De MAIO de 1812 até
MAIO de-2012:
MUDARAM as MOSCAS.
In TOBINO -2007- p 012b
Fig. 01 – O abismo entre a origem e destino do imigrante foi evidenciado por Pedro WEINGARTNER (1853-1929) no quadro “ TEMPORA
MUTANTUR” - TOBINO -2007- p 012b 1898 - óleo - 110.3 X 144 cm do acervo da
MARGS
“Os tres pontos a que alludimos, saõ
1°. o arranjamento das finanças; 2°. a policia interna a respeito dos Indios
naturaes do paiz, escravos, e emigrados da Europa; e 3°. as relacoens externas,
principalmente com as colonias Hespanholas
da America”.
BRAZIL.Mudança de Ministerio.In:
Reflexões sobre as novidades deste mez de MAIO de 1812 in Correio Braziliense
Voi. VIII. No. 48. 4 s 612 Miscellanea p. 671
Seguindo o 2º ponto,
a que o Correio Braziliense se refere, em maio de 1812, tentaremos no deter um
pouco e prestar atenção com as preocupação com três segmentos humanos que
constituem a Nação Brasileira. De fato se considerarmos os ameríndios, os
afro-brasileiros e os imigrantes e
seus descentes, teríamos uma esmagadora maioria da população nacional. População
responsável pelo maior volume de trabalho, de produção e de preservação das
riquezas nacionais. No entanto, se observarmos e estudarmos, em maio de 2012,
as condições econômicas, educação formal institucional e saneamento básico de
cada segmento destes, o nosso ufanismo, a crença no homem cordial e na ORDEM conduzindo
ao PROGRESSO, teria poucos créditos ao seu favor. No máximo podemos concordar
que foram propaganda e marketing para manter no seu devido lugar cada segmento
destes
Fig. 02 – Os cativos saindo das suas savanas para a sua comercialização e exploração brutal do
seu trabalho para benefício exclusivo do seu dominador e para a construção de
uma identidade nacional na qual a escravidão era legalmente reconhecida e
regulamentada nos termos coloniais e nas o africano não tinha mínima voz e vez.
O ameríndio perdeu, entre
1812 e 2012, os seus parcos recursos naturais e dos quais seria teoricamente o
melhor guardião. Ninguém lhe conferiu este cargo e estas competências, muito
menos alguém cogita ou leva esta hipótese para o mundo prático. O machado, e
depois a moto-serra, devastaram estas florestas para o gado ou para uma
agricultura predatória. O índio vive cada vez mais exprimido em migalhas de
toldos, reservas indígenas e em condições piores de que nas reduções como já
assinalava em maio de 1812 o redator do Correio Braziliense. O governo central
conferiu-se ao afro-brasileiro a abolição da escravidão legal. Abolição que foi
mais uma forma jurídica de se ver livre dele e dos compromissos que devia pelos
quatro séculos no que lhe foram subtraídos o seu bem estar social, político e
das suas naturais necessidade básicas.
Fig. 03 – Na contagem dos ameríndios - registrada nesta imagem de Johan Baptist SPIX
1781-1826 e de Carl Friederich Philipp von
MARTIUS 1794 - 1868 - evidencia-se e aprofunda-se o abismo entre os
nativos e os europeus, mesmo que estes não portassem armas de fogo.
As favelas, ao redor das
cidades brasileiras, estão a clamar em altos brados e a céu aberto, contra a propaganda enganosa e o marketing de algo imoral, sem fundamento a
sua cultura, vontade e direito do ex-escravo. O imigrante foi uma solução
aparente No entanto até hoje não se fez a contabilidade daqueles que foram induzidos
para ocupar o lugar dos escravos e logrados sem contrato e que pereceram
física, moral e economicamente nestas condições. E se comparamos uma população uma
cidade ou de um município, constituídos eminentemente por estes imigrante, e se compararmos esta realidade com a
realidade da região, a cidade e a cultura de sua origem, iremos constatar
consternados, que os do Novo Mundo perderam ou desaprenderam quase tudo que os do Velho Mundo possuem e usufruem atualmente.
As experiências dos filhos de japoneses voltando a Terra do Sol Nascente sabem
deste abismo.
Fig. 04 – Os imigrantes aguardam o seu destino na ILHA das
FLORES. Se deum lado existe a perspectiva da libertação do trabalho escravo, de
outra parte o hábito do dominador e da apropriação da “mais valia” deste
trabalho alheio persiste até maio de 2012 e sob outras denominações.
MAIO 1812
Correio
Braziliense Voi. VIII.
No. 48. 4 s 612 Miscellanea p. 671 até 674.
BRAZIL.
Reflexões sobre as novidades deste mez.
Mudança de Ministro.
A
morte do Conde de Linhares, que tinha a primeira influencia nos negocios publicos
do Brazil, deve trazer consigo novo arranjamento de Ministros, e talvez novas
maximas de systema de Governo.
Tres
pontos importantes da conducta politica daquelle ministro merecêram sempre a
nossa constante reprovaçaõ, e esperamos que seu successor, ou successores,
attendam aos clamores da razaõ; ou do contrario incorreraõ nas mesmas censuras,
e finalizaraõ a ruína daquelles bellos paizes, cuja sorte naõ pode ser indifferente
a quem nelles vio pela primeira vez a luz.
Os
tres pontos a que alludimos, saõ 1°. o arranjamento das finanças; 2°. a policia
interna a respeito dos Indios naturaes do paiz, escravos, e emigrados da
Europa; e 3°. as relacoens externas, principalmente com as colonias Hespanholas da America.
Fig. 05 – A cena flagrada, em 1983, pelo fotógrafo Luis MORIER evidencia o abismo e o tratamento idêntico
aquelas da fig. 02
As finanças saõ da repartiçaõ do Ministro do
thesouro; mas a lnfluencia do Conde de Linhares, neste rampo,
éra taõ vizivel, que naõ hesitamos em imputar-lhe a culpa de muitos desmanchos
sobre este artígo. Tal he por exemplo a medida de mandar directamente pelo
Governo, a Londres, os diamantes, páo Brazil, marfim, &c; para ser vendido
pelo Embaixador Portuguez em Inglaterra; fazendo de um homem diplomatico um
agente de commercio; e consentindo especulaçoens desta natureza por conta da
fazenda Real, em um paiz taô distante; e por um methodo taõ falto de precauçoens,
que serå impossivel ao Erario tomar conhecimento cabal da natureza destas
transaçoens; da exactidaõ das contas, nem da deligencia ou negligencia dos
empregados.
Ao Conde de Linhares imputamos tambem a ereccaõ de
dispendiosos e inuteis abarracamentos, e outros edeficios no Brazil, com cujas
despezas o Erario naõ pôde.
Ao systema do Conde attribuimos tambem as despezas,
que devem occorrer com a guerra de Montevideo, e outras medidas similhantes,
que tendem a exhaurir os recursos do Erario, sem que nem o Conde, nem nenhum
dos Ministros seus Collegas, se empregasse a fazer um bom arranjamento para a
cobrança e melhoramento das rendas publicas.
Fig. 06 – A luta pelo poder e domínio foi registrada nesta imagem do ataque a uma aldeia da obra de HANS STADEN que esteve no Brasil em 1549 e
1552,
O segundo ponto de policia do Conde de Linhares, que
sempre reprovamos, diz respeito á populaçaõ. Os Indios naturaes do paiz, que
podiam ser, era seu genero, membros uteis da sociedade, foram quasi inteiramente
largados por maõ, desde que se extinguio a sociedade dos Jezuitas, a quem os
lndios devem o gráo de civilizacaõ, em que se acham. O Conde de Linhares, em
vez de procurar utilizar os Indios, pelos mesmos meios doces e suaves dos
Jezuitas, começou por declarar a guerra aos Botecudos, chamando-lhes
antropophagos, ou papoens como
se diz ás criancas, para lhes metter mêdo; e com estas e outras patranhas armou
divisoens de um exercito imaginariø da conquista dos papoens Botecudos; projecto taô ridiculo, quanto he pernicioso á
tranquilidade do Brazil; quando ao mesmo tempo se sabe que alguns missionarios,
de virtude e prudencia, faziam mais em um anno do que as suas pretensas sette
divisoens militares em sette annos; como se prova pelo exemplo dos Jezuitas no
Brazil; e pelos dos Quaqueros no Estado de Pensilvania na America
Septentrional.
Fig. 07 – O trabalho escravo no CAFEZAL
foi substituído pela mão de obra dos IMIGRANTES sem o menor contrato e sem qualquer benefício social ou garantia de
saúde e onde se misturavam crianças e velhos, homens e mulheres e sem o
menor preparo para lavouras desconhecidas na agricultura de sua origem.
Depois da descripçaõ espantosa da ma indole destes
Botecudos, que, na declaraçaô de guerra que se lhes fez, saô representados como
nutrindo-se de carne humana; apparece agora uma carta de um padre vigario, em
data de 6 de Julho do anno passado, e publicada no Rio-de-Janeiro, em que se diz que um Botecudo
apanhado na divisaõ do Cueté, fez abismar a todos os habitantes da freguezia,
que o viram e observâram, pelo seu conhecimento e viveza, docilidade, genio, e
a facilidade com que se se entregou å amizade, e paz com que he tractado. Ora a
isto se reduz a ferocidade dos papoens de gentel
Sobre este ramo pois da populacaõ do Brazil; diremos
em summa, que he necessario suavlzar a sorte dos Indios aldeados, tirando-Ihes
os commandantes militares, e attrahir o que chamam gentio, não por meio de uma
guerra infructifera, fundada na quimera de que elles comem gente, mas por meio
da persuasaô, do commercio, e de algumas dadivas.
Fig. 08 – O Senhor
posando, para o fotógrafo, entre os seus escravos descalços e vistos como troféus a serem
exibidos como mercadoria e patrimônio pessoal a quem o Estado permitia o
exercício de vida e de morte para manter este abismo social e econômico
0 outro ramo da populaçaõ do Brazil, saõ os escravos
d'Africa. N'isto somente diremos, que he necessario naõ sôó diminuir; mas
extinguir de todo a sua importaçaõ. A importantissima delicadeza deste assumpto
naõ nos permitte dizer mais.
Fig. 09 – A captura, a manutenção e a exploração da escravidão desenrolava-se
num dantesco aparato de violência e coação
que aumentava dia a dia na medida em que esta espiral de instrumentos de
dominação descia ao níveis mais baixos de humanidade.
O terceiro ramo da populacaõ saõ os emigrados da
Europa. Esta seria a mais abundante fonte, se della se quizessem aproveitar; não
ja mandando tirar os artistas de Portugal; porque isso he roubar å maõ direita,
para enriquecer a esquerda; mas sim convidando os homens habilidosos de toda a
Europa, por meio de regulamentos que os protêjam ; e de uma liberdade bem
pensada na tolerancia.
A politica do Brazil a
respeito do exterior, e principalmente a respeito da America Hespanhola, tem
sido taô mal intendida, que se o novo Ministerio do Brazil nao seguir outra
vereda parece-nos indubitável que tem de soffrer males consideraveis. Os
politicos do Brazil, que fôram de opiniaõ que se devia fazer guerra a Monteyideo, que mandáram tomar
posse militar de Maldonado, e da Colonia do Sacramento ; alegáram com a
necessidade de reprimír, com a força militar, os principios revolucionarios,que
se iam desenvolvendo nas colonias Hespanholas. N6s somos de opiniaõ que uma tal
ingerência he injusta, e impolitica. Injusta; porque nenhuma naçaõ tem o direito
de entrar por meio de outra com forca armada, para a obrigar a adoptar este ou
aquelle systema de policia interna, que os povos mais desejem. Impolitica; porque
o exemplo da actual revolucaõ da Franca prova amplamente, que a ingerencia das
naçoens estrangeiras, que desejaram derribar com as armas os systemas
revolucionarios dos Francezes, foi quem os unio entre si, para repellirem os
inimigos externos; e foi quem trouxe aos outros estados as ideas
revolucionarias da França, que os anniquiláram a quasi todos
Fig. 10 – A exploração do Pau Brasil foi a primeira riqueza saqueada e que
inclusive deu o nome ao país. Esta imagem - que registra as viagens de Hans
Staden ao Brasil - mostra os conflitos e as devastações do meio natural e que
se praticava nas mais violentas formas de saques em territórios onde a lei
dominante era aquela das armas e da argúcia do saqueador. Esta mentalidade
infiltrou-se em todos os recantos da cultura brasileira e continua a fazer
estragos, inclusive pelas armas e pelos instrumento
numérico digitais ativos nos saques
eletrônicos vigentes em maio de 2012.
Esta
liçaõ recente mostra claramente a conducta, que se deve seguir no Brazil, na
conjuntura em que se acha a respeito das colonias da Hespanha ; que vem a ser,
naõ oppor a força á torrente da opiniaõ e fazer taõ uteis regulamentos de
governo interno a favor dos povos, que o grito seductor da liberdade, em seus
vizinhos, naõ tenha de produzir effeito.
A
p. 898, vol. vii. N°. 42, demos os regulamentos sobre a liberdade da imprensa,
em Venezuela ; e neste N_. p. 586, damos agora os regulamentos, que se
adoptaram para o mesmo fim em Buenos- Ayres. E naõ podemos deixar de chamar a
attençaõ do Governo do Brazil; para a legislaçaõ que se vai adoptando nestas
duas extremidades de seu paiz. A obra da revoluçaõ da America Hespanhola vai
progredindo, tanto ao norte como ao sul, debaixo dos mesmos principios; e
convem ao Governo do Brazil, naõ fechar os olhos ao que ali se passa.
In Correio do Povo de 18.03.2012
Fig. 11 – Os parcos recursos, que ficaram nas mãos dos ameríndios e para os seus
propósitos, se evidenciam na arte da escultura dos ATUAIS INDÍGENAS GUARANIS do RIO GRANDE do
SUL
Suppor
o Governo do Brasil, que he possivel fechar de tal modo as entradas, que os
Brazilianos nao saibam o que se passa entre seas vízinhos, he presumir um
impossivel: tanto mais quanto o exercito que se oppoz a Buenos Ayres fôrma o
ponto de contacto, e canal de communicaçaõ, que se desejava evitar. 0 unico
meio logo que há de prevenir o golpe, he imitar no Brazil todos quantos
regulamentos os Hespanhoes adoptarem, que sêjam a favor dos povos, em tanto
quanto elles forem applicaveis á differente forma de Governo, e diversa
situaçaõ dos dous paizes. Nos esperamos pois que ésta seja a linha de conducta,
que adopte o novo Ministerio do Brazil j e remedeie por este modo os males do
anterior Ministro.
Fig. 12 – Este abrigo
de infância, registrado pelo fotógrafo Luis
MORIER,
mostra as condições de uma infância sem amparo direto dos seus pais e
que certamente terá uma noção distorcida do que é uma identidade nacional
coerente. Segue ao padrão de tantas culturas extirpadas pela raiz e que
insistiam na socialização indiscriminada e sem que o indivíduo pudesse realizar
um contrato social autônomo na plenitude de uma formação familiar e individual.
Este tipo de contrato não tem vez numa cultura que insiste em se antecipar,
deliberar e decidir nos seus próprios projetos e transforma a sua nação num
rebanho sob as ordens do mais forte e perspicaz em se manter como dominador.
O fosso entre o PODER ORIGINÁRIO e o PODER POLITICO
parece se aprofundar cada vez mais entre 1812 e 2012. Basta observar
atentamente e estudar, no mês maio de 2012, as condições econômicas, educação
formal institucional e saneamento básico de cada segmento destes. Ainda que no
mundo de maio de 1812, a Ciência e Tecnologia fossem menores que na atualidade,
no entanto o PODER ORIGINÁRIO e o PODER POLITICO valem-se do domínio desta
mesma Tecnologia para criar-se dois mundos distintos e com vida própria. O
PODER POLITICO criou e segue os seus
próprios rituais, realiza para si mesmo propaganda e marketing para se
convencer que pode prescindir o seu próprio PODER do qual se ORIGINA. Este por
sua vez perdeu toda esperança e descolou-se daquele que constituiu num segundo
de uma urna eletrônica a qual comparece e que freqüenta por uma simples coação
legal.
Fig. 13 – Um flagrante de violência e de dominação oficial captado pelo
fotógrafo Luis MORIER, no dia 29.12.1997,
expõe o domínio direto e pela força do
aparato do Estado que deveria garantir a prática dos mais elementares
princípios de cidadania aos seus agentes e ao mesmo tempo constituir-se em
expressão
As comunicações entre o PODER ORIGINÁRIO e o PODER
POLITICO são sincopadas num único sentido, no longo período de quatro anos e
sem esperanças de interações continuadas. Esta clivagem continuada separou as
duas partes e simplesmente se descolaram. Inteligentemente o PODER ORIGINÁRIO constitui
o PODER POLÍTICO como alguém que ele pode culpar de tudo, fugir da sanção moral
de qualquer um dos seus atos determinados e continuar como dócil prisioneiro de
uma escravidão voluntária multi-secular.
Nestas condições de clivagem interna, não há mínimo
sentido em falar para fora da nação ou pretender um assento permanente na ONU.
Mesmo deve ser dito em relação aos vizinhos mais próximos como o Mercosul.
- Como na
ausência de uma autêntica delegação e da falta de um contrato interno continuado e renovado, alguém
pode falar em nome da nação brasileira?.
Fig. 14 – Os propósitos e as buscas da 1ª República Brasileira tropeçaram
imediatamente numa série de contradições e que resultaram em trágicas
experiências de 1893 e depois em 1897 onde os Gaúchos acorreram CANUDOS para praticar as
mesmas degolas praticadas quatro anos antes nas coxilhas dos Pampas. em Foto Flávio Barros
Somente buscando, por todos os meios disponíveis,
impor unilateralmente este contrato e no paradigma do dominador. Internamente,
os altos índices de aprovação popular e as sucessivas reeleições, tiveram a sua
credibilidade minada pelo regime nazista com seus altos índices de aprovação de
um povo dos mais instruídos. Governos dos esdrúxulos, ou mesmo criminosos podem
ser alavancados e mantido no poder pelo mesmo marketing e
propaganda usado pelo regime nazista e do qual ele é apenas uma amostra.
Por todas estas razões
chega-a a conclusão que, nas relações entre PODER ORIGINÁRIO e o PODER POLÍTICO,
MUDARAM apenas as MOSCAS entre MAIO de 1812 e MAIO de 2012.
ALGUMAS FONTES
CORREIO BRAZILIENSE - Maio de 1812 - Vol
VIII,
No. 48, 4 s 612
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-048#page/1/mode/1up
Dia de refletir sobre escravidão
CORREIO do POVO -ANO 117 Nº 214 -
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 1 DE MAIO DE 2012 Geral
LUIZ MORIER – foto da
escravidão
FOTOS
de FLÁVIO BARROS
1º blog :
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