quarta-feira, 3 de setembro de 2014

102 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
O RETORNO dos GUERREIROS e dos JESUITAS.
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Fig.01 – As figuras do LEÂO britânico esmagando a ÁGUIA napoleônica se encontram no alto da coluna do monumento que celebra o final da hostilidades eu retorno dos guerreiros de Potugal aos seu lares e à vida civil

Em agosto de 1814 os ribombos dos canhões serenaram momentaneamente. Julgando passada a tempestade e serenados os impulsos (Sturm und Drang) - do expansionismo francês e as reações dos contrários - os sobreviventes precipitaram-se para celebrar a paz, ao estilo da 6. Sinfonia de Beethoven. Porém era um outro mundo a ser construído com outa mentalidade que entrava em cena. O mundo do “Anciien Regime” bem que tentava rebrotar do tronco cortado pela Revolução Francesa e pelo arrogante plebeu que se auto coroara imperador.
Fig.02 – A Peninsula Ibérica foi palco, de 1808 até 1814, de sangrentas batalhas de uma guerra cruel ao modo antigo de ver o branco do olho do inimigo mortal . As novas potências usavam armas - em larga escala e de longo alcance - fabricadas pela sua nascente indústria bélica substituíndo as suas tradicinais armas. Porém Espanha e, muito menos, Portugal não tinham esta técnica e indústria bélica. O resultado foi confronto letal do corpo a corpo, do uso das armas brancas e da cavalaria. O fim deste massacre só podia ser comemorado com maior júbilo

Nascia um outro mundo forjado com ideias em conflito e divulgadas pela multiplicidade dos impressos industriais. Este outro mundo ecludia ao som das barulhentes e poluidoras máquinas da primeira era industrial. O povo - que abandonava os campos ancestrais - se percebeu no palco da História. Neste palco o povo esperava novos projetos para empreender ações decantadase prosae everso e expressar sentimentos que por muito tempo haviam sido recalcados. Recalcados por instrumentos como a santa inquisição, as rígidas estruturas medievais e os limitado produtos de um artesanato ainda preso aos ciclos implacáveis da Natureza.
Porém Portugal - e mais ainda a sua colônia brsileira - era ainda embalado pela propaganda e marketing do iluminismo. Este discurso grandiloquente, adjetivado e heróico é bem legível nos textos oficiais moldados nos cânones de Coimbra. O fim das hostilidades belicas foi uma esplêdida oportundade que o mundo oficial não disperdissou.

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.285-289
POLÍTICA.
Documentos officiaes relativos a Portugal.
PROCLAMAÇAÕ
Os Governadores do Reyno de Portugal e dos Algarves.

P O R T U G U E Z E S : Chegou finalmente o termo que os inexcrutaveis Decretos da Providencia tinhaõ marcado para cessarem as terríveis calamidades, que ha tantos annos affligem o Gênero Humano. A Paz, dom precioso do Ceo, vem reparar os males causados por uma Guerra, cuja ferocidade e devastações naõ tem exemplo nos Annaes da Historia. Com ella voltaõ a Agricultura, as Sciencias, as Artes, o Commercio, a Independência das Nações, a segurança dos Thronos, a firmeza da Religião, e tudo quanto fôrma a felicidade das Sociedades Civis, e os prazeres, e consolações da vida domestica.
Fig.03 – A COROA lusitana e a MOEDA portuguesa estavam salvas, em setembro de 1814, pela obstinada paciência de Dom João VI. Em setembro 2014 esta coroa e moeda estão apenas na memoria nacional substituídas pelo regime republicano e pelo Euro.

A restituição da Augusta Casa de Bourbon a seus Estados hereditários, e a dos antigos Soberanos aos Dominios que legitamamente lhes pertenciam, lançaõ os fundamentos de uma concórdia durável, e formarão da Europa uma só familia, ligada pelos vinculos do commum interesse, e instruída pela própria experiência dos fu-nestos resultados de uma ambição criminosa, que, innundando a terra de sangue, abrio por suas próprias maõs o abysmo, em que veio ultimamente precipitar-se.
He tudo obra do Supremo Arbitro do Universo, ante cuja Divina Magestade nos devemos humilhar,e oíferecerlhe as mais fervorosas acçòes de graças por tantos e taõ singulares favores.
A profunda Sabedoria de Sua Alteza Real o Principe Regente Nosso Senhor, que com heróica resolução frustrou os infames projectos do Tyrano, e que com inalterável constância, prudência, e enchia dirigio os esforços de seus Vassallos para sustentarem taõ porfiada, e sanguinosa luta, exige também de nós o mais profundo reconhecimento. Os Soberanos de Portugal foram sempre os Pays de seu Povo; mas nenhum ganhou ainda tanta gloria, nenhum conseguio triunfos taõ maravilhosos, nenhum teve tanto direito a reynar sobre os corações de seus Vassallos como o nosso Adorado Principe, e Clementíssimo Soberano.
A Sua Alteza Real devemos a intima Alliança com a Gram-Bretanha, cuja cooperação, e generosos auxílios contribuíram para o triunfo da boa Causa.
Fig.04 – As figuras dos ESFORÇADOS e IMPROVISADOS DEFENSORES da PÁTRIA LUSITANA - invadida pelas tropas napoleônicas - constam na base da coluna do monumento erguido em Gaia – Portugal que celebra o final da hostilidades de 1808-1814.
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A ousada resolução com que todas as Provincias de Portugal, ainda no meio das bayonetas Francezas, sem armas, sem munições, sem dinheiro, e sem algum concerto premeditado, acclamáram o nosso Augusto, por um impulso espontâneo, arrostando intrepidamente os maiores perigos, foi o primeiro passo para a nossa independência, e para a independência da Europa.
A uniaõ das forças de Portugal, e Hespanha com as de S. M. Britannica, e as suas vittorias abriram o caminho á alliança da Rússia, Prussia, Áustria, e Suécia; e depois de tantas batalhas ganhadas na Península, deram principio em Bordeos, e em Tolosa á grande obra da Paz geral, que os Soberanos das mesmas Nações concluíram dentro dos muros de Paris.
Sim, Portuguezes, acabou-se a Campanha, e nossos Illustres Guerreiros voltaõ finalmente a seus lares, coroados dos Louros immortaes, que seu intrépido valor, constância, e disciplina colheram desde as margens do Tejo até as do Garonna. Commandados pelo Invicto Duque da Victoria, formados pelo zelo infatigavel do Valoroso Marquez de Campo Maior, e tendo á sua frente Generaes da primeira ordem de uma, e outra Naçaõ, elles combateram nas mesmas fileiras com os seus Camaradas Inglezes, e Hespanhoes, e realçaram a gloria do nome Portuguez, mostrando-se dignos Successores dos antigos Heroes, que nas quatro partes do Mundo arvoraram o Estandarte das Quinas lusitanas.
Fig.05 – Outra vista das figuras dos base da coluna do monumento que celebra o final da hostilidades de 1808-1814. A união dos civis ESFORÇADOS e IMPROVISADOS DEFENSORES da PÁTRIA LUSITANA. A obra foi erguida, entre 1909 e 1951, segundo projeto do arquiteto José Marques da Silva e do escultor Alves de Sousa.
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A pátria recebe em seus braços estes filhos beneméritos: e em quanto o Principe Regente Nosso Senhor os naõ honra com a sua Real Approvaçaõ, os Governadores do Reyno, em cumprimento das Ordens expressas do mesmo Augusto Senhor, e plenamente convencidos do seu distincto merecimento, agradecem em Nome de Sua Alteza Real ao Feld Marechal Duque da Victoria, Commandante em Chefe dos Reaes Exércitos, ao Marechal do Exercito Marquez de Campo Maior, e a todos os Officiaes Generaes, Officiaes, Officiaes Inferiores, e Soldados do Exercito Portuguez, os assignalados Serviços, que fizeram em todo o decurso da Guerra, distinguindo-se constantemente por seu valor, disciplina, subordinação e lealdade, e desempenhando o caracter respeitável de Defensores da Pátria, e firme apoio do Throno de seu Soberano.
Se a feliz conclusão da Guerra priva os nossos valorosos Soldados de poderem dar novas provas de suas Virtudes Militares no Campo da Honra, elles passando agora a viver entre os seus Concidadãos, teraõ occasiaõ de exercitar com o mesmo louvor, os deveres da vida Civil, respeitando as Leis, obedecendo ás Authoridades, e mantendo a uniaõ Social, que faz a força, e a prosperidade dos Impérios.


Fig.06 – Enquanto a corte lusitana estava refugiada no Rio de Janeiro os exércitos britânicos e franceses tranformaram o territóro continental de Portugal em palco de marchas e contra marchas. As três sucessivas tentativas do exército frances - vindo da Espanha - de se apoderar deste território, foram repelidas diretamente pelo exército britânico. Do lado francẽs uma considerável força de soldados lusitanos acompanhou a invasão napoleônica da Rússia em 1812. Do lado britânico a trulência de Lord Beresford não despertava grande entusiasmo. A todas esas incertezas se somava o jogo dúbio político de Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839) manobrando em Paris

Os Governados do Reyno daõ iguaes agradecimentos em Nome e por Ordem do Principe Regente Nosso Senhor, aos Portuguezes de todas as Classes pelo constante zelo, patriotismo, e fidelidade, de que deram taõ decisivas mostras nas mais arriscadas e tormentosas épocas da passada Guerra.
Todas as Classes, todos os indivíduos com incançavel energia, promptidaõ, e boa vontade para o grande fim da restauração do Throno, sem que algum sacrifício lhes fosse penoso. Impostos extraordinários, que se tornavam mais pezados pelas circumstancias, serviços pessoaes, requisições, aboletamento de Tropas, excessos inevitáveis em tempos de tanta perturbação, e todos os males e estragos de uma Guerra longa, feroz, e sustentada por muito tempo no próprio Paiz, foram supportados com resignação heróica, e sem que jamais lembrasse o interesse particular, quando a grande Causa da defeza do Estado exigia que elle fosse sacrificado ao público interasse.
Portuguezes, os Governadores do Reyno conheciam muito bem o caracter da Naçaõ, a que tem a honra de pertencer, quando no meio das maiores tribulações, na época em que o estrondo da artilheria inimiga se ouvia nesta Capital, vos promettêram solemnemente que a Pátria seria salva. A firme resolução de pelejar pela nossa independência até perder a ultima gota de sangue, a actividade com que todas as Classes concorreram com os meios de que podiaõ dispor para se conseguir este importante fim, triunfaram das immensas forças do inimigo; vencemos, e a pátria foi salva.
Para ultimo remate de um período taõ glorioso para Portugal, só resta que o Ceo satisfaça o mais ardente de nossos votos, restituindo o nosso Augusto e Amado Principe e Senhor aos seus Dominios da Europa. Neste dia o mais feliz de nossa vida, depondo humildementeaos Reaes Pés de Sua Alteza Real a porçaõ de authoridade que foi servido confiar-nos, offereceremos na sua Real Presença a fiel exposição dos extraordinários serviços, com que todos seus leaes vassallos sustentaram a estabilidade do Throno, e a honra da Naçaõ Portugueza.
O Principe Regente Nosso Senhor, digno avaliador do merecimento, o recompensará com justiça; e os Governadores do Reyno teraõ a incomparavel satisfacçaõ de haverem levado ao conhecimento de sua Alteza Real os illustres feitos de valor, e patriotismo, que a fama transmittirá á mais remota posteridade, para gloria immortal do Nome Portuguez.
Palácio do Governo, 6 de Agosto, de 1814. Marquez d'Olhaõ. Marquez de Borba. Principal Sousa. Ricardo Raymundo Nogueira.
Miscellanea p.410
PORTUGAL.
Concluída gloriosamente a guerra, entraram as tropas Portu- guezas no Reyno, e as que chegaram a Lisboa no dia 15 de Agosto, foram recebidas com os mais decididos, e bem merecidos applausos dé todo o povo, havendo illuminaçaõ, e outros festejos.
Nada ha mais próprio do que recompensar com estes louvores públicos; os serviços assignalados dos defensores da Pátria; e este exercito os tem altamente merecido. Mas naõ podemos deixar de reparar, que o seu commandante em chefe, o official que organizou este exercito, o general que o disciplinou, e preparou para as victorias que alcançaram naõ fosse mencionado senaõ com duas linhas na gazeta de Lisboa, dizendo-se unicamente, que tinha ali chegado de Inglaterra o Marechal Lord Beresford.
Quando comparamos a sequidaõ deste annuncio, com os pomposos elogios, que se fizeram na gazeta de Lisboa, aos Fidalgos, que foram na Deputaçaõ a França pedir um rey para Portugal, entrando estes deputados no reyno, em circumstancias, que em vez de terem louvres deveriam passar por uma justificação de seu character; naõ podemos deixar de contemplar nisto uma parcialidade no Governo de Lisboa, que deslustra muito o seu nome. Se attribuimos isto ao Governo, e naõ ao Gazeteiro, he pela bem conhecida razaõ de que a gazeta naõ publica senaõ o que o Governo lhe manda imprimir.
Fig. 07 General Jean Andoche JUNOT (1771-1813) – Duque de ABRANTES- – A audaciosa e temerária presença das TROPAS NAPOLEÔNICAS em territóro lusitano contou com o apoio de numerosas organizações e indivíduos portugueses fasccinados pelas repercussões da propaganda e marketing da Revolução e do ideário francês. Como as tropas francesasa entraram em Portugal com as baionetas, não puderam permanecer sentados e governar sentados nas pontas destas armas letais. A temeridade das baionetas dos russoas no Afganistão e dos americanos no Iraque confirma esta sentença em setembro de 2014.

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Os que foram em Deputaçaõ á França, pedir um rey, se o fizessem de boa vontade, tinham comettido um crime de Alta Traição; estamos inclinados a suppor, que o fizeram contra sua vontade, e que portanto o constrangimento, sendo provado, os aliviaria da pena; mas as apparencias do crime, principalmente em matéria de tanta importância, requerem a justificação judicial, para satisfacçaõ da justiça, e exemplo dos povos.
Fig. 08 – O General-Jean Andoche JUNOT (1778-1813) Duque de Abrantes e Laure de St. MARTIN PERMON 1784—1838) Duquesa da Abrantes tentaram trazer para Lisboa a refinada e atualizada cultura de Paris. Porém imitaram o que todos os tiranos semre fizeram. Acobertaram-se de manifestações de arte que mais mascarava do que expressava a sua vida pessoal e dos conquistadoes de todos os tempos.

Construir isto em patriotismo, e tirar daqui occasiaõ para elogios na gazeta da Corte á entrada destes indivíduos no Reyno, fica sendo tanto mais escandaloso, quanto he sensível o contraste a respeito do Marechal dos Exércitos.
William Carr Beresford,1768-1856 Visconde de Beresford por Sir William Beechey.
Fig.09 – Em setembro de 1814, o PODER ORIGINÀRIO de Portugal não podia esquecer o recente curriculo de William Carr Beresford (1768-1856) Visconde de Beresford. Este bastarado irlandes comandou o ataque a Buenos Aires e a tomou para os britânicos. Derrotado - pelos espanhois e argentinos em processo de independência - voltou-se para a conquista de Portugal. Ali mandou enforcar generais lusitanos que ele achava fracos e traidores na sua ótica. Assim acumulou ódios argentinos, espamhois de Dona Carlota Joaquina e da elite lusitana. Para cumulo estava empenhado em trazer de volta dom João VI pela força da esquadra britãnica.
http://en.wikipedia.org/wiki/William_Beechey

Os serviços de Lord Beresford saõ evidentes, e taõ públicos como os do Exercito. Era portanto natural que se esperasse, que a sua entrada em Lisboa fosse annunciada na gazeta com expressoens de triumpho; que um jantar publico dos Governadores do Reyno, ou festins de alguma sorte, marcassem sem equivoco, que o Governo sabia apreciar os cuidados que este general tinha tido na organização, disciplina, e commando das victoriosas tropas Portuguezas.Mas por toda a demonstração de agradecimento se acha o simples annuncio de que chegou a Lisboa. Os Governadores deveriam nisto imitar a seu Soberano, que pelas honrosas distincçoens, com que tem premiado Lord Beresford, tem mostrado a seus vassallos, que os serviços deste official saõ dignos de grande attençaõ.
Fig.10 – A linha da miséria humana é visível e cerca as cidades e perambula, sem rumo, nas metrópoles superpovoadas do TERCEIRO MUNDO. As reiteradas e nutridas invasões de povos vindos estas regiões não consegue sensibilisiar nações que no passado recente espoliaram e pilharam os bens de raiz dos antepassados deste são denominados de “imigrantes Ilegais” em setembro de 2014. Ao cntrário aúnica resposta é o endurecimento cada vez mais da política xenofóbica.

Na vedade era aparente a paz, celebrada em setembro de 1814, e como tal provisória e superficial. Escondiam-se, no horizonte, os episódios da Ilha de Elba, o retorno, os 100 dias de Napoleão de volta ao poder e a batalha de Waterloo travada em 18 de junho de 1815. Em setembro de 2014 os horizontes de também estão turvados pelas tempestade virtuais e os impulsos da índole humana (Sturm und Drang). O devastador ribombar dos canhões de 1808-1814 pelas trovoadas subliminares de 2014 e camufladas pelas redes de cumputadores. Os mesmos impulsos da índole humana estão eivados com a seiva maligna do neo-colonialismo. Se em setembro de1814 Portugal, o Brasil e o Lord Beresford, em setembro de 2014 foram mais esquecidos, camuflados e os IMIGRANTES ILEGAIS que são varridos debaixo do tapete das antigas potências coloniais. Os precários e pontuais tratados comerciais disfarçam mal as tempestades da escravidão que devasta as economias que não conseguem acompanhar a gula, a prepotência e o solipsismo de nações quese dizem do PRIMEIRO MUNDO. As guerras que se travam, em setembro de 2014, não são travadas por acaso. Elas ocorrrem em lugares que prometem retornos futuros e estratégicos para este maligno neo-colonialismo.

O RETORNO dos JESUITAS.
Após a decoberta do Novo Mundo pelos euopeus estes acumularam defesas e condenações veementes da ordem religiosa criada por Inacio de Loyola. Esta Ordem guerreira nasceu sob os impactos das descobertas geográficas, do maneirismo e da crise religiosa, moral e política provocada pela Refoma luterana.
Fig.11 – A arrogãncia do corso plebeu Napoleão Bonaparte com o Papa Pio VII foi de uma grosseria a toda prova. Além de colocá-lo como mero figurante - no evento marketeiro de sua auto coroação - o manteve como virtual prisioneiro seu. Evidente, que por menos que os inimigos do corso gostassem de religião, o pontífice foi pretexto e um perfeita plataforma política para execrar Revolução Francesa e todos os seus corolários. Com a queda do regime napoleõnico a Igreja passou a ocupar o seu antigo lugar. Nada mais natural do que o pontificado reativar a extinta Companhia de Jesus
[Pintura retrato de PIO VII por Jacques-Louis DAVID]


Os primeiros discípulos do nobre espanhol Ignácio de Loyola (1491-1556) eram intelectuais em plena formação na Universidade de Paris. Esta formação exigia um contrato de alto nível intelectual, coerente com o seu tempo e capaz de constituir um projeto mudial como as novas rotas de exploração do planeta. Com eles fundou a Companhia de Jesus em 15 de  agosto de 1535.
Os Exercícios Espirituais (1548) de Inacio de Loyola forneceram a faisca e as motivações para projetos coerentes com a Propaganda da Fé. Esta tratou de se tornar coerente com a sensibilidade a se voltar para mensagens e estímulos diretos dos cinco sentidos humanos. Esta fórmula da Propaganda da Fé foi o guia subliminar do barroco da Contra Reforma. Nos países da Reforma metamorformou-se como matriz do marketing. Marketing que se pratica no comércio ideológico, promoção financeira e nos estímulos sensoriais humanos dirigidos ao consumo da produção física das máquinas e computadores.
O redator do Correio Braziliense e a Companhia da Jesus tinham algo em comum. Ambos cairam sob a fina vigilãncia, controle e patrulhamento da Mesa da Consciência oficial habilmente manejada pela Santa Inquisição. Apesar de não se misturam como azeite e água. nada mais natural que o jornal Correio Brazilense abrisse espaço para a restauração do jesuitas. É possível ler no
CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. Vol. XIII . N. 76 Miscellanea .pp. 411-412

ROMA.
Publicamos, a p. 328, a bulla do restabelicimento dos Jezuitas, e uma traducçaõ della. Este accontecimento he de maior importância para Portugal, do que para nenhum outro paiz da Europa, se exceptuarmos os Catholicos Romanos da Irlanda, cujos interesses soffreraõ muitíssimo com este passo, que naõ pode deixar de assustar o Governo Inglez, principalmente sendo unido, como he, ao novo vigor que se pretende dar á Inquisição.
Em nenhuma lingua se imprimiram mais documentos, relativos aos crimes dos Jezuitas, do que na lingua Portugueza. A Deducçaõ Chronologica, e infinidade de outros escriptos que se publicaram em Portugal, na epocha da abolição da Companhia, puzéram fora de toda a duvida, que as maldades dos Jezuitas naõ eram meros abusos de indivíduos, mas systematica opposiçaõ aos Governos; as particularidades deste facto contem-se no seguinte artigo.

(Exlracto de uma Carta de Roma.)
Domingo, 7 de Agosto, foi S. S. para a Igreja de Jesus, para lá celebrar a sancta missa no altar de St. Inácio. S. S. depois de terouvido outra missa foi para o Oratório vizinho da congregação dos nobres, onde se assentou no throno, que se lhe tinha preparado; então S. S. passou a um dos mestres de cerimonia a seguinte bulla, quemandou ler em voz alta, e que restabelece a Companhia de Jesus:—
Depois da leitura desta Bulla todos os Jesuítas presentes foramadmittidos ao beja-pé; estava á testa delles o Padre Panizoni, que em virtude de um rescripto da Secretaria de Estado, fará ad ín- terim as funcçoens do Geral, que se espera da Rússia.
A esta cerimonia assisteram todos os Cardeaes, a excepçaõ dos ausentes e doentes, e naõ saíram do Oratório senaõ depois da leitura da Bulla, e da admissão dos Jesuítas ao Beja-pé. Entaõ o Cardeal Pacca, camarista da Sancta Igreja, e Pro Secretario de Estado, o único dos Cardeaes que ficou, assistido pelo Marquez Ercolani, Thesoureiro-Geral provisório, de Monsenhor Cristaldi, Advogado do Fisco, e de Monsignor Barberi, Ficai Geral, fez ler o acto assignado pela maõ ,S. S. a respeito da restituição dos capitães que ainda existem do patrimônio dos Jesuítas, e das compensaçoens provisórias pelos bens alienados ou mudados.
Ao depois fez-se a leitura do decreto executivo do thesoureiro a quem o acto era dirigido. Assim se terminou esta cerimonia eternamente memorável e gloriosa.


No Brasil imperial a ação da Companhia foi discreta. A união entre Estado e Igreja fazia com que asordens religiosas estivessem sob estrito controle do trono imperial. A expansão e consolidação da Companhiade Jesus veio com o Regime Republicano.Neste regime a sua ação se oficializou ao lado de uma série do ordens religiosas que formaram organizações civís que agiam conforme a LEI No. 173 de 10 de SETEMBRO de 18931.
A ordem jesuítica atigiu, em agosto de 2014 o vértice mais elavado da Igreja Catóĺica com um dos seus membros. Este papa jesuita latino americano carrega os impulsos (Sturm und Drang) da sua ordem para a atualidade. Sabe as lições que sua ordem colheu nos atuais teritórios paraguaios, argentinos, brasileors e uruguaios. Com o decidido apoi e aplauso do PODER ORIGINÁRIO mundial – de dentro e fora daIgreja- parece que abre um futuro coerente com novos tempos e lugares
.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
IMAGENS do MONUMENTO em GAIA
http://zuluromio.blogspot.com.br/2009_09_01_archive.html

JEAN-ANDOCHE JUNOT 1771-1813 – Duque de Abrantes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Andoche_Junot
Laure de St.MARTIN PREMON 1784-1834 – Duquesa de ABRANTES
http://pt.wikipedia.org/wiki/Laure_de_St._Martin_Permon

Lei No. 173 - DE 10 DE SETEMBRO DE 1893
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1824-1899/lei-173-10-setembro-1893-540973-publicacaooriginal-42519-pl.html

JESUITAS em PORTUGAL durante a SUPRESSÃO
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/528223-exilio-dos-jesuitas-durante-a-supressao-no-seculo-xviii

http://www.bicentenariosj.com.br/sys/conteudo/visualiza_lo07.php?pag=;bicentenariosj;paginas;visualiza_lo07&cod=6906&secao=412
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supress%C3%A3o_da_Companhia_de_Jesus

PROBLEMAS com o PAPA JESUITA
http://padreramonsj.blogspot.com.br/2013/04/houston-we-have-problem.html

PAPA PIO VII PRISIONEIRIRO em SAVONA
http://www.30giorni.it/articoli_id_18334_l6.htm

IMIGRANTES ILEGAIS em 2014
http://www.epochtimes.com.br/franca-deve-expulsar-mais-milhares-imigrantes-ilegais-ate-fim-ano/#.VAZN9RLwZw8
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/europa-registra-numero-historico-de-imigrantes-ilegais-em-2014/

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

BATALHA de WATERLOO 18 de junho de 1815
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Waterloo

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