quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

162 – NÃO FOI NO GRITO


ABOLIÇÃO como uma das ESTRATÉGIAS IMPERIAIS.

Maio de 1888

MISSA CAMPAL e TEDEUM  no dia 17 de maio de 1888 em “AÇÂO de GRAÇAS” pela “LEI ÁUREA” -Foto de Antônio Luiz FERREIRA
Fig. 01 –  A fotografia do evento do “ TE DEUM” celebrado em PRAÇA PUBLICA  do dia 17 de maio de 1888 foi o apogeu da estratégia para o REGIME IMPERIAL retirar do discurso do republicanos o TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA. Eventos que misturavam religião, carnaval, política e proselitismo massivo alimentado pela propaganda e marketing primitivos Tendo ao centra DONA ISABEL.

A ABOLIÇÃO da ESCRAVIDÂO no BRASIL NÂO FOI no GRITO.

Esta ABOLIÇÂO teve LANCES e EVENTOS montados em sucessivos cenários destinados a EVIDENCIAR os BENEFÍCIOS do REGIME IMPERIAL. EVENTOS e LANCES destinados a esvaziar os argumentos e os discursos dos GRÊMIOS REPUBLICANOS. EVENTOS montados tanto para repercussões internacionais como para o consumo interno. No panorama internacional o BRASIL era a ÚNICA NAÇÃO AMERICANA com vigência do REGIME IMPERIAL após o fracasso mexicano em adotar este regime de governo. No panorama brasileiro engrossavam as foleiras dos GRÊMIOS REPUBLICANOS com fortes discursos abolicionistas e repúdio ao REGIME IMPERIAL que mantinha a LEGALIDADE da ESCRAVIDÂO.

Foto da sessão do Senado brasileiro do dia12 de maio de 1888 que aprovou a “LEI ÁUREA”
Fig. 02 –  A sessão do senado brasileiro no dia 12 de maio de 1888 foi precedida por um intenso debate entre ABOLICIONISTAS e ESCRAVOCATAS. Senado dominado por abastados fazendeiros ESCRAVOCATAS e cuja eleição era em geral comprada com o capital amealhado com a exploração da MÂO SERVIL. De outro lado o OLHAR BRITÂNICO estava ávido para vender máquinas e produtos industrializados  e como vultosos capitais para empréstimos com altos juros de risco estava desqualificando e depreciando os produtos oferecidos pelos FAZENDEIROS ESCRAVOCRATAS no MERCDO INTERNACIONAL. Mercado internacional pelo qual o IMPÉRIO PROMOVIA a PROPAGANDA e AMOSTRAS do TALENTO BRASILEIRO.

A lei precede os fatos humanos e culturais. Apesar de IMORAL a LEI da ESCRAVIDÃO foi ABSOLUTAMENTE LEGAL até 1888 no BRASIL.

A LEI de MAIO de 1888 acabou, no BRASIL, com a LEGALIDADE da ESCRAVIDÂO. O ESPETÁCULO PÚBLICO desta PROMULGAÇÂO apenas DESVIOU os OLHOS da IMORALIDADE de sua PRÀTICA que se tornou mais INTENSA e UNIVERSAL. 

Os dois ESPETÁCULOS PÚBLICOS - organizados pela CORTE IMPERIAL BRASILEIRA, nos dias 13 e outro n 17 de maio  de 1888, foram versões atualizadas dos EVENTOS, ENTRUDOS e PROCISSÔES dos REGIMES COLONIAL e IMPERIAL do BRASIL que ENCOBRIA mais do Que REVELAVAM para o PODER  ORIGINÁRIO BRASILEIRO.

Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905 “BATALHA do AVAI” 1872-1879  Óleo sobre tela 500 x 1.100 cm Acervo do Museu Nacional de Belas Artes - RJ 
Fig. 03 –  A condução e a vitória na GUERRA do PARAGUAI recebeu um tratamento simbólico que destinado a encobrir os horrores, os massacres e os gastos desta luta fratricida .  A BATALHA do AVAI imaginada e pintada por PEDRO AMÈRICO entre 1872 a 1879 em Florença integrou como peça de PROPAGANDA e MARKETING do Império Brasileiro Assim era uma amostra visual imaginada e mitificada e que passou ase vista e propalada como VERDADE e VIRTUDE de um regime forte e decidido.

De um lado, este EVENTO IMPERIAL abafava a VOZ dos ESCRAVOCRATAS que perdiam suas preciosas “PEÇAS LEGAIS”. Do outro lado jogava estas mesmas “PEÇAS LEGAIS”, nos “CAMPOS da REDENÇAO’ nas condições das FAVELAS e dos MOCAMBOS e sem a MENOR INDENIZAÇÂO DEVIDAS pelos ESCRVOCRATAS. Estes “CAMPOS da REDENÇAO’ que eram horrorosas metáforas de  banhados insalubres, de penhascos íngremes e terrenos degradados sem a menor utilidade para os “DONOS do PODER”.

EVENTO PÚBLICO no dia 13 de maio de 1888 pela ASSINATURA da LEI ÁUREA. 
Fig. 04 –  No dia posterior à APROVAÇÂO da LEI ÁUREA pelo SENADO BRASILEIRO  o evento, aqui fotografado em frente ao Palácio Imperial,  celebra em PRAÇA PUBLICA a ASSINATURA deste documento.   O REGIME IMPERIAL valia-se da oportunidade como da estratégia  para retirar o PROTAGONISMO do  TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA do discurso do republicano. Evento para o  qual concorrem  proselitismo massivo, carnaval, política e religião alimentados pela propaganda e marketing de uma ERA INDUSTRIAL PRIMITIVA. A FOTOGRAFIA concorria para dar suporte para entrada desta PRIMITIVA ERA INDUSTRIAL e que a segui foi largamente explorada pela PROPAGANDA  POLÍTICA, COMÉRCIAL, IDEOLÒGICA e SIMBÒLICA,  .

Os ESPETÁCULOS - dos dias 12, 13 e  17 de maio  de 1888, foram EVENTOS PARA INGLÊS VER. Na pratica “MUDAVAM para PIORAR” o já trágico quadro político, social e econômico do BRASIL.

Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905 – “A LIBERTAÇÂO dos ESCRAVOS” 1889 òleo sobre tela 138.5 x 199 cm Acervo do Palácio do Governo de São Paulo
Fig. 05 –    O pintor Pedro Américo interpretou a “LIBERTAÇÂO dos ESCRAVOS”.  O doutor em Filosofia reuniu neste quadro todos os argumentos na busca de evidenciar a promoção da VERDADE, do BEM e da BELEZA pela PROPAGANDA e MARKETING o seu MUNDO IMAGINADO do REGIME IMPERIAL BRASILEIRO.  Esta obra foi pintada no ano da PROCLAMAÇÂO do REGIME REPUBLICANO. Muitos dos índices simbólicos deste  tema foram retomados, num esboço do ano 1895 e tornado definitivo no ano de 1902 com o título “PAZ e CONCÒRDIA” após o seu autor ser constituinte republicano e este regime enfrentar as comoções nacionais dos episódios que marcaram o ano de 1893, porém sem referência visual para a ESCRAVIDÂO. Esta tela é patrimônio do acervo do  PALACIO DO GOVERNO do ESTADO de SÃO PAULO enquanto o esboço de 1895 consta do acervo da PINACOTECA de SÂO PAULO

Estes ESPETÁCULOS ancoram a sua esperança ainda num ESTADO NACIONAL encimada por uma coroa e um trono hereditário a quem todos deviam - não só obediência irrestrita e cega -  mas veneração sem espaço para algum tipo de autonomia do PODER ORIGINÁRIO deste ENTE ABSTRATO e METAFÍSICO com profundas raízes medievais e coloniais. Com argumentos da massiva adesão de uma população sem muita instrução e ainda menos competente para se auto determinar..

Fig. 06 –  A construção do PALACIO no lugar presumido do presumido “ GRITO do IPIRANGA”  foi um esforço dos BARÕES do CAFÉ PAULISTA para perpetuar o REGIME IMPERIAL do qual eles ostentavam o títulos nobiliárquicos. Esta obra também fazia parte da estratégia do REGIME IMPERIAL para retirar do discurso republicano o TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA A sua triste condição atual de MUSEU FECHADO para o PÙBLICO o transformou este PALÀCIO num momento que, de fato, evidencia a abismal distância entre os SONHOS dos DONOS do PODER e as miseráveis condições das favelas e mocambos das quais foi extraído o TRABALHO e CAPITAL para a sua construção e ostentação de uma elite cega para a passagem do seu TEMPO..

A busca da LIBERDADE, da IGUALDADE e da HUMANIDADE, estava reservada para uma estreita casta de DONOS do PODER neste ESTADO NACIONAL encimado por uma coroa e um trono hereditário. A ABOLIÇÃO da ESCRAVATURA no BRASIL não era prioridade alguma para esta casta. Era um PROBLEMA de OUTROS com os quais tinham pouca intimidade, interesse e mesmo sabiam que pouco afetaria a sua casta. Toda POLÍTICA deste ESTADO NACIONAL era uma questão de fidelidade a esta casta de DONOS do PODER[1].

A produção simbólica do FINAL do REGIME IMPERIAL BRASILEIRO destinava a estes SÓCIOS do TRONO e da COROA. Destinada a ser instrumento de PROPAGANDA e MARKETIN nacional e internacional de REGIME que vivia na consanguinidade, na esteira e no plágio das CASAS IMPERIAIS EUROPEIAS.



[1] FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Porto Alegre São Paulo: Globo e USP, 1975.  2v.
Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905  O GRITO do IPIRANGA 1888 Óleo sobre tela 760 x 451 cm . Acervo do MUSEU do IPIRANGA 
Fig. 07 –  O“ GRITO do IPIRANGA”   foi encomendado ao pintor paraibano PEDRO AMÈRICO para figura com destaque no PALACIO em construção no lugar presumido do presumido deste discutível evento. A encomenda desta gigantesca tela foi mais um esforço dos BARÕES do CAFÉ PAULISTA para perpetuar o REGIME IMPERIAL. Esta obra peregrinou pelas principais capitais europeias após a sua pintura na cidade de FLORENÇA na ITALIA No entanto na sua chegada efetiva ao Brasil e a sua  colocação no lugar para o qual havia sido encomendado só aconteceu após o término do REGIME IMPDERIAL.
Nas artes a produção simbólica do FINAL do REGIME IMPERIAL BRASILEIRO usufruía a fama das obras de músicos como Carlos Gomes[1] aplaudido nos palcos europeus, pintores com Pedro Américo sediado em Florença, com o firme apoio diplomático do Barão do Rio Branco. Era a colheita de uma longa, cara e penosa semeadura de um PROJETO CIVILIZATÓRIO IMPERIAL[2].

No contraditório o PODER  ORIGINÁRIO BRASILEIRO era apenas um convidado destinado a engrossar numericamente as versões  estes EVENTOS, ENTRUDOS e PROCISSÕES IMPERIAIS. O povo percebia apenas manifestações com as quais ele se habituara nos REGIMES COLONIAL e IMPERIAL do BRASIL. MANIFESTAÇÕES PÙBLICAS que ENCOBRIAM muito mais do que REVELAVAM.

Há necessidade de admitir que até o presente raros são aqueles que compreendem o VAZIO destes EVENTOS PÚBLICOS. EVENTOS montados, manipulados e divulgados como ESTRATÈGIAS CAMUFLADAS com o objetivo de PROLONGAR - ao MÁXIMO POSSIVEL - o REGIME IMPERIAL e o PODER dos seus SÓCIOS mais ÌNTIMOS. A resposta, estas ESTRATÈGIAS CAMUFLADAS, sobreveio, um ano depois,  no dia 18 de novembro de 1889 com a PROCLAMAÇÂO do REGIME REPUBLICANO.



[1] - Nesta época Carlos GOMES mantinha a LUXOUSA MANSÂO “BRASÍLIA”  em MAGGIANO/ LECCO na ITÀLIA

[2] CARVALHO, José Murilo. A formação das almas: o imaginário da República. São          Paulo: Companhia das Letras. 1990. 

DURAND, José Carlos, Arte, Privilégio e Distinção: Artes plásticas, arquitetura e  classe dirigente no Brasil, 1855/1985.São Paulo : Perspectiva: EDUSP 1989. 307p.

Fig. 08 –  É evidente a unidade dos personagens da CONVENÇAO de ITU do dia 18 de abril de 1873, O que não se pode negar à que os seus integrantes  possuíam um PROJETO de HEGEMONIA POLÌTICA lastreada no seu PODER ECONÔMICO. Esta nova FORÇA ECONÔMICA constituía a FORÇA OPOSTA aos BARÔES do CAFÈ do VALE do PARAIBA REGIME IMPERIAL e que faziam de tudo para continuar o IMPERIO e os es TÌTULOS de NOBREZA COMPRADOS  retirar do discurso do republicanos o TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA. Os eventos IMPERIAIS  misturavam religião, carnaval, política e proselitismo massivo alimentado pela propaganda e marketing primitivos tendo ao centra DONA ISABEL. A estética destes primeiros eventos REPUBLICANOS  prima pelo foco politico único e linear na conquista do poder. O tema da ABOLIÇÂO fora lhes subtraído pelo REGIME IMPERIAL.

O abalado REGIME IMPERIAL nunca sonhou e reconhecer com a possibilidade da VOLTA de ZUMBI muito menos na busca a LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE que o REGIME COLONIAL e IMPERIAL lhe negava e subtraia LEGALIDADE, a MEMÓRIA e RESPEITO. Certamente é muito rara qualquer referência a este personagem fora do quadro histórico como INDESEJÁVEL, INIMIGO e MALFEITOR.

Evidente o oposto da sua MITIFICAÇÃO - como SUJEITO e REPRESENTANTE ÚNICO desta tenaz busca da LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE - realiza o mesmo estrago. A FUGA para o PASSADO MÍTICO não só esquece os problemas concretos e presentes como aliena, reduz e se equivoca  no caminho de uma CIVILIZAÇÃO e de uma CULTURA que possui e se propõe um FUTURO mais HUMANO e COERENTE com o seu TEMPO, seu LUGAR e a sua SOCIEDADE.

Victor MEIRELLES 1832-1903 - Panorâmico após a Revolta da Armada 1893
Fig. 09 –  Foi triste a sorte e o final da vida  do pintor catarinense Vitor MEIRELES – descartado, pelo REGIME REPUBLICANO da   ACADEMIA IMPERIAL de BEAS ARTES e que e RENOMEOU de ESCOLA NACIONAL de BELAS ARTES . Em disponibilidade forçada registrou um dos tristes  signos do REGIME REPUBLICANO com a REVOLTA da ARMADA cujos canhões estraçalharam uma fortaleza e os seus arredores  O novo  REGIME REPUBLICANO sugeria agora “QUADROS PORTÁTEIS” ou obras bem menores do que as “MAQUINAS de PINTURA” da estética  GLÒRIAS IMPERIAIS e com  auto financiamento pelo artista. O autor das pinturas da “ PRIMEIRA MISSA no BRASIL”, a “BATALHA dos GUARARAPES” e da “BATALHA do RIACHUELO”  viu a fortuna de sua fama submergir com o REGIME IMPERIAL. , 


A súbita mudança do REGIME IMPERIAL para o REPUBLICANO sem a efetiva participação, deliberação e decisão do PODER ORIGINÁRIO, colocou o comando do GOVERNO BRASILEIRO nas mãos de outros DONOS. Outros DONOS entre os quais os abolicionistas históricos republicanos não tiveram voz e nem vez. Foram remetidos e distanciados de qualquer voto com também aconteciam com as mulheres e entregues à sua SORTE como os EX-ESCRAVOS, sem indenizações, sem MORADIAS FIXA, INSTRUÇÃO e TRABALHO DIGNO.

Os novos DONOS DO PODER imitaram a estratégia IMPERIAL e embalsamaram, em vida Machado de ASSIS e JOSÉ do PATROCÍNIO. Os trataram como MITOS[1], GLÓRIAS e DISCURSOS VAZIOS destinados para uma população pouco afeita as distinções práticas e empíricas entre IMPERIAIS e REPUBLICANOS. Os atuais partidos políticos continuam como objetos da mesma confusão nos conceitos da população por mais extremos e diversos sejam as suas linhas ideológicas. Para esta população estes PARTIDOS são fontes de DISCURSOS VAZIOS, ESTATÌSTICAS pouco confiáveis e são rotulados pejorativamente como “MANADAS de POLÍTICOS CORRUPTOS”.  

O ato da queima dos DOCUMENTOS da ESCRAVIDÃO[2] foi um  ATO que marcha contra TODA LOGÍSTICA de QUALQUER ARQUIVO SÉRIO e CIVILIZADO por mais justificativas pontuais que pudesse ter.

Este ATO PODE SER INTERPRETADO como uma AÇÂO de GUERRA do REGIME REPUBLICANO contra os remanescentes da MENTALIDADE do REGIME IMPERIAL. Como em toda a GUERRA a VERDADE é sempre a primeira vítima.

Um traço comum de todos os REGIMES POLÍTICOS instalados no BRASIL é a vigência do POUCO CASO para a LOGÍSTICA de QUALQUER ARQUIVO SÉRIO e CIVILIZADO se não ocorrem os ATENTADOS contra estes acervos que ALEJAM de FORMA IRREVERSÍVEL a MEMÓRIA NACIONAL. Mesmo o VATICANO arquiva todos os seus atos por mais comprometedores e escabrosos sejam os conteúdos dos documentos. É muito comum encontrar os melhores documentos do BRASIL arquivados nos ESTADOS UNIDOS ou em algum pais civilizado da EUROPA.

Esta FALTA de ZELO, de INVESTIMENTOS e de PROFICIONALISMO dos ARQUIVOS BRASILEIROS é oportuníssima. Os ARQUIVOS VAZIOS ou CAÓTICOS  continuam a alimentar a mentalidade colonial em governos corruptos ou relapsos.  ARQUIVOS VAZIOS ou CAÓTICOS não testemunham e não FORNECEM DOCUMENTOS quem denunciam  atos, inércias ou simples delinquência de GOVERNOS CORRUPTOS ou INEPTOS.

No presente CASO:

- ¿ Qual o ARQUIVO onde se encontram  DOCUMENTOS FIDEDIGNOS RELATIVOS ao ZUMBI dos PALMARES?....



[1] - ABREU, Regina. A fabricação do Imortal: Memória, História e Estratégias de consagração no Brasil.  Rio de Janeiro:  Rocco, 1996. 235p.

Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello (1843-1905)  “PAZ e CONCÓRDIA”  1902 - Óleo sobre tela  300 x 431 cm - Acervo ITAMARATI 
Fig. 10 –  O pintor Pedro Américo doutor em Filosofia[1] após superar a sua vinculação com o REGIME IMPERIAL BRASILEIRO converteu-se e atuou intensamente como Constitucional da REPUBLICA.  Aproveitou a sua competência filosófica para criar a imagem da “PAZ e CONCÓRDIA”. Esta obra foi pintada, em duas versões,  após os violentos conflitos que o REGIME REPUBLICANO teve enfrentar nas comoções nacionais do ano de 1893. Não consta nenhuma referência visual para a ESCRAVIDÂO,  De outra parte o REGIME REPUBLICANO sugeria outra estética, recursos técnicos e dimensões de “QUADROS PORTÁTEIS” As duas versões desta obra são bem menores do que as “MAQUINAS de PINTURA” com que o artista exaltou as GLÒRIAS IMPERIAIS,

Na conclusão não é de estranhar a VOLTA de ZUMBI como MITO e PROFETA que busca a LIBERDADE, a IGUALDADE e a HUMANIDADE e NECESSÁRIA para TODA POPULAÇÂO.

A DATA do martírio ZUMBI ganha - no lugar dos DOCUMENTOS - cada vez mais adeptos para ser feriado nacional efetivo da ABOLIÇÃO da ESCRAVATURA no BRASIL. Feriado idealizado, propagado e consegui legalmente pelo POETA, PROFESSOR e PESQUISADOR OLIVEIRA SILVEIRA (1941-2009). Feriado que se contrapõe - SEM GRITOS e MÁGOAS – a data 20 de NOVEMBRO de 1695, da MORTE de ZUMBI, contra os MÚLTIPLOS EVENTOS PÚBLICOS, de MAIO de 1888,  protagonizados e documentados pelo abalado e vacilante REGIME IMPERIAL.

ZUMBI que nasceu LIVRE no BRASIL e que LIVREMENTE liderou ao extremo o seu povo na resistência à ESCRAVIDÃO LEGAL e IMORAL.  
FONTES BIBLIOGRÁFICAS CITADAS

ABREU, Regina. A fabricação do Imortal: Memória, História e Estratégias de consagração no Brasil.  Rio de Janeiro:  Rocco, 1996. 235p.



CARVALHO, José Murilo. A formação das almas: o imaginário da República. São          Paulo: Companhia das Letras. 1990. 



DURAND, José Carlos, Arte, Privilégio e Distinção: Artes plásticas, arquitetura e  classe dirigente no Brasil, 1855/1985.São Paulo : Perspectiva: EDUSP 1989. 307p.



FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro.            Porto Alegre – São Paulo: Globo e USP, 1975.  2v.



FIGUEREDO e MELO, Pedro Américo de (1843-1905)– LA SCIENCE et les SYSTÈMES: questions d´histoire et de philosophie naturelle. Bruxelles : Gustave Mayolez, 1869, 169 p.

-------- A CÊNCIA e os SISTEMAS: questões de história e de filosofia natural João Pessoa: Editora Universitária UFPB. 2001, 143 p – ISBN 8523701 192





FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS CITADAS

A ESCRAVIDÂO em PLATÂO


A ESCRAVIDÂO no CRISTIANISMO


ESPETÁCULO da ABOLIÇÂO no dia 13 de meio de 1888


MISSA CAMPAL pela ABOLIÇÂO em 17.05.1888




1.548 favelas no Brasil do ano de 2000


PARAISO de TUIUTI e a ESCRAVIDÂO de ONTEM e HOJE


250 FLAGRANTES de ESCRAVIDÂO no BRASIL em 2017


MUSEU do IPIRANGA- SP


História da pintura O GRITO do IPIRANGA


 BATALHA do AVAI



Mansão “BRASÍLIA” de Carlos GOMES  em MAGGIANIO/ LECCO na ITÀLIA


TRES QUADROS que RECRIAM EVENTOS das INDEPENDÊNCIAS de TRÊS NAÇÕES


Os GRÊMIOS REPUBLICANOS e a ABOLIÇÂO


CONVENÇÃO REPUBLICANA de ITU 18.04.1873



ABOLIÇÃO para INGLÊS VER



QUEIMA dos DOCUMENTOS da ESCRAVIDÂO


O NEGRO no CINEMA BRASILEIRO
OLIVEIRA SILVEIRA e o 20 de NOVEMBRO




[1] Tese defendida, em 1869, na UNIVERSIDADE LIVRE de BRUXELAS
FIGUEREDO e MELO, Pedro Américo de (1843-1905)– LA SCIENCE et les SYSTÈMES: questions d´histoire et de philosophie naturelle. Bruxelles : Gustave Mayolez, 1869, 169 p.
Traduzida  e reeditada pela Universidade FEDERAL da PARAIBA sob o título :
FIGUEIREDO, Pedro Américo Melo (1843-1905)  - A CÊNCIA e os SISTEMAS: questões de história e de filosofia natural João Pessoa: Editora Universitária UFPB. 2001, 143 p – ISBN 8523701 192

Este material possui uso restrito ao apoio do processo continuado de ensino-aprendizagem
Não há pretensão de lucro ou de apoio financeiro nem ao autor e nem aos seus eventuais usuários
Este material é editado e divulgado em língua nacional brasileira e respeita a formação histórica deste idioma.


ASSISTÊNCIA TÉCNICA e DIGITAL de  CÌRIO JOSÉ SIMON

Referências para Círio SIMON
E-MAIL
SITE desde 2008
DISSERTAÇÃO: A Prática Democrática
TESE: Origens do Instituto de Artes da UFRGS
FACE- BOOK
BLOG de ARTE
BLOG de FAMÌLIA
BLOG “ NÃO FOI no GRITO “ - CORREIO BRAZILENSE 1808-1822
BLOG PODER ORIGINÁRIO 01
BLOG PODER ORIGINÁRIO 02 ARQUIVO
VÌDEO
                     CURRICULO   LATTES

Nenhum comentário:

Postar um comentário