chaves, aos 6 de Septembro, em que foi resolvido reconhecer, no dia 7, a Juncta do Porto. Esta publicou, aos S, uma proclamaçaõ, em que ludibriava a medida dos Governadores, e marchou para Coimbra, para dali se passara Lisboa, a tomar posse do Governo Geral do Reyno. Eis o fructo das resoluçoens dos Governadores : exactamente o que se devia esperar. Naõ podemos dar neste N.° a proclamaçaõ da Juncta do Porto do dia S; que na verdade he um chefe d'obra, em expor o Governo de Lisboa, seu Conselheiro Conde Palmella, e o systema, que tal gente seguia. Nós exporemos esta miserável facçaõ em suas próprias cures em outro N.°. A Meza do Desembargo do Paço, que até aqui nada tinha proposto, para o melhoramento dos negócios públicos, depois das medidas do Governo, se saio com uma representação, para approvar o que tinha feito o partido dos Governadores; o resumo desta Representação, copiado da Gazeta de Lisboa, he o seguinte :— " A Meza, pois, expoz na dieta representação, que animada dos mais puros sentimentos de lealdade, de amor, e de inteira dedicação á Soberana Pessoa de Sua Majestade, ao bem do seu Real serviço, e ao interesse geral da Monarchia, naõ podia nas actuaes circumstancias, em que se acha este Reyno, deixar de concorrer com a expressão da sua dôr, pelos acontecimentos, que desde o dia 24 de Agosto ultimo na Cidade do Porto tem abysmado o mesmo Reyno, em um violento estado de crise; unindo a este doloroso sentimento por tam desastrosos, e deploráveis successos o reconhecimento da confiança, que a todos justamente inspira a promptidaõ, a energia, e o acerto das providencias, que os Governadores do Reyno tem adoptado." " Expõem a mesma Meza que taes, e tain judiciosas providencias, eram as únicas, que, dando a conveniente direcçaõ ao espirito publico, vivamente agitado pelas opinioens dominantes do século, como parece naõ poder duvidar-se, podiam salvar o Reyuo de uma inteira subversão, que a todos cobriria de opprobrio, e de calamidades." " Penetrada intimamente d'esta convicção, teve a Meza por um dos seus principaes deveres levar ante o throno Augusto de Sua Majestade, com a homenagem pura de sua lealdade, a expressão fiel do applauso, com que tem sido aceitas as referidas medidas, adoptadas pelos Governadores do Reyno, e exprimindo assim o conceito, que forma da gravidade do perigo, e dos meios empregados para conservar a preciosa herança, que dos Senhores Reys, Augustos predecessores de Sua Majestade, passou por ventura nossa ás reaes maõs do mesmo Senhor, une-se, como deve, desta sorte á voz do Governo, parecendo-lhe que as mesmas medidas sustentadas com firmeza, e perseverança saõ as mais próprias para salvar o Reyno do risco em que se acha presentemente." " Expõem finalmente a Meza que uma só circumstancia faria, o complemento, e poria o remate a tudo : era o de agradar á Divina Providencia, que Sua Majestade, na alta sabedoria de «eus Conselhos resolvesse restituir a este Reyno a sua Real pes- •«*» ou a do Sereníssimo Príncipe Real seu Augusto filho: que he seguramente este o voto universal de toda a naçaõ, e a Meza interpondo-o, naõ hesita em supplicar humildemente a Sua Majestade, que se digne realizallo, concedendo a todos os seus fieis vassallos de Portugal esta graça, que sobre todas quantas providencias se tem adoptado, e possam ainda adoptar, deve servir a consolidar todas as instituiçoens, extinguir até a lembrança das divisoens, dar nova vida, e vigor á Monarquia, animar completamente todo o systema da administração, e derramar sobre todos os coraçoens os seutiiuentos de paz, de uniaõ, e de concórdia, de que tanto se necessita." Até aqui o Desembargo do Paço, mas deve notar-se, que ao primeiro romper da commoçaõ se acharam ja pessoas obrando, como representantes das três províncias do Minho,Taz-os-montes <> mesmo Rey. Naõ disputaremos aqui nem os seus motivos, nem as <<>ii»eiineiicins : mas lá he um p»itco árduo, que o dinheiro d*El Rey se empregue em fomentar medidas de opposiçaõ a elle mesmo. Por havermos atacado os abusos, que se deviam destruir, nos chamaram jacobinos, esses mesmos homens, que agora nos apregoam de cortezaõs, porque dizemos que seria muito melhor que taes abusos naõ fossem reformados por meio de revoluçoens : essas incongruências saõ naturaes a injustos aggressores. Mantemos ainda a mesma opinião. Se quem pôde remediar os abusos naõ o faz ; he culpado, porque naõ previne os perigos: se o remédio dos abusos se fizer por commoçoens populares, sem desastres, he accaso, que nas regras ordinárias da prudência naõ deve entrar em calculo.
Fig. 06 – Passando das ideias para a práticas JUNTA PROVISIONAL entra no palácio governamental da PRAÇA do ROSSIO para dar curso ao desenho e escrita de uma CONSTITUIÇÂO LUSITANA que buscava uma coerência com o TEMPO, LUGAR e SOCIEDADE LUSITANA; Os potencias candidatos a constituintes do BRASIL apesar de convidados formalmente, os que se apresentaram, foram ignorados durante os dois anos seguintes. Como consequência pode-se ler ao avesso da SOBERANIA BRASILERA e que a CONSTITUIÇÂO LUSITANA de 1822, foi de fato e de direito a PROCLAMAÇÇAO da SOBERANIA de PORTUGAL do BRASIL
Mas ; que diremos de empregados públicos, que ha muito tempo tinham mandado assoalhar, por aquelles a quem davam pensoens, a necessidade de mudar em Portugal todas as bazes do edifício social: que fomentaram a publicação da chronologia das Cortes, que faziam alardo de proteger, apparecer em publico, promover o perdaõ, e dar pensoens aos mais escandalosos traidores da pátria, no tempo da invasão inimiga ? Se taes eram alguns dos principaes servidores d'EI Rey, a ninguém deve admirar que elle seja mal servido; e talvez mais agradecimento deva El Rey aos que tramaram a revolução do Porto; porque se ella tinha de sueceder, melhor he que caísse em nraõs, que livrem a naçaõ ou da anarchia dos democratas, ou do despotismo de uma degenerada aristocracia. He preciso combinar alguns factos, para virmos a descubrir a vistas ocultas de certa facçaõ aristocrática. Nos mesmos escriptos, em que vemos recommendada a necessidade da revolução e dai mudanças em Portugal, vemos também uma constante declamaçaõ contra El Rey, por conceder títulos de nobreza, e principalmente por elevar a grandes empregos, homens, que na6 saõ da classe dos fidalgos. Aqui se vê que, quem faz fallar esses pregadores, he o partido desses aristrocatas. ¿ Donde tirou o Marquez de Marialva, o Conde de Palmella, ou outro qualquer titulo das famílias Aristrocratas a sua nobrezà, senaõ da concessão dos Reys ? E que mais direito tem nenhum membro dessas famílias, desfiguradas por vergonhosas bastardias, de que tiram sua origem, a serem titulares, do que Pedro, Paulo, Sancho, ou Martinho, a quem El Rey por sua affeiçaõ particular, ou por serviços feitos á sua pessoa ou ásua familia, faz entrar na classe da Nobreza ? Daqui fica mauifesto, que o partido que nos tem quebrado os ouvidos com a necessidade de mudar as bazcs do editicio social, com a prostituição dos títulos a guarda roupas e pessoas insignificantes, com os empregos diplomáticos em pessoas de classes differentes desses fidalgos, naõ aspira amais do que a metter-nos pelos olhos essa aristocracia rançosa, que de nada serve, e que nas occasioens dos apertos, ou tem tomado o partido dos inimigos, porque lhe parecèo o mais forte, ou se tem mettido no escuro fugindo ás difiiculdades. Se esses que assim faliam, tem realmente em vista o desapprovar, que pessoas naõ nobres sejam elevadas a empregos importantes, principalmente na diplomacia ; para que estaõ tam callados a respeito de pessoas taes como um Guerreiro, a quem dam o tractauiento de Excellencia ? < Que serviços, que estudos, que talentos saõ os desse diplomático nascido das ervas, senaõ o de ser um humilde instrumento do partido Roevidico ? Entretanto, note-se, os mesmos que lhe dam Excellencia, saõ os que nos ímpurram a necessidade de mudar as bazes do edifício social cm Portugal; os que louvam os traidores da pátria, e os que acham culpa em El Rey por elevar pessoas, que naõ saõ da classe da grandeza. He assim que, correndo em Londres a noticia, de que o Abbade Corrêa éra ehamado ao Rio-de-Janeiro, para Ministro de Estado, tiveram alguns biltres addictos á Embaixada Portugueza a iiripudencia de diz«-r, que o Abbade sóiiia para dizer missa a EI Rey. Porque se levantou esta mitipliona, seguiram logo outros a psalmodia, insinuando que o Abbade só sabia de sua botânica. Comparando, pois, todos estes factos, naõ nos resta a menor duvida, de q»ie o? principaes motores da revolução, se devem achar n'um partido aristocrático, que se lisongeava de poder dar aos negócios de Portugal a direcçaõ, que lhe aprouvesse, sem consultar a El Rey. Talvez um fidalgo, que manejasse as cousas por de traz da cortina, tivesse em vista ser o Presidente das Cortes ; mas jogando, como IA dizem, com páo de dous bicos, ir para o Rio-de-Janeiro a propor novos planos, quando as cousas naõ saíssem ao som de seu padár. Mas parecenos, que depois da confusão, que elles machinaram, os aristocratas se acharão completamente enganados. O partido popular sem duvida ficará décima; 1.° porque tem o talento de sua parte ; e segundo, porque o partido aristocrata naõ tem a menor consideração entre o povo.
Fig. 07 – O PODER ORIGINÀRIO LUSITANO, alheio e mudo, esquivava-se de qualquer protagonismo, ação o ideias de qualquer natureza, O que ele “devia saber” vinha dos rituais religiosos,, dos festejos populares e das prementes NECESIDADES BÀSICAS do DIA A DIA resolvidas nis escambos da feiras das aldeias.. Nestas condicionantes. acentuadas pela monarquia e e os corais da elite, o POVIO de PORTUGAL, aceitava e assimilava mal as ideais e que não tinha o suporte e sequência prática na vida material.. Na prática era mais um torvelinho das altas esferas politicas e cujas consequências desabavam num chuva de impostos, de quintos e de ordens absurdas. Evidente que em setembro de 2020 estes torvelinhos das altas esferas de Brasil continua a sua o mesmo processo de setembro de 1820
Esta nossa conjectura se corrobora com uma observação ; e he, que no plano da revolução, como apparaceo no Porto, naõ se admitte, nem a opinião daquelles, que recommendávam a separação de Portugal do Brazil; nem se lembra o outro absurdo caminho da sugeiçaõ a Castella ; que alguns ai vi tiistas tinham propalado. Temos ja em outros N.°» precedentes, exposto o irracionavel d'ambos estes partidos, que naõ tiveram seguito na revolução do Porto; mas ainda assim, os aristocratas, faltando pela bocado Dezernbargo do Paço, em sua Representação, insistem em que El Rey volte para Lisboa (o que sabem ser impossível nas conjuncturas actuaes) ou que maude o Príncipe Real. Isto claramente he lançar os fundamentos para futuras queixas ; e para passar a confusão também ao Brazil: mas, nisto, outra vez se acharão enganados os aristocratas, ainda que mandem o Conde de Palmella ao Rio-de-Jaueiro, para lá fomentar suas ideas ; por que El Rey naõ pôde negligencear os interesses geraes e permanentes da Monarchia, para attender ás vistas temporárias de •neiaduzia de famílias aristocratas, que, havendo por longo tempo pizado a naçaõ, lhes parece agora que poderão também P'w em El Rey. Sua Majestade terá sempre por si, como merece ' ** voto s da naçaõ ; o que se faz bem patente nesta mesma revolução. Seja-nos agora permittido fazer alguma ebservaçaõ, sobre a influencia, que terá no Brazil, a medida dos Governadores de Portugal convocarem as Cortes daquelle Reyno, com a precipitação, que fizeram, sem plano premeditado pelo Governo, e sem vistas do interesse geral da Monarchia. Se nas Côrtes de Portugal naõ entram Procuradores do Brazil, El Rev será o Soberano de ambos os Reynos, mas elles seraõ os os Reynos desunidos de Portugal e do Brazil; porquanto, uma vez que as medidas políticas em Portugal dimanem de suas Cortes, e no Brazil só d"El Rey, he impossível que haja a unidade de systema, sem a qual os dous Reynos só seraõ unidos de nome.
Domingos SEQUEIRA (1767-1837) Alegoria da Constituição de 1822
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alegoria_%C3%A0_Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1822_-_Domingos_Sequeira.png
Fig. 08 – A mitificação dos eventos das altas esferas - seja do trono ou dos temerários que se apropriam das chaves e códgos do poder central - continua a sua ação de obscurecer e mascarar as ideais dos promotores desta PROPAGANDA destes GOVERNOS. O PODER ORIGINÀRIO é iludido e anestesiado é convidado a ver e a aplaudir os espetáculos destas MITIFICAÇÕES que ele deverá pagar com suur, lágrmas e sangue.
Alem disto, os Brazilienses naõ poderão ver com olhos tranquillos, e sem natural ciúme, que seus con-vassallos em Portugal tenham Curtes, e naõ as haja no Brazil. Ora o estado de instrucçaõ no Brazil está bem longe de lhe permitt»r, que tenham lá Cortes como as de Portugal. Exemplo, a difticuldade, que tem havido na America Hespanhola, de achar homens capazes de formar governos btm organizados : todos se suppóem políticos; todos arrostam com os negócios do Estado; e ninguém ou quasi ninguém ha com assas conhecimentos da sciencia de Governo, para dará devida direcçaõ aos negócios públicos. Estas consideraçoens saõ da mais transcendente importância, para a tranquillidade do Brazil.
Domingos SEQUEIRA (1767-1837) Alegoria da Constituição de 1822
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alegoria_%C3%A0_Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1822_-_Domingos_Sequeira.png
Detahe
http://anonimosecxxi.blogspot.com/2013/01/alegoria-constituicao.html
Fig. 09 – As duas figuras laterais - da pintura da “ALEGORIA da CONSTITUIÇAO” de Domingos SEQUEIRA - estão livrando o seu ROSTO das MÀSCARAS do PASSADO de farsas e festejos. Não querem acreditar e aceitar a sua própria natureza Quando, em setembro de 2020, toda a população é obrigada a usar máscara contra um inesperado vírus mortal, as elites fazem questão de ignorar esta necessidade básica e disseminam este vírus letal sem ética e constrangimento pelas consequências que provocam.
O exemplo de Portugal, e as ideas do nosso século a favor das formas representativas de Governo, devem necessariamente mover os espíritos no Brazil, que naõ tendo, como fica dicto, assas fundamentos, caso adquira o poder de obrar, só produzirá confusão e calamidades. Parece-nos, logo, que o remédio devia ser a adopçaõ de medidas taes, que satisfazendo de algum modo a opinião geral, dessem aos povos instituiçoens constitucionaes moderadas, adaptadas ao estado de civilização e instrucçaõ do paiz, deiiando a sua desenvoluçaõ para o diante, seguindo os progressos da instrucçaõ do povo. O Governo, e mais ninguém, pôde fazer isto; porque uma vez que a reforma naõ seja iniciada e conduzida pelo mesmo Governo, mas sim deixada aos accasos da commoçaõ, ninguém pode segurar a moderação, nem ainda prever os resultados, que produzirá a confusão, uo meio da concussaõ dos partidos, e das desordens da anarchia. Quando, porém, assim falíamos, sobre as medidas convenientes, para conservar unidos os Reynos de Portugal e Brazil, temos em vista o interesse de Portugal, e do Soberano, que o he de ambos aquelles Estados; porque quanto ao Brazil, elle naõ mais, nem tanto, necessita de Portugal, do que os EstadosUnidos precisam da Inglaterra. Portanto o Correio Braziliense deve ser propriamente entendido, em seus desejos patrióticos, que naõ saõ de certo guiados por prejuízos locaes. Se o Brazil nada precisa de Portugal, com tudo he em sua honra, que seu Rey continue a sêllo também de Portugal; assim desejáramos, que uma vez que os Governadores de Portugal se portaram como se tem portado, e saõ convocadas as Cortes, taes instituiçoens se adoptassem, que fossem favoráveis á verdadeira, e naõ nominal, uniaõ dos dous Reynos, e que naõ causassem ciúmes de uma parte ou d'outra, para que assim a uuiaõ fosse permanente.
http://www.arqnet.pt/portal/portugal/liberalismo/const822.html
Fig. 10 – A estetização, a ostentação e propaganda da CONSTITUIÇÂO de 1822 de Portugal desconsiderava e tomavam um caminho lusitano independente do BRASIL. A resposta do BRASIL não podia ser diferente do que também e por sua vez, buscar e firmar o processo da sua soberania. Este movimento e processo era irreversível no Brasil da época. O GRITO do IPIRANGA foi recuperado 67 anos depois e mitificado, por sua vez, pelos BARÔES do CAFÉ, Este temiam o surgimento da figura do REGIME REUBLICANO, Diante desta ameaça apostaram na mitificação como central deste acidente secundário. Com as luzes da madrugada do “BAILE da ILHA FISCAL” de 1889 viram a sua realidade das honrarias de latão como insustentáveis, os títulos da posse de suas peças escravas inúteis e as suas propriedades em taperas a beira da estrada real.
[Clique sobre a figura para ler o texto]
Acabamos de ler em um escripto Portuguez, que a independência de Portugal do Brazil, como estado separado, éra inadmissível; porque " por sua posição e forças, comparativamente pequenas, seria constantemente um boneco ou em maõs de um protector, ou de um rival." Esta proposição he a que temos demonstrado em alguns dos nossos N.os precedentes. Do Brazil naõ se pôde dizer o mesmo ; mas ainda assim insistimos no grande decoro dessa uniaõ dos dous Reynos, e por isso, e nnõ por prejuízos locaes, outra vez repetimos, deseja iramos ver adopladas taes instituiçoens políticas, que abrangessem os interesses de ambos os Estados, e que assim os ligassem em um só corpo politico, que se pudesse naõ só chamar, mas de facto considerar, como Reyno Unido. Quanto mais instituiçoens diversas se estabelecerem em amhos os Estados, quanto menor será sua uniaõ : a diversidade de instituiçoens políticas, principalmente as essenciaes, naõ pôde deixar de oceasionar diversidade de character, de interesses e de máximas ; e dous povos, ainda que sugeitos ao mesmo Soberano colocados em taes circumstancias, he impossível que continuem unidos por longo tempo. A Juncta Provisória saio do Porto aos 14 do Septembro, deixando ali três de seus Membros encarregados do Governo; e partio para Coimbra, aonde se ajunctavam as tropas, que haviam marchar sobre Lisboa. Achavam-se estas forças divididas em dous exércitos, que, segundo as noticias do Porto se distribuíam da maneira seguinte :— Primeiro Exercito. Commandante era chefe, Cabreira. D." em Segundo, Sepulveda. Infanteria; N.o»6; 11 ; 18; 22. Cavallaria, parte do N.° 6, e 9. Caçadores, N.° 6 ; 9 ; 13 ; 11. Artilhería parte de N." 4. Milícia do Districto. Segundo Exercito. Commandante em chefe, Gaspar Teixeira D.° em Segundo, Lacerda. Infanteria, N.os3: 9; 12 ; 21 ; 23 ; 24 Cavallaria, parte de 2; 6 ; e 12. Caçadores, 7 : 8; 12. Artilhería, parte de N." 4. Milicias da Beira. Salinas de Setúbal. A portaria dos Governadores de Portugal, que publicamos a p. 220 prova indubitavelmente a ignorânci
As noticias ainda quentes. Recolhidos nas paginas do jurnas britânicos modstram os militares ssmindo o papela que certamente vinham de outras fontes longamente contolados POLÍTICA, SOCIAL e. ECONÔMICAMENTE.
Juramento da Constituiççoa de 1822 gravura de Constanto de Fontes Fig. 11 – O texto CONSTITUIÇÂO de 18220 era fiel a hierarquia básica estabelicada na PRIMEIRA PROCLAMAÇÃO da REVOLUÇAO iniciada no cidade do PORTO em 24 de agosto de 1820. Dom João VI perdia o seu título monárquico absoluto no seu JURAMERNTO em 1822 passando a ter funções legais conhecidas sendo uma figura com funções e contratadas dentro do ESTADO LUSIRANO De fato Dom João VI entedia, soube respeitar e vinha seguindo estas normativas no meio dos turbilhões de ideias e praticas administrativas precedidas pela REVOLIUÇAO INGLESA, a NORTE AMERICANA e FRANCEA que chegaram antes ao patamar constitucional
Em setembro de 1820 a ECONOMIA LUSITANA era inteiramente dependente da vontade e interesses britânicas. Na POLÍTICA fervilhavam as ideias e os ideais das revoluções americana e francesa severamente reprimidas como LESA MAJESTADE, em Portugal e no Brasil, SOCIALMENTE a população submetida à nobreza e a religião controlada pela MESA da CONSCIÊNCUA. Os resquícios da memória da INQUISIÇAO estava atentas às heresias ou veleidades, escapismos alimentado pela miséria e a submissão a padrões de comportamento impostos de cima para baixo
O que restava era o EXÉRCITO. No entanto ele estava nas mãos do temido e implacável Marechal BERESFORT, que esrtava. na ocasião da REVOLUÇÂO, de viagem ao Brasil onde sus visita causava um enorme desconforto.
Em setembro de 2020 estas velhas cracas SOCIAS, POLÍTICAS e ECONÔMICAS aumentaram a sua virulência, apetite e meios de desqualificar, paralisar e aniquilar qualquer voz discordante do estatutos, dos protocolos e rotinas controladas que os abonados
CORREIO do POVO ANO 125 Nº 341 foto dia 05.09.2020 - Fila na chuva para auxílio emergencial no Bairro Sarandi Porto Alegre RS
Fig. 12 – Em setembro de 2020 uma imagem das muitas e longas filas do POVIO do BRASIL mostra os efeitos do POPULISMO ENDÊMICO no qual os ricos deixam cair algumas migalhas dos seus negócios bilionários. Evidente que constitui uma piada, de mau gosto, falar em LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE quando os abismos econômicos, sociais e educacionais se escancaram e crescem dia a dia entre castas de privilegiados e aqueles que vivem da caridade
A população brasileira de setembro de 2020 pode TER MAIS COISAS do que o povo de Setembro de 1820. No entanto quanto ao SER a SOBERANIA de deliberar e decidir é infinitamente mais frágil do que do povo de setembro de 1820. Naquela época a população estava mais próxima da NATUREZA do que hoje. Em setembro de 2020 esta NATUREZA está próxima do COLAPSO e dando sinais evidentes de esgotamento. O que restou está a mercê de poderosas forças econômicas, técnicas e governamentais nas mãos de cada vez menos pessoas.
Tudo isto sempre foi, e continua sendo, praticado SEM GRITOS e na MAIOR SURDINA para não acordar os gansos da consciência, da mídia e do espaço público. Este modo SILENCIOSO de AGIR permite TORCER a HISTÓRIA para os mais absurdo interesses.
FONTES.
REVOLUÇÂO de 24 de agosto de 1820 no PORTO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_liberal_do_Porto
=
https://escolaeducacao.com.br/revolucao-do-porto/
+
https://conhecimentocientifico.r7.com/como-a-revolucao-liberal-do-porto-acabou-com-absolutismo-em-portugal/
O SINÈDRIO e a MAÇONARIA
https://www.banquetemaconico.com.br/o-sinedrio-e-a-maconaria-em-portugal/
+
https://www.freemason.pt/secmaconaria/historia/maconaria-inquisicao-portuguesa-perseguicao-macom-hipolito-jose-costa/
Domingos Antônio de Siqueira o LUZITANO - Povo pede retorno do rei - Lisboa 17.12.1813
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html#f3001_amp.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_Sequeira
+ SOPA dos POBRES em RROIOS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopa_dos_Pobres_em_Arroios_(Domingos_Sequeira)
Pedro de SOUSA de HOLSTEIN (1781-1850) Duque de PALMELLA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Sousa_Holstein,_1.%C2%BA_Duque_de_Palmela
na Revolução do Porto
WLLIAM CARR BERESFORD
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford
Domingos SQUEIRA (1768-1837)
https://acervo.publico.pt/culturaipsilon/noticia/sequeira-o-pintor-a-quem-portugal-nunca-chegou-1719017
http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/448-pedro-de-sousa-e-holstein-duque-de-palmela
O HISTORIADOR ANTONIOda SILVA GAIO e as sucessivas revoluç~ões portugueses de seéculo XIX até 1870
https://www.triplov.com/novaserie.revista/numero_17/joao_silva_sousa/index.html
NARRATIVA
https://www.esquerda.net/en/artigo/24-de-agosto-de-1820-uma-revolucao-inacabada/69855
A INERCIA de um GOVERNANTE do BRASIL de 2020
https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADtica/bolsonaro-chama-governadores-e-prefeitos-de-projetos-de-ditadores-nanicos-1.476053
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