BRASIL:
Do OIAPOQUE ao CHUI.
Fig 01 –
Os fuzileiros navais entram em ação na tomada de Caiena em 1809. A ocupação
da Guina Francesa foi um resposta à ocupação militar de Portugal e Lisboa pelas tropas napoleônicas
O Brasil Colônia reproduziu
no seu território as sementes que recebeu da civilização Ibérica. O Império foi
responsável pela unidade nacional e o esboço de suas fronteiras nacionais
mantidas e consolidadas pelo Regime Republicano.
Segundo o Correio Braziliense,
de agosto de 1813, projeto deste território deveria ir do Rio da Prata ao
Amazonas. Se na fronteira Sul o Brasil perdeu as margens do Prata, em
compensação, no Norte, ultrapassou amplamente o imensa foz amazônica
incorporando toda calha norte deste portentoso rio.
Fig 02 – A
antiga posse francesa é a única das três guianas que continua com vínculos
administrativos com um pais europeu. Ela faz parte da imensa planície
costeira amazônica e continua controlada politica e administrativamente a partir de Caiena tomada em 1809 pelo
fuzileiro navais brasileiros. Em
agosto de 2013 ela é uma parte da comunidade europeia na América.
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O mesmo Correio Braziliense, de agosto de
1813, mostra, inclusive, porque o Brasil avançou além do Oiapoque e ocupou
militarmente a Guiana Francesa. Se esta ação militar foi uma resposta a Invasão
de Lisboa pelas tropas napoleônicas, o Brasil estava bem consciente que viria a
paz almejada por todos. Como esta paz de fato veio, esta colônia voltou para
França logo após os tratados de Viena.
Augustin
François César Prouvençal de Saint Hilaire (1779-1853)
Fig 03 – O
cientista francês trouxe para o exuberante e entrópico mundo vegetal a
mentalidade comandada pela RAZÃO a serviço da era industrial prospectando em
todo planeta insumos de laboratórios e para linhas de produção da era
industrial. A coleta, descrição, arquivo forneciam informações racionais
tanto para o seu cultivo estético,
medicinal ou alimentar.
As tratativas diplomáticas
trouxeram diversas oportunidades ao Brasil. Os estudos regionais para dar corpo
a este tratado de Viena trouxeram, em 1816,
o experiente botânico Augustin Saint Hilaire ao Brasil e permitiu
intercâmbio de espécies vegetais já aclimatadas pelos franceses ao continente
americano. Esta aclimatação já estava em curso, como o cafeeiro[1] e sua
entrada no Brasil, em 1727, via Caiena. Com esta intervenção o atual estado do
Amapá consolidou fisicamente para o Brasil o seu território [142.814km²] quase do
tamanho geográfico do Uruguai [172.220 km²] e próximo de duas vezes o de Portugal [92.090km²]
continental ibérico
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Fig 04 – O
desolado e monótono litoral das Guianas
da qual Caiena não exceção. A Guiana Francesa constitui mais uma extensão
territorial colonial europeia e sem voz soberana e parcos meios de
conquista-la, e mantê-la nas condições atuais..
Este evento da ocupação da Guiana
Francesa, de 1809 até 1816, constitui a
narrativa e falam por si mesmos os argumentos do CORREIO BRAZILIENSE, de AGOSTO 1813, vol. XI. Nº 63, na sua Miscelânea, das pp.
322 até 324.
NOTICIAS do BRAZIL.
S. A. R.
o Principe Regente de Portugal acaba de mandar estabelecer na Cayenna um
Regulamento, intimado por uma proclamaçaõ' do Primeiro Magistrado naquella
Colônia, que tem o titulo de Intendente e pelo qual se confiscam oi bens
daquelles Francezes, que, naõ querendo sugeitar-se ao Governo de S. A. R. fôram
residir, ou ja residiam em paizes inimigos, ajunrtando-se a isto varias
disposiçoens collateraes, para pôr em devida execução aquelle Regulamento.
Naõ pôde duvidar-se do justo titulo, que a conquista
daquelle pais de o a S. A. R. para poder tomar similhante medida, a qual, longe
de imitar o procedimento de Napoleaõ, quando entrou em Portugal a pretexto de
amigo, e obrigou os habitantes a resgatar as suas propriedades; mostra uma
moderação, dignidade, e grandeza d'alma e que fazem summa honras a S. A. R. o
Príncipe Regente.
BENOIT Pierre- Jacques 1782 - 1854 Povoada indígena da GUIANA
Fig 05 –
Os primitivos habitantes denominam como
as terras cujo nome era tabu e não podia ser pronunciado. A ua cultura
estava entre a coleta dos produtos naturais e formas primitivas de pesca e de
caça. Nas suas constantes migrações não houve investimentos numa arquitetura
sedentária. Disto sã testemunhos sua cabanas primitivas com os materiais
vegetais da região.
Notamos lambem nisto unia circunstancia, que nos
pareceo interessante; - he, a
ca. sa que se alega para esta medida| a saber • a necessidade de obter o
dinheiro necessário, para manter os estabelecimentos públicos do paiz; para o
que se diz, que naõ saõ bastantes os rendimentos provenientes dos tributos, que
se acharam estabelecidos naquella colônia « e os sentimentos de clemência de S.
A. R. que naõ deseja gravar aquelles provo» com impostos novos, que seriam aliás
precisos para suprir ao déficit existente.
BENOIT Pierre- Jacques 1782 - 1854- Escravo fugitivo da GUIANA em 1839
http://www.abebooks.com/book-search/author/benoit-pierre-jacques-1782-1854/page-1/
Fig 06 – As intensas florestas e os cursos de aguas e igarapés forneciam
caminho sem pistas e abundante pesca e caça para os escravos afros que fugiam
do cativeiro. Ao mesmo tempo a defesa do litoral pelos colonizadores
impedia os navios negreiros de outras nações recapturá-los e revende-los.
Sentiam-se particularmente seguros a
Guina Francesa, que apesara dos escassos recursos técnicos e naturais não
atraiam exploradores agrícolas europeus
De naõ ter S. A.
R. declarado ainda o território da Cayenna, parte integrante de seus
Estados, junctamente com esta circunstancia de dispor de certas propriedades
para occurrer ás despezas publicas, deduzimos a conclusão, de que o Governo do
Brazil naõ está decidido a annexar permanentemente aquelle território aos
demais domínios de Portugal • do contrario, cuidaria em procurar rendimentos
permanentes, para occurrer a despezas annuaes.
Como esta supposiçaõ convém perfeitamente com as
nossas ideas; conjecturamos que o Governo do Brazil reserva esta conquista,
para com ella obter algum equivalente ou vantagens no tempo da negociação da
paz geral: e este plano nos parece mui acertado.
Naõ faltarão certamente homens que aconselhem o
contrario e ja porque o seu interesse particular os leve a desejar manter a
autoridade que possuam naquella colônia; ja porque intentem fazer ali
estabelicimentos; ja porque se offusqueiii com as ideas de uma gloria mal
entendida do augmento de território.
Fig 07 – As
costas da Guina Francesa sujeitas as fortes movimentos das marés e a imensa plataforma marítima rasa,
dificultam a aproximação e atracação de navios de alto calado. Assim exigia
grande perícia prática e se constituírem wm portos internacionais,
Veja o tema visto do
lado brasileiro em dezembro de 2012
Porém todo o Politico imparcial, que conhecer a
extensão da máxima de que a grandeza dos Estados naõ depende somente da
quantidade do terreno, principalmente quando este lhe deserto, naõ terá
dificuldade em resolver esta questão sobre a Cayenna.
O território do Brazil he de tal vastidão, que dá
amplo emprego para um Governo activo e inteligente, que o deseje aproveitar
como elle merece i e largos annos, na verdade largos séculos, se passarão,
antes que a sua população exija augmento de território.
Os rios da Prata, e dos Amazonas saõ os limites mais
decididos, e formam as fronteiras mais defensiveis ao Brazil, que he possível
conceber: territórios além destes rios, em vez de distinguir, confundiriam as
demarcaçoens; em vez de servir de defensa, dariam occasiaõ a intrigas e communicaçoens
illicitas com os vizinhos • em vez de segurança seriam motivos de discórdia.
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Fig 08 – A
antiga posse francesa é a única das três guianas que continua com vínculos
administrativos com um pais europeu. Ela faz parte da imensa planície costeira
amazônica controlada a partir de Caiena. Em agosto de 2013 ela é uma parte
da comunidade europeia na América.
Quanto à gloria da nova arquisiçaõ; parece-nos que
basta o esplendor da conquista; e as vantagens, que-podem resultar de sua
cessaõ ao tempo da paz. A verdadeira gloria de um Estado deve consistir na
prosperidade e felicidade dos subditos nu interior, e no respeito e bom nome
para com os Estados Estranho*. Toda a outra gloria.; assim como naõ produz
beneficio solido assim se desvanece como o fumo.
Google Earth
Fig 09– Um
totem contemporâneo numa releitura de temas locais, ampliação e uso de
materiais industriais. Como Guiana continua sendo um território dependente
e na heteronomia simbólica, econômica e política direta do mundo europeu não há sentido desenvolver
qualquer busca como o fez na América.com muito eficácia o Estado soberano do
Uruguai
O Brazil o que menos necessita he de terreno ; o que
mais precisa lie uma população proporcional; e composta de gente que sirva a
melhorar a casta, que presentemente ali habita ;e melhoralla tanto phisica como
moralmente. Conhecemos bem, que este melhoramento se naõ pôde fazer com
remédios parciaes, e para assim nos explicar-mos de remendos; he necessário u»
plano seguido, combinado. extenso- e executado com braço vigoroso. Se assim se
obrasse, dentro em 30 annos aquelle paiz mudaria de face ; evitaria a
necessidade de importação de Africanos, que produzem uma inevitável mixtura
physica, e moral na população; o que he um dos maiores entraves aos
melhoramentos que se necessitam. A aquisição, logo, de mais territórios alem de
inútil, serviria de divertir a attençaõ do Governo para objectos differentes do
qne mais importa.
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Fig 10 – O
general Charles De Gaulle (1890-1970) tomou a decisão de estabelecer o centro
espacial francês na região de Kouru no litoral ao norte de Caiena . Os
foguetes Ariane obtêm um razoável desempenho no lançamentos de satélites
europeus. O local permite uma economia de 30% de energia devido a sua
localização próximo do Equador
Agora só resta desejar, que ao tempo da paz S. A. R*
tenha na Europa providenciado deante maõ, quem faça valer esta conquista da
Cayenna, e naõ deixe ir pela água abaixo os seus interesses, como tem
acontecido em muitas occasioens ; e modernamente na pai d' Amiens. Nós temos a
este respeito mais informaçoens do que pede a prudência, que se communiquem ; e
assaz temos soffrido, pelo que soubemos, ainda sem nada dizer, a respeito das
nefastas transacçoens do anno de 1802. Limitamo-nos portanto a dizer outra vez,
que desejamos qne S. A. R. tenha na Europa algum homem de intelligencia, e de
quem se possa fiar, quando inesperadamente se tractar de paz ; porque esse
momento ha de chegar um dia ou outro.
Fig 11 –
Do lado brasileiro os vestígios de uma ocupação humana pré histórica no
território do estado do Amapá. A ocupação da região incluindo a Guiana
Francesa foi realizada por diversas etnias indígenas onde se alternavam grupos
com alta cultura como aquela da Ilha do Marajó, Inclusive esta da
imagem são líticas e apresentam certas
semelhanças com as de Stonehenge
O território do Amapá acompanhou a
independência brasileira em 1822. Emancipado do Estado do Pará e declarado
Estado Nacional pela Constituição de 1988 tornou-se efetivo em 1991. Contudo ao
longo do regime colonial este sob o controle lusitano e que ali construíram e
mantiveram um equipado e custoso forte em Macapá, a sua atual capital.
Fig 12 –
Uma das fortalezas lusitanas no atual Amapá. Faz parte da linha de casamatas
que protegiam o território colonial brasileiros em todas as fronteiras. Caídas em desuso com a abertura dos portos pouca
sobreviveram quando perderam a sua
função especifica. Cercadas de segredos militares desde a escolha do lugar, sua
construção até a sua manutenção também deixaram documentos muito desproporcionais
ao papel que representaram durante três séculos.
A abertura dos portos em
1808, ainda que unilateral, representava
não só o final prático do regime colonial brasileiros, mas o declínio do imenso
esforço de construções de fortes militares que cercavam e tornavam o território
brasileiro fechado a qualquer olhar externo. O declínio deste esforço sepultou
projetos, técnicas e profissionais e que como Francisco de Holanda foram buscar
em Roma com Miguel Ângelo e uma legião de profissionais. Profissionais que eram
protegidos e cujas atividades eram escondidas como hoje são os profissionais da
conquista do espaço, biogeniticistas e da vanguarda numérica digital.
FONTES NUMÈRICAS
DIGITAIS
CORREIO
BRAZILIENSE - AGOSTO 1813, vol. XI. Nº
63
OCUPAÇÂO
da GUIANA FRANCESA 1809-1817
Guerras
napoleônicas
Batismo
de fogo dos Fuzileiros Navais Brasileiros - 1809
Documentos
da Ocupação da Guiana Francesa
MAPAS
PRETEXTO
LIMITES para a PRESENÇA de SAINT-HILAIRE no BRASIL 1816-1822
Jardim
Botânico do Rio de Janeiro
AMAPÁ
URUGUAI
BENOIT Pierre-Jacques 1782 – 1854
JORNAIS
2013 da GUIANA FRANCESA
NÃO
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