quarta-feira, 7 de agosto de 2013

NÃO FOI no GRITO 078.




BRASIL:
Do OIAPOQUE ao CHUI. 

Fig  01 – Os fuzileiros navais entram em ação na tomada de Caiena em 1809. A ocupação da Guina Francesa foi um resposta à ocupação militar de Portugal  e Lisboa pelas tropas  napoleônicas


O Brasil Colônia reproduziu no seu território as sementes que recebeu da civilização Ibérica. O Império foi responsável pela unidade nacional e o esboço de suas fronteiras nacionais mantidas e consolidadas pelo Regime Republicano.

Segundo o Correio Braziliense, de agosto de 1813, projeto deste território deveria ir do Rio da Prata ao Amazonas. Se na fronteira Sul o Brasil perdeu as margens do Prata, em compensação, no Norte, ultrapassou amplamente o imensa foz amazônica incorporando toda calha norte deste portentoso rio.

Fig  02 – A antiga posse francesa é a única das três guianas que continua com vínculos administrativos com um pais europeu. Ela faz parte da imensa planície costeira amazônica e continua controlada politica e administrativamente  a partir de Caiena tomada em 1809 pelo fuzileiro navais brasileiros. Em agosto de 2013 ela é uma parte da comunidade europeia  na América.
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 O mesmo Correio Braziliense, de agosto de 1813, mostra, inclusive, porque o Brasil avançou além do Oiapoque e ocupou militarmente a Guiana Francesa. Se esta ação militar foi uma resposta a Invasão de Lisboa pelas tropas napoleônicas, o Brasil estava bem consciente que viria a paz almejada por todos. Como esta paz de fato veio, esta colônia voltou para França logo após os tratados de Viena.

Augustin François César Prouvençal de Saint Hilaire (1779-1853)
Fig  03 – O cientista francês trouxe para o exuberante e entrópico mundo vegetal a mentalidade comandada pela RAZÃO a serviço da era industrial prospectando em todo planeta insumos de laboratórios e para linhas de produção da era industrial. A coleta, descrição, arquivo forneciam informações racionais tanto  para o seu cultivo estético, medicinal ou alimentar.

As tratativas diplomáticas trouxeram diversas oportunidades ao Brasil. Os estudos regionais para dar corpo a este tratado de Viena trouxeram, em 1816,  o experiente botânico Augustin Saint Hilaire ao Brasil e permitiu intercâmbio de espécies vegetais já aclimatadas pelos franceses ao continente americano. Esta aclimatação já estava em curso, como o cafeeiro[1] e sua entrada no Brasil, em 1727, via Caiena. Com esta intervenção o atual estado do Amapá consolidou fisicamente para o Brasil o seu território [142.814km²] quase do tamanho geográfico do Uruguai [172.220 km²] e próximo de duas vezes o de Portugal [92.090km²] continental ibérico

http://www.guiademidia.com.br/acessar-ji.htm?http://www.blada.com/
Fig  04 – O desolado e  monótono litoral das Guianas da qual Caiena não exceção. A Guiana Francesa constitui mais uma extensão territorial colonial europeia e sem voz soberana e parcos meios de conquista-la, e mantê-la nas condições atuais..

Este evento da ocupação da Guiana Francesa, de 1809  até 1816, constitui a narrativa e falam por si mesmos os  argumentos do CORREIO BRAZILIENSE, de  AGOSTO 1813, vol. XI. Nº 63, na sua Miscelânea, das pp. 322 até 324.

NOTICIAS do BRAZIL.
S. A. R. o Principe Regente de Portugal acaba de mandar estabelecer na Cayenna um Regulamento, intimado por uma proclamaçaõ' do Primeiro Magistrado naquella Colônia, que tem o titulo de Intendente e pelo qual se confiscam oi bens daquelles Francezes, que, naõ querendo sugeitar-se ao Governo de S. A. R. fôram residir, ou ja residiam em paizes inimigos, ajunrtando-se a isto varias disposiçoens collateraes, para pôr em devida execução aquelle Regulamento.

Naõ pôde duvidar-se do justo titulo, que a conquista daquelle pais de o a S. A. R. para poder tomar similhante medida, a qual, longe de imitar o procedimento de Napoleaõ, quando entrou em Portugal a pretexto de amigo, e obrigou os habitantes a resgatar as suas propriedades; mostra uma moderação, dignidade, e grandeza d'alma e que fazem summa honras a S. A. R. o Príncipe Regente.

BENOIT Pierre- Jacques 1782 - 1854  Povoada indígena da  GUIANA
Fig  05 – Os  primitivos habitantes denominam como as terras cujo nome era tabu e não podia ser pronunciado. A ua cultura estava entre a coleta dos produtos naturais e formas primitivas de pesca e de caça. Nas suas constantes migrações não houve investimentos numa arquitetura sedentária. Disto sã testemunhos sua cabanas primitivas com os materiais vegetais da região.

Notamos lambem nisto unia circunstancia, que nos pareceo interessante; - he, a ca. sa que se alega para esta medida| a saber • a necessidade de obter o dinheiro necessário, para manter os estabelecimentos públicos do paiz; para o que se diz, que naõ saõ bastantes os rendimentos provenientes dos tributos, que se acharam estabelecidos naquella colônia « e os sentimentos de clemência de S. A. R. que naõ deseja gravar aquelles provo» com impostos novos, que seriam aliás precisos para suprir ao déficit existente.

BENOIT Pierre- Jacques 1782 - 1854-  Escravo fugitivo da  GUIANA em 1839
http://www.abebooks.com/book-search/author/benoit-pierre-jacques-1782-1854/page-1/
Fig  06 –  As intensas florestas e  os cursos de aguas e igarapés forneciam caminho sem pistas e abundante pesca e caça para os escravos afros que fugiam do cativeiro. Ao mesmo tempo a defesa do litoral pelos colonizadores impedia os navios negreiros de outras nações recapturá-los e revende-los. Sentiam-se particularmente seguros  a Guina Francesa, que apesara dos escassos recursos técnicos e naturais não atraiam exploradores agrícolas europeus

De naõ ter S. A. R. declarado ainda o território da Cayenna, parte integrante de seus Estados, junctamente com esta circunstancia de dispor de certas propriedades para occurrer ás despezas publicas, deduzimos a conclusão, de que o Governo do Brazil naõ está decidido a annexar permanentemente aquelle território aos demais domínios de Portugal • do contrario, cuidaria em procurar rendimentos permanentes, para occurrer a despezas annuaes.

Como esta supposiçaõ convém perfeitamente com as nossas ideas; conjecturamos que o Governo do Brazil reserva esta conquista, para com ella obter algum equivalente ou vantagens no tempo da negociação da paz geral: e este plano nos parece mui acertado.

Naõ faltarão certamente homens que aconselhem o contrario e ja porque o seu interesse particular os leve a desejar manter a autoridade que possuam naquella colônia; ja porque intentem fazer ali estabelicimentos; ja porque se offusqueiii com as ideas de uma gloria mal entendida do augmento de território.



Fig  07 – As costas da Guina Francesa sujeitas as fortes movimentos das  marés e a imensa plataforma marítima rasa, dificultam a aproximação e atracação de navios de alto calado. Assim exigia grande perícia prática e se constituírem wm  portos internacionais,
Veja o tema visto do lado brasileiro em dezembro de 2012

Porém todo o Politico imparcial, que conhecer a extensão da máxima de que a grandeza dos Estados naõ depende somente da quantidade do terreno, principalmente quando este lhe deserto, naõ terá dificuldade em resolver esta questão sobre a Cayenna.

O território do Brazil he de tal vastidão, que dá amplo emprego para um Governo activo e inteligente, que o deseje aproveitar como elle merece i e largos annos, na verdade largos séculos, se passarão, antes que a sua população exija augmento de território.

Os rios da Prata, e dos Amazonas saõ os limites mais decididos, e formam as fronteiras mais defensiveis ao Brazil, que he possível conceber: territórios além destes rios, em vez de distinguir, confundiriam as demarcaçoens; em vez de servir de defensa, dariam occasiaõ a intrigas e communicaçoens illicitas com os vizinhos • em vez de segurança seriam motivos de discórdia.

Google Earth
Fig  08 – A antiga posse francesa é a única das três guianas que continua com vínculos administrativos com um pais europeu. Ela faz parte da imensa planície costeira amazônica controlada a partir de Caiena. Em agosto de 2013 ela é uma parte da comunidade europeia  na América.


Quanto à gloria da nova arquisiçaõ; parece-nos que basta o esplendor da conquista; e as vantagens, que-podem resultar de sua cessaõ ao tempo da paz. A verdadeira gloria de um Estado deve consistir na prosperidade e felicidade dos subditos nu interior, e no respeito e bom nome para com os Estados Estranho*. Toda a outra gloria.; assim como naõ produz beneficio solido assim se desvanece como o fumo.

Google Earth
Fig  09– Um totem contemporâneo numa releitura de temas locais, ampliação e uso de materiais industriais. Como Guiana continua sendo um território dependente e na heteronomia simbólica, econômica e política  direta do mundo europeu não há sentido desenvolver qualquer busca como o fez na América.com muito eficácia o Estado soberano do Uruguai


O Brazil o que menos necessita he de terreno ; o que mais precisa lie uma população proporcional; e composta de gente que sirva a melhorar a casta, que presentemente ali habita ;e melhoralla tanto phisica como moralmente. Conhecemos bem, que este melhoramento se naõ pôde fazer com remédios parciaes, e para assim nos explicar-mos de remendos; he necessário u» plano seguido, combinado. extenso- e executado com braço vigoroso. Se assim se obrasse, dentro em 30 annos aquelle paiz mudaria de face ; evitaria a necessidade de importação de Africanos, que produzem uma inevitável mixtura physica, e moral na população; o que he um dos maiores entraves aos melhoramentos que se necessitam. A aquisição, logo, de mais territórios alem de inútil, serviria de divertir a attençaõ do Governo para objectos differentes do qne mais importa.

http://www.guiademidia.com.br/acessar-ji.htm?http://www.blada.com/
Fig  10 – O general Charles De Gaulle (1890-1970) tomou a decisão de estabelecer o centro espacial francês na região de Kouru no litoral ao norte de Caiena . Os foguetes Ariane obtêm um razoável desempenho no lançamentos de satélites europeus. O local permite uma economia de 30% de energia devido a sua localização próximo do Equador

Agora só resta desejar, que ao tempo da paz S. A. R* tenha na Europa providenciado deante maõ, quem faça valer esta conquista da Cayenna, e naõ deixe ir pela água abaixo os seus interesses, como tem acontecido em muitas occasioens ; e modernamente na pai d' Amiens. Nós temos a este respeito mais informaçoens do que pede a prudência, que se communiquem ; e assaz temos soffrido, pelo que soubemos, ainda sem nada dizer, a respeito das nefastas transacçoens do anno de 1802. Limitamo-nos portanto a dizer outra vez, que desejamos qne S. A. R. tenha na Europa algum homem de intelligencia, e de quem se possa fiar, quando inesperadamente se tractar de paz ; porque esse momento ha de chegar um dia ou outro.

Fig  11 – Do lado brasileiro os vestígios de uma ocupação humana pré histórica no território do estado do Amapá. A ocupação da região incluindo a Guiana Francesa foi realizada por diversas etnias indígenas onde se alternavam grupos com alta cultura como aquela da Ilha do Marajó, Inclusive esta da
 imagem são líticas e apresentam certas semelhanças com as de Stonehenge

O território do Amapá acompanhou a independência brasileira em 1822. Emancipado do Estado do Pará e declarado Estado Nacional pela Constituição de 1988 tornou-se efetivo em 1991. Contudo ao longo do regime colonial este sob o controle lusitano e que ali construíram e mantiveram um equipado e custoso forte em Macapá, a sua atual capital.


Fig  12 – Uma das fortalezas lusitanas no atual Amapá. Faz parte da linha de casamatas que protegiam o território colonial brasileiros em todas as fronteiras.  Caídas em desuso com a abertura dos portos pouca sobreviveram quando  perderam a sua função especifica. Cercadas de segredos militares desde a escolha do lugar, sua construção até a sua manutenção também deixaram documentos muito desproporcionais ao papel que representaram durante três séculos.
A abertura dos portos em 1808, ainda que unilateral,  representava não só o final prático do regime colonial brasileiros, mas o declínio do imenso esforço de construções de fortes militares que cercavam e tornavam o território brasileiro fechado a qualquer olhar externo. O declínio deste esforço sepultou projetos, técnicas e profissionais e que como Francisco de Holanda foram buscar em Roma com Miguel Ângelo e uma legião de profissionais. Profissionais que eram protegidos e cujas atividades eram escondidas como hoje são os profissionais da conquista do espaço, biogeniticistas e da vanguarda numérica digital.

FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS



CORREIO BRAZILIENSE -  AGOSTO 1813, vol. XI. Nº 63




OCUPAÇÂO da GUIANA  FRANCESA 1809-1817



Guerras napoleônicas


Batismo de fogo dos Fuzileiros Navais Brasileiros - 1809



Documentos da Ocupação da Guiana Francesa


MAPAS



PRETEXTO LIMITES para a PRESENÇA de SAINT-HILAIRE no BRASIL  1816-1822


Jardim Botânico do Rio de Janeiro


 AMAPÁ


URUGUAI


BENOIT Pierre-Jacques 1782 – 1854






JORNAIS 2013 da GUIANA FRANCESA





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