sábado, 6 de agosto de 2022

0-0225 - NÃO FOI NO GRITO - O CONFLITO ABERTO

O CONFLITO ABERTO em AGOSTO de 1822 “Temos tão amplamente demonstrado as disposições hostis de Portugal contra o Brasil, que nos parece não haverá já Brasiliense algum tão incrédulo, que possa disso duvidar. Segue-se agora tratarmos das operações hostis já adotadas e contempladas. há muito tempo, que se fez evidente, que os esforços do Ministério Português, e do seu partido nas Cortes, dirigiam-se a fazer popular essa meditada guerra civil, desencaminhando a opinião pública de maneira, que os iludidos Portugueses se prestassem de boa vontade á sua ruína”. CORREIO BRAZILIENSE AGOSTO de 1822 VOL. XXIX N. 171. Miscellanea. P 277 ” Em agosto de 1822 Portugal estava conduzindo o Brasil para o conflito, para o confronto e numa guerra civil pelas armas, se fosse necessário,. Isto significava que PORTUGAL estava PROCLAMANDO de fato a sua INDEPENDÊNCIA ou sua retirada do BRASIL. A sua ex-colonia era muito mais forte econômica e mesmo militarmente a além de conhecer e de dominar o terreno, o clima e a logística. Com toda certeza o GRITO de INDEPENDÊNCIA do BRASIL NÃO foi dado a beira do riacho IPIRANGA. Mas em LISBOA por alguns rábulas impotentes em conseguir reduzir o Brasil a condição de colônia lusitana e ávidos para obter pessoalmente os últimos lucros numa situação nebulosa. CORREIO BRAZILIENSE AGOSTO de 1822 VOL. XXIX N. 171. NN Miscellanea. Pp 277 – 285 Hostilidades de Portugal contra o Brazil. Temos tam amplamente demonstrado as disposiçoens hostis de Portugal contra o Brazil, que nos parece naõ haverá ja Braziliense algum tam incrédulo, que possa disso duvidar. Segue-se agora Iractarmos das operaçoens hostis ja adoptadas e contempladas. Ba muito tempo, que se fez evidente, que os esforços do Ministério Portuguez, e do seu partido nas Cortes, dirigiamse a fazer popular essa meditada guerra civil, desencaminhando a opinião publica de maneira, que os illudidos Portuguezes se prestassem de boa voutade á sua ruina. Conseguido isto, em grande parte, he escusado que falemos mais nos desastres, que aguardam Portugal; porque, naõ restando ao Brazil outra escolha senaõ preparar-se para sua justa defeza; este he o ponto principal a que se deve dirigir a attençaõ de iodos os Brazilienses
O CONFLITO ABERTO em AGOSTO de 1822 “Temos tão amplamente demonstrado as disposições hostis de Portugal contra o Brasil, que nos parece não haverá já Brasiliense algum tão incrédulo, que possa disso duvidar. Segue-se agora tratarmos das operações hostis já adotadas e contempladas. há muito tempo, que se fez evidente, que os esforços do Ministério Português, e do seu partido nas Cortes, dirigiam-se a fazer popular essa meditada guerra civil, desencaminhando a opinião pública de maneira, que os iludidos Portugueses se prestassem de boa vontade á sua ruína”. CORREIO BRAZILIENSE AGOSTO de 1822 VOL. XXIX N. 171. Miscellanea. P 277 ” Em agosto de 1822 Portugal estava conduzindo o Brasil para o conflito, para o confronto e numa guerra civil pelas armas, se fosse necessário,. Isto significava que PORTUGAL estava PROCLAMANDO de fato a sua INDEPENDÊNCIA ou sua retirada do BRASIL. A sua ex-colonia era muito mais forte econômica e mesmo militarmente a além de conhecer e de dominar o terreno, o clima e a logística. Com toda certeza o GRITO de INDEPENDÊNCIA do BRASIL NÃO foi dado a beira do riacho IPIRANGA. Mas em LISBOA por alguns rábulas impotentes em conseguir reduzir o Brasil a condição de colônia lusitana e ávidos para obter pessoalmente os últimos lucros numa situação nebulosa. CORREIO BRAZILIENSE AGOSTO de 1822 VOL. XXIX N. 171. NN Miscellanea. Pp 277 – 285 Hostilidades de Portugal contra o Brazil. Temos tam amplamente demonstrado as disposiçoens hostis de Portugal contra o Brazil, que nos parece naõ haverá ja Braziliense algum tam incrédulo, que possa disso duvidar. Segue-se agora Iractarmos das operaçoens hostis ja adoptadas e contempladas. Ba muito tempo, que se fez evidente, que os esforços do Ministério Portuguez, e do seu partido nas Cortes, dirigiamse a fazer popular essa meditada guerra civil, desencaminhando a opinião publica de maneira, que os illudidos Portuguezes se prestassem de boa voutade á sua ruina. Conseguido isto, em grande parte, he escusado que falemos mais nos desastres, que aguardam Portugal; porque, naõ restando ao Brazil outra escolha senaõ preparar-se para sua justa defeza; este he o ponto principal a que se deve dirigir a attençaõ de iodos os Brazilienses
http://paxprofundis.org/livros/sebastiasnismo/sebastianismo.html Fig. 02 - O SEBASTIANISMO é a celebração de uma derrota e ao mesmo tempo o ato de voltar-se sobre si mesmo e o malogrado passado de PORTUGAL Em agosto de 1822 os deputados lusitanos constituintes sentiam e previam, de uma certa forma a derrota certa e sua impotência pa\azra lidara com o seu presente e cuja íunivca alternativa era as mitificação. Em agosto de 2002r esté em pleno curos o MESSIONISMO esccorendo pelo valão Aberto pelo SEBSTIANISMO https://www.infoescola.com/historia/sebastianismo/ He possível, que os Sebastianistas de Portugal ainda creiam assas nesta cruzsda, para contribuírem com o seu vintém da bulla, para tam pio fim ; mas acabados estes vinténs, entaõ começarão os choros. Aos 24 de Julho publicou o Ministro da Marinha o seu Edictal, em Lisboa, para o concurso das propostas dos que se quizeasem encarregar do preparo, municiamentoe transporte da expedição contra a Bahia; e nos três dias 27, 28, e 29 apparecêram as seguintes offertas. Joaõ Antônio de Almeida e Companhia offerece fazer a despeza dos viveres, transportes, e o mais inherente, por menos 20 por cento do que importaram as três antecedentes expediçoens, recebendo 10 por cento mensaes sobre a importância total, pelos rendimentos da Alfândega Grande, Casa da índia e Sette Casas, pagando-se-lhe a primeira destas mezadas um mez depois da data da confirmação deste ajuste. O patriotismo destes ofTerentes naõ fez com que se esquecessem do seu interesse particular; porque, sendo bem sabido o enorme cujto das expediçoens precedentes, muito a seu salvo poderiam offerecer esse rebate dos 20 por cento; principalmente sendo o pagamento feito a mezadas de 10 por cento, o que os deixaria pagos em 10 mezes : e contando os juros dessas mezadas, pode-se calcular, que o pagamento seria recebido só com três mezes de credito, espécie de negocio, que faria conta a qualquer commerciante, fosse a expedição a favor do Governo de Portugal, ou de Argel, ou de quem quer que fosse. Quanto da parte dos ofTerentes tudo vai bem; mas da parte do do Governo a cousa he bem diversa; porque naõ chegando essas rendas da Alfândega para pagar aos empregados públicos, que estaõ morrendo de fome 't hypothecadas essas rendas a Joaõ Antônio de Almeida e Companhia, donde ha de sair o dinheiro para as despe?as ordinárias do Governo? Depois veremos como se intenta remediar isto. 0 segundo offerente he Joaõ Baptista de Salles ; offerece o seu navio Gram Careta, por venda, no estado em que se acha, ou aparelhado, estabelecendo-lhe prestaçoens certas e moderadas, para e seu pagamento, sendo infalliveis. O patriotismo deste offerente reduz-se a querer vender o seu navio, de que naõ precisa, se o Governo lho comprar com prestaçoens infalliveis: o mesmo faria naturalmente a qual quer particular, que lho quizesse comprar, e tivesse com que lho pagar. aqui o favor naõ parece demasiado. Caetano Martins da Silva offerece o navio Canoa gratuitamente, por tempo de seis mezes, entregando-o agora no estado em que se acha: e recebendo-o aqui ou na Bahia, no fim do dicto tempo, como entaõ se achar, tanto em casco como em quaesquer fornecimentos: e como reputa o dicto no valor de 40:000.000 de reis, pagar-lhe-ha o Estado 8 por cento sobre o dicto valor, para fazer o respectivo seguro. Findos os seis mezes, se por mais tempo for necessário ao Estado ficará vencedo 2:000.000 de reis por mez, até a entrega, sendo todas as despezas por conta do mesmo Estado. Quanto ao pagamento, ou seja do prêmio do seguro, ou das demoras se as houver, se lhe fará na Casa da índia, ou por encontro de despachos de suas próprias fazendas, ou por consignaçoens de 10 por cento por mez. Esta offerta gratuita tem por objecto o apparelhar-lhe o Governo o navio deste patriota, pagar-lhe o seguro para o Brazil, para onde se seu dono o quizesse mandar o mandaria em lastro, ganhando assim este patriótico negociante todo o preparo de seu navio, e mais 8 por cento no pieço que arbitra; depois dous contos de reis mensaes, ou por outras palavras 5 por cento por anno sobre a valor arbitrário que poz ao navio: ora he preciso confessar, que he esta uma offerta bem gratuita! No caso de naõ convir este contracto, offerece o mesmo navio Canoa e o Gram-Pára, pelas mesmas condiçoens offerecidas por Joaõ Antônio de Almeida e Companhia. Pôde offerecer isto affoito, que ja vimos acima o que nisso lucra. Segue-se Antônio Jozé de Miranda Júnior. Este offerece o seu brigue General S. Paio, com as condi çoens de ser o seu frefratamento menos 3 por cento de outro qualquer; que o importe delle lhe deve ser pago pela 3a. parte dos direitos das fazendas, que lie tem a despachar, tanto nas alfândegas desta cidade, como na casa da índia, e isto lhe será abonado até seu real embolço, que a aguada e aloja meu to para os officiaes e tropa será prumplificada pelo Arsenal. Este offerente também obra seguro, porque, a demais de requerer o mesmo pagamento dos outros, só com a pequena diminuição, de 3 por cento, requer o pagar-se por suas maõs nos direitos da alfândega, o que obterá, sempre que entre com fazendas suas, ou em seu nome na alfândega, cujos direito montem a três vezes o importe da divida, condição de pouca difficnlde na execução. Joaõ Foster offerece o seu brigue Fulham, pelo preço do seu frete 1:000.000 reis livres de toda a despeza. Este favor faria elle naturalmente a outrem qualquer. Joaõ Armande offerece a Galera Sarda Verdadeiros Amigos, nsô declara preço. Suppomos, que se contenta com o ordinário, que lucrou na expedição passada, era que trouxe tropas do Brazil. Finalmente Joaõ Paulo Cordeiro propõem a venda de 249 sacas de arroz da Bahia, pelo preço mais commodo, que desta qualidade for offerecido, sendo pago no dia que se lhe arbitrar. Este heo uuico offerente, que naõ affecta seiviços de patriotismo ; he um negociante, que tem arroz para vender, e vendelloba ao Governo, se este lhe pagar promptamente. E mais naõ disse este deponente; e naõ apparecendo outras ofertas voluntárias, vio bem o Covenio o pouco, que éra de esperar das bem dietas emohis, para fazer a guerra: assim recorreo»e com muita pressa ao plano de um empréstimo, por duas ve'«•t tentado, pura pagar aos empregados públicos, e por outras duas vezes abandonado; desta vez, porém, promette melhor suecesso. Aos 2 de Agosto annunriou o Miuistro da Fazenda, em Lisb°n, que receberia as piopostos para um empréstimo de dez niilhoens de cruzados; e como esta medida se annunciára ha navio Gram Careta, por venda, no estado em que se acha, ou aparelhado, estabelecendo-lhe prestaçoens certas e moderadas, para eseu pagamento, sendo infalliveis.
Fig. 03 - O BRASIL teve, no mar, a sua primeira nau capitânia denominada DOM PEDRO I Este vaso de guerra foi construiido na Bahia em 1763. Serviu aos portugueses e, em 1822 ,tornou-se a nau da MARINHA do BRASIL a fazer frente à MARINHA LUSITANA hostil https://commons.wikimedia.org/wik/File:Batalha_de_4_de_maio.png O patriotismo deste offerente reduz-se a querer vender o seu navio, de que naõ precisa, se o Governo lho comprar com prestaçoens infalliveis: o mesmo faria naturalmente a qual quer particular, que lho quizesse comprar, e tivesse com que lho pagar. aqui o favor naõ parece demasiado. Caetano Martins da Silva offerece o navio Canoa gratuitamente, por tempo de seis mezes, entregando-o agora no estado em que se acha: e recebendo-o aqui ou na Bahia, no fim do dicto tempo, como entaõ se achar, tanto em casco como em quaesquer fornecimentos: e como reputa o dicto no valor de 40:000.000 de reis, pagar-lhe-ha o Estado 8 por cento sobre o dicto valor, para fazer o respectivo seguro. Findos os seis mezes, se por mais tempo for necessário ao Estado ficará vencedo 2:000.000 de reis por mez, até a entrega, sendo todas as despezas por conta do mesmo Estado. Quanto ao pagamento, ou seja do prêmio do seguro, ou das demoras se as houver, se lhe fará na Casa da índia, ou por encontro de despachos de suas próprias fazendas, ou por consigna çoens de 10 por cento por mez. Esta offerta gratuita tem por objecto o apparelhar-lhe o Governo o navio deste patriota, pagar-lhe o seguro para o Brazil, para onde se seu dono o quizesse mandar o mandaria em lastro, ganhando assim este patriótico negociante todo o preparo de seu navio, e mais 8 por cento no pieço que arbitra; depois dous contos de reis mensaes, ou por outras palavras 5 por cento por anno sobre a valor arbitrário que poz ao navio: ora he preciso confessar, que he esta uma offerta bem gratuita! No caso de naõ convir este contracto, offerece o mesmo navio Canoa e o Gram-Pára, pelas mesmas condiçoens offerecidas por Joaõ Antônio de Almeida e Companhia. Pôde offerecer isto affoito, que ja vimos acima o que nisso lucra. Segue-se Antônio Jozé de Miranda Júnior. Este offerece o seu brigue General S. Paio, com as condiçoens de ser o seu frefratamento menos 3 por cento de outro qualquer; que o importe delle lhe deve ser pago pela 3a. parte dos direitos das fazendas, que lie tem a despachar, tanto nas alfândegas desta cidade, como na casa da índia, e isto lhe será abonado até seu real embolço, que a aguada e alojamento para os officiaes e tropa será promptificada pelo Arsenal. Este offerente também obra seguro, porque, a demais de requerer o mesmo pagamento dos outros, só com a pequena diminuição, de 3 por cento, requer o pagar-se por suas maõs nos direitos da alfândega, o que obterá, sempre que entre com fazendas suas, ou em seu nome na alfândega, cujos direito montem a três vezes o importe da divida, condição de pouca difficnlde na execução. Joaõ Foster ofTerece o seu brigue Fulham, pelo preço do seu frete 1:000.000 reis livres de toda a despeza. Este favor faria elle naturalmente a outrem qualquer. Joaõ Armande offerece a Galera Sarda Verdadeiros Amigos, naõ declara preço. Supporaos, que se contenta com o ordinário, que lucrou na expedição passada, era que trouxe tropas do Brazil. Finalmente Joaõ Paulo Cordeiro propõem a venda de 249 sacas de arroz da Bahia, pelo preço mais commodo, que desta qualidade for offerecido, sendo pago no dia que se lhe arbitrar. Este he o uuico offerente, que naõ affecta seiviços de patriotismo : he um negociante, que tem arroz para vender, e vendelloha ao Governo, se este lhe pagar piomptamente. E mais naõ disse este deponente ; e naõ apparecendo outras ofertas voluntárias, vio bem o Coveruo o pouco, que éra de esperar das bem dietas emolas, para fazer a guerra: assim recorreose com muita pressa ao plano de um empréstimo, por duas vezes tentado, pura pagar aos empregados públicos, e por outras duas vezes abandonado: desta vez, porém, promette melhor suecesso. Aos 2 de Agosto annunciou o Miuistro da Fazenda, em Lisbon, que receberia as piopostos para um empréstimo de dez milhoens de cruzados; e como esta medida se annunciára ha muito tempo, aehavain-se ja em Lisboa os Agentes de varias casas Inglezas, com instrucçoens para proporem seus termos. Se o empréstimo se realizar, será necessariamente por alguma dessas casas Inglezas; porque em Portugal claro está que naõ ha taes dez milhoens para emprestar ao Governo
Fig. 04 - O ouro do BRASIL estocado em LONDRES Este estoque é resultado de malfadados tratados como aquele de Methuen que infelicitou os BRASILEIROS e LUSITANOS que esbanjavam e comprometiam todo o OURO que podiam saquer na AMÉRICA, AFRICA e ÁSIA e , com ele, pagar os JUROS e os EMPRÉSTIMOS dos BANCOS de LONDRES Suppomos a hypothese mais favorável, que podem desejar estes alvitristas da guerra contia o Brazil; e he, que se realiza o empréstimo. Em primeiro lugar, as condiçoens devem ser mui onerosas; por que ninguém emprestará dinheiro a um Governo tam falto de credito e recursos, e que vai a emprender tam desastrosa guerra, sem que os lucros sejam tanto de tentar, que equiralham grande risco da perda iminente do Capital. Depois, sendo esie empréstimo feito por capitalistas da Inglaterra, fica o pobre Portugal, alem das demais desgraças, sugeito a pagar á Gram Bretanha um tributo annual, iguala somraa dos juros desse empréstimo; e daqui se seguirá logo o outro mal filho deste, de abaixarem os câmbios contra Portugal, em razaõ das remessas, que tem a fazer nos pagamentos desses juros. Finalmente, gritando todos, queerá preciso fazer um empréstimo para pagar aos empregados, agora vai o Governo applicar esse dinheiro na guerra do Brazil, e por tanto ficam os empregados a morrer de fome, como d'antes estavam. Ora devemos lembrar, que entre as pessoas, que, nas Cortes e fora dellas, tem mostrado os perigos de naõ pagar o Governo aos empregados, Castello Branco disse, que sem se tomarem medidas próprias para este pagamento, desfar-se-hia tudo quanto se tem feito, em mudar o Governo: Borges Carneiro julgou essa providencia essencial á mantença do presente systema ; e Fernandez Thomas declarou, que sem isto estava acabado o systema constitucional : porque reforma sem dinheiro, e sem pagar o Governo a quem deve, nem se quer concebia que pudesse existir. Vistas pois estas profecias dos mesmos coirfeos du Revolução, a conclusão he, que a applicaçaõ deste empréstimo para a guerra do Brazil, em vez de pagar com elle os empregados, vai atirar como Governo em terra. Be de presumir, que os partidistas da uniaõ de Portugal com Hespanha se naõ embarassem cora estas conseqüências, visto que ellas favorecem o seu plano. Com effeito, exhaurído o Erário com a guerra do Brazil, amotinados os empregados e talvez a tropa, por naõ terem que comer, facilmente poderão os Hespanhoes entrar por Portugal e assenhorear-se delle, naõ tendo ja o Governo Portuguez, nem vigor, nem credito, para se lhe poder oppór. Como porém a perversidade desse partido intenta, ja que naõ pode recolonizar o Brazil, tractar de reduzillo a cinzas, tem muitos suggerido, e ja se começa a pór em practica, o plano da sublevaçaõ dos escravos. Nos ja indicamos este mal, para que no Brazil se acautellassem delle, agora diremos mais as noticias, que sobre isto temos, proque convém que se faça geral o conhecimento desta horrorosa conspiração Portugueza, cujo resultados seraõ tam funestos ao Brazil, que naõ ha indivíduo algum que naõ deva fazer todos os sacrifícios pessoaes, a fim de o previnir. Paris he o foco desta conspiraraçaõ. E os Agentes Portuguezes ali, que estaõ neste segredo, convidaram dous sugeitos, que iodo viajar ao Brazil a titulo de naturalistas, se oecupássera de organizar entre os negros uma insurreição geral. Um desses convidados naõ quiz ultimar o ajuste, por desconvir no preço, deo com a língua nos dentes, e por este meio, diz o nosso informante, se veio a saber de quem eram os que meditavam esta negra trama, e cujos nomes nos foram transmittidos, sendo o cabeça um ex-diplomatico Pcrtuguez. O Norte do Brazil éra o principal alvo desta infernal machinaçaõ ; porque na Bahia se deixa isso para ultimo recurso, visto que se suppoem segura actualraente a posse da quella cidade. Temos feito nosso dever, annunciando estas noticias; mas se a pezar dellas o Maranhão e Pará continuarem a deixar-se governar pelos mandoens Portuguezes, dando-lhes tempo e opporlunidade paru verificarem suas medidas, teraõ os habitantes des° sas duas províncias mais culpa em seus próprios desastres, porse naõ precaverem, sendo admoestados do perigo, do que os próprios inimigos, que recorrem a esse funesto estratagema. Quanto á Bahia, se ali naõ ha uma apathia quasi próxima á demência, devem ja estar mais do que convencidos do jugo que lhes preparam as Cortes. As tropas Poi tuguezas assas tem feito conhecer á Bahia o jugo de ferro, que intentam impôr-llie. a Bahia deve ser espremida, para pagar esses mesmos verdugos, que para lá lhe mandam ; e quando naõ tiver mais que dar, a cidade rerá saqueada: e se depois disto forem as tropas Poi tuguezas obrigadas a largar esta preza; faraó antes de sahir sublevar os escravos, para deixarem dessolada a provincia que uaõ podem conquistar ou reter
ig. 04 - O ouro do BRASIL estocado em LONDRES Este estoque é resultado de malfadados tratados como aquele de Methuen que infelicitou os BRASILEIROS e LUSITANOS que esbanjavam e comprometiam todo o OURO que podiam saquer na AMÉRICA, AFRICA e ÁSIA e , com ele, pagar os JUROS e os EMPRÉSTIMOS dos BANCOS de LONDRES Suppomos a hypothese mais favorável, que podem desejar estes alvitristas da guerra contia o Brazil; e he, que se realiza o empréstimo. Em primeiro lugar, as condiçoens devem ser mui onerosas; por que ninguém emprestará dinheiro a um Governo tam falto de credito e recursos, e que vai a emprender tam desastrosa guerra, sem que os lucros sejam tanto de tentar, que equiralham grande risco da perda iminente do Capital. Depois, sendo esie empréstimo feito por capitalistas da Inglaterra, fica o pobre Portugal, alem das demais desgraças, sugeito a pagar á Gram Bretanha um tributo annual, iguala somraa dos juros desse empréstimo; e daqui se seguirá logo o outro mal filho deste, de abaixarem os câmbios contra Portugal, em razaõ das remessas, que tem a fazer nos pagamentos desses juros. Finalmente, gritando todos, queerá preciso fazer um empréstimo para pagar aos empregados, agora vai o Governo applicar esse dinheiro na guerra do Brazil, e por tanto ficam os empregados a morrer de fome, como d'antes estavam. Ora devemos lembrar, que entre as pessoas, que, nas Cortes e fora dellas, tem mostrado os perigos de naõ pagar o Governo aos empregados, Castello Branco disse, que sem se tomarem medidas próprias para este pagamento, desfar-se-hia tudo quanto se tem feito, em mudar o Governo: Borges Carneiro julgou essa providencia essencial á mantença do presente systema ; e Fernandez Thomas declarou, que sem isto estava acabado o systema constitucional : porque reforma sem dinheiro, e sem pagar o Governo a quem deve, nem se quer concebia que pudesse existir. Vistas pois estas profecias dos mesmos coirfeos du Revolução, a conclusão he, que a applicaçaõ deste empréstimo para a guerra do Brazil, em vez de pagar com elle os empregados, vai atirar como Governo em terra. Be de presumir, que os partidistas da uniaõ de Portugal com Hespanha se naõ embarassem cora estas conseqüências, visto que ellas favorecem o seu plano. Com effeito, exhaurído o Erário com a guerra do Brazil, amotinados os empregados e talvez a tropa, por naõ terem que comer, facilmente poderão os Hespanhoes entrar por Portugal e assenhorear-se delle, naõ tendo ja o Governo Portuguez, nem vigor, nem credito, para se lhe poder oppór. Como porém a perversidade desse partido intenta, ja que naõ pode recolonizar o Brazil, tractar de reduzillo a cinzas, tem muitos suggerido, e ja se começa a pór em practica, o plano da sublevaçaõ dos escravos. Nos ja indicamos este mal, para que no Brazil se acautellassem delle, agora diremos mais as noticias, que sobre isto temos, proque convém que se faça geral o conhecimento desta horrorosa conspiração Portugueza, cujo resultados seraõ tam funestos ao Brazil, que naõ ha indivíduo algum que naõ deva fazer todos os sacrifícios pessoaes, a fim de o previnir. Paris he o foco desta conspiraraçaõ. E os Agentes Portuguezes ali, que estaõ neste segredo, convidaram dous sugeitos, que iodo viajar ao Brazil a titulo de naturalistas, se oecupássera de organizar entre os negros uma insurreição geral. Um desses convidados naõ quiz ultimar o ajuste, por desconvir no preço, deo com a língua nos dentes, e por este meio, diz o nosso informante, se veio a saber de quem eram os que meditavam esta negra trama, e cujos nomes nos foram transmittidos, sendo o cabeça um ex-diplomatico Pcrtuguez. O Norte do Brazil éra o principal alvo desta infernal machinaçaõ ; porque na Bahia se deixa isso para ultimo recurso, visto que se suppoem segura actualraente a posse da quella cidade. Temos feito nosso dever, annunciando estas noticias; mas se a pezar dellas o Maranhão e Pará continuarem a deixar-se governar pelos mandoens Portuguezes, dando-lhes tempo e opporlunidade paru verificarem suas medidas, teraõ os habitantes des° sas duas províncias mais culpa em seus próprios desastres, porse naõ precaverem, sendo admoestados do perigo, do que os próprios inimigos, que recorrem a esse funesto estratagema. Quanto á Bahia, se ali naõ ha uma apathia quasi próxima á demência, devem ja estar mais do que convencidos do jugo que lhes preparam as Cortes. As tropas Poi tuguezas assas tem feito conhecer á Bahia o jugo de ferro, que intentam impôr-llie. a Bahia deve ser espremida, para pagar esses mesmos verdugos, que para lá lhe mandam ; e quando naõ tiver mais que dar, a cidade rerá saqueada: e se depois disto forem as tropas Poi tuguezas obrigadas a largar esta preza; faraó antes de sahir sublevar os escravos, para deixarem dessolada a provincia que uaõ podem conquistar ou reter
Fig. 06 - O militar quando cumpre ordens não CONHECE mais RAZÃO ou SENTIMENTOS. A justificativa emana das da COBIÇA, da SELVAGERIA e dos DESMANDO dos seus SUPERIORES, Quem paga, até com a sua vida. são, em geral os inocentes e indefesos . Uma das vitimas do DESMANDOS e SELVAGERIA foi a MADRE JOANA morta no dia 11 de fevereiro de 1822 na porta do convento que tentava defender com seu frágil corpo. https://eitaxi.com.br/conhecendo-a-soteropolis-xii-por-alcir-santos/ CORVETA MARAI da GLÓRIA https://www.naval.com.br/ngb/M/M031/M031.htm Em agosto de 1822 todos sinais vindos dos “DOUTOS autodenominados DEPUTADOS provenientes da dita REVOLUÇÃO LIBERAL do PORTO de 1820” nada sabiam ou queriam saber de qualquer COLONO vivendo situada além MAR. Os três seculos de ocupação, posse e exploração da AMÉRICA, da ÁFRICA e da ÁSIA nada haviam ensinado a estes “DOUTOS autodenominados DEPUTADOS” além de estimular o seu apetite pela POSSE, pela ACUMULAÇÃO de BENS MATERIAIS e SIMBÓLICOS.
https://gazetaarcadas.com/2021/05/17/messianismo-a-brasileira/ Fig. 07 - A manipulação do PODE SIMBÒLICO pelos canis da midia e a apropraiçaõ de imagem obrvimente retirados do se contextogeram um calto e substrato para um mESSINISMO pelo qual muitos datiam a vida, os eus trabalho e poucosbens que possuem No entanyto funvciona como o SEBASTINISMO LUSITANO alastriu0se seculos afoar e era usado para o mais vis objetivos Estas sementes sinistras e desagregadoras continuam ativas em AGOSTO de 2022 e se reproduzindo no BRASIL quando um bando de LEGISLADORES, EXECUTIVOS e JUÍZES não consegue refrear o seu próprio apetite pela POSSE, ACUMULAÇÃO de BENS MATERIAIS e SIMBÓLICOS e muito menos dos seus sócios e protegidos pela LEI, pelo FISCO e pelos TRIBUNAIS. R$ 336, 8 BILHÕES de FRAUDES no BRASIL INDEPENDENTE den20221 https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/brasil/2022/08/prejuizos-com-fraudes-no-brasil-somaram-r-336-8-bilhoes-em-2021.html EXERCITO de DOM PEDRO I http://www.eb.mil.br/o-exercito?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=/asset_publisher/view_content&_101_returnToFullPageURL=/&_101_assetEntryId=1539194&_101_type=content&_101_urlTitle=guerra-da-independencia&inheritRedirect=true O MESSIANISMO no BRASIL de AGOSTO de 2022 https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/GK6DpnYKKJsftjJYmTWLYqR/?lang=pt + https://www5.usp.br/noticias/messianismo-e-milenarismo-no-bras
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