MANDAR
SEMPRE e NUNCA OBEDECER.
Fig. 01 – No BRASIL COLONIAL a unidade GOVERNAMENTAL
era garantida pelo REI SOBERANO, MONOCRÁTICO e HEREDITÁRIO Neste sistema,
os MAGISTRADOS e JUIZES existiam formal e burocraticamente, no entanto
subalternos e, muitas vezes corrompidos e corruptores. Bastava-lhes cumprir o
ritual do BEIJAMÂO MATINAL no PALÀCIO REAL para que o seu MANDONISMO fosse
garantido e reforçado com benção e aprovação régia.
O MANDONISMO brasileiro
estava ativo em março de 1819 como continua plenamente ativo em março de 2019
MANDONISMO que não conhece
limites, competências e constrangimentos de qualquer natureza. No Estado
brasileiro o MANDONISMO sempre foi e continua tendo livre trânsito entre o LEGISLATIVO,
o EXECUTIVO e o JUDICIÁRIO.
No Brasil COLONIAL todos
se sentiam REIS SOCERANOS ABSOLUTOS e SENHORES dia RAIO e d TROVÂO na medida em
que estavam distantes de REI de fato e de direito de Lisboa. O IMPERIO
caminhava de concessão em concessão para a sua nobreza comprada a peso de ouro.
A República se sustentava e continua a sustentar sobre seus CACIQUES e CORONEIS
SOBERANOS e MANDÕES por natureza e vocação.
Fig. 2 – Em BRASÍLIA a UNIDADE é garantida pelas
invasões das competências recíprocas. Neste sistema os LEGISLADORES, os
EXECUTIVOS e os MAGISTRADOS exibem notáveis duelos par ver QUEM MANDA no BRASIL
TODO. Governadores, prefeitos, vereadores e juízes de comarcas são meros expectadores
impotentes diante deste ESPETÁCULO do MANDONISMO BRASILEIRO e de firme UNIDADE
NACIONAL. Ao ”VENCER as BATATAS” ou o ritual do BEIJA MÃO MATINAL protagonizado
por juízes de comarcas, vereadores, , prefeitos e governadores no respectivo
PALÁCIO do VENCEDOR do DIA
ANTERIOR
O LEGISLATIVO invade as
competências do EXECUTIVO, este manda e retira os seus EXECUTIVOS para o
LEGISLATIVO na medida em que foram eleitos, O JUDICIÁRIO se percebe tolhido,
impotente e aturdido pelo RUÍDO que estas invasões provocam.
Fig. 3 – Ninguém pode ignorar as NORMAS CULTURAIS e
POLITICAS. Porém quando triunfa a NORMA do MANDONISMO ECONÔMICO desaparece
qualquer norma CULTURAL ou POLÌTICA sadia e construtiva. Os altos salários
do EXECUTIVO e as mordomias e privilégios do LEGISLATIVO rivalizam os proventos
incontáveis e estipêndios de MAGISTRADOS e JUIZES calam qualquer conivência e
consciência de qualquer mortal.
CORREIO BRAZILIENSE MARÇO de
1819 VOL. XXII. N°. 130. R a Miscellanea. pp. 313 até 320
Reflexoens sobre as novidades
deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL BRAZIL E
ALGARVES.
Juiz de Fora de Pernambuco.
Fig. 4 – A burocratização da ILUMINAÇÃO PÚBLICA
URBANA NOTURNA das CIDADES BRASILEIRAS garantia vagas, salários e outro tipo de
MANDONISMO com hierarquias em cujo topo estava o JUIZ, ou EXECUTIVO e ou
LEGISLADOR. O óleo de baleia era o
combustível destas lamparinas. Der óleo de baleia que mantinha outra cadeia
produtiva e de distribuição e que estava associada aos artesões fabricantes das
lanternas que por sua vez pertenciam a uma guilda rigidamente hierarquizadas a
e com compromissos, juramentos e impostos a pagar
Deixamos transcripta a p. 288 a commiinicaçaõ
que se nos fez, da disputa que houve entre o Juiz de Fora e a Câmara do Recife e
a sua terminação, por haver S. M. mandado render ao Juiz, mudando-o para outro
lugar. A simples leitura dos documentos, que fazem parte daquella communicaçaõ,
mostra a pouca razaõ que tinha o ministro, julgando que a Câmara naõ podia
fazer um Edictal para luminárias sem a assistência do Juiz de Fora. He possível
que, se ouvíssemos o que nisto terá a dizei o tal Juiz de Fora, a questão
apparecesse em outro ponto de vista, e naõ queremos decidir sem ouvir a
allegaçaõ de ambas as partes; mas, quanto á impolitica do procedimento do Juiz,
o facto referido basta para o characterizar, e fazer ver a necessidade de
restringir o poder arbitrário, em todos aquelles em quem El Rey deposita alguma
parte de sua authoridade. Supponhamos, o que por óra naõ cremos, que a Câmara
nem por ley, nem por custume, podia mandar affixar editaes para luminárias, sem
a assistência do Juiz de Fora, O motivo desta illuminaçaõ éra tam plausível e
tam justo, que o Juiz de Fora naõ podia escolher peior occasiaõ para defender a
sua authoridade. As luminárias, como acto alegria, ou de agradecimento a El
Rey, pelo perdaõ, que havia concedido a Pernambuco, éra e devia ser medida
originada no mesmo povo ou Câmara, que o representa, e naõ no Juiz de Fora; o
qual por isso mesmo que vem de fora; naõ se pôde julgar identificado com o
povo, nos sentimentos e nas opinioens locaes; e por isso que he nomeado pela
Corte, os seus actos devem ser interpretados como de um Cortezaõ e naõ de
vontade popular, que he o que éra próprio nesta occasiaõ, para que se mostrasse
a gratidão e alegria do povo.
Fig. 5 – O trabalho braçal era um TABU CULTURAL para
JUIZES, LEGISLADORES e EXECUTIVOS, Em compensação o ERÁRIO PÚBLICO recompensava
amplamente está “CRUEL RENÚNCIA”. O sistema escravocrata era legal e o
favor prestado pelos ESCRAVOS de GANHO revertia para o ERÁRIO dos donos das
“PEÇAS” Entre estes ESCRAVOS de GANHO estavam aqueles que dedicavam à
iluminação das vias públicas urbanas
O Governador de qualquer cidade do
Brazil, póde autorizar que se illuminem as casas por alguma occasiaõ de
regosijo da Coitu ou da Naçaõ ; porém o mesmo facto de serem as luminárias
mandadas pôr pelo Governador, a mesma idea do mandado faz com que as luminárias
sejam por obrigação e obediência, e naõ sirvam de prova de um regosijo
voluntário no povo. A mesma respeitabilidade e boa fama do Soberano, requerem,
que estas demonstraçoens de satifacçaõ do povo, se originem nesse mesmo povo,
para que naõ tenham a apparencia de compulsivas.
Fig. 6 – Ao acompanhar o histórico da ILUMINAÇÃO PÚBLICA no BRASIL salta ao olhos que os
DONOS do PODER TIVERAM as suas RUAS iluminadas com antes e com muito maior requinte
do que as vielas e becos onde se alojava o PODER ORIGINÁRIO que paga o
ESPETÁCULO da ILUMINAÇÃO PUBLICA URBANA NOTURNA das CIDADES BRASILEIRAS Evidente
que este acúmulo de do ERÁRIO PÚBLICO, por menor que fosse, determinava rixas,
intrigas e quebra braços entre MAGISTRADOS, LEGISLADORES e EXECUTIVOS pelo simples fato de MANDAR no BEM PÙBLICO
como se percebe no CORREIO BRAZILIENSE de março de 1819
Olhemos, porem, o comportamento
daquelle Juiz-de-Fóra, e m outro ponto de vista mais importante. As Câmaras saõ
as únicas instituiçoens no Brazil, que tem algum vislumbre de consideração
popular. Pernambuco tinha passado pelo fermento de um motim, e ainda se estava
devassando sobre os culpados ; portanto naõ éra de suppôr que naquelle momento
estivessem os espíritos ja de todo socegados. O acto da Câmara, ordenando as
luminárias, tendia a dar grande impressão da beneficência do soberano, e da
reconciliação do povo. Desattendendo a estas ponderosas consideraçoens,
escolheo o Juiz de Fora tal occasiaõ para suscitar entre si e a Câmara uma
disputa de authoridade, que podia reaccender o espirito de descontentamento,
fazer que o povo tomasse, como éra de esperar, o partido da Câmara; e
organizar-se alguma opposiçaõ formal contra o Juiz de Fora, que elle e seus coadjuetores
teriam bom cuidado de representar como novo motim, e nova conspiração : daqui
novas devassas, novas prisoens ; e frustradas as intençoens do Soberano de
querer em um perdaõ geral acabar a memória e os effeitos das desordens
passadas.
Fig. 7 – A fachada dos três poderes é para ”INGLÊS VER e ELOGIAR ” a UNIDADE. Esta ordem de fachada não garante as invasões
internas de competências do governo brasileiro. O temor constante deste
sistema são os braços escondidos nas costas e que trazem “SURPRESAS” de hora em
hora. Assim qualquer autoridade passa a maior parte do seu tempo e energias
meditando e se prevenindo de “GOLPES BAIXOS” vindos do outro poder que está no
mesmo nível. O que menos conta, neste ambiente, é a PRESTAÇÂO de SERVIÇO
PÚBLICO que corresponde às funções constitucionais de todos os cargos públicos
Mui louvavelmente atalhou El Rey a
isto mandando mudar immediatamente o Juiz de Fora; mas he preciso que factos de
tal importância naõ fiquem no esquecimento; naõ só porque a imprudência deste
Juiz de Fora faz temer, que elle no lugar para que foi mudado practique outros
actos igualmente injudiciosos; mas mui principalmente, para que o Governo tenha
em vista, sempre, a necessidade de cohibir os que governam, para que no
exercício da jurisdicçaõ, que El Rey lhes delega, naõ produzam azedumes no
povo, cujos eífeitos he da obrigação desses delegados do Soberano cohibir e
prevenir.
A CONFUSÂO entre
os TRÊS PODERES CONTINUA do BRASIL de HOJE
+
CENDEDORES de
LAMPIÕES com ÓLEO de BALEIA
HISTÓRIA da
ILUMINAÇÂO PÚBLICA
AGREGAR VALOR À CAUSA JUDICIAL
350 anos de
atraso e com problemas Magistrados e Juízes corrompidos e corruptos,
em dezembro de
1818 e em 2018
MARÇO de 2019:
AÇÂO PROMESSA do EXECUTIVO para SEDUZIR o LEGISLATIVO BRASILEIRO
Fig. 8 – O BRASIL começou a montar as suas primeiras
tipografias com a vinda da corte lusitana
ao Rio de Janeiro Assim estava atrasado de três séculos e meio em
relação à invenção do tipos móveis de metal por Gutenberg e as aplicação na
imprensa O rígido controle da imprensa pela autoridades governamentais e
eclesiásticas era visto como algo normal e poupava de qualquer esforço mental o
PODER ORIGINÁRIO que era rigidamente castigado caso a Inquisição descobrisse
uma obra sem o imprimatur e o "nhil obstat" do BISPO LOCAL
O BRASIL recebeu a IMPRENSA
350 anos após a sua invenção, uso continuado e progressivo nos países
civilizados. Além do atraso técnico o despreparo de quem manipulava a criação,
multiplicação e distribuição eram gritantes e com obstáculos quase
insuperáveis. A falta IMPRENSA ao longo dos 350 anos não fazia diferença num
pais de escravos e quase totalidade analfabeta. A falta IMPRENSA era amplamente suprida pelo
MANDONISMO e que, na ausência de textos impressos, não precisava se preocupar
cair em contradição e assim MANDAR e DESMANDAR como SOBERANO ABSOLUTO
Imprensa no Brazil.
As restriçoens da imprensa no Brazil
naõ saõ objecto de quiexa,que se péssa imputar exclusivamente aquelle paiz: a
maior porçaõ dos Governos da Europa segue em grande parte a mesma, em nossa
opinião, errada vereda. Mas nem por isso que os outros Estados adoptem máximas
impróprias devemos concluir, que o mesmo se admitta em nosso paiz; antes pelo
contrario devemos desejar, que na terra em que nascemos se adopte tudo quanto
possa tender a fazêlla superior ás demais.
Fig. 09 – A GAZETA do RIO de JANEIRO foi o primeiro
jornal totalmente editado, composto e impresso no Rio de Janeiro a partir de 1808.
Era um jornal que existia em função da corte de Dom João VI no BRASIL,
Era uma espécie de DIÁRIO OFICIAL do GOVERNO substituindo os conclamas e
publicação das LEIS nos PELOURINHOS OFICIAIS. Ainda que uma minoria estivesse
apta a ler e escrever o GOVERNO podia alegar que a LEI HAVIA SIDO TORNADA
PÚBLICA
As publicaçoens periódicas, ainda que
naõ sejam das obras literárias as que obtenham mais permanente fama, saõ com
tudo de grande utilidade momentânea; e os males, que produzem, quando saõ mal
redigidas, saõ mui insignificantes, comparados aos bens que resultam da
instrucçaõ publica, que por taes obras se diffunde. A difficuldade de publicar
estas obras periódicas no Brazil, ja pelo entrave da censura previa, ja pelo
perigo a que os redactores se exporiam, fallando livremente das acçoens de
homens poderosos, fez cogitar o expediente de imprimir similhantes obras em
paizes estrangeiros. A França e a Inglaterra foram principalmeme os pontos de
reunião destas publicaçoens, desde a epocha em que a Família Real passou a ter
a sua residência no Rio-de-Janeiro. Aberto este canal pôde dizer-se, que se
estabeleceo a liberdade de imprimir para o Brazil, posto que naõ no Brazil.
Portanto, examinaremos, se esta liberdade, que ja tem estado em practica por
mais de dez annos, tem causado algum mal aquelle paiz, pelo abuso dos
Redactores de obras periódicas ou outras.
Fig. 10 – O PATRIOTA circulou no Rio de Janeiro entre
1813 e 1814 com 18 números publicados. Ele foi impresso na imprensa régia O
seu título pode sugerir um passo na direção da SOBERNA BRASILEIRA a exemplo dos
PATRIÓTAS NORTE AMERICANOS. No entanto havia um longo caminho pela frente
especialmente em constituir uma massa significativa de “PATRIOTAS” capazes, convencidos de proclamar esta
SOBERANIA de PORTUGAL e manter acesa esta chama. Isto significava em especial convencer
os DONOS das FORTUNAS, das TERRAS e da GENTE a optar entre PORTUGAL e o BRASIL
Saio depois do Correio Biaziliense uma
turba de esciiptos periódicos em Lisboa, e em Londres, uns para o refutar,
outros para o imitar. Alguns escreviam com seriedade, outros jocosamente: uns
com argumentos, outros como meros caturras literários. Cada ura enfunando-se em
levar a palma. Tomaremos, para exemplo, duas obras das que, neste gênero de
periódicas se publicaram em Londres, o Argus e o Microscópio. Os Redactores
daquelles papeis, por falta de talentos e conhecimentos políticos, para escreverem
sobre as importantes matérias de Estado, de que se propunham tractar,
limitaramse quasi unicamente a referir alguma anecdota deste ou daquelle
indivíduo empregado publico. Isto agradou a um ou outro leitor, que se divertia
em ouvir esta espécie de praguentos; porém acabou-se a collecçaõ das anecdotas,
faltou a matéria para continuar os dicterios individuaes, e os taes periódicos
acabaram de existir, antes mesmo que tivessem entrado em circulação no Brazil.
Fig. 11 – Na comunicação de massa instantânea vale o
lema romano “ITA POSIEDETIS ITA POSIEDIATIS”[1].
Isto em termos de comunicação significa se apropriar do FATO antes de qualquer
outro o faça e dar-lhe a FEIÇÃO que interessa, Qualquer FATO objetivo e
concreto oferece múltiplas facetas das quais sempre é possível evidenciar uma
LADO em detrimento dos demais. Assim é urgente e necessário Imprimir ao FATO o
INTERESSE de QUEM se APROPRIA dele e o COMUNICA ao seu MODO e MEIO. Assim Mac
LUHAN tem razão ao ensinar que “o MEIO é a MENSAGEM”
Assim a insignificancia do escripto occasionou
a sua queda, sem que fosse necessária alguma prohibiçaõ; e talvez nem no Brazil
conheceriam nossos Leitores os nomes de tal Argus ou tal Microscópio; posto que
seus redactores ein .Londres andassem mui inchados, comparando-se com os mais
eminentes edictores e escriptores do Jornal de Trevoux, ou da Encyclopedia
Methodica. ¿ Que mais poderiam fazer os decretos do Governo contra taes obras,
do que effectou a sua mesma ininsignificancia ? um publicou quatro N°s- e acabou
; outrro chegou ou publicar seis ou sette Nºs- e extinguio-se. Dizem alguns,
que, ainda admittindo que a ignorância dos redactores de periódicos, nas
matérias políticas, de que se propõem tractar, sirva de per si mesmo para naõ
dar currencia a taes obras e acabar com ellas ; com tudo em quanto existem, por
breve que seja a sua existência, trazem á luz do dia anecdotas que vexam os
indivíduos, principalmente quando se intromettem no character particular; e a
prohibiçaõ pelo menos remedeia este mal. Nós nem este argumento admittimos;
porque, na terra aonde o indivíduo insultado vive, considerando a pequenhez das
povoaçoens, ainda cidades do Brazil, as taes anedoctas passam de boca em boca,
e se fazem tam publicas, como se andassem impressas na gazeta, com esta
differença, que em quanto o rumor anda como escondido e passando ao ouvido, naõ
tem aquelle, que he victima delle, meios de o refutar; e aparecendo impresso,
pôde achax-se em forma naõ vaga, mas definida e certa, e assim pôde o lesado
refutallo com precisão, ou requerer o castigo do calumniador, se u insulto
valer a pena desse procedimento.
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia-e-Redes-Sociais/Quem-tem-medo-das-fake-news-/12/40228
Fig. 12 – Evidente que “o MEIO é a MENSAGEM” no
ensino de Mac LUHAN. As LETRAS GARRAFAIS
em MANCHETE são irrestíveis para as camadas populacionais que apenas as soletra
num esforço heroico e não possuem repertório
algum para se defender da devastação emocional, moral e religiosa de que são
portadoras O FATO demonstra que a
imprensa da época do CORREIO BRAZILIENSE nem suspeitava do uso interesseiro e
grosseiro do jornalismo em qualquer uma das suas modalidades impressas,
digitais, sonoras ou tudo somados e simultâneos em vídeos e filmes. Importa
sempre que a vítima não use a sua razão ou tente ser ela mesma. Importa o
MANDONISMO que necessita de prosélitos que acreditem e dobremos demais numa
ação fulminante de “CREIA ou MORRA”
O character dos homens públicos he
objecto de publica observação, isto mesmo lhes serve de freio, e ainda que se
pudesse conseguir o reprimir a publicação das opinioens, pela imprensa, nunca
se poderiam suffocaras vozes. Por outra parte, se admittimos que naõ he justo,
e chega a ser escandaloso, o desnecessário intrometliineuto com as
particularidades das vidas alheias ; isso naõhe applicavel aos actos de
administração, que os indivíduos authorizados obram, no exercício de suas
funeçoens publicas, porque esses interessam immeditamente a todos os que lhe
ficam sugeitos, e mediatamente a toda a Naçaõ, pelo máo exemplo, que convém
previnir. Um povo, que se conduz como rebanho de carneiros, he sempre incapaz
de cousas grandes. Quando os homens raciocinam por si, quando tem a faculdade,
e a opportunidade de julgar dos negocio» públicos, adquirem a energia de
espirito, que os faz aspirar á fama, e a fazerem, para a obter, serviços
assignalados; e naõ ha nada, que a isso mais conduza, do que a leitura dos
suecessos, que vam tendo lugar no mundo, para o que saõ essenciaes as obras
periódicas políticas.
Fig. 13 – O primeiro JORNAL DIÁRIO do BRASIL começou
a circular no Rio de Janeiro em 1821. Vinha treze anos após o Jornal de
HIPÓLITO da COSTA editado e impresso em Londres desde 1808. O “Correio Braziliense” era MENSALe num
alentado volume de algumas centenas de páginas em cada número. O “Jornal
do Rio de Janeiro” era SMANAL e que apareceu alguns meses após o Correio
Braziliense e com proposto ser uma especie de Diário Oficial com poucas páginas
No seu conjunto estes periódicos eram índices de uma ERA INDUSTRIAL ATRASADA
e com parcos suportes econômicos brasileiros, No entanto este ATRASIL ATRASADO
era altamente favorável ao MANDONISMO
MONOCRATICO e sem contestações instransponíveis pelo CENTRALISMO das
deliberações e decisões de quem tinha nas suas mãos o PODER ECONÔMICO, POLÍTICO e ESPIRITUAL
Mas, diraõ, esse espirito publico pôde levar a
máos fins. Ao que respondemos : para isso he que serve a capacidade e
actividade de um bom Ministério ; isto he, paia dar uma direcçaõ útil ao
espirito publico. Os Ministros que se querem furtar a este trabalho, saõ os que
desejam que todos os subditos se conduzam como carneiros, posto que os comam os
lobos, quando seria occasiaõ de defender-se. Olhe-se, pois, para esta questão,
em geral, independentemente de consideraçoens individuaes, ponderem-se os
efleitos e tendência dos escriptos deste gênero bons ou máos: os bens e os
males, que podem produzir: a necessidade que ha de espalhar instrucçaõ útil no
Brazil: os inconvenientes, que se seguem da ignorância; as vantagens, que disso
tiram as naçoens estrangeiras, e naõ temos duvida que todo o homem, que pensar
nisto desapaixonadamente, será de opinião, que a admissão e multiplicação de
obras periódicas no Brazil. será de incalculável vantagem, para o melhoramento
da civilização daquelle paiz.
El Rey tem seguramente mostrado mais
desejos de melhorar o espirito publico da Naçaõ, do que nenhum outro Soberano
actual, se exceptuarmos o Imperador da Rússia, o qual na verdade vai indo a
passos rápidos, nas instituiçoens úteis de seu paiz. O Soberano do Brazil tem
de per si contribuído mais em dez annos, para o melhoramento daquelle paiz, do
que fizeram todos os seus predecessores, tomados junctamente. Mas,; que pôde
fazer um operário sem os instrumentos de seu officio ? Para El Rey por em practica
as suas boas intençoens he preciso que tenha instrumentos próprios, estes saõ
os homens instruídos, sem elles nem terá com quem se aconselhe, nem quem
execute as suas resoluçoens ? E como se haõ de achar os homens instruídos nas
occasioens, em que saõ necessários, se os meios da educação se restringem e
apoucam ? Naõ se podem formar politicos sem os estudos preliminares da sua
sciencia, a leitura da historia, e o conhecimento do que actualmente se vai
passando no Mundo. Para esta ultima partesaõ essenciallissimas as obras
periódicas: se as naõ ha no Brazil, onde haõ de os Brazillienses ir aprender
este ramo de política ? Os Cortezaõs diraõ a El Rey, que a eschola para os
politicos, se acha nas differentes Embaixadas, que Sua Majestade tem por varias
Cortes do mundo principalmente na Europa. Contra isto temos, primeiro, que o
numero desses empregados nus Embaixadas he muito pequeno, para que El Rey possa
d'entre elles fazer escolha suíficiente de homens, que empregue nos lugares em
que se requerem conhecimentos politicos: depois, mandam-se para secretários e
outros aggregados a essas Embaixadas, naõ pessoas de educação literária e com
cabedal de conhecimentos e talentos para aprender política, mas pela maior
parte homens sem essas qualidades, com tanto que tenham bons empenlios : dahi,
os estudos políticos naõ saõ sempre compatíveis com as occupaçoens de taes
secretários, nem com a dissipaçaõ, que as grandes cortes offerecem a taes
aggregados : logo, occorre a dificuldade de prover á subsistência destes
homens, que o Estado uma vez empregou, e que a honra d' El Rey pede que senaõ
deixem depois desamparados, quer provem os seus talentos, quer naõ ; o que pode
naõ ser culpa sua : ultimamente a incompatibilidade de similhantes estudos
somente, com lugares em que se precisem outros, como saõ os de magistratura,
governos, finança. &c. Assim, he necessário que os estudos da política se
generalizem muito mais do que he compatível com o numero de pessoas
distribuídas pelas differentes embaixadas, para que El Rey possa achar pessoas
instruídas para os differentes empregos, e quando demittir essas por máo
comportamento, ter outras igualmente instruídas para as substituir.
HISTÓRIA da
IMPRENSA no BRASIL REINO UNIDO
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FAKE NEWS
https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia-e-Redes-Sociais/Quem-tem-medo-das-fake-news-/12/40228
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Melhoramentos no Brazil.
Fig. 14 – Na
medida em que o BRASILEIRO deixava de ser caranguejo ia descobrindo as riquezas
e as potencialidades da terra. Os rios e os mananciais de água como o Rio
Jequitinhonha ofereciam pesca abundante, caça, uma vegetação exuberante e
terras férteis para a sobrevivência humana.
Porém a cultura, a técnica e os capitais econômicos fazem que fosse mais
um refúgio um pouco diferente e pior da cultura indígena que cuidou destas
paragens por milhares de anos. Em
poucos anos a ERA INDUSTRIAL, as concentrações urbanas e as terras exauridas
pelas chuvas topicais lavaram o solo cuidado pelo indígena por séculos. Os desastres
de MARIANA e o, de 2019, em BRUMADINHO, apenas surpreenderam e mataram os despreparados
em lidar com a ECOLOGIA e colocaram tudo a perder na sua ESPERANÇA nos
MANDATÁRIOS de plantão
Os nossos Leytores veraõ com prazer as noticias, que
da gazeta da Bahia copiamos a p. 285. Regosijamo-nos de ver aqui posto em practica
o plano, que tantas vezes temos recommendado, de povoar os pontos mais
importantes das estradas, que communicam umas partes do Brazil com outras, e
fazer servir para isso a tropa desoccupada em tempo de paz
Fig. 15 – O
MANDONISMO de ERA de ACUMULAÇÃO INDUSTRIAL sem olhar para as consequências de
sua PILHAGEM indiscriminada da NATUREZA teve como consequência, em 2019, o
evento do rompimento da barragem de BRUMADINHO trazendo mortes, destruição e
prejuízos que recaíram sobre o PODER ORIGINÁRIO sepultando todas as esperanças
de CORREIO BRAZILIENSE de março de 1819 Neste acontecimento o jogode empurra entre
u LEGISLATIVO, o EXECUTIVO e JUDICIÁRIO acumula procrastinações reciprocas na qual o PODER ORIGINÁRIO arca como
solitário os PREJUÍZOS enquanto oi GOVERNO do ESTADO BRASILEIRO espera acumular
apenas lucros.,
O rio Jequetinhonha he de summa
importância, para a communicaçaõ commercial entre a Bahia, e as Minas; e assim
tem este objecto com muita justiça merecido a attençaõ do Governador da Bahia ;
que ja em outras cousas se tem mostrado mui digno do lugar que occupa. Se a
população do Brazil receber do seu Governo a protecçaõ que merece, naõ pôde
duvidar-se da grandeza a que em hieve tempo chegará aquelle delicioso paiz.
Fig. 16 – O evento do rompimento da barragem de
BRUMADINHO, em 2019, trouxe uma amarga desesperança do CORREIO BRAZILIENSE de
março de 1819 com mortes, destruição e prejuízos que recaíram sobre o PODER ORIGINÁRIO. Em BRASÍLIA o fato apenas serviu para uma mais uma BATALHA de
FARPAS, de ACUSAÇÕES RECÍPROCAS e para “INGLÊS VER” e “TUDO como ANTES na
CASA de ABRANTES”. A UNIDADE do MANDONISMO não sofreu o menor arranhão.
Neste sistema, os LEGISLADORES, os MAGISTRADOS e EXECUTIVOS expressaram as mais
sentidas condolências
Rio Pardo: Entre a NATUREZA e a CIVILIZAÇÃO em novembro
de 1818 e 2018.
Rio JEQUITINHONHA
Atuais municípios da bacia
do Rio Jequitinhonha
Rio SÂO JOÃO afluente do
Rio JEQUITINHINA
BRUMADINHO
RIQUEZA e SAUDE DEGRADA na
bacia do Rio Jequitinhonha
+
O Brasil de março de 1819
e o de março de 2019 é diferente na medida em que cresceram as dimensões dos
problemas governamentais, de comunicação e do meio ambiente.
O SENHORES do RAIO e do TROVÃO mudaram-se de
Lisboa para Brasília. No Planalto Brasileiros os CACIQUES e os CORONÉIS SOBERANOS
e MANDÕES por natureza e vocação, sentem-se mais seguros e cercados por uma
vasta gama de SÓCIOS que come de suas mãos as migalhas caídas do banquete dos
MANDÕES de ocasião.
Estão ai os monumentais
estragos do MEIO AMBIENTE da BRUMADINHO e de MARIANA sem remédio, sem que
alguém se responsabilize, conserte e indenize adequadamente.
A imprensa saltou para a
ÉPOCA PÒS INDUSTRIAL com as mídias digitais pessoais que desconhecem as mais
elementares leis da ética e da moral. Juízes que TOMAM POSSE de CARGOS no
EXECUTIVO, EXECUTIVOS que invadem o LEGISLATIVO na hora em que interessa e a qualquer
pretexto.
Neste CAOS - INSTALADO de LONGA DATA e do qual o PODER
ORIGINÁRIO é excluído LIMINARMENTE - vale aos corruptos de plantão preservar e
impor a norma implacável de MANDAR SEMPRE e NUNCA OBEDECER mesmo que seja num mísero POLEIRO de uma
minúscula repartição pública.
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