quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

088 - NÃO FOI no GRITO.


GRITOS PARA INTRIGAR.

“Não nos admiraria então ver, que os ignorantes gritassem aqui  d'EI Rey contra os Ingleses, e que os velhacos se aproveitassem deste grito para intrigar; sem que queiram refletir, que o Ministro Inglês faria o seu dever; e que a culpa era inteiramente dos Portugueses”. CORREIO BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 68 janeiro de 1814 p. 141

O grito, o brado e o berro servem mais para dissimular a falta de razão do que o contrário. A gritaria e o berreiro servem, na cena pública, para intimidar as multidões. O grito, o brado e o berro buscam ocultar a preguiça, a falta de planejamento e as derrotas sofridas.  As derrotas resultantes da falta de planejamento e da preguiça cultivadas numa falsa esperança e delegação de responsabilidades para outros. Outros que se aproveitam deste sono da razão e entorpecimento das vontades de quem tutelam para despojá-los do pouco que os seus tutelados ainda possuem. Ao descobrirem o logro e a pilhagem resta, a este infelizes, o grito, o brado e o berro para  ocultar a sua heteronomia vexatória.

FRIENDS & FOES UP HE GOES  1813 Museu Britânico
FIG.  01  Em janeiro de 1814 estava em andamento a vingança da nobreza reestabelecida como reação ao plebeu que se apropriou do Terror de Revolução Francesa e com este pavor  e violência havia ameaçado e vencido as mais sólidas e monarquias  europeias. Mas com as “baionetas  da para fazer tudo...menos ficar sentado sobre as suas pontas”  napoleão estava pagando as  suas temeridades. Não havia novidade, pois como na Física, também em política, a toda ações corresponde uma reação igual e contrária.

Era o panorama que se apresentava, em janeiro de 1814, ao redator do Correio Braziliense, diante da inanição, da  preguiça e da falta de qualquer projeto lusitano diante do recuo do exércitos napoleônicos e da subida para cena publica das antigas  monarquias. Antigas monarquias que se viam livres dos rituais medievais. Monarcas que assumiam a condução de uma cidadania modelada ao seu gosto. Monarcas que se divertindo em 1814 e 1815 com as leves e mundanas valsas vienenses enquanto os seus diplomatas dividiam o mundo conforme os interesses econômicos, comerciais e militares das elites dominantes. Elites dominantes que agora tinha por tarefa primordial manter-se distantes das ameaças da plebe e da qual a Revolução Francesa, a Independência norte-americana e as reformas de Cromwel. Nada melhor que os leves rituais da exibição da moda, dos prolongados eventos e da diplomacia da aparência luxuosa e superior aos gritos dos vencidos, do brado do despeitado e do berro do impotente.
A leitura das “Reflexões sobre as novidades deste mês  no BRAZIL” estampado no CORREIO BRAZILIENSE, VOL. XII. Nº 68 janeiro de 1814 publicada na seção  Miscelânea”, páginas 139 e 141, elucida o que se passava no final do império napoleônicos e navas perspectivas e cenários que se abriam para o vencedores atentos. O jornal registrava  tanto o que chegava à capital britânica como as projeções como desalentaras da diplomacia lusitana diante dos fatos novos longamente aguardados, construídos e editados pela atenta e experimentada diplomacia britânica.

Julgamos ser do nosso dever lembrar, em um dos Nºs passados, do nosso Jornal a necessidade que tinha a Côrte do Brazil, de nomear Ministros Diplomáticos de conhecida habilidade, que assistissem ao Congresso das Potências, no caso de uma pacificação geral. A partida do Ministro dos Negócios Estrangeiros Inglez para o Continente; o annuncio das gazetas Francezas, de que uma personagem de igual character publico se destina a encontrar-se com aquelle, saõ motivos bastantes para suppor, que dentro em mui breve tempo, se abrirá um Congresso geral ; e nos da occasiaõ a repetir a nossa observação, sobre a falta de um Plenipoteneiario Portuguez nesta occasiaõ.
Importa pouco para a nossa questão o averiguar, se deste ajunclamento de Plenipotenciarios resultará ou naõ a pacificação geral ; basta que se tracte disso para que seja necessário a Corte do Brazil o ter ali o seu Representante, que poderia muito bem ser o Ministro que residisse juncto á Corte de Áustria, ou de Rússia ; com tanto, que estivesse munido de poderei e instrucçoens a este respeito.
Ha quem tenha espalhado em Londres, que o motivo porque o Conde de Funchal aqui se tem demorado, he porque tem intrucçoens particulares, para tractar dessas negociaçoens na paz geral ; e que por isso  naõ tem entregado o lugar ao seu suecessor.
Nós duvidamos muito do facto; e Deus naõ permitia que tal calamidade venha aos Portuguezes ; mas se isso assim he ¿ porque existe elle em Londres, quando as negociaçoens se vaõ começar em Basilea?

CONGRESSO de VIENA 1814-1815
FIG.  02 – O Congresso de Viena arrastou-se ao longo dos anos de 1814 e 1815. Marcado por eventos sociais, culturais e de toda  forma política que podia ser fonte de despiste e de procrastinações. Era pautado por personagens que não tinham de prestar contas ao seu PODER ORIGINÀRIO que pudesse exigir eficiência, transparência, moralidade, impessoalidade e legalidade destes congressistas. Sem mandato popular, eles eram lei de novo, valia o nome e fama do personagem, instauravam uma distinção entre lei é ética evidente à seu favor, as notícias eram rigorosamente editadas e qualquer pressa podia atrapalhar os seus planos pu surgir mais um corso temerário.    

He mui possível, que o Conde de Palmella tenha boas razoens para se ter demorado em Londres um anno, sem que se saiba por que espera; mas de certo naõ pode haver boas razoens para que.de uma parte d'onde menos devíamos esperar taes gracejos, se diga ; que o seu predecessor o em palha mandando lhe pedir por além via, que publique no Investigador a sua traducçaõ Franceza do Camoens. Espalhar taes rumores he ajunnctar o insulto á injustiça; porque naõ se pode ver a sangue frio um diplomatico  aliás acreditado na Diplomacia, vencendo os seus ordenados, para naõ lhe permittirem o fazer mais do que mandar versos ao Investigador. Quanto á nossa opinião decididamente he, comparando os dous condes, que seria de infinita mais vantagem deixar o Ex mº-, Funchal fazer quanta, analizes quize.se aos versos Hexametros , e mandar o outro a cuidar de suas funcçoens Diplomáticas, para o que seu Soberano, naõ sem bastante justiça, o nomeou.

CONGRESSO de VIENA 1814-1815
FIG.  03  A divisão do mundo foi  realizada pelo Congresso de Viena. Os  mais fortes e perspicazes levavam as maiores, melhores e estratégicas fatias do globo terrestre.. Sem reclamar, cobrar nada para  si e  sem contrapartida Portugal devolveu aos representes franceses a Guiana, e  que as tropas brasileiras haviam ocupado em represália da invasão das tropas francesas.

Porém sem entrar na pessoa ou pessoas, que devem representar a Corte do Rio-de-Janeiro nesta importantíssima occasiaõ; quando se consideram os interesses, que se vaõ a discutir no futuro Congresso, a magnitude do objeto;  a parte que Portugal deve naturalmente ter nisso, naõ pôde  deixar de reparar-se em que três ou mais Plenipotenciarios naõ estivessem já nos quartéis generaes dos Alliados, ou naõ partissem para lá ao mesmo tempo que Lord Castlereagh, com os poderes e instrucçoens necessários em taõ critico momento.
Em tempos, como o presente, em que se naõ tracta somente a questão da paz ou da guerra ; mas da firmeza dos estados antigos, da creaçaõ de novos, de  estabelecer as regras geraes do commercio do mundo: e talvez de prescrever o direito publico, porque as naçoens do globo se haõ de governarem seus deveres, umas para com outras ¿ porque fatalidade naõ  ha de Portugal ter um sufficiente numero de homens intelligentes, revestidos com o character diplomático, que advoguem os seus interesses na grande assemblea das naçoens?
Por varias vezes temos examinado a opinião de alguns, que disculpam  esta falta de vigilância nos Ministros de Portugal, ja com a pequenhez da monarchia Portugueza; ja com o muito que devemos descançar na amizade da naçaõ Ingleza. Uma vez que continua o mal de se crer em similhantes erros; he preciso continuar o remédio de os combater.
Portugal, nem he uma naçaõ taõ pequena, que naõ possa figurar entre as Potências do Mundo ; nem deve deixar á Inglaterra o cuidado de negociar sobre os interesses meramente Portuguezes.
Quanto á primeira parte, argumentamos ja em outro lugar com o exemplo da Suécia, comparando os pequenos recursos daquella naçaõ com os muitos que possue Portugal; e vemos que por haver a Suécia entrado  na liga contra a França obteve a sancçaõ dos Alliados, para forçar a Dinamarca a que lhe cedece a Norwega. Ora, Portugal tem soffrido nesta guerra um pezo muito maior do que a Suécia, tem contribuído com mais gente, e mais dinheiro, e portanto deve esperar mais lucros que a Suécia ; esta adquirio a Norwega  ¿ Quaes saõ os que espera Portugal?
A Corte de Hespanha, instigada pelos Francezes, fez guerra a Portugal, e tomou-lhe Olivença; porque Portugal se considerou pequenino cedeo esta injusta conquista aos Hespanhoes; que tendo altamente declarado injustos, e oppressivos todos os actos dos Francezes na Península, naõ podem deixar de reconhecer a injustiça daquella guerra, em que Olivença foi tomada para agradar aos Francezes. Os Portuguezes, pequenos, ou naõ pequenos, tomaram Olivença aos Francezes, que estavam de posse delia, e continuaram a ajudar os Hespanhoes, a retomar dos Francezes as outras terras de Hespanha ¿ Logo que tem a pequenhez de Portugal para que naõ torne a possuir a praça d'Olivença ; que era sua; que lhe foi injustamente tomada pelas intrigas dos Francezes; e que foi retomada naõ aos Hespanhoes, mas aos Francezes ?
 
CRUIKSHANK Isaac   - Delegados em Conselho gravura de 09.06.179
FIG.  04  O PODER ORIGINÁRIO BRITANICO havia  se imposto desde a época de Oliver CROMWELL (1599-1658) como fonte do Estado.  Muito antes dos franceses guilhotinarem o seu rei o povo inglês  decapitara o seu rei em 1649. Mesmo que a elite se cercasse de tradições inventada por ela, e  na hora que interessasse, ela tinha mil dificuldade e concessões a fazer manter o controle do Estado PODER ORIGINÁRIO do ESTADO INGLÈS em suas mãos o. Uma cena, como desta imagem, seria inimaginável no reino lusitano onde o instrumento da inquisição, o poder  real monocrático e a nobreza não admitiriam a existência destes delegados, mesmo  para uma inocente e inócua paródia.  

Se a pequenhez de Portugal naõ pôde ser obstáculo para recobrar Olivença; também naõ pode servir de objecçaõ para tomar a haver as possessoens que tinha na margem esquerda do Rio-da-Prata.
Lembremo-nos outra vez do exemplo da Suécia. Esta naçaõ, antes de entrar na liga contra a França, estipulou, como se vê de seus tractados as vantagems, que havia de tirar da guerra, se ella fosse bem succedida; e  por tanto offereceo de sua parte as tropas que tinha; e exigio da parte dos Alliados um subsidio para as pagar ; e que lhe haviam de garantir a posse da Norwega, e a Inglaterra deo-lhe de mais a mais uma ilha no golpho México.
Naõ he pois porque Portugal seja pequenino, que naõ se estipulou alguma cousa em seu beneficio, em troco das tropas e despezas, com que concorreo para a guerra; he sim porque o bem-aventurado Embaixador que aqui tem o Principe Regente em Londres, deixou ir um exercito Jngleza Portugal, sem fazer ajustes ou estipulaçoens; e seu irmaõ no Rio-de-Janeiro louvou este systema, para supportar o pacto famílias ; e por fim á força de erros diplomáticos foram os exércitos Portuguezes fazer a guerra á França atravessando toda a Hespanha ; sem saber como, nem para que, e feitos um rebanho de carneiros; tomarem dos Francezes até o que era seu de Portugal para o dar aos Hespanhoes.
Naõ se precisa mais do que comparar a prudência com que o Governo Sueco fez as suas estipulaçoens e contractos, antes de se envolver na  guerra, com o descuido e desmazêllo com que o Embaixador Portuguez em Londres deixou passar todas as occasioens de propor negociaçoens vantajosas, para saber que o mal naõ provem de ser Portugal pequenino.
A Hespanha achava-se em muito peior situação do que Portugal, quando a Inglaterra lhe offereceo os sem serviços; mas ainda assim naõ os aceitou sem fazer tractados, e entrar em estipulaçoens.
Imagem do vídeo em que Antonioni visita, em silêncio, o Moises  Miguel Ângelo  http://www.youtube.com/watch?v=6A5bVWwu-qQ 
FIG.  05  Portugal jogava vivamente com os extremos da CULPA e do PERDÂO , na medida que se filiou à CONTRA-REFORMA. Esta emocionava e desestabilizava consciências, convicções com este jogo emocional e imposto ao repertório de todos sossentidos humanos Com o instrumento legal e subliminar do seu TRIBUNAL da CONSCIÊNCIA a Religião vigiava a ortodoxia e desta forma afastava qualquer ameaçao ao trono. Os gritos dos condenados aos suplícios dos sentidos humanos mantinham a estabilidade  o poder  real monocrático e a nobreza

A Hespanha estava sem Governo; Portugal tinha o seu Governo; simplesmente havia a differença de se haver mudado a corte para o Brazil. A Hespanha chegou a estar na completa occupaçaõ militar dos Francezes, excepto Cadiz, e outros pontos, que naõ desfazem a proposição geral. Portugal, desde que se revoltou, nunca os Francezes o occuparam senaõ parcialmente. A. Hespanha tinha as suas colônias revoltadas; Portugal possuiu pacificamente todas as suas.
No meio pois de todas estas differcnças a favor de Portugal, este reyno sugeitou-se a fazer guerra aos Francezes mesmo alem de seus paizes; entrando em combinação com os Alliados; sem que estipulasse para si vantagem alguma das que Hespanha segurou ; porque até mesmo o subsidio que a Inglaterra dá a Portugal foi estabelecido de maneira, que alguns dos mesmos Inglezes lhe tem chamado uma esmola ; e he esta esmola a única vantagem que Portugal tem de esperar de seus esforços na guerra

Imagem do vídeo em que Antonioni visita, em silêncio, o Moises de  Miguel Ângelo  http://www.youtube.com/watch?v=6A5bVWwu-qQ   
FIG.  06  O  grito silencioso do mármore. A Contra-Reforma valeu-se dos cinco sentidos humanos para realizar o seu projeto da Propaganda da Fé. Para este projeto valeu-se do  jogo intencional e subliminar entre CULPA e PERDÂO   em que mergulhava e gerava uma consciência coletiva dependente. As técnicas comerciais do marketing e da propaganda transferiram este sentimento de dependência coletiva. O jogo intencional e subliminar é realizado nos templos de consumo - sem janelas para o mundo externo - e onde quem não consome sente-se CULPADO. e quem consome é PERDOADO.

Mas porque naõ se chama esmola, o subsidio pago á Hespanha, ou á Suécia? Por uma razaõ bem simples; porque os subsidios aquellas naçoens saõ dados em virtude de tractados solemnes, publicados ao mundo para honra de ambas as naçoens ; e para mostrar, que saÕ um equivalente no contrario igual, e reciproce de duas naçoens independente, do ut des,  ou do ut facias. Portugal trabalha, sem que lho agradeçam, e o que recebe vem com o nome de esmola; porque s e n a õ fizeram os ajustes de que nenhuma naçaõ se esquece.
Quanto ao outro refugio dos nossos politicoens de descançar confiadamente na Alllança da Inglaterra; temos ja combatido este absurdo ; mas diremos mais uma palavra.
Primeiramente he ignominioso que naçaõ alguma independentes e entregue de todo a outra para tractar os seus negócios. A Inglaterra he o melhor alliado de Portugal; e para conservar esta alliunça se devem fazer, com razaõ, milhares de sacrifícios; mas ser alliado naõ he ser colônia; ser amigo naõ he ser pupilo.
Snpponhamos agora, que Lord Castlereagh se achava no Congresso de Basilea, tractando a paz; e que, por naõ haver ali Ministro Portuguez, se encarregava de ajustar o que pertencesse a este alliado da Gram Bretanha  ¿ Que idea taõ despresivel naõ faria dos ministros Portaguezes, este mesmo Lord Castlereagh ?
Deixemos de parte a ignomia: pensemos aos interesses. Naõ he de  suppor que Lord Castlereagh, ou outro algum negociante Inglez, entenda dos interesses de Portugal; por melhor que sejam os seus desejos de o servir. Alem de que pode haver interesses de Portugal, que se intrometiam com os da Inglaterra; e nesse caso por força Lord Castlereagh ha de preferir os seus aos alheios.
Por exemplo: supponhamos que na pacificação geral, os Americanos dos Estados Unidos faziam proposiçoens á Corte do Rio-de-Janeiro, sobre o poderem negociar no Brazil, pescar n'aquellas costas; e metter nos portos os seus navios, tanto mercantes como de guerra; concedendo por estas vantagens, equivalentes que as compensassem. Neste caso ¿ poderia o Ministro Inglez ser o canal próprio para tractar tal negociação? Em similhante caso, naõ nos admiraria entaõ ver, que os ignorantes gritassem aqui d'EI Rey contra os Inglezes, e que os vilhacos se aproveitassem deste grito para intrigar; sem que queiram reflectir, que o Ministro Inglez faria  o seu dever ; e que a culpa éra inteiramente dos Portuguezes. Ouviriamos outra vez os mesmos argumentos, que se fazem a respeito do tractado de commercio, isto he, que os Portuguezes se devem deitar a durmir ; naõ empregar pessoa alguma, que entenda que dous e dous saõ quatro; e dahi chamar aos Inglezes uns malvados, que naõ estudaram os interesses de Portugal, para os estabelecer no tractado, ainda que fosse em preferencia dos seus próprios Inglezes.


Jean- Paul GEROME – (1824-1904)- BELLONE - 1892-  bronze 87 X 47  X 30 cm
FIG.  07  A Deusa BELLONA, a guia dos cavalos do deus Marte da guerra é representada, aqui, como um figura histérica, desvairada e assustadora.  A guerra sempre foi o terror,  o calvário e o sumidouro dos filhos e das poucas fortunas do PODER ORIGINÀRIO. Para  as elites a guerra era algo distante, um jogo, fonte de glórias e de fortunas .

As consequências desta desalentara diplomacia lusitana verificam-se nos duzentos anos que transcorreram depois deste texto publicado em janeiro de 1814 Em janeiro de 2014 Portugal está fragmentado e corroído por uma descolonização que não soube prever e muito menos conduzir, como  os britânicos. Encontra-se metida em grave crise econômica, social e política diante da União Europeia. Paga este preço da sua heteronomia diante de países que souberam aproveitar-se das novas tecnologias, mentalidades e cultura. Tanto Portugal como o Brasil continua carente de iniciativas na área de informática, sem uma janela própria para o espaço externo  e na heteronomia de mercados ágeis e previdentes de crises cíclicas. A ameaça do grito das ruas, do brado coletivo e o berro do PODER ORIGINÀRIO das duas nações buscam evidenciar a heteronomia vexatória. Porém as classes dominantes transformam, no seu populismo endêmico, a ameaça em um funesto cortejo de argumentos para se reelegerem e permanecer por tempo indeterminado no comando do poder estatal.

FONTES NUMÈRICAS DIGITAIS.

CORREIO BRAZILIENSE de 1814

DONA CARLOTA e as PROVÌNCIAS ESPANHOLAS do PRATA

A REVOLTA DA PÓLVORA 1605
GUY FAWKES

MEDIATIZAÇÂO ALEMÃ e secularização dos reinos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mediatiza%C3%A7%C3%A3o_Alem%C3%A3

FRIENDS & FOES UP HE GOEAS– sending the Corsian Munchausen to St. Cloud’s

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