A NOBREZA LUSITANA OMISSA na
HORA da CONTABILIDADE e da DISTRIBUIÇÃO dos DIVIDENDOS......
BRASIL 1814 - 2014
“Quando
os homens renunciam os seus direitos, merecem ser tratados como brutos; da
mesma forma, quando as nações se descuidam de manter a sua dignidade, não podem
esperar das outras senão insultos. É essencialmente necessário ao bem das
nações, assim como dos indivíduos, o manter a honra, e a dignidade, não porque
isso seja um bem real, mas porque produz efeitos reais e importantes na
prosperidade, conforto, e existência dos homens” .CORREIO BRAZILIENSE maio de 1814 p.755
EUGENIO MACEDO http://eugeniomacedoescultor.blogspot.com.br/
Fig.01 – O escultor português Eugênio Macedo cria a
partir do granito lusitano metáforas nas quais desafia a si mesmo. No descanso
sobre a sua obra tem tempo para rememorar o que a sua cultura ancestral possui de
profundo e de telúrico. Sem buscar
prosélitos, escravos ou aços coloniais
se entrega a exercício de colocar a sua marca nos materiais que vai encontrando
pelos seus caminhos
Em maio de 1814 a queda
de Napoleão Bonaparte já era irreversível. As decisões do Congresso de Viena
estavam sendo implementadas. A atuação pífia de Portugal e da Espanha neste
pós-guerra, que se aproximava deixa perplexos os historiadores até maio de 2014.
Em maio de 1814 o editor do Correio Braziliense não estava menos perplexo com os
desdobramentos que seguiram nas diversas práticas das guerras napoleônicas. Ele
não se calava diante desta pacificação unilateral e interesseira. Quem cala
consente. Consente num novo sistema colonial do capitão de indústria, do
banqueiro e do acumulo de matérias e maquinas e da opressão social. O COLONIALISMO
ao MODELO do SÉCULO XIX estava se desenhando por estas vias e foara do alcance
dos hábitos medievais da nobreza lusitana.
Fig.02 – Este livro trata das
memórias de um soldado francês que viveu as marchas e contramarchas das legiões
napoleônicas que tentaram por três vezes se apropriar do território lusitano
europeu . Os exércitos napoleônicos contavam com vários regimentos
portugueses e até altos comandantes. A sociedade civil contava com muitos
simpatizantes portugueses das ideias da Revolução Francesa. De outra parte os
tradicionais laços econômicos provenientes de tratados multisseculares com os
britânicos. Este choque de ideias transformou Portugal um imenso e pouco definido campo de conflitos
de interesses e guerras.
Enquanto isto Portugal e
Espanha recuavam no tempo para arrastar um colonialismo acomodatício e caro
para além da metade do século XX. A
nobreza e o governo lusitano argumentavam e alegavam um gigantismo mórbido e
caro. TAMANHO nunca foi DOCUMENTO e ARGUMENTO desde sempre. O ESPERTO FICA com
o MELHOR DOCUMENTO por meio do ARGUMENTO e usufrui PRÊMIO MAIOR.
Tudo isto já
constava nas Reflexões sobre as novidades deste mês relativas ao BRASIL no CORREIO
BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 72, maio
de 1814, Miscelânea. pp.752-756
Quando instamos, ha alguns mezes, sobre a
necessidade, que tinha a Corte do Brazil, de se prevenir com Embaixadores
juncto ás Potências Alliadas, para o caso esperado de uma pacifiaçaõ, naõ nos
occurreo, por mais de um motivo, que haviam de ir ter a Paris todos os que se
achavam era Londres, como a maré de enchente e vazante que vai toda para uma
parte, e depois para a outra. Mas em fim, assim se passa - e estaõ em Paris o
Conde de Funchal, o Conde de Palmela, os Secretários, &c. &c. ; e se
naõ foram consultados para os preliminares da pacificação geral; pelo menos haõ
de os seus nomes apparecer no tractado definitivo, que vai a concluir-se.
O Conde de Funchal, por tanto, está á frente desta
importante missaõ; e os nossos leytores, que tiverem em vista o tractado de
Commercio; as negociaçoens sobre as propriedades Portuguezas: a entrada das
tropas lnglezas em Portugal; &c. naõ
teraõ grande difficuldade em prognosticar, quaes seraõ as vantagens, que S. A.
R.o Principe Regente de Portugal e seus vassallos, haõ de tirar desta
negociação. Nos estamos taõ persuadidos do resultado, que a nossa opinião está
ja formada sobre o que ha de succeder.
Fig.03 – A corte lusitana, refugiada no Brasil, mantinha e administrava em
Portugal uma vasta gama das suas glórias passadas. Enquanto isto sua diplomacia morava em Londres onde recebia ordens britânicas. Os velhos
hábitos medievais e senhorias eram cultivados como um mito reavivado por galas
e poses fidalgas. Enquanto isto O
Tenente General Sir Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington Welington
e Berford estavam no topo da hierarquia
militar controlando e comandando um pragmático exército no qual os oficiais
superiores era ingleses.
Fig.04 – A controvertida figura do Príncipe Regente Dom Joao VI estava colocada
entre a mãe afastada do trono por incapacidade e esposa, Dona Carlota,
aspirando ao trono espanhol. Refugiado no Brtasil i improvisando um governo no
exílio era assistido pelos cortesões que o Correio Braziliense não cansa de
mostrar a incapacidade e falta de vontade de se atualizar e brigar por um lugar
ao sol na geopolítica poós Napoleão Bonaparte. Não perdeu a coroa, mas
também não tirou o mínimo lucro para o seu povo, nação e estado lusitano.
Cada Estado da Europa, pequeno ou grande, tem certo
gráo de influencia nos demais Gabinetes, que hc proporcional, naõ so aos
recursos da Naçaõ, mas ao grão de habilidade com que esses recursos saõ
manejados; e daqui procede, que naçoens poderosíssimas só alcançam uma attençaõ
secundaria; ao mesmo tempo que outros Estados, comparativamente muito mais
fracos, entram em grande consideração nas decisoens dos diversos Governos.
Fig.05 – A península Ibérica foi um
teatro de marchas e contramarchas de franceses e das tropas comandadas por seus
rivais britânicos. Se a Rússia sofreu com uma invasão pontual da Grande Armada,
os ibéricos tiveram uma presença constante não só de soldados mas simpatizantes
dos franceses infiltrados nas mais diversas hierarquias e fornecendo tropas.
Se a extensão de território e população, se as
riquezas, se o valor dos individuos, se a vastidão de possessoens, fossem
bastantes para dar ás Naçoeus uma inffuencia proporcional para com as outras,
sem duvida a Hespanha seria arbitra da Europa. Um terreno fértil, numerosos e
bons portos de mar tanto no Oceano como no Mediterraneo; vastíssimas
possessoens coloniaes, ricas minas de metaes preciosos; abundância de
producçoens apropriadas ao Commerrio da Europa; bons marinheiros; ilhas no Mediterrâneo,
na Costa da Africa na America, na Ásia. nos pontos mais essenciais
intermediários do Commercio do Mundo; um povo laborioso, emprehendedor; e com
tudo isto ¿ que figura tem a
Hespanha feito na Europa, por estes vinte e cinco annos passados; e em
conseqüência desses males passados, que figura faz mesmo na epocha em que
escrevemos ? Além da grandeza de seu território, e imcomparaveis recursos de
suas colônias, poz em armas 100.000 homens contra os Francezes; e a Inglaterra,
sua Alliada, que nunca teve mais de 40.000 homens na guerra da Hespanha,
exigio, que o seu general commandasse também as tropas Hespanholas; e todos os
planos políticos e militares deviam ser dependentes da Corte de Londres.
Fig.06 – As terras de Portugal transformaram-se de fato em domínio britânico
enquanto o rei estava ausente. Este administrava do Rio de Janeiro os
representes de sua corte enquanto os
ingleses transformavam o território em praça de guerra. Os dolorosos eventos das três invasões de
tropas francesas exigiram sacrifícios sem recompensa e evidência para o Poder
Originário lusigtano.
Por
outra parte a Suécia, pobre, limitada, sem recursos, e com uns tristes 15.000
homens em campo, estipulou da Inglaterra a cessaõ de uma considerável colônia,
que he a ilha de Guadaloupe, o pagamento desses poucos soldados; e das
Potências Alliadas estipulou nada menos,do que a arquisiçaõ de todo o reyno de
Norwega. Por este alto preço se comprou a amizade de Suécia !
Provando
com estes dous exemplos, que o respeito e consideração das naçoens depende naõ
somente dos recursas, e forcas phisicas, mas também,e mui principalmente, da
capacidade de seus Governos; argumentaremos agora com Portugal.
Fig.07 – A acidentada geografia lusitana
guarda nas suas dobras cicatrizes de invasões que vem da Pré-história até a
História Contemporânea. A cidade fortificada é uma destas cicatrizes. Os
eventos das guerras napoleônicas a colocaram de novo a prova.
Naõ
ha Portuguez, por pouco instruído que seja na historia de sua naçaõ, que naõ
saiba as proezas de suas conquistas, em África, e Ásia, a lingua Portugueza na
índia será um monumento da gloria dos Portuguezes, que talvez permaneça até
depois de séculos de revoluçoens nas naçoens Europeas. Porém como a pertinácia
dos que chamam a Portugal pequenino; porque suas cabeças saõ apoucadas, naõ
quer que se use do argumento desses tempos florentes da monarchia; fillaremos
de epocha mais próxima a nós, e no cumulo da decadência dos Portuguezes; e se
mostrarmos, que em tal conjunctura houve Portuguezes que alçasse a vóz, e que
fallasse no tom em que a Suécia fallou á França e á Inglaterra por estes dous
anos passados; parece-nos que temos o direito de concluir, e os Portuguezes de
esperar, que a Corte do Brazil poderia figurar agora, melhor do que tendo ministros
que tudo esperem da protecçaõ dos Alliados, ou que sigam a traz delles como
mero appediz, ou nota á margem.
Fig.08 – A cidade de Sabugal foi palco no dia 03 de abril de 1811 de uma
decisiva vitória de Wellington contra a 3ª invasão das tropas francesas.
Estes eventos reais não pesaram no momento do triunfo final em maio de1814.
O
momento da revolução de I640,que poz no throno de Portugal a casa de Bragança,
pôde sem duvida considerar-se o ultimo estado da decadência das forças e
recursos phisicos de Portugal; porque tinham entaõ chegado ao seu maior cumulo
as conseqüências desastrosas do estudado systema da Corte de Madrid, em opprimir
os Portuguezes, empobrecellos e reduzillos á mizéria e dependência. Naõ
obstante isso, Portugal levantou-se, sustentou a guerra por 28 annos; e por fim
conseguio a sua independência.
Diraõ
aqui, que a França protegia a revolução de Portugal; por que lhe fazia conta
que fosse independente da Hespanha ; este argumento nos servirá para o depois; mas por agora respondemos, que houve
tempo, em que até a mesma França desamparou Portugal; e nem assim mesmo
desfalccèram os Portuguezes, ou mudou de tom o Governo.
Fig.09 – A localidade de Sabugal é referência num turismo que em 2014 possui
por tema as invasões e os feitos especialmente das armas britânicas. O
marketing e a propaganda vendem e perpetuam esta memória destes eventos reais
sob o comando britânico.
Quando o embaixador de Portugal D. Joaõ da Costa
chegou á França mandado pela Rayuha Regente, achou aquelle gabinete disposto a
fazer paz com a Hespanha, e sacrificar Portugal. O Embaixador, longe de se
accommodar, imprimio um folheto, em que alegou vinte e sette razoens, porque a
Fiança devia sustentar os interesses de Portugal; fez-se circular este papel, e
quando o Cardeal Mazarino se mandou queixar á Regente de Portugal; a reposta
que teve foi "Que S. M. tivera
particular gosto de saber, por modo taõ authentico, que o seu Embaixador fizera
o seu dever."
Fig.10 – A fortaleza de Sabugal ostenta as armas lusitanas. Para os povos
colonizados pelos portugueses estes monumentos lembram períodos de heteronomia,
espoliação e muito sofrimento físico e moral. O que preocupa são os poucos
relatos lusitanos deste período sem imprensa própria e ainda sob a memória e as
sombras da inquisição. A maioria dos relatos é de origem, com repertório e
interesses britânicos.
Em fim quando a França ajustou a paz com Hespanha
nos Pyreneos, offereceo o Ministro Francez uma indemnizaçaõ a El Rey de
Portugal pelo seu reyno, que se tornaria a dar á Hespanha; a resposta do
Eimbaixador Portuguez foi, que seu amo só trocaria a sua coroa pela coroa da
gloria, quando cessasse de viver. Mazarini retorquiu, que esperava que as suas
proposieoens lossem melhor ouvidas cm Lisboa. ? Mas que aconleceo?' O Conde de
Cantanhede depois de ouvir, em Lisboa, o que lhe disse o Embaixador da Fiança;
perguntou- lhe se naõ tinha mais que dizer; e dizendo o Embaixador, que tinha
acabado, lhe tornou o Conde; "Muito
nos peza, Senhor, de fazeres taõ prolixa viagem, para nao ter nada que nos
digaes."
Fig.11 – A Europa em 1810 vista pelos britânicos mostrava o gigantesco império
de Napoleão Bonaparte no seu apogeu. Apesar das três tentativas francesas
de invadir Portugal, Londres considerava Lisboa fora deste Império.
Transformou-se numa área de intensas atividades britânicas e que não descartar
a figura de uma invasão. Por tudo isto Portugal nada recebeu no momento da
contabilidade e distribuição dos dividendos.
Portugal, desamparado pela França, continuou a
guerra, ate que combinaçoens mais favoráveis lhe tornaram a trazer o apoio de
outras Naçoens.
O nosso argumento portanto he, que se Portugal, no
extremo estado de pobreza, e desamparo, pôde fallar aquella linguagem, agora
que as circumstancias saõ em muitos respeitos infinitamente mais favoráveis,
naõ ha a menor razaõ para que Portugal seja caudatario de ninguém ; excepto a incapacidade de seus ministros.
Voltemos no argumento, que lembramos acima, de que
na revolução de 1640, era do interesse da França, e de outras mais naçoens
sustentar a independência de Portugal; Assim mesmo dizemos nós agora, he do
interesse da Inglaterra e de outras naçoens sustentar Portugal, e como essas
naçoens assim obram por seus mesmos interesses, vem a ser inútil o fazer
humiliaçoens para obter isso, que por força das circumstancias ha de ser
concedido.
Fig.12 – A propaganda e marketing lusitano apresentavam Portugal como uma
imensa área de posses físicas. De um lado alimentava a onipotência lusitana de
outro lhes impedia qualquer
reinvindicação. Certamente neste caso tamanho não era sinônimo de
progressos, atualidade e civilização.
Em tal caso as pequenas Potências tiram partido de
sua mesma fraqueza, combinam se umas com outras, offcrecem termos ás grandes
naçoens, que saõ rivaes das outras de quem se temem, e suprindo com a arte a
falta de força, conservam a sua independência, e dignidade
Quando
os homens renunciam os seus direitos, merecem ser tractados como brutos; da
mesma forma, quando as naçoens se descuidam de manter a sua dignidade, naõ
podem esperar das outras senaõ insultos. He essencialmente necessário ao bem
das naçoens, assim como dos individuos, o manter a honra, e a dignidade, naõ
porque isso seja um bem real, mas porque produz effeitos reaes e importantes na
prosperidade, conforto, e existencia dos homens.
AUTORIDADES Diário de Concepción em 26.04.2014 http://www.diarioconcepcion.cl/2014/04/26/#2
Fig.13 – Os mediadores, atravessadores e tuteladores do PODER ORIGINÁRIO sabem
o que e como fazer quando encontram alguém disposto à renunciar á sua soberania e à sua autonomia.
Administram-lhe a morfina da autoridade pura e concentrada. A desgraça nunca
vem só. Depois desta doce tem ao seu inteiro dispor os povos mais
inteligentes, trabalhadores e sensíveis em nome dos quais passam a deliberar e
decidir o que lhes interessa.
O
individuo que naõ resentir uma affronta ou um desprezo, na consideração de que
isso naõ lhe faz mal ao corpo nem á propriedade, verá bem depressa que o seu
adversário passa do desprezo a tocar-lhe o corpo, e a propriedade. He o mesmo a
respeito das Naçoens.
Fig.14 – A corte republicana
brasileira inverteu apenas a sua posição física. Apropriou-se da arena para ser
aplaudida e reeleita pela massa ignara das galerias quando lhes faz os
caprichos. Carente de qualquer projeto digno deste nome deixa-se levar
pelos humores fomentados pelo marketing e propaganda de grupos de interesses
pontuais.
Naõ
ha duvida de que se houvesse em Chatillon um Ministro Portuguez, ao tempo em
que se assignou a Convenção para a suspençaõ de hostilidades, esse ministro
havia de estar por ella; mas o que desejávamos éra que ali se achasse um
ministro, que assignasse também o seu nome naquelle instrumento, como
representante da Corte do Brazil. O Soberano de Portugal estava em guerra com a
França: padecia os incommodos inherentes a este estado de guerra, conservava um
exercito actualmente empregado contra a França; e portanto éra de direito que
elle, por seu representante, approvasse o armisticio; que figurasse como parte
interessada, que na realidade he; porque os soldados Portuguezes vaõ brigar e
morrem na guerra, logo o seu Soberano deve ter voto em fazer a paz e a guerra.
Se,
portanto, as cousas assim vam, naõ he porque a Corte do Brazil naõ tenha
direito de figurar, nem porque naõ tenha meios de se fazer respeitar; he porque
os seus maiores interesses estaõ nas maõs de homens, que ou naõ sabem como, ou
naõ lhe importa servir o seu Soberano e a sua Pátria como devem. O Tractado de Paz
apparecerá; e veremos o que tira delle Portugal.
RAFAEL GOMESBARROS - Casa Tomada de FORMIGAS 2013 TATE GALERI
Fig.15 – A entropia universal e constante desmonta e extermina as mais belas e
felizes civilizações. Se isto aconteceu com
Império napoleônico, em 1914 repetiu-se com a eclosão da Iª Guerra Mundial
que ceifou e sepultou nas trincheiras industriais uma geração de jovens com as
suas mais sublimes expectativas. Portugal foi novamente coadjuvante
secundária e passou despercebida e nada recebeu em troca.
Somos informados de que S. A. R., o Principe Regente
de Portugal, se acha ja embarcado com a Familia Real, voltando do Rio-de-Janeiro,
com sua Corte para Lisboa.
Fig.16 – O colonialismo de Portugal foi arrastado até as portas do 3º
milênio. A propaganda e marketing lusitano apresentavam como uma imensa área de
posses físicas. De um lado alimentava a onipotência lusitana de outro lhes
impedia qualquer reinvindicação.
Certamente neste caso tamanho não era sinônimo de progressos, atualidade e civilização.
Em maio de 2014 as consequências desta soma de erros estão bem presente na situação
de perplexidade e na heteronomia neocolonial lusitana vivida para a comunidade
europeia.
Portugal e Espanha
preferiram continuar num sistema colonial de baixo risco e de pífios retornos
senão de contas no vermelho como aconteceu na metade do século XX quando
tiveram de se recolher ao regaço europeu.
As antigas e superadas
potenciais ibéricas mantiveram, entre si mesmas, a política do UTI POSSEDETIS.
Instaladas nesta confortável poltrona assistiram juntas e de camarote o desfile
e engrandecimento das nações industriais e a desabrida atuação de um sistema
bancário alavancando um estágio econômico após outro.
EUGENIO MACEDO http://eugeniomacedoescultor.blogspot.com.br/
Fig.17 – O
escultor português Eugênio Macedo - vestindo a camiseta do Brasil - cria
a partir do granito lusitano metáforas nas quais desafia a si mesmo e uso os
abundantes recursos nacionais . Trabalha sem gritos, sem discursos ou
queixas. Aceita os mais temerários desafios
que um bloco de granito pode lhe oferecer. No seu agir soma-se ao universal que
uma obra de arte em granito pode oferecer em todos os tempos e lugares.
Nesta nova era
industrial as narrativas também eram industriais. Se examinarmos, em maio de
2014, a enxurrada de jornais, de
relatórios impressos e livros impressos e distribuídos pelos britânicos e o
comparamos com os minguados e censurados jornais, relatórios impressos e livros
impressos e distribuídos pelos lusitanos percebe-se um índice do que também
estava acontecendo no campo político, econômico e tecnológico.
As comparações são
odiosas e uma perda de tempo. A contemplação no espelho alheio faz perder a
identidade, tempo e desvia a atenção das próprias competências e limites. Entre
estes limites o mais daninho e desastroso que o Brasil herdou de Portugal foi a
clivagem social entre os que tudo podem e tudo tem e do outro lado sem conexão
os desamparados de tudo e que nada possuem. Em maio de 1814 os ministros
lusitanos foram alimentados pela sua mentalidade de onipotência, onisciência,
onipresença e eternidade quando deviam tratar dos interesses de sua nação. Esta
arrogância pessoal foi solenemente ignorados por aqueles que se apropriaram dos
despojos, dos louros e do poder. Nada
restou ao PODER ORIGINÁRIO ibérico que reconstruiu com sangue, suor e lágrimas aquilo
da Espanha e de Portugal que esta elite colocou em perigo extremo.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS.
CORREIO
BRAZILENSE maio 1814
PORTUGAL de 1814
dependente da INGLATERRA
GUERRA PENINSULAR IBÈRICA NARRADA por FRANCESES
GUERRA PENINSULAR
IBÈRICA NARRADA PELOS INGLESES
DOCUMENTOS LUSITANOS da GUERRA da PENÍNSULA
MAPA da PENÌNSULA IBÈRICA
EUGENIO MACEDO
DESCALABRO LUSITANO
em MAIO de 2014: 5.000 ESTUDANTES com AULAS em CONTEINERS
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