quarta-feira, 5 de agosto de 2020

201 – NÃO FOI NO GRITO, - O REI de MUITAS CABEÇAS

 

O REI de MUITAS CABEÇAS.

https://www.istockphoto.com/br/vetor/hidra-com-cabeças-de-leão-coroado-sete-criatura-mitológica-gravura-medieval-ano-1530-gm983971198-267046701

Fig. 01 –  Foram cogitados as mais variadas formas de  governos na medida das mudanças dos sistemas de governos das nações, cuja base econômica ingressava nas condicionantes da ERA INDUSTRIAL. Dom Jião VI. ao jurar a Constituição, abdicou da condição monocrática e centralista dos seus antepassados que revindicavam a sua origem divina Esta nova condição real sugeria as mais bizarras formas de governo,  inclusive muitas cabeças coroadas para o mesmo soberano.

 

 Portugal não podia permanecer indiferente aos ajustes SOCIAIS. ECONÔMICOS e POLÍTICOS que afetavam as demais nações atingidas pele ERA INDUSTRIAL

 Em julho de 1820, brotavam, por toda parte, as mudanças POLÍTICAS ao sabor do fluxo das ideias drásticas das revoluções  posteriores ao período das invasões napoleônicas. Mudanças que eram alimentadas pelas sucessivas tentavas de um governo para se adequar ao fluxo subterrâneo de uma ECONOMIA comandada pela força das máquinas. Para tanto a SOCIEDADE  exigia um governo que precisava se reinventar face à lógica destes  desafios ECONÔMICOS, POLÍTICOS e SOCIAIS  .

Fig. 02 –  O modelo oposto - ao soberano com muitas cabeças coroadas - era povo sob o mesmo chapéu ou coroa. Este POVO com o mesmo chapeu já apontava e era precursor do POPULISMO MEDIÁTICO.

 

CORREIO BRAZILINSE VOL . XXV . N° 147. K 74. pp,180 185 Miscellanea  AGOSTO de 1820

“Nós lhe applicaremos o dicto de Homero, em toda a sua extençaõ. ‘Naõ me apraz o rey de muitas cabeças’." CORREIO BRAZILIENSE agosto de 1820

O CORREIO BRAZILIENSE - no seu número de agosto de 1820 - traça um vasto panorama dos ajustes SOCIAIS. ECONÔMICOS e POLÍTICOS necessários tanto em PORTUGAL como no BRASIL. Ajustes que afetavam também as demais nações atingidas pela ERA INDUSTRIAL.

No centro do problema estava a pergunta

¿ Separar, ou não, o BRASIL de PORTUGAL?
Esta pergunta e problema reforça a hipótese do presente blog que afirma que a “CONQUISTA da SOBERANIA BRASILEIRA NÃO FOI um SIMPLES GRITO

 

Estado actual de Portugal.

Quando uma naçaõ delibera para adoptar qual quer medida publica, naõ somente deve considerar se tem direito de fazer o que intenta, mas também se lhe convém ou naõ obrar em conseqüência desse direito. Ha um partido, que abertamente advoga a separação de Porgal do Brazil; e esse partido subdivide-se depois em dous ramos ; um que deseja que Portugal faça para si um Governo á parte ; outro que inculca a sua uniaõ com Hespanha. Posto que ja tenhamos tocado neste assumpto, he elle de tanta importância, que a repetição naõ se faz escusada. Os que sustentam a idéa de que Portugal forme para si um governo separado e independente, ainda se naõ fizeram cargo de considerar as difiiculdades, que se opporiam a tal projecto. Primeiro; o poder e forças d' El Rey, que por mais pequenas, que se supponham, e na verdade saõ mui inferiores ao que podiam ser, graças a seus ministros, nenhum dos do partido da independência dirá, que saõ de todo nullas : óra essas forças necessariamente ha de empregar El Rey em reprimir, o que, pelas leys actuaes, terá nesse caso o direito de chamar uma rebelião. Segue-se, depois, o partido, que El Rey deve ter mesmo dentro em Portugal; porque os taes independentes naõ se devem cegar ao ponto de naõ ver, que o partido que seguiria a causa d' El Rey, em uma lucta desta natureza, naõ pôde ser objecto insignificante. Depois vem a consideração dos Alliados, e principalmente da Inglatena; a qual, com duas fragatas, bloqueando o porto de Lisboa, e interceptando a entrada dos mantimentos, poria todo o Reyno ao ponto de morrer de fome. O outro plano, da uniaõ de Portugal com Hespanha, além de estar sugeito ás mesmas difiiculdades, terá contra si a bem conhecida antipathia dos Portuguezes contra os Hespanhoes. Esta circumstancia semearia de espinhos e abrolhos a marcha de um exercito Hespanhol, que se dirigisse a subjugar Portugal. Contra isto ainda naõ appareceo argumento ; mas esperamos, que se nos diga, que Portugal soffre grande penúria, que a sua agricultura, seu commercio, sua industria estaõ arruinados; e que nenhum remédio dá a isso o Ministério, seja por ignorância, seja por desleixameuto ; e que o povo naõ deve continuar nesse estado de miséria e sotíiimento. Seja isso assim ; e com effeito assim o he em grande parte : mas o que nós dizemos he, que essa mesma miséria de Portugal he um universal obstáculo, para que se possa fazer independente ; e que o emprehender uma guerra, em tal estado, em com taes difiiculdades, naõ pode ser o meio de recobrar gráo algum de prosperidade. Entaõ, nos retorquiraõ, naõ ha remédio senaõ padecer e sofrei até que morramos todos á mingua. Bem longe disso: gr naõ houvesse meios de remediar os males, até nem nos occupariamos em considerar os meios, que se devem seguir, nem as objecçoens ás ideas indicadas por asses partidos. Em termos de desesperaçaô naõ ha philosophia.- mas naõ estamos nesse caso. Ainda aquelles, que mais se inflammara contra a administração actual, e queuos seus defeitos fundamentam as idéas da independência de Portugal, convém nas boas qualidades pessoaej d* El Rey, e no seu desejo de fazer a seus subditos o maior bem possível. Tomando pois isto por um facto geralmente reconhecido ; que impedimento pode haver, para que o povo de Portugal cogite, proponha, e requeira aquellas medidas, que julgar, que saõ conducentes para o melhoramento de sua situação. Se El Rey tem a bondade, que geralmente nelle se reconhece, uma vez que se lhe demonstre a vontade da naçaõ, e os meios practicos de annuir a ella, toda a opposiçaõ de Ministros ignorantes ou conrompidos, naõ poderia impedir a sua adopçaõ. Dos Governadores do Reyno, e seus actuaes Secretários, nada esperamos ; porém nenhuma ley, nenhuma ordem do Soberano impede, que o Senado de Lisboa, que as Câmaras das cidades e Villas, que os Conselhos, que as corporaçoens dos negociantes e outras, em fim que os mesmos indivíduos, façam petiçoens a El Rey, que lhe indiquem os males que soffrem, as causas desses males, e os remédios, que suppóem adaptados, para os curar ou alleviar. Só os fautores da anarchia poderão asseverar, que o primeiro remédio, que se deve tentar nos males públicos, he a força e resistência aberta á authoridade consistuida. -Se tal fosse o principio de direito publico, nenhuma sociedade civil poderia existir tranquilla. Mas, para o povo da Portugal saber o que deve pedir, e o que lhe convém propor, he preciso que indague as causas dos inales, que soffre; porque só assim poderá atinar com o remédio adequado. Consideremos, por exemplo, a diminuição do commercio. 

Fig. 03 –  Esta imagem materializa a concepção medieval de um GOVERNO refugiado num castelo sobre rodas. Esta concepção necessita manter  distante de qualquer inimigo potencia. imaginado real. O soberano encastelado precisa do povo para mover, prover e defender o seu castelo móvel e ao mesmo tempo manter este povo subornado, preso e na servidão da coroa. Este castelo móvel também é precursor do POPULISMO MEDIÁTICO repleto e alimentado por FAKE NEWS, DISCURSOS OCOS de SENTIDO e. AMEAÇAS constantemente renovadas e com castigos os mais cruéis possíveis

 

Os lucros, que os commerciantes de Portugal tiravam do monopólio do commercio, que exercitavam no Brazil, fez com que se empregassem nesse commercio os fundos, que aliás deveriam ali mentar a agricultura e as fabricas. A abertura dos portos do Brazil ás naçoens estrangeiras, privou Portugal desse monopólio, e, perdendo esse lucro, se achou sem agricultura nem fabricas ; conseqüência funesta de seu mesmo antigo moroonopolio. ¿ Ora como se remedea este mal, pela separação de Portugal do Brazil ? Saõ estes os pontos, que desejamos ver discutidos desapaixonadamente pelas pessoas intelligentes, e expostos ao publico sem dtclamaçoens ; porque estamos certos, que, quando estas matérias se puzerem em sua verdadeira luz, entaõ se lhe atinará com o remédio ; do contrario, um erro traz apóz de si outro erro, e nada bom se pôde esperar. Tem-se divulgado, que S. M., em sua anxiedade para promover o bem de Portugal, medita mandar extinguir a Inquisição, reformar muitos tribunaes, e instituir o Governo do Reyno em uma personagem Real, ajudada por um Conselho. Apenas isto está' em rumor somente, quando ja se grita contra a inerScacia de tam parcial rememedio; e ao mesmo tempo naõ ouvimos senaõ murmúrios confusos, sem que o povo ou alguma parte conspicua delle ponha suas queixas, em forma distincta e intelligivel. Nós convimos, em que a abolição da Inquisição naõ he favor ao povo ; porque a sua existência, principalmente depois de se ter o tribunal dissolvido em Goa, e reconhecido inadmissível no Brazil, he um borraõ, uma vergonha ao Governo; portanto a extincçaõ da Inquisição he um bem, que o Governo faz a si mesmo, livrando-se do mais negro feirete, que pôde manchar a memória de um Soberano. O mundo todo tem ja decidido esta questão. Mas a reformaçaõ do Governo, tendo a frente uma personagem Real, pôde ser principio de grandes vantagens a Portugal, se o Conselho for composto de pessoas idôneas : porque a serem os Conselheiros os actuaes Governadores, ou outros que taes, naõ pôde deli es provir reforma que útil seja. Se a administração da justiça forma em Portugal grande fundamento de queixa, a residência da Corte no Brazil nada tem com isso ; e senaõ, perguntem os Portuguezes aos Brazilienses, que tal lhes vai por lá a administração da justiça, residindo El Rey no Rio-de-Janeiro; e a resposta os convencerá de que a melhoria na administração da justiça requer reformas mais essenciaes, do que as que se fizeram no reynado de D. Sebastião ; e que sem essa reforma, resida El Rey aonde residir, as cousas naõ tomarão diverso caminho. Mas sobre tudo, o ponto; que mais aperta, he a penúria de Portugal; e como ninguém contenderá, que, se El Rey voltasse agora para Lisboa, seria possível tornar a conceder a Portugal o monopólio do commercio do Brazil, a volta d' £1 Rey naõ remediaria o mal, se naõ se adoptassem outras medidas, que saõ igualmente factíveis estando S. M. no Rio-de-Janeiro. Nisto he em que devem insistir os homens amantes de sua pátria; e naõ pensar em medidas de aberta rebelliaõ, que por mais justificada que fosse, seria sempre desastrosa em seu êxito. Temos neste artigo evitado dar uma opinião, sobre a justificação da medida, a que ee allude, da separação de Portugal; porque só nos propuzemos tractar da conveniência ou disconvencia de taes ideas. com os verdadeiros interesses dos Portuguezes, mas nem por isso deixaremos desde ja de declarar abertamente o nosso sentimento, sobre a comparação, que se tem feito, entre a situação actual de Portugal e da Hespanha. 


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fernando_de_Borbón,_príncipe_de_Asturias.jpg

Fig.04.  –  O Rei Fernando VII da Espanha enfrentou um governo dificil e contraditório, O seu casamento com Maria Isabel de Bragança, filha de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina, deu oportunidade a especulações sobre uma possível união entre as duas coroas ibéricas. Durante o seu reinado viu as suas colônias americanas se separem definitivamente de Madrid e implantarem o REGIME REPUBLICANO..No aspecto contraditório viu-se odiado e amado simultaneamente pelo povo espanhol que permaneceu forma e juridicamente sob a sua coroa

Naõ seguiremos aquelles, que, tendo accumulado Fernando VII. de todas as injurias atrozes, que a língua podia expressar, se desfazem presentemente em panegiricos de suas virtudes, em que afiectam agora acreditar; como se fora possível, que um homem tam infame mente perverso, tam radicalmente execrável, como elles o pintavam, se tornasse era vinte quatro horas um anjo entre os mortaes. Reprovando, como sempre reprovamos, o Governo passado de Fernando VIL, nunca julgamos que fosse preciso para explicar os males desse Governo, recorrer somente á perversidade do coração do Soberano; assim também naõ julgamos que seja agora de razaõ attribuir a elle unicamente os melhoramentos, que se observam na Hespanha; antes dizemos (sem que seja preciso usar das descomposturas, que lemos em vários escriptos; que hoje em dia louvam Fernando VIL), que, se este monarcha se tornar a achar nas mesmas circumstancias, rodeado dos mesmos conselheiros, e servido pelos mesmos ministros, que entaõ tinha, tornará a obrar da mesma maneira. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Isabel_de_Bragança,_Rainha_de_Espanha

Fig.05.  –  Maria Isabel de Bragança, a rainha da Espanha casada  com o Rei Fernando VII, era filha de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina Ela faleceu cedo num parto. Ela é lembrada, nas artes, como a idealizadora e a iniciadora do acervo de obras de arte que viria a constituir o atual  Museu do Pardo e inaugurado logo após a sua morte precoce. A pintura acima  consta neste museu que aparece na janela da sala.

 

Ora ¿ que comparação se pôde fazer entre o Soberano de. Portugal, e Fernando VII ? ¿ Dissolveo El Rey de Portugal algumas Cortes, que existissem, e mandou prender seus membros mais patriotas ? ¿ Reviveo uma Inquisição, que a naçaõ tivesse abolido ? ¿ Regeitou as petiçoens ou representaçoens de alguns de seus subditos, ou mandou-os encarcerar, por haverem feito taes representaçoens ? Mas os partidistas da separação de Portugal do Brazil, e sua uniaõ com Hespanha, querendo que nos esqueçamos absolutamente de tudo quanto antigamente fez Fernando VII, nos faliam somente das Cortes, como quem nos atira com poeira aos olhos. Quaesquer que sejam cs benefícios, que a Hespanha espere de suas Cortes, se ellas governarem um paiz alheio, debaixo de qualquer forma que possa ser, nós lhe applicaremos o dicto de Homero, em toda a sua extençaõ. " Naõ me apraz o rey de muitas cabeças." E naõ seria a circumstancia de haverem nas Cortes de Hespanha meia dúzia de Deputados Portuguezes, quem faria com que os Hespanhoes, nesse rey de muitas cabeças, naõ olhassem para Portugal como um paiz estrangeiro, ou perdessem a lembrança da sugeiçaõ de 6O annos, e de que devia se libertaram uma vez os Portuguezes

DEUS JANO

https://www.specula.com.br/post/2017/12/29/ritual-anual-de-jano

Fig;06.  –  A dupla função de REI de PORTUGAL e do BRASIL parecia mais a figura do DEUS JANO na sua dupla face A esperta solução de Dom JOÂO VI de manter a  CASA dos BRAGANÇA  com a coroa do Brasil e de Portugal não foi contestada tanto pelos lusitanos como pelos  brasileiros. Era uma solução eclética  que contornava a figura do soberanó com muitas cabeças coroadas  como a solução  povo sob o mesmo chapru ou coroa;.Esta soluçãio pode ser vista como precursor do POPULISMO MEDIATICO.. JURIDICA e SAFADO. Mário de Andrade diria, mais tarde, que “o ECLETISMO é o REFUGIO de TODAS as COVARDIAS[1]

 

Em agosto de 2020 é inegável a existência de dois governo opostos e simultâneo entre ESQUERDA e DIREITA - não so´na Venezuela - como no BRASIL  bipolar. Ambos convergem para um pesado POPULISMO MANIQUEÍSTA de duas facções irredutíveis. A solução não está num ECLETISMO instável e que pode, a qualquer momento, levar a TODOS e a TUDO para a RUÍNA DEFINITIVA e IRRECUPERÁVEL. Na ESPANHA, de agosto  de 2020, esta SOLUÇÃO ECLÉTICA POPULISTA parece está CHEGANDO ao limite com o REI em XEQUE.



[1] Uma AULA  de Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945)

http://profciriosimon.blogspot.com.br/2015/02/estudos-de-arte-008.html

 

https://www.correiodopovo.com.br/notícias/mundo/suspeito-de-corrupção-rei-emérito-juan-carlos-i-deixará-a-espanha-1.459520 

Fig; 07.  –  Juan Carklos de REI da Esapanha por 40 anos foi envolvido por uma rede implacável de patrulhamentos de toda ordem Cim evidentes tropeços pessoais não foi suficiente a sua renúncia como em agosto de 2020 esta deixando a Espanha sob pesada artilahria de sua oposição populista a semelhança do Rei Fernando VII

 

A Espanha que retornou ao governo real com cetro e coroa. Em agosto de 2020 o antigo rei está pagando um preço pessoal[1] e que põe a mostra que o ECLETISMO POLÍTICO   

Os duzentos anos -  entre agosto de 1820 e 2020 -  parece que nada ensinaram. Em agosto de 2020 o cenário politico, social e econômico está povoado de GRUPOS AGRESSIVOS - da ESQUERDA como da DIREITA-  dispostos a desmantelar TODO e QUALQUER acervo de experiências governamentais e empolgar o PODER CENTRAL, com singelo projeto de “VER O QUE SE PODE FAZER”. Na maioria das vezes “ACABAM FAZENDO BESTEIRAS sobr BESTEIRAS IRREMEDIÁVEIS”

https://www.correiodopovo.com.br/notícias/política/stf-dá-48-horas-para-ministério-da-justiça-apresentar-informações-sobre-dossiê-1.460154?fbclid=IwAR29gCL92ieTl17JfF7HOPGRGZW-N3oxiX5toQhhcL4k0PhDQtI2WksRZhE

Fig; 08.  –  A nuvem de POPULISMO que paira sobre BRASILIA evidencia a confusão politica,. educacional e de saudê pública entregues a amadores cujo único objetivo é a POSSE de CARGOS no PODER CENTRAL Cargos   na sua dupla face. De um lado  desejados por TODO POPULISTA e no lado oposto TODOS se EXIMEM e QUEREM  ESTAR DISTANTES do EXERCÍCIO das FUNÇÕES que a CONSTITUIÇÃO, as LEIS e os CONTRATOS EXIGEM destes POSTOS PÚBLICOS

 

O pior problema do POPULISMO é a MITIFICAÇÃO e INFANTILIZAÇÃO dos CARGOS PÚBLICOS. Esta INFANTILIZAÇÃO e MITIFICAÇÃO alienam e afastam  das capacidades, compromissos e contratos que as FUNÇÕES  destes CARGOS exigem nas condições da ÉPOCA PÓS-INDUSTRIAL. Não se trata de dominar este tecnologias de ponta, mas das COMPETÊNCIAS para entender  onde de fato produzem o BEM COLETIVO DESEJADO POR TODOS independente de IDEOLOGIAS, de origens SOCIAIS, ÉTNICAS e ECONÔMICAS.

CORREIO do POVO  Ano 125 - Nº 308  p,02  dia 03.08.2020 - POLARZAÇÂO NANIQUEISTA PARALIZANTE

Fig. 09  –  A radicalização bipolar brasileira em agosto de 2020 parece mais a figura do DEUS JANO na sua dupla face.

Ambas as faces - deste POPULISMO de ESQUERDA e de DIREITA – estão distantes do BEM COMUM. De outro lado não é possível o SIMPLES INGÊNUO ECLETISMO de SUBMETER TODOS ao LEITO de PROCUSTO, onde todos se TORNAR IGUAIS pelos mais cruéis e primitivos métodos

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 Em agosto de 2020 triunfam, por toda parte, as drásticas mudanças alimentadas pelo fluxo incontrolado de informações honestas, com funamento, misturadas com informações falaciosas e cujo único fundamento é controlar o PODER, o GOVERNO e CARGOS CEM TRIAS  de uma nação 

Fig. 10  –  O controle da informação e fluxo nos canais da mídia permitem, em agosto de 2020, uma radicalização bipolar Este controle é obtido com promessas mirabolantes, garantias falaciosas e desqualificação de qualquer concorrente. O controle do PODER CENTRAL exige milhões de votos para garantir uma superioridade numérica sobre o concorrente e independente de qualquer BEM COLETIVO, Este processo é o caminho do POPULISMO, do EMBUSTE ESCANCARADO e do REBANHO cujo final, é sempre, o matadouro

 

Para concluir é necessário destacar a variedade de fontes do Correio Braziliense conseguiu reunir em agosto de 1820. Neste número do jornal,  25 meses antes da data oficial da proclamação de Independência do Brasil - é possível perceber o múltiplo fluxo de fatores que estão no tabuleiro de quem iria tomar a decisão definitiva. De outro lado percebe-se o refluxo à um identidade lusitana sobre si mesma e as reais condições econômicas, sociais e políticas separadas de sua colônia americana.

Na súmula - este número do CORREIO BRAZILIENSE - corrobora com a tese de que A INDEPENDÊNCIA BRASILEIRA NÃO FOI AQUELA DO GRITO

 

 

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