POVOAR o BRASIL com BOA GENTE.
Propostas de MARÇO de 1820 e de 2020.
CORREIO
BRAZILINESE MARÇO de 1820 VoL. XXIV. N°. 142. - Miscellanea pp. 282 até 286
“Todo o
empregado publico na nossa terra, desde o maior até o mais pequeno, adopta a
máxima godoyana de dizer, que quem lhe apontar algum defeito, em sua vida
publica, fala mal d'El Rey, que o nomeou para o lugar que ocupa”. CORREIO
BRAZILINESE - MARÇO de 1820, - p, 283
O imenso e fechado território brasileiro possui o tamanho de
três e meia o território do Império Romano onde se encerrava uma sociedade[1]
controlada e contida por uma rosário interminável de fortalezas e de
acampamentos militares ocasionais
Em 1820 a população brasileira, de origem europeia e os seus descentes
legítimos, não igualavam p total da população da cidade do Rio de Janeiro. Para
a formação de uma NAÇÃO com o seu ESTADO SOBERANO BRASILEIRO com reconhecimento
dos demais estados soberanos era impossível contar com a voz e a vez dos
indígenas muito menos daqueles submetidos à escravidão legal. Os lusitanos viam
no Brasil um lugar de degredo e voltavam para a “TERRINHA” na primeira
oportunidade, levando consigo tudo que cabiam nas suas caravelas, Assim. o
BRASIL era uma TERRA PERMANENTE DESCAPITALIZADA e impossibilitado de sonhar
com um ESTADO SOBERANO
Em março de 1820, a potencial CAPITALIZAÇÃO do BRASIL - e de
um projeto de um eventual ESTADO SOBERANO - dependiam de alguma indústria,
mesmo incipiente e do apoio de um comércio eficaz e continuado. Porém comércio
e indústria estavam no devier e nas mãos de pessoas nascidas em Portugal
temerosas de perder o mando monocrático e os privilégios multisseculares.
A solução das pessoas
nascidas em Portugal era esconder-se no manto real, burocratizar e atribuir
toda a culpa par DOM JOÃO VI
O chefe da Missão
Francesa já avisara DOM JOÃO VI, por intermédio do Conde da Barca[2], de
que a EUROPA estava oferecendo, em 1816, uma ocasião única de trazer ao Brasil
técnicos e técnicas de última geração após as guerras napoleônicas. Mas, pelo
visto, ninguém leu esta carta pois foi descoberta e traduzida apenas em 1959,
por Mário Barata.
No entanto a questão do IMIGRANTES era como p “PILATOS no
CREDO”: o problema real era bem outro para a burocracia lusitana.
A burocracia lusitana estava focada, em fevereiro de 1820, na
pauta política de manter a MONARQUIA MONOCRÁTICA e DIVINA contra a MONARQUIA
CONSTITUCIONAL exigida pelos liberais da cidade do PORTO. Caso os liberais
vencessem a burocracia iria perder muitos dos privilégios multisseculares, o
mando monocrático, Na sua própria defesa sempre podiam incriminar os infelizes
-que os acusassem de incúria -de ”estarem falando mal d'El Rey”..
[1] SIMMEL, Georg Sociología y estudios sobre las
formas de socialización. Madrid:
Alianza. 1986, 817. 2v.
Fig. 01 O
tema geral da IMIGRAÇÃO ao BRASIL no
período COLONIAL existiu sob o controle estrito
lusitano. Este lusitano zelava para que a administração estivesse nas mãos
exclusivamente de um europeu e português nato. Qualquer outra etnia
estava sob suspeita, se não trouxesse estampada no semblante a origem indígena
ou africana negra. Este controle lusitano começou a se afrouxar com a Abertura
dos Portos em 1808 e se rompeu com a Independência em 1822,
Reflexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E ALCARVES.
Emigração para o Brazil.
Por diversas
vezes temos tractado o assumpto de augmentar a população do Brazil, e com boa
gente Europea. A importância da matéria parece ter sido bem conhecida pelo
Governo do Brazil, vista a circumstancia de se haver nomeado para a Suissa um
Ministro, que mostra ter por objecto principal o facilitar a emigração de
Suissos para o Brazil; e sem duvida, naõ se pôde fazer na Europa escolha de
melhor gente. Mas naõ basta a adopçaõ de uma boa idéa, he também necessário
pensar no melhor modo de a pôr em execução. He sobre isto, que diremos agora
mais alguma cousa, e a repiza, em matéria de tam permanentes interesses ao
Brazil, nunca pôde ser fastidiosa; porque será sempre da mais conhecida
utilidade. Ja observamos, que o lugar destinado para esta colônia de Suissos no
Brazil, naõ fora o mais bem escolhido; e notamos também, que se mostrou logo ao
principio grande falta de economia, no desarrazoado preço por que se comprou o
terreno, em que se quer fundar a nova colônia. Depois, o indivíduo, que
mandaram á Suissa negociar o anno passado a partida de alguns colonos, tem
entrado em despezas, que nos parecem de todo alheias de sua missaõ ; e nos
informam entre outras cousas, que comprara, em Paris, trastes e alfaias de
casa, para certos empregados públicos, no Rio-de-Janeiro, em somma de mais de
50.000 francos, e os gastos com os transportes dos colonos montaram a sommas
immensas.
Fig. 02 A
precipitada e mal conduzida migração de
3.000 suíços ao Brasil fpram marcadas por uma burocracia irresponsável e cuja
ações não iam além dos gabinetes. O que vasava destas formulações ideias
“genais” - ao cair nas mãos de atravessadores e mediadores incompetentes e
interesseiros - atraiu ao Brasil uma leva de pessoas desesperadas e oprimas nos
estreitos cantões suíços. Porém quando estes infelizes caíram nas mãos dos
administradores lusitanos já era tarde e não havia passagem de retorna.
De nada serviu a catástrofe dos 3.000 suíços, dos quais 300
pereceram mar e, os que chegaram a Brasil[1],
foram alojados em senzalas abandonadas dos escravos e com tais foram tratados,
em 1818 e destinados Nova Friburgo nas serranias próximas da capital do Reino,
As
conseqüências destes desperdícios saõ, que o Governo no Rio-de-Janeiro se
desgotará de um plano tam dispendisso, e ficará a colonização dos Suissos como
as obras de Sancta Engracia em Lisboa. He, pois, interessante o indagar as
causas por que as cousas assim succedem, para se lhe poder applicar o
conveniente remédio. Naõ ha muito tempo, que vieram para a Inglaterra muitas
famílias indigentes da Alemanha, que emigravam á sua custa para os
Estados-Unidos, mas que pela perversidade dos que lhes furtaram o dinheiro, que
pagaram por suas passagens, foram lançadas em teria neste paiz, na ultima
dessoiaçaõ e miséria. Havendo assim muita gente, que deseja emigrar para os
Estados-Unidos, aonde naõ ha as facilidades de se estabelecerem, que se
encontram no Brazil, para este paiz se faria a maior emigração, se as medidas
para isso adoptadas fossem as convenientes, visto que o Governo dos
Estados-Unidos naõ dispende um só real, nem mesmo offerece terras de graça aos
emigrantes que lá vam ter. O plano de attrahir ao Brazil população Europea, naõ
deve limitar-se somente a um punhado de indivíduos da Suissa, deve ser
executado em escala grande, e proporcionado á extençaõ do território e recursos
do Brazil; de maneira que a introducçaõ de oito mil pessoas cada anno, fosse o
mínimo deste calculo.
Fig. 03 As
condições humanas, econômicas e culturais -
dos europeus candidatos para MIGRAR ao BRASIL- eram das mais precárias e não tinham mais nada
a perder, No Brasil as suas eventuais habilidades manuais, já estavam
preenchidas pela mão de obra escrava, que, apesar de não ser primorosa, era forçada
e gratuita, Assim restavam as vastas terras, mas onde os seus conhecimentos e
habilidades não tinham grande produtividade em lavouras com vegetais, regime
climática e um mercado de escambo sem possibilidade de acumular qualquer
capital
A primeira
fonte do mal nos parece existir, em naõ se fazerem leys geraes a favor da emigração
da Europa para o Brazil: leys que segurassem aos immigrados certas vantagens, e
que estas fossem de natureza adaptada a remediar os inconvenientes pessoaes, de
que mais se queixam as classes trabalhadoras na Europa. As leys, bem
organizadas, em que estes attractivos se especificassem, deveriam ser
traduzidas nas diversas linguas da Europa, e os immigrados no Brazil deveriam
entaõ achar toda a facilidade de transportar-se aos lugares do interior,
destinados ás novas povoaçoens, que sempre deveriam ser juncto aos rios
navegáveis, ou estradas freqüentadas.
Fig. 04 Nos próprios países - nos quais ocorriam as
experimentação de ERA INDUSTRIAL EMERGENTE – reinavam, em março de 1820, as improvisações
no embate entra hábitos multisseculares e as novas e potencias concepções
tayloriastas [1]
que só se tornaram evidentes práticas um século após e nas mãos e na mente de
empresários como Henri Ford. Como a Natureza não dá saltos a ERA INDUSTRIAL
teve a sua lenta evolução de etapa em etapa. O COLOIALISMO europeu não
respeitou estra lenta evolução em terras estranhas, impondo, aos seus nativos,
os produtos de suas maquinas, os seus hábitos, crenças e tornando-o uma peça
cativa do se mercado e fornecedor de matérias primas baratas para as fabricas
O projeto sinistro de esvaziar as prisões
europeias para trazer celerados bandidos
condenados às galés[2]
Um plano
desta natureza bem formalizado, naõ se poderia fazer demaziado publico ; porque
toda a publicidade lhe he essencial para seu boin êxito. E quando as condiçoens
razoáveis de tal medida, e a connexaõ bem pensada de todas as partes do plano
fossem bem explicadas ao mundo, livrar-se-hia o Governo do Brazil da satyra,
que se tem espalhado, dizendo-se, que manda buscar os degradados das galés de
Nápoles, para com elles augmentar a população do Brazil; o que naõ he pequeno
desdouro aquelle paiz. Mas uma das principaes causas, sobre que temos de
reflectir, como aquella que muito deve obstar á execução deste plano de
emigração para o Brazil, he a falta de responsabilidade nos empregados neste
plano, assim como suecede em todas as mais repartiçoens no Brazil.
[1] TAYLOR , Frederick Winslow
(1856-1915). Princípios de administração científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
[2] Os CONDENADOS às GALÉS e o DOCE CLIMA do BRASIL
em DEZEMBRO de 1819 e em 2019190 – NÃO FOI NO GRITO – DEZEMBRO de 1819 e 2019
https://naofoinogrito.blogspot.com/2019/12/
Fig. 05 A clivagem social - que antes era NOBRES e
PLEBEUS - com a ERA INDUSTRIAL transformou-se entre EMPRESÁRIOS BEM SUCEDIDOS e PROLETARIADO submetido ao ritmo
implacável do TEMPO das MÁQUINAS administradas e de propriedade destes EMPRESÁRIOS, Estes
reuniam-se aos seu concorrentes em clubes, sociedades e partidos por meio dos
quais determinavam o que pensar, como agir jogavam problemas insolúveis para os
recursos dos proletários e assim deliberar e decidir “O QUE ERA BOM PARA TODOS”
O REI e a NOBREZA antiga foram coagidos a serem meras figuras decorativas na
medida que lhes fossem favoráveis a esta burguesia endinheirada
Todo o
empregado publico na nossa terra, desde o maior até o mais pequeno, adopta a
máxima godoyana de dizer, que quem lhe apontar algum defeito, em sua vida
publica, fala mal d'El Rey, que o nomeou para o lugar que occupa. Se dessem um
pequeno passo mais adiante, podiam também dizer, que faltar mal delles he
faltar mal de Deus, que os póz neste mundo, ou da Divina Providencia, que
permittio, que occupassem seus lugares; assim teríamos de uma vez, que, notar
alguém uma petulância de um merinho, seria logo blasphemia, em vez de ser crime
de lesa-majestade como agora querem que seja. Com esta capa tractam todos os
empregados de se abrigar, para naõ terem responsabilidade; lá mesmo no seu
paiz, aonde tem a felicidade de possuir o seu Soberano, e um Soberano, que
houve a todo o mundo, e que sinceramente deseja conhecera Verdade; que será
pois isso cá por fora, aonde as distancias facilitam tanto os meios de fazer
passar gatos por lebres? Lembremos unicamente as negociaçoens para o tractado
de 1810, e será fácil conjecturar as multiplicadas falsas representaçoens, que
se poriam em practica, para levar ao cabo aquella medida, que tam nociva tem
sido, e será, aos vassallos de S. M. Fidelissima. Mas he agora o mesmo partido,
o que trabalha, e infelizmente com bastante successo, em tornar a conseguir a
mesma influencia nos conselhos da Corte do Brazil.
JOHAN MORITZ RUGENDAS http://arteehistoriabrasil.blogspot.com/2012/11/0-false-18-pt-18-pt-0-0-false-false_26.html
Fig. 06 A presença
física da corte lusitana trouxe para a cidade do Rio de Janeiro um acúmulo e o
tumulto de gente que eram proveniente, não só do BRASIL mas de todo p vasto
império lusitano espalhado nos quatro
continentes Um
estranho a esta língua, hábitos correntes, religião e a esta economia de
escambo tinha poucas oportunidades de êxito. Razão pela qual os empresários preferiam
manter os seus parques industrias sob seu controle pessoal e localizados nos territórios
sua própria pátria. O Brasil interessava apenas como mercado dos produtos de
suas máquinas e fonte de matérias prima baratas. O próprio Correio Bazilense
não escapava desta lógica. de procurar Londres para a sua sede
Vimos entaõ um Ministro Diplomático tomar sobre si o enviar outros
ministros a Cortes estrangeiras, como se esse ministro fora o Rey : vimos
empregar nessas agencias diplomáticas homens réos do crime de lesa-majestade, e
por tal condemnados a morte em Portugal, e naõ por crimes meramente de opinião,
mas por crimes contra a pátria, manifestados em matar a seus mesmos patrícios
por servir os Francezes.
SETE RAZÕES para ODIAR o SECULO XIX
Fig. 07 - Londres era uma “Torre de Babel, em março de
1820, como centro da migrações e epicentro dos terremotos provocados pelo
acumulo de gente, de valores econômicos e técnicos, O
trânsito civilizado era, ali, impraticável e voltava a LEI da SELVA do mais
forte, ágil e espero, Ai dos vencidos que eram mandados como migrantes para as
colônias de todo o mundo e para ali recomeçarem o caos londrino as custas dos
nativos destas “TERRAS SELVAGENS e INCULTAS”
E quando
vemos agora esses mesmos homens, e outros da mesma estofa, uns perdoados, a
empenhos do partido desses diplomatas, outros ainda sem o perdaõ empregados, já
com lugares effectivos, ja com situaçoens nominaes nas Legacias da Europa, para
gozarem dos privilégios das Embaixadas, naõ podemos duvidar, nem dos bem
succedídos esforços dessa gente para firmar o poder de sua oligarchia, nem da
continuação do mesmo systema da falta de responsabilidade, que tem arruinado a
naçaõ.
O plano da
emigração da Suissa, ja defeituoso na origem como vimos acima, soffrerá ainda
novos estorvos por estas causas que acabamos de apontar. Ha em França um homem
de nenhuma representação, que se mandou á Suissa, para assim dizer com carta
assignada em branco, para ajustar os emigrados como lhe parecer, o fazer as
despezas como quizer. Ha um ministro no Brazil, que, apezar do plano ser approvado
por El Rey, põem todos os entrávez e dificuldades, que cabem em seu poder. Ha
outro ministro na Europa, que em vez de se prestar e auxiliar o plano da
emigração o retarda quanto pôde, escrevendo para o Brazil a metter medos com as
potências estrangeiras.
Fig. 08 A
vida urbana de Londres dava sinais, em março de 1920, do que já trivial trivial
e comum, e março de 2020, sob as
marquises urbanas das ruas do BRASIL Em ambos os casos a administração e o controle
fugiram da burocracia. Esta burocracia só pensa em se reeleger e manter a posse de
cargos completamente incoerentes com os discursos de um populismo deslavado
¿ Que plano poderá ir a diante com tal
systema, ou antes falta de systema nesses empregados, que nada temem, porque
naõ tem responsabilidade publica, e as queixas particulares, que pudesse haver,
tarde ou nunca surtem effeito ?
Exemplo, que
por accaso falhou. Mandara El Rey, com a mais decidida justiça, que se passasse
de Inglaterra para Lisboa, a administração dos contractos reaes do Páo-brazil,
Marfim, Urzella e Diamantes: a fim de deixar entre seus vassallos os lucros
provenientes de se administrarem esses ramos de Commercio em Portugal. Mas
houve Minístro, que fez com que os velhos Administradores fizessem representaçoens
a El Rey, com o fim de o desviar de seu propósito, e continuar a Administração
em Londres.
Eis aqui
como, pela falta de responsabilidade publica se forma um partido oligarchico,
que reúne no pequeno numero de poucas famílias todos os lugares de maior
importância, naõ dando os empregos senaõ aos seus, ou algum de seus satélites,
que cegamente lhes obedeçam, e assim se estabelece uma barreira impenetrável
entre os Soberanos e os vassallos em geral.
Das
circumstancias, que tem ja apparecido, e das contrariedades, que indirectamente
se tem opposto ao plano da emigração para o Brazil, agouramos mal desta medida,
no caminho que ella vai levando. Este negocio naõ he um segredo de Estado: logo
naõ pôde haver inconveniente, para que se façam publicas as condiçoens, com que
no Brazil se receberão os emigrados; os fundos, que para este fim se applicam;
as maõs porque tem de passar; e as precauçoens para fazer erficaz a
responsabilidade de cada um dos individuos nisto empregados.
Sem estas
circumstancias cada Ministro se opporá na Europa ás vistas dos outros, segundo
o som de seu pádar; as ordens d' El Rey seraõ glozadas, demoradas e illudidas,
conforme as vistas de cada um; e todos contarão com a impunidade em sua
desobediência, fundando-se na falta de responsabilidade publica, e na
difficuldade, que dahi se segue, de poder nunca a verdade chegar aos ouvidos d'
El Rey.
Reflicta-se,
em prova disto, em um só facto, que he notório a todo mundo.
- ¿ Ha
quantos mezes se nomearam, ao tempo do Ministro Bezerra, e logo depois de sua
morte, Ministros para as Cortes estrangeiras ?
Com tudo até
agora ainda nenhum desses foi para os lugares do seu destino. Mui plausíveis
razoens teraõ allegado ao Soberano, para assim obrarem, e como tudo isso se faz
em segredo, naõ he possível discutir a bondade ou disconveniencia dessas
razoens.
Uma cousa,
porém, se pôde ainda assim dizer, e he, que se taes ministros tem mui boas
razoens para naõ irem para os lugares a que saõ destinados, outros se deveriam
nomear, que naõ tivessem tam boas razoens para deixar de ir cumprir com o seu
dever. Em fim, quem tem observado o que se tem passado ha tantos annos na
legaçaõ de Londres, sobre a naõ execução, gloza, e evasaô das ordens d'ElRey,
sem que contra taes procedimentos houvesse ainda a conveniente demonstração,
naõ se pôde admirar, posto que naõ possa deixar de lamentar, o que se está
prarticando hoje em dia, a respeito do plano de que tractamos; assim como a
respeito de outros assumptos, que em tempo opportuno teremos occasiaõ de
explicar, em que tal vez apareçam boccados, que sejam de mui difficil digestão.
Fig. 09 O
mundo dos vírus em ação, em março de 1820, nas águas do Rio Tâmisa Vírus trazidos, nos cascos e nos porões dos navios procedentes dos sete mares e vetorizados
por IMIGRANTES, MARUJOS e COMERCIANTES Era mais
um tributo - oculto na águas -que a ERA INDUSTRIAL cobrou em todas as
cidades pelas quais passou. No BRASIL as
águas dos portos, dos rios, as praias[1]
pagaram caro este tributo oculto.
O leitor deste texto, de março de 1820, facilmente chega a
conclusão que, de fato, NÃO ERAM os IMIGRANTES que estavam na questão de fundo,
Os agentes da Revolução Liberal do Porto estavam evidenciando o tomando partido
da ineficiência da máquina administrativa lusitana, diante dos sistemas políticas
de outras nações cuja infraestrutura
estava se apoiando cada vez mais na lógica administrativa exigida pelas máquinas,
pelas fábricas e pelo comercio, com
projeção mundial. Evidente que estas máquinas e os seus subprodutos tinham o alto
preço da acumulação de gente, de poluentes, poluição e exploração implacável do
homem pelo homem. Não or nada que Carl Marx se estabeleceu no borborinho e no
acúmulo de Londres provocado pela primeira era industrial
[1] Derrame
monstro de óleo nas praias do Nordeste do Brasil https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/10/04/oleo-atinge-ba-e-contamina-os-9-estados-do-nordeste-se-tem-maior-mancha.htm
+
Fig. 10 O
mundo dos vírus, em violenta erupção, em
março de 2020, faz repensar a MIGRAÇÃO ao BRASIL e no MUNDO, O CORONAVIROS
furou todos os protocolo, fronteiras e
vigilâncias burocrática Diante desta onda avassaladora do CORONAVÍRUS, desaparecem os preconceitos entre etnias, as barreiras entre ricos
e pobres, entre desenvolvidos e subdesenvolvidos ou entre esquerda e direita,
Algo está acontecendo em 2020 quando as nações hegemônicas
estão se valendo cada vez mais da INFORMATICA, do DOMÍNIO do CÓDIGO GENÉTICO e
o controla espacial global pelos SATÉLITES. As imensas e incontidas levas de
REFUGIADOS tem sua origem em nações carente e apenas usuários dos SATÉLITES, do
CÓDIGO GENÉTICO e da INFORMÁTICA de nações que se dizem hegemônicas e
proprietárias do raio e do trovão.
De outro lado há necessidade de arregimentar amigos para
transformá-los em prosélitos e burocratas sem sentimento de culpa e
suficientemente LEAIS
pois NÃO necessitam e NEM
deliberar e decidir com seus juízos para o seu próprio BEM segundo a lógica de Sallustio no seu “Bellum Iugurthinum”[1]
“ Os sustentos dos reinos não são
nem os EXÉRCITOS e nem os TESOUROS, mas os AMIGOS que não se obtém com as ARMAS
nem se compram com o OURO: conquistam-se com o BEM e a LEALDADE”
Quando
levas determinadas de refugiados, invadem fronteiras, nenhum meio, ou aparato
coercitivo, esconde mais esta mentira e embuste, cultivados durante séculos
pela burocracia. Mentira e embuste que escondem o próprio BEM da BUROCRACIA. Esta BUROCRACIA pretende obter
favores, por meio da sua LEALDADE, para
poder se eximir de qualquer sanção ou culpa que a burocracia joga sobre a
cabeça do seu chefe CULPANDO-O DE TUDO
[1]
BELLUM IU IUGURTHINUM https://www.perungiorno.it/sallustio-bellum-iugurthinum-parte-06-10..html?cu=3
CORREIO do POVO - Porto Alegre Ano 125.
Nº 161 foto em 09.03.2020 - BARREIRA BUROCRÁTICA aos IMIGRANTES
Fig. 11 Os
desdobramentos da concentração de renda, ,em países hegemônicos que agiram sem
ética ao expatriar as suas sobras humanas na forma MIGRAÇÃO MASSIVA estão
recendo o troco na FORMA de MASSIVAS ONDAS
de REFUGIADOS e que retornam sobre a EUROPA para COBRAR o que LHES FOI SUBTRAÍDO pela ERA INDUSTRIAL da qual só recebiam
o retorno na forma POLUIÇÃO, a EXPLORAÇÃO das suas RIQUEZAS de firma
PREDATÓRIA e VIL, Nesta cobrança vale o mesmo princípio teórico e físico que embasou
a lógica industrial “A TODA AÇÃO corresponde ima REAÇÃO, IGUAL e CONTRÁRIA”
Quando levas de refugiados determinadas, como em março de
2020, invadem fronteiras, desconhecem a história e as tradições burocráticas de
uma nação, todo este esquema vem abaixo e nenhum ardil funciona mais.
O Império Romano não resistiu a estas avalanches humanas,
ensandecidas pelas necessidades básicas e nenhuma legião as deteve. A Muralha
da China tornou-se, logo, apenas um imenso gasto de tempo e energias humanas de
uma burocracia apenas voltada para si mesma
Na presente postagem
percebe-se uma visão panorâmica geral o confronto entre o imaginado humano e
taylorista[1] no
seu confronto com a realidade empírica dada pelo TEMPO tanto em março de 1820
com em 2020, como o LUGAR e a SOCIEDADE modelada por hábitos seculares compor
leis pontuais.
O problema dos
MIGRANTES e das levas de REFUGIADOS, denuncia os protocolos interesseiros dos
burocratas mundiais que traçaram arbitrariamente os limites e os territórios da nações que
surgiram com e após a ERA INDUSTRIAL MUNDIAL .
No entanto, o que o BRASIL precisa, de fato. em MARÇO de 2020, como precisou MARÇO de 1820,
é continuar a POVOAR o BRASIL com BOA
GENTE e ter o privilégio de possuir um irrepreen-sível QUADRO de
SERVIDORES, competentes para assumir as
funções dos seus cargos que as leis e constituição lhes prescreve. Assim
ninguém possui qualquer argumento para duvidar, ou divergir, sobre a sua
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE.
PUBLICIDADE de seus ATOS e a sua
EFICIÊNCIA.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
SIMMEL, Georg Sociología y estudios sobre las formas de socialización.
Madrid:
Alianza. 1986, 817. 2v.
TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915). Princípios de administração científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAS
VISÂO GERAL da POLITICA da IMIGRAÇÂO ao BRASIL
IMIGRANTES
Emigração de SUÍÇOS ao BRASIL: 179– NÃO FOI no GRITO
Os CONDENADOS às GALÉS e o DOCE CLIMA do BRASIL em DEZEMBRO de 1819 e em 2019190 – NÃO FOI NO GRITO – DEZEMBRO de 1819 e 2019
IMIGRAÇÂO para ENCOIBRIR a ESCRAVIDÃO BRSILEIRA
A IMIGRAÇÂO ALEMÂ RS
MIGRANTES em CALAIS 2020
Migrantes
EMERGÊNCIA do MERCADO de ARTE em LONDRES
VISTA de LONDRES
SETE RAZÕES para ODIAR o SECULO XIX
BELLUM IU IUGURTHINUM
OCULTANDO o
CORONAVIRUS
EFEITOS CONÔMICOS MUNDIAS ,na
ÉPICA PÓS-INDUSTRIAL
[1] TAYLOR , Frederick Winslow
(1856-1915). Princípios de administração científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1980, 134 p.
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