segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NÃO FOI NO GRITO - 010

Os SEDUTORES e o SILÊNCIO dos IMPOSTORES.

As maiores forças são silenciosas. As imensas energias, do mundo físico como do magnetismo ou as forças mentais, não fazem estardalhaço e ruídos por si mesmas. Elas agem coerentes com os projetos de quem conduz estas energias.


Foto Círio SIMON

Fig. 01 – A neve silenciosa cobre os telhados, em pleno Natal em Brasília inclusive de um “saloon inflado na frente da catedral. Alguém ganhou créditos e dinheiro com esta tentativa de sedução e impostura.

Por si mesmas e por sua própria natureza estas energias e forças colossais não conhecem o vetor moral. Assim estas forças e energias também permitem imensas corrupções dos ótimos, o que é péssimo. O ótimo do silêncio é usado por poderosos mediadores do poder, por impostores de toda ordem e contraventores de inúmeras matizes.

O espetáculo para quem percebe e acompanha do destino da JUVENTUDE silenciada diante da EDUCAÇÃO SUPERIOR no BRASIL é aterrador. Sobe-lhe á garganta um nó de piedade, uma incredulidade diante do constata e um constrangimento da vontade diante destas colossais forças silenciosas agindo na sombra, sigilo e silêncio.

Sucessivos governos do Brasil estão realizando uma aposta no mínimo original. O seu projeto consiste em destinar os maiores recursos e energias e investi-los na educação nacional a partir dum equivocado curso superior (10º andar). Estes governos estão se confiando numa educação nacional construída a partir do 10º ANDAR. Este projeto passa batido no improviso da linha de montagem do 1º ao 9º andar do ensino fundamental e médio. Este projeto faz eco ao almejado objetivo secreto e escamoteado do brasileiro que sempre quis ser doutor, contra toda a realidade objetiva.

Diante deste espetáculo delirante não dá para deixar de pensar na neve de Brasília em pleno Natal tropical e nem no castigo imposto pelo flautista de Hamelin.


http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin

Fig. 02 – O Flautista de Hamelin conduz os ratos e os afoga no rio, não restando nenhuma cabeça deles. Os cidadãos não o pagam, alegando que ele não lhes trouxe cabeça de vítima alguma...

Este flautista, sentindo-se logrado, depois de fazer a faxina dos ratos, afogando-os todos no rio próximo e não pago pelo serviço, encantou as crianças, com a sua flauta, levou-as para uma caverna inacessível aos seus pais.


http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin

Fig. 03 – O Flautista de Hamelin conduz as crianças para uma caverna inacessível aos seus pais . A cidade de Hamelin fica sem ratos e sem crianças.

Os sucessivos governos contornam, constroem palácios inflados e jogam areia nos seus olhos do PODER ORIGINÁRIO por meio de investimentos no qual o povo fica apenas como o pato. Contornam este PODER, usando o populismo mais abjeto, “dando” prédios, laboratórios e equipamentos, abrindo novas universidades e realizando caras campanhas de controle de qualidade. Para efetivar este populismo põem em campo os seus eventuais apoiadores e mentores das campanhas de publicidade. Este contorno é utilíssimo para este poder paralelo ao governo. Desta forma estes sucessivos e cronometrados eventos permitem aos empresários realizarem ensaios disfarçados para a próxima campanha eleitoral. Assim avaliam se devem continuar a apoiar este governo ou buscarem outros, para apoiarem no futuro.

Só piora a situação para o aluno do fundamental e médio. Como o governo se nega a pagar o que pretendem os empresários flautistas, os infladores de cidades de neve nos trópicos depois da realizar a faxina dos ratos corruptos e afogando-os no lago Paranoá, estes prendem as almas das crianças nas cavernas dos seus interesses. Assim conseguem distrair as mentes infantis e lhes roubam a melhor parte de vida sem lhes fornecer absolutamente nada em troca. Evidente que este era o objetivo, pois assim terão ao seu dispor uma clientela cativa pelo resto da vida.

Esta “clientela” atordoada é visível quando este contingente humano se apresenta nas portas dos cursos, ditos superiores. Pode escolher portas cada vez mais numerosas e coloridas de todas as matizes, ideologias e preços. Preços desde gratuidade das subvenções, ou módicos preços aos mais salgados.

Clientela obediente, como criança ao Papai Noel e sem menor criatividade, pois teve de transitar de cabeça baixa ao que foi reduzida pelo trânsito obrigatório dos nove primeiros andares. Nem pensar em admitir no superior alguém que não tenha transitado, um a um, estes nove favelas sobrepostas.


Foto Círio SIMON

Fig. 04 – A silenciosa toca caverna do Papei Noel em Porto Alegre frente da catedral e ao Palácio Piratini. Alguém ganhou dinheiro com esta tentativa de sedução e impostura

A conclusão que se chega é que o mantém de pé estes nove andares favelados e inflados, é a obediência e dominação absoluta exercida sobre aqueles que ainda poderiam deliberar e decidir algo significativo para a civilização brasileira.

Uma civilização, como todo ser vivo, só alcança o seu objetivo maior, e concretiza o seu projeto, quando consegue reproduzir-se física ou mentalmente. Uma civilização possui na educação formal ou informal o instrumento preferencial desta reprodução. Em especial a nova geração que já está provida de carga genética cumulativa das gerações anteriores. A cultura de uma civilização não é hereditária e nem transmissível. Ela necessita ser adquirida e de forma adequada como o projeto maior desta civilização.

Neste contexto é necessário ter sabedoria, vontade e direito para escolher o que reproduzir. A mediação e a representação sempre irão errar nesta escolha se não tiverem canais coerentes com a circulação permanente do PODER ORIGINÁRIO de uma nação.

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