quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

NÃO FOI NO GRITO - 025

TODOS SOMOS ATENIENSES ou a
DEMOCRACIA de “MENTIRINHA” e como ESTRATÉGIA para PERMANECER no PODER o MAIOR TEMPO POSSÍVEL e como o PRIMEIRO ATO de TODA REVOLUÇÃO.

Fig. 01 – Honoré-Victorien DAUMIER (1808-1879) – “Gargântua”  ou o REI devorando a FRANÇA Litografia 1832 -

“A grande arte de governar consiste, em fazer com que os homens queiram aquilo que lhe convém, sem que seja necessário violentar- lhes o seu livre arbítrio.”
CORREIO BRAZILIENSE VOL. VII. de nº 43, dezembro de 1811, Observações sobre o Comercio de Portugal.p.696.

Em 2011 estamos muito longe da crença de que a “grande arte de governar consiste, em fazer com que os homens queiram aquilo que lhe convém, sem que seja necessário violentar-lhes o seu livre arbítrio”. Crença estampada no Correio Braziliense, de nº 43, em dezembro de 1811, portanto há precisos dois séculos. Tempo no qual o condenado subia ao cadafalso da guilhotina e as últimas palavras que  ouvia, do carrasco Sanson, era “em nome do povo francês”. Era o tempo, também,  em que milhões de jovens - cheios de vida e de saúde - marchavam altivos e cantando pelos campos da morte, absolutamente convencidos de que estavam realizando aquilo que convinha e era o certo. Os últimos que ouviam, além do trovoar dos canhões, eram seus hinos pátrios.

Ninguém quer o retorno a estas crenças e estes tempos inaugurais da era industrial. Porém, em 2011, o silêncio moral, cultural e político, escamoteia coisas bem piores e sinistras.  Supletivamente, uma indefinida era pós-industrial, conduz ao paroxismo em meio ao troar crescente da era industrial de velhos motores que ensurdecem,  poluem e alienam como nunca antes. As crenças da primeira industrial foram substituídas pelo marketing e pela propaganda avassaladora das deliberações e decisões da inteligência, da vontade e dos sentimentos.

Fig. 02 – Jürgen HABERMASO filósofo que busca, em 2011, salvar a Europa do naufrágio

Jürgen HABERMAS, um dos filósofos mais respeitados do mundo atual, percebeu, em 2011, a urgência em abandonar o seu trabalho silencioso e reflexivo, para dizer que a democracia morreu. O diz em alto e bom som, em praça publica
"As elites políticas têm absolutamente nenhum interesse em explicar ao público que as decisões importantes são tomadas em Estrasburgo. Eles estão com medo de uma única coisa: : é perder o seu poder", (Jürgen HABERMAS em 05 de dezembro de 2011)

Além dos atuais lideres, apenas querem conservar o controle do poder em suas próprias mãos, excluem qualquer sombra de uma consulta honesta, aberta e consequente. Temem que eles poderiam serem questionados em relação a sua legitimidade naquilo que fazem após serem guindados aos seus cargos. Lideres que operam, em projetos e ações, que não possuem mais o menor sentido e correlação com a sua eleição realizada sob a sombra de poderoso e bem irrigado marketing, propaganda, de meias verdades e que buscam esquecer No dia seguinte.
"as pessoas que antes eram obrigados a aceitar a redistribuição do peso da dívida para além das fronteiras, poderia, como cidadãos, de exercer a sua influência democrática de governos que agora operam em uma área cinzenta de um ponto de vista constitucional”. (Jürgen HABERMAS 05 de dezembro de 2011)

Fig. 03  - Sócrates  preferiu o seu naufrágio pessoal, deixando plantado as silenciosa e fecundas sementes da maiêutica sem escrever, ou impor, qualquer texto, doutrina ou lei para os outros. Detalhe da pintura SÓCRATES  - Jaques Louis DAVID 1748-1825 - Óleo sobre tela – em 1787 -   129.5 x 196.2  - Metropolitan Museum of Art

Torna-se impossível, e improdutivo, qualquer contrato público que foi rompido ou corrompido pelas elites no poder e pelo aparato público que as sustenta nas suas cadeiras, cargos e funções. Para o cidadão avulso não existe mais o menor sentido e razão de ser de dar a própria vida por este contrato coletivo, como em dezembro de 1811.
Contrato que alguém de boa fé colocou,  num momento de descuido, em suas mãos gananciosas e insaciáveis. Povo que  “observa a conduta de certos chefes de Estado, que entraram pobres para os seus empregos, e saíram muito ricos”. Povo que observa estarrecido que é muito tarde para agir e recuperar o poder que colocaram em mãos alheias que “não estão nem aí” para aquilo que convém ao povo. Mãos gananciosas, comandadas pela mentalidade mesquinha, única e fixa do pasteleiro do eterno molho, lembrado pelo Correio Braziliense de dezembro de 1811 (nº 43 p. 691)
“Um de nossos correspondentes compara os Ministros da Corte do Rio de Janeiro, a certo pasteleiro, que tinha aprendido a fazer uma só qualidade de molho, e aplicava este molho a todos quantos guisados fazia. O Brazil passou de colônia a ser parte integrante, e igual em direitos ás outras partes do resto da monarchia; e mais passou a Corte a residir ali; não obstante aplicar-se-lhe agora os mesmos regulamentos antigos, com a mesma generalidade do molho do pasteleiro.

O molho da mentalidade mesquinha, única e fixa,  terá como resultado uma sociedade  de mentalidade mesquinha, única e fixa.  Mentalidade que se derrama qual metástase que invade, contamina e corrompe todo o corpo jurídico, administrativo e legislativo de qualquer ente público.
Fig. 04  - A pretendida Constituição Alemã de 28.03.1848 foi um  naufrágio coletivo, que segundo Habermas, repercutiu ao longo de um século, abrindo caminho e pretexto para os arbítrios e de improvisações no poder do Segundo (1871-1918) e do Terceiro REICH (1933-1945) alemães – No Brasil, e antes desta tentativa alemã, a frustração da Constituição Brasileira ,em 1824, também não escapou do arbítrio imperial e improvisações que levaram o Brasil a um cortejo de Revoltas e Revoluções em todo território nacional.

O universalmente consagrado ESTATUTO da RE-ELEIÇÃO é favorável a todo o corpo legislativo, administrativo e jurídico que assim não necessita pensar e nem se afligir com qualquer mudança séria e para valer. O chefe é o CULPADO de TUDO e se ele for re-eleito, as práticas, mesmo as mais condenáveis, inócuas e apenas formais podem reproduzir-se ao natural. Como seria de se esperar numa democracia saudável, em 2011, o poder nunca se esvazia para recompor-se com novos agentes, com um novo começo, um meio e um final inquestionável e improrrogável. Tudo isto e regrado por um projeto raiz de todos os contratos possíveis nesta sociedade. Inclusive o mundo econômico sabe, há muito tempo, quenão ha melhor inspetor da bondade dos artigos do que o publico que os consome; os inspetores públicos nunca servirão de cousa alguma” (Correio Braziliense, de nº 43, em dezembro de 1811,p, 699).

Questiona-se viva e imediatamente a necessidade do esvaziamento periódico do poder, a ‘epoqué’ para uma reflexão sobre o contrato coletivo que sustenta uma determinada sociedade.  Coloca-se como perigo supremo, para todos, o esvaziamento periódico do poder destinando um período neutro para o exercício publico de um crivo fino e acurado daquilo que é a essência de um projeto legislativo, administrativo e jurídico.  Está escancarado,  mais que evidente para todos que a corrupção, anestesia em relação ao exercício publico do poder coletivo, com validade de começo, meio e final, tornou-se apenas uma perigosa utopia e quase uma sandice dos idealistas românticos de  dezembro de 1811.
Fig. 05  - Eugenio DELACROIX 1789-1863  - Liberdade Guiando o Povo - 1830 - 325 x 260cm O desmoronamento do projeto napoleônico de 1814, A volta dos Bourbons ao trono, abriram brechas e rombos pelos quais se precipitaram todos aqueles os barrados pela Revolução Francesas de 1789. As curtas e fulminantes rebeliões de 1830, de 1848 e a implantação da Comuna de Paris em  1870, apesar de assustarem os inimigos do bem público e da democracia, estavam muito longe de criarem um hábito civilizado, em especial se pensarmos no estatuto colonial francês que esteve muito longe de ser arranhado e muito menos abolido.

Este projeto ainda estava vivo e atuante quando no início do século XX quando a líder social norte-americana Mary Parker FOLLET (1868-1933) escreveu  que
“o indivíduo é soberano na medida em que pode desenvolver, controlar e integrar sua natureza múltipla num todo único;  o grupo é soberano na medida em que seus membros unidos se orientam no sentido de expressar os propósitos comuns que os movem. Um estado é soberano na medida em que segue o mesmo caminho e se institui como um grande grupo, unificado pelos objetivos comuns” (apud CARVALHO, 1979, p.7)

 A necessidade de desenvolver, controlar integrar e alternar pessoas e grupos no poder, para quem está exercendo no momento o poder, é intriga da oposição, de inimigos declarados e de mero golpe de invejosos do seu sucesso Assim convence o povo de que o primeiro artigo que ele necessita é a segurança e continuidade e que a mudança o levará fatalmente ao caos e a perda de tudo que ele já acumulou. Vencendo esta segurança e o povo ao ceder o seu poder ao insidioso e inescrupuloso a “democracia como forma de governo condicionada pelos submetem a este poder” é mera peça de retórica para uso do triunfante líder ou do grupo no poder sem limites e término a ser protelado para tempo indeterminado.

Fig. 06 -   CIDADÃO de PORTO ALEGRE DESULIDIDO com as PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS MANIPULADAS de SEMPRE, ZOMBA e OFERECE, em 2011, a PREÇO DE MERCADO, o SEU DIREITO de EXERCER o seu  VOTO

A voz do campeão das Olimpíadas clássicas  e filósofo, soa forte, vigorosa e atual, denunciando o continuísmo e a reprodução do poder e inerente a:
cada governo estabelece as leis para a sua própria vantagem: a democracia leis democráticas, a tirania leis tirânicas e os outros procedem do mesmo modo; estabelecidas estas leis, declaram justa, para os governados, esta vantagem própria e punem quem transgride como violador da lei e culpado de injustiça” (Platão, 1985,p.84)

A Natureza vence e impõe a sua lógica, na sua essência, quando o projeto humano da mudança enlanguesce, falta, se enferruja e se desgasta.  Neste caso a Natureza impõe - como único caminho possível - o retorno à entropia universal. O reforço à Natureza brota na escolha humana do mesmo,  do fixo e de permanecer no útero materno da segurança. Reforça-se, na essência da entropia e da Natureza, toda vez que a vontade, a inteligência e os sentimentos humanos se congelam de medo diante do nascimento de algo novo e diferente.
Fig. 07  -  A MORTE de  SÓCRATES  - Jaques Louis DAVID 1748-1825 - Óleo sobre tela – em 1787 -   129.5 x 196.2  - Metropolitan Museum of Art.

Se o mestre de Platão voltasse, para o cenário de 2011 certamente seria forçado a ingerir anonimamente, a sua taça da cicuta, em alguma recôndita e desconhecida filial da prisão de Abu-Ghraib e vigiada por mercenários pagos a peso de ouro e com a promessa de tornar-se cidadãos se sobreviverem.  Mercenários, em lugar dos heróicos soldados patriotas. Mercenários forçados pelos eternos senhores de plantão no poder e condenados a este gesto supremo assassino. Senhores que adoram a sua própria corrupção e condenam o mestre em nome da juventude da polis que poderia acordar com as palavras de Sócrates e fugir do seu compromisso de reeleger os eternos senhores de plantão no poder da polis. O mestre, como derradeira lembrança, recomendaria aos seus discípulos, que eles ficavam devendo um galo a Esculápio.   

Fig. 08  - A imagem tremida  do EURO à beira do naufrágio refletida na possa da água formada em cima da tampa de um tonel em 2011. Jornal SPIEGEL de  05.12.2011

Podes-se afirmar que  TODOS SOMOS ATENIENSES. Atenas resultou da interação ativa entre Oriente e Ocidentes. A cultura, que ali nasceu, se elaborou e reproduziu-se indelevelmente na Europa e penetrou fundo no Oriente, onde ganha cada vez mais estudiosos, admiradores e seguidores. A ordem dórica, jônica e coríntia, antes de qualquer aplicação estética, representou uma mentalidade trina e uma onde vontade, inteligência e sensibilidade andavam na mesma pessoa. Mentalidade harmoniosa e coerente com um corpo saudável e vice-versa. Mentalidade que insistia na lição do “conhece a ti mesmo”.

 Apenas as idéias dos filósofos gregos clássicos estavam vivas em 1811. A terra física estava nas mãos dos otomanos. Para a independência grega, iniciada em 1822 faltaria uma campanha massiva se arrastou ao longo de uma década. O “conhece a ti mesmo” e as idéias dos “seus” filósofos ajudaram a ver uma luz no final do túnel e a passar pelos episódios dos tenebrosos renovados sangrentos genocídios de massacres de populações inteiras.

 A terra de Atenas trepida, inclusive no século XXI, com as forças que tiveram ali a sua origem. Forças silenciosas, profundas e continuadas que ali tiveram um primeiro território visível na busca eterna do saber. Vontade de busca que ela legou à toda espécie humana que assim possui um projeto que transcende os gritos, as divisões e as paixões inferiores da Natureza bruta.

Fig. 09  - O “04 de julho”  de 2011. Imagem de um membro do poder originário norte americano jogado no meio da calamidade. A norte-americana, fiel à sua identidade  enfrenta com a imagem da bandeira rota pelo furacão e com a convicção que construiu a sua identidade, fundada na crença coletiva que ela não abandona nem nos piores momentos – NYT em 04,07.2011.

Em especial quando falamos e temos o projeto de praticar a Democracia. Atenas foi concebida nas maiores contradições e doloroso parto da mente de Zeus. O Partenon venera a deusa silenciosa e com forças originais do cérebro divino. Atenas portadora da muda da oliveira símbolo do bálsamo, sabedoria e fonte do comércio que encheu de ouro a cidade.

 A democracia como um grande bazar conseguiu unir a grande concepção do Oriente médio de todos ira para a praça publica. Praça onde o pragmatismo europeu necessita argumentar na lógica para convencer as mais profundas crenças místicas do Oriente Médio e Extremo.

A História já mostrou fartamente que a DEMOCRACIA de MENTIRINHA e como ESTRATÉGIA para PERMANECER no PODER o MAIOR TEMPO POSSÍVEL é o PRIMEIRO ATO da TRAGÉDIA de TODA  e QUALQUER REVOLUÇÂO. Não é necessário percorrer a HISTÒRIA de LONGA DURAÇÃO para costurar estas MENTIRINHAS disseminadas em todos os lugares e tempos. Basta recapitular e recuperar apenas a História recentíssima dos doze meses do ano de 2011 e fixar no que se passou a conhecer como PRIMAVERA ÁRABE. Este aqui e agora de 2011 contém explosivos acumulados em longos períodos de silenciosas manipulações de DEMOCRACIA de MENTIRINHA e como ESTRATÉGIA para PERMANECER no PODER. No entanto para a cultura ocidental esta é a história dos outros e que pode ser a orquestra que faltava para distrair a acalmar os ânimos dos passageiros do navio EUROPA e ocultar as consequências do imenso rombo no seu casco. Rombo que vem de data longínqua e resultou da mentalidade do estatuto colonial europeu que sobrevive subliminarmente e está muito longe de ser arranhado. Se foi  abolido legal e recentemente, o colonialismo possui a mesma toxina e anestésico da escravidão legal, cujos efeitos do torpor das vontades, inteligências e sentimentos, que o Brasil conhece tão bem. Torpor menos nocivo a quem esteve sujeito ao regime colonial e escravo, do que aqueles que foram favorecidos por eles. Estes não se conformam com a mudança e querem continuar a usufruí-lo a todo preço.

Quando, ao longo de 2011, torna-se mais aguda e visível o jogo discursivo e formal a própria idéia de EUROPA, tão crítica e perigosamente com longamente elaborada. Os sinais da clivagem entre o PODER ORIGINÀRIO e as suas ELITES POLÍTICAS, ECONÔMICAS e CULTURAIS, reticentes e manipulando os conceitos de DEMOCRACIA estão cada vez mais evidentes.

Fig. 10 - Eugenio DELACROIX 1789-1863 - Naufrágio de Don Juan - 1840 - pintura 135 cm x 196 cm -  Museu do LOUVRE. O candente e impulsivo projeto do filho da nobreza espanhola é mais trágico do que a solitária e rocambolesca aventura do “Cavaleiro da Triste Figura” e do seu escudeiro que sempre o traz ao mundo real. Em contrapartida Don Juan parte, no meio da massa dos seus amigos e cortesões que ele conseguiu seduzir,  pela propaganda e marketing, para  NOVOS MUNDOS imaginados pelos seus delírios e caprichos e, para que eles descubram, em pleno mar, que o seu líder não possui a mínima noção, prática e recurso para atingir ao destino utópico por ele prometido.

O terror que tomou conta do filósofo Jürgen HABERMAS e seu decisivo salto para a arena pública, fornecem pequenos índices do cataclismo da EUROPA em colapso.   A QUEDA do IMPÉRIO ROMANO e os mil anos da Idade Média, que se seguiram, seriam vistos, diante deste desmoronamento, como “café pequeno” e seriam esquecidos. Nesta nova idade trevas, que se seguiria, só se ouviria o grasnar agudo e sinistro dos corvos de sempre,  para justificar o mal estar de qualquer civilização como benéficos para humanidade e altamente desculpáveis como o inevitável e afinados com a lógica eterna da entropia universal. Alguns acham isto muito pouco.

FONTES BIBLIOGRÀFICAS
CARVALHO, Maria Lúcia R.D.  Escola e Democracia. Subsídios para Um Modelo de Administração segundo as Idéias de M.P. Follet.  São Paulo: E.P.U. Campinas, 1979. 102p. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Parker_Follet
HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Interesse. Trad. José Heck.  Rio de Janeiro : Zahar, 1982. 367p
FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS
Jürgen Habermas, le dernier Européen 05 décembre 2011

Edição digitalizada do CORREIO BRAZILIENSE VOL. VII. nº 43, de dezembro de 1811 em

Veja o DESENVOLVIMENTO das  idéias deste POST em PRATICAS DEMOCRÁTICAS em ESCOLA  PÙBLICA ESTADUAL disponível em   http://www.ciriosimon.pro.br  [Textos acadêmicos -  em WORD]

DOM JUAN – Texto de MOLIÈRE

DÙVIDAS sobre o EURO

SOM do GRASNAR dos  CORVOS

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