ABOLIÇÃO como
uma das ESTRATÉGIAS IMPERIAIS.
Maio
de 1888
MISSA CAMPAL e TEDEUM no dia 17 de maio de 1888 em “AÇÂO de GRAÇAS”
pela “LEI ÁUREA” -Foto de Antônio Luiz FERREIRA
Fig. 01 – A fotografia do evento do “ TE DEUM”
celebrado em PRAÇA PUBLICA do dia 17 de
maio de 1888 foi o apogeu da estratégia para o REGIME IMPERIAL retirar do
discurso do republicanos o TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA. Eventos que
misturavam religião, carnaval, política e proselitismo massivo alimentado pela
propaganda e marketing primitivos Tendo ao centra DONA ISABEL.
A ABOLIÇÃO da ESCRAVIDÂO
no BRASIL NÂO FOI no GRITO.
Esta ABOLIÇÂO teve
LANCES e EVENTOS montados em sucessivos cenários destinados a EVIDENCIAR os
BENEFÍCIOS do REGIME IMPERIAL. EVENTOS e LANCES destinados a esvaziar os
argumentos e os discursos dos GRÊMIOS REPUBLICANOS. EVENTOS montados tanto para
repercussões internacionais como para o consumo interno. No panorama internacional
o BRASIL era a ÚNICA NAÇÃO AMERICANA com vigência do REGIME IMPERIAL após o fracasso
mexicano em adotar este regime de governo. No panorama brasileiro engrossavam
as foleiras dos GRÊMIOS REPUBLICANOS com fortes discursos abolicionistas e
repúdio ao REGIME IMPERIAL que mantinha a LEGALIDADE da ESCRAVIDÂO.
Foto da sessão do Senado brasileiro do dia12 de maio de 1888 que aprovou
a “LEI ÁUREA”
Fig. 02 – A sessão do senado brasileiro no dia 12 de
maio de 1888 foi precedida por um intenso debate entre ABOLICIONISTAS e
ESCRAVOCATAS. Senado dominado por abastados fazendeiros ESCRAVOCATAS e cuja
eleição era em geral comprada com o capital amealhado com a exploração da MÂO
SERVIL. De outro lado o OLHAR BRITÂNICO estava ávido para vender máquinas e
produtos industrializados e como
vultosos capitais para empréstimos com altos juros de risco estava
desqualificando e depreciando os produtos oferecidos pelos FAZENDEIROS
ESCRAVOCRATAS no MERCDO INTERNACIONAL. Mercado internacional pelo qual o IMPÉRIO
PROMOVIA a PROPAGANDA e AMOSTRAS do TALENTO BRASILEIRO.
A lei
precede os fatos humanos e culturais. Apesar de IMORAL a LEI da ESCRAVIDÃO foi
ABSOLUTAMENTE LEGAL até 1888 no BRASIL.
A LEI de
MAIO de 1888 acabou, no BRASIL, com a LEGALIDADE da ESCRAVIDÂO. O ESPETÁCULO
PÚBLICO desta PROMULGAÇÂO apenas DESVIOU os OLHOS da IMORALIDADE de sua PRÀTICA
que se tornou mais INTENSA e UNIVERSAL.
Os dois
ESPETÁCULOS PÚBLICOS - organizados pela CORTE IMPERIAL BRASILEIRA, nos dias 13
e outro n 17 de maio de 1888, foram
versões atualizadas dos EVENTOS, ENTRUDOS e PROCISSÔES dos REGIMES COLONIAL e
IMPERIAL do BRASIL que ENCOBRIA mais do Que REVELAVAM para o PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO.
Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905 “BATALHA
do AVAI” 1872-1879 Óleo sobre tela 500 x
1.100 cm Acervo do Museu Nacional de Belas Artes - RJ
Fig. 03 – A condução e a vitória na GUERRA do
PARAGUAI recebeu um tratamento simbólico que destinado a encobrir os horrores,
os massacres e os gastos desta luta fratricida . A BATALHA do AVAI imaginada e pintada por
PEDRO AMÈRICO entre 1872 a 1879 em Florença integrou como peça de PROPAGANDA e
MARKETING do Império Brasileiro Assim era uma amostra visual imaginada e
mitificada e que passou ase vista e propalada como VERDADE e VIRTUDE de um
regime forte e decidido.
De um lado,
este EVENTO IMPERIAL abafava a VOZ dos ESCRAVOCRATAS que perdiam suas preciosas
“PEÇAS LEGAIS”. Do outro lado jogava estas mesmas “PEÇAS LEGAIS”, nos “CAMPOS
da REDENÇAO’ nas condições das FAVELAS e dos MOCAMBOS e sem a MENOR INDENIZAÇÂO
DEVIDAS pelos ESCRVOCRATAS. Estes “CAMPOS da REDENÇAO’ que eram horrorosas
metáforas de banhados insalubres, de penhascos
íngremes e terrenos degradados sem a menor utilidade para os “DONOS do PODER”.
EVENTO PÚBLICO no dia 13 de maio
de 1888 pela ASSINATURA da LEI ÁUREA.
Fig. 04 – No dia posterior à APROVAÇÂO da LEI ÁUREA
pelo SENADO BRASILEIRO o evento, aqui
fotografado em frente ao Palácio Imperial, celebra em PRAÇA PUBLICA a ASSINATURA deste
documento. O REGIME IMPERIAL valia-se
da oportunidade como da estratégia para
retirar o PROTAGONISMO do TEMA da
ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA do discurso do republicano. Evento para o qual concorrem proselitismo massivo, carnaval, política e religião
alimentados pela propaganda e marketing de uma ERA INDUSTRIAL PRIMITIVA. A
FOTOGRAFIA concorria para dar suporte para entrada desta PRIMITIVA ERA
INDUSTRIAL e que a segui foi largamente explorada pela PROPAGANDA POLÍTICA, COMÉRCIAL, IDEOLÒGICA e
SIMBÒLICA, .
Os
ESPETÁCULOS - dos dias 12, 13 e 17 de
maio de 1888, foram EVENTOS PARA INGLÊS
VER. Na pratica “MUDAVAM para PIORAR” o já trágico quadro político, social e
econômico do BRASIL.
Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905 – “A
LIBERTAÇÂO dos ESCRAVOS” 1889 òleo sobre tela 138.5 x 199 cm Acervo do Palácio
do Governo de São Paulo
Fig. 05 –
– O pintor Pedro Américo interpretou a “LIBERTAÇÂO dos ESCRAVOS”. O doutor em Filosofia reuniu neste quadro
todos os argumentos na busca de evidenciar a promoção da VERDADE, do BEM e da
BELEZA pela PROPAGANDA e MARKETING o seu MUNDO IMAGINADO do REGIME IMPERIAL
BRASILEIRO. Esta obra foi pintada no
ano da PROCLAMAÇÂO do REGIME REPUBLICANO. Muitos dos índices simbólicos
deste tema foram retomados, num esboço
do ano 1895 e tornado definitivo no ano de 1902 com o título “PAZ e CONCÒRDIA”
após o seu autor ser constituinte republicano e este regime enfrentar as
comoções nacionais dos episódios que marcaram o ano de 1893, porém sem
referência visual para a ESCRAVIDÂO. Esta tela é patrimônio do acervo do PALACIO DO GOVERNO do ESTADO de SÃO PAULO
enquanto o esboço de 1895 consta do acervo da PINACOTECA de SÂO PAULO
Estes
ESPETÁCULOS ancoram a sua esperança ainda num ESTADO NACIONAL encimada por uma
coroa e um trono hereditário a quem todos deviam - não só obediência irrestrita
e cega - mas veneração sem espaço para
algum tipo de autonomia do PODER ORIGINÁRIO deste ENTE ABSTRATO e METAFÍSICO
com profundas raízes medievais e coloniais. Com argumentos da massiva adesão de
uma população sem muita instrução e ainda menos competente para se auto
determinar..
Fig. 06 – A construção do PALACIO no lugar presumido
do presumido “ GRITO do IPIRANGA” foi um
esforço dos BARÕES do CAFÉ PAULISTA para perpetuar o REGIME IMPERIAL do qual
eles ostentavam o títulos nobiliárquicos. Esta obra também fazia parte da
estratégia do REGIME IMPERIAL para retirar do discurso republicano o TEMA da
ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA A sua triste condição atual de MUSEU FECHADO para o
PÙBLICO o transformou este PALÀCIO num
momento que, de fato, evidencia a abismal distância entre os SONHOS dos DONOS
do PODER e as miseráveis condições das favelas e mocambos das quais foi
extraído o TRABALHO e CAPITAL para a sua construção e ostentação de uma elite
cega para a passagem do seu TEMPO..
A busca da
LIBERDADE, da IGUALDADE e da HUMANIDADE, estava reservada para uma estreita
casta de DONOS do PODER neste ESTADO
NACIONAL encimado por uma coroa e um trono hereditário. A ABOLIÇÃO
da ESCRAVATURA no BRASIL não era prioridade alguma para esta casta. Era um
PROBLEMA de OUTROS com os quais tinham pouca intimidade, interesse e mesmo sabiam
que pouco afetaria a sua casta. Toda POLÍTICA deste ESTADO NACIONAL era uma questão de fidelidade a esta casta de
DONOS do PODER[1].
A produção simbólica do FINAL do REGIME IMPERIAL
BRASILEIRO destinava a estes SÓCIOS do TRONO e da COROA. Destinada a ser
instrumento de PROPAGANDA e MARKETIN nacional e internacional de REGIME que
vivia na consanguinidade, na esteira e no plágio das CASAS IMPERIAIS EUROPEIAS.
[1] FAORO,
Raymundo. Os donos do poder: formação
do patronato político brasileiro. Porto Alegre São Paulo: Globo e USP,
1975. 2v.
Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello 1843-1905 O GRITO do IPIRANGA 1888 Óleo sobre tela 760
x 451 cm . Acervo do MUSEU do IPIRANGA
Fig. 07 – O“ GRITO do IPIRANGA” foi
encomendado ao pintor paraibano PEDRO AMÈRICO para figura com destaque no
PALACIO em construção no lugar presumido do presumido deste discutível evento.
A encomenda desta gigantesca tela foi mais um esforço dos BARÕES do CAFÉ
PAULISTA para perpetuar o REGIME IMPERIAL. Esta obra peregrinou pelas
principais capitais europeias após a sua pintura na cidade de FLORENÇA na
ITALIA No entanto na sua chegada efetiva ao Brasil e a sua colocação no lugar para o qual havia sido
encomendado só aconteceu após o término do REGIME IMPDERIAL..
Nas artes a produção simbólica do FINAL do REGIME
IMPERIAL BRASILEIRO usufruía a fama das obras de músicos como Carlos Gomes[1] aplaudido nos palcos
europeus, pintores com Pedro Américo sediado em Florença, com o firme apoio
diplomático do Barão do Rio Branco. Era a colheita de uma longa, cara e penosa
semeadura de um PROJETO CIVILIZATÓRIO IMPERIAL[2].
No contraditório o PODER ORIGINÁRIO BRASILEIRO era
apenas um convidado destinado a engrossar numericamente as versões estes EVENTOS, ENTRUDOS e PROCISSÕES
IMPERIAIS. O povo percebia apenas manifestações com as quais ele se habituara nos
REGIMES COLONIAL e IMPERIAL do BRASIL. MANIFESTAÇÕES PÙBLICAS que ENCOBRIAM muito
mais do que REVELAVAM.
Há
necessidade de admitir que até o presente raros são aqueles que compreendem o
VAZIO destes EVENTOS PÚBLICOS. EVENTOS montados, manipulados e divulgados como ESTRATÈGIAS
CAMUFLADAS com o objetivo de PROLONGAR - ao MÁXIMO POSSIVEL - o REGIME IMPERIAL
e o PODER dos seus SÓCIOS mais ÌNTIMOS. A resposta, estas ESTRATÈGIAS
CAMUFLADAS, sobreveio, um ano depois, no
dia 18 de novembro de 1889 com a PROCLAMAÇÂO do REGIME REPUBLICANO.
[1] - Nesta época Carlos GOMES mantinha a LUXOUSA MANSÂO
“BRASÍLIA” em MAGGIANO/ LECCO na ITÀLIA
[2] CARVALHO,
José Murilo. A formação das almas: o
imaginário da República. São
Paulo: Companhia das Letras. 1990.
DURAND, José
Carlos, Arte, Privilégio e Distinção:
Artes plásticas, arquitetura e classe
dirigente no Brasil, 1855/1985.São Paulo : Perspectiva: EDUSP 1989. 307p.
Fig. 08 – É evidente a unidade dos personagens da CONVENÇAO
de ITU do dia 18 de abril de 1873, O que não se pode negar à que os seus
integrantes possuíam um PROJETO de
HEGEMONIA POLÌTICA lastreada no seu PODER ECONÔMICO. Esta nova FORÇA ECONÔMICA
constituía a FORÇA OPOSTA aos BARÔES do CAFÈ do VALE do PARAIBA REGIME IMPERIAL
e que faziam de tudo para continuar o IMPERIO e os es TÌTULOS de NOBREZA
COMPRADOS retirar do discurso do
republicanos o TEMA da ABOLIÇÂO da ESCRAVATURA. Os eventos IMPERIAIS misturavam religião, carnaval, política e
proselitismo massivo alimentado pela propaganda e marketing primitivos tendo ao
centra DONA ISABEL. A estética destes primeiros eventos REPUBLICANOS prima pelo foco politico único e linear na
conquista do poder. O tema da ABOLIÇÂO fora lhes subtraído pelo REGIME
IMPERIAL.
O abalado REGIME IMPERIAL nunca sonhou e reconhecer
com a possibilidade da VOLTA de ZUMBI muito menos na busca a LIBERDADE,
IGUALDADE e HUMANIDADE que o REGIME COLONIAL e IMPERIAL lhe negava e subtraia
LEGALIDADE, a MEMÓRIA e RESPEITO. Certamente é muito rara qualquer referência a
este personagem fora do quadro histórico como INDESEJÁVEL, INIMIGO e MALFEITOR.
Evidente o oposto da sua MITIFICAÇÃO - como SUJEITO
e REPRESENTANTE ÚNICO desta tenaz busca da LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE -
realiza o mesmo estrago. A FUGA para o PASSADO MÍTICO não só esquece os problemas
concretos e presentes como aliena, reduz e se equivoca no caminho de uma CIVILIZAÇÃO e de uma
CULTURA que possui e se propõe um FUTURO mais HUMANO e COERENTE com o seu
TEMPO, seu LUGAR e a sua SOCIEDADE.
Victor MEIRELLES 1832-1903 - Panorâmico após a
Revolta da Armada 1893
Fig. 09 – Foi triste a sorte e o final da vida do pintor catarinense Vitor MEIRELES –
descartado, pelo REGIME REPUBLICANO da
ACADEMIA IMPERIAL de BEAS ARTES e que e RENOMEOU de ESCOLA NACIONAL de
BELAS ARTES . Em disponibilidade forçada registrou um dos tristes signos do REGIME REPUBLICANO com a REVOLTA da
ARMADA cujos canhões estraçalharam uma fortaleza e os seus arredores O novo
REGIME REPUBLICANO sugeria agora “QUADROS PORTÁTEIS” ou obras bem
menores do que as “MAQUINAS de PINTURA” da estética GLÒRIAS IMPERIAIS e com auto financiamento pelo artista. O autor das
pinturas da “ PRIMEIRA MISSA no BRASIL”, a “BATALHA dos GUARARAPES” e da
“BATALHA do RIACHUELO” viu a fortuna de
sua fama submergir com o REGIME IMPERIAL. ,
A súbita mudança do REGIME IMPERIAL para o
REPUBLICANO sem a efetiva participação, deliberação e decisão do PODER
ORIGINÁRIO, colocou o comando do GOVERNO BRASILEIRO nas mãos de outros DONOS. Outros
DONOS entre os quais os abolicionistas históricos republicanos não tiveram voz
e nem vez. Foram remetidos e distanciados de qualquer voto com também
aconteciam com as mulheres e entregues à sua SORTE como os EX-ESCRAVOS, sem
indenizações, sem MORADIAS FIXA, INSTRUÇÃO e TRABALHO DIGNO.
Os novos DONOS DO PODER imitaram a estratégia
IMPERIAL e embalsamaram, em vida Machado de ASSIS e JOSÉ do PATROCÍNIO. Os
trataram como MITOS[1],
GLÓRIAS e DISCURSOS VAZIOS destinados para uma população pouco afeita as
distinções práticas e empíricas entre IMPERIAIS e REPUBLICANOS. Os atuais
partidos políticos continuam como objetos da mesma confusão nos conceitos da
população por mais extremos e diversos sejam as suas linhas ideológicas. Para
esta população estes PARTIDOS são fontes de DISCURSOS VAZIOS, ESTATÌSTICAS
pouco confiáveis e são rotulados pejorativamente como “MANADAS de POLÍTICOS
CORRUPTOS”.
O ato da queima dos DOCUMENTOS da ESCRAVIDÃO[2] foi um ATO que marcha contra TODA LOGÍSTICA de
QUALQUER ARQUIVO SÉRIO e CIVILIZADO por mais justificativas pontuais que
pudesse ter.
Este ATO PODE SER INTERPRETADO como uma AÇÂO de
GUERRA do REGIME REPUBLICANO contra os remanescentes da MENTALIDADE do REGIME
IMPERIAL. Como em toda a GUERRA a VERDADE é sempre a primeira vítima.
Um traço comum de todos os REGIMES POLÍTICOS instalados
no BRASIL é a vigência do POUCO CASO para a LOGÍSTICA de QUALQUER ARQUIVO SÉRIO
e CIVILIZADO se não ocorrem os ATENTADOS contra estes acervos que ALEJAM de
FORMA IRREVERSÍVEL a MEMÓRIA NACIONAL. Mesmo o VATICANO arquiva todos os seus
atos por mais comprometedores e escabrosos sejam os conteúdos dos documentos. É
muito comum encontrar os melhores documentos do BRASIL arquivados nos ESTADOS
UNIDOS ou em algum pais civilizado da EUROPA.
Esta FALTA de ZELO, de INVESTIMENTOS e de
PROFICIONALISMO dos ARQUIVOS BRASILEIROS é oportuníssima. Os ARQUIVOS VAZIOS ou
CAÓTICOS continuam a alimentar a
mentalidade colonial em governos corruptos ou relapsos. ARQUIVOS VAZIOS ou CAÓTICOS não testemunham e
não FORNECEM DOCUMENTOS quem denunciam
atos, inércias ou simples delinquência de GOVERNOS CORRUPTOS ou INEPTOS.
No presente CASO:
- ¿ Qual o
ARQUIVO onde se encontram DOCUMENTOS
FIDEDIGNOS RELATIVOS ao ZUMBI dos PALMARES?....
[1] - ABREU, Regina. A fabricação do Imortal: Memória,
História e Estratégias de consagração no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 235p.
[2] - QUEIMA dos
DOCUMENTOS da ESCRAVIDÂO
Pedro AMÉRICO de Figueiredo e Mello (1843-1905) “PAZ e CONCÓRDIA” 1902 - Óleo sobre tela 300 x 431 cm - Acervo ITAMARATI
Fig. 10 – O pintor Pedro Américo doutor em Filosofia[1]
após superar a sua vinculação com o REGIME IMPERIAL BRASILEIRO converteu-se e
atuou intensamente como Constitucional da REPUBLICA. Aproveitou a sua competência filosófica para
criar a imagem da “PAZ e CONCÓRDIA”. Esta obra foi pintada, em duas versões,
após os violentos conflitos que o REGIME
REPUBLICANO teve enfrentar nas comoções nacionais do ano de 1893. Não consta
nenhuma referência visual para a ESCRAVIDÂO,
De outra parte o REGIME REPUBLICANO sugeria outra estética, recursos
técnicos e dimensões de “QUADROS PORTÁTEIS” As duas versões desta obra são bem
menores do que as “MAQUINAS de PINTURA” com que o artista exaltou as GLÒRIAS
IMPERIAIS,
Na conclusão não é de estranhar a VOLTA de ZUMBI como
MITO e PROFETA que busca a LIBERDADE, a IGUALDADE e a HUMANIDADE e NECESSÁRIA
para TODA POPULAÇÂO.
A DATA do martírio ZUMBI ganha - no lugar dos
DOCUMENTOS - cada vez mais adeptos para ser feriado nacional efetivo da
ABOLIÇÃO da ESCRAVATURA no BRASIL. Feriado idealizado, propagado e consegui
legalmente pelo POETA, PROFESSOR e PESQUISADOR OLIVEIRA SILVEIRA (1941-2009).
Feriado que se contrapõe - SEM GRITOS e MÁGOAS – a data 20 de NOVEMBRO de 1695,
da MORTE de ZUMBI, contra os MÚLTIPLOS EVENTOS PÚBLICOS, de MAIO de 1888, protagonizados e documentados pelo abalado e
vacilante REGIME IMPERIAL.
ZUMBI que nasceu LIVRE no BRASIL e que LIVREMENTE
liderou ao extremo o seu povo na resistência à ESCRAVIDÃO LEGAL e IMORAL.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS CITADAS
ABREU, Regina. A
fabricação do Imortal: Memória, História e Estratégias de consagração
no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 235p.
CARVALHO, José Murilo. A formação das almas: o
imaginário da República. São
Paulo: Companhia das Letras. 1990.
DURAND, José Carlos, Arte, Privilégio e Distinção:
Artes plásticas, arquitetura e classe
dirigente no Brasil, 1855/1985.São Paulo : Perspectiva: EDUSP 1989. 307p.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do
patronato político brasileiro. Porto Alegre – São Paulo: Globo e
USP, 1975. 2v.
FIGUEREDO e MELO, Pedro Américo de (1843-1905)– LA
SCIENCE et les SYSTÈMES: questions d´histoire et de philosophie naturelle. Bruxelles : Gustave Mayolez, 1869, 169 p.
-------- A CÊNCIA e os SISTEMAS: questões de
história e de filosofia natural João Pessoa: Editora Universitária UFPB. 2001,
143 p – ISBN 8523701 192
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS CITADAS
A ESCRAVIDÂO em PLATÂO
A ESCRAVIDÂO no CRISTIANISMO
ESPETÁCULO da ABOLIÇÂO no dia 13 de meio de
1888
MISSA CAMPAL pela ABOLIÇÂO em 17.05.1888
1.548 favelas no Brasil do ano de 2000
PARAISO de TUIUTI e a ESCRAVIDÂO de ONTEM e
HOJE
250 FLAGRANTES de ESCRAVIDÂO no BRASIL em 2017
MUSEU do
IPIRANGA- SP
História da pintura O GRITO do IPIRANGA
BATALHA do AVAI
Mansão “BRASÍLIA”
de Carlos GOMES em MAGGIANIO/ LECCO na
ITÀLIA
TRES QUADROS que
RECRIAM EVENTOS das INDEPENDÊNCIAS de TRÊS NAÇÕES
Os GRÊMIOS REPUBLICANOS
e a ABOLIÇÂO
CONVENÇÃO REPUBLICANA
de ITU 18.04.1873
ABOLIÇÃO para INGLÊS VER
QUEIMA
dos DOCUMENTOS da ESCRAVIDÂO
O NEGRO no CINEMA BRASILEIRO
OLIVEIRA
SILVEIRA e o 20 de NOVEMBRO
[1] Tese defendida, em 1869, na UNIVERSIDADE LIVRE de
BRUXELAS
FIGUEREDO e MELO, Pedro
Américo de (1843-1905)– LA SCIENCE et les SYSTÈMES: questions d´histoire et de philosophie naturelle. Bruxelles : Gustave Mayolez, 1869, 169 p.
Traduzida e
reeditada pela Universidade FEDERAL da PARAIBA sob o título :
FIGUEIREDO, Pedro Américo Melo (1843-1905)
- A CÊNCIA e os SISTEMAS:
questões de história e de filosofia natural João Pessoa: Editora Universitária
UFPB. 2001, 143 p – ISBN 8523701 192
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