O
PENSAMENTO de ARTIGAS PERMANECE.
A PROVÍNCIA da CISPLATINA foi mantida, em março
de 1817, no centro de trocas, ameaças, barganhas e invasões sorrateiras vindas
de todas as partes. As metrópoles de Madrid e de Lisboa haviam perdido o
efetivo controle sobre o território que formaria o Uruguai soberano. O Rio de
Janeiro, Buenos Aires e Londres se agitavam e barganhavam sobre esta questão. Destes
centros partiam sondagens e boatos que se misturavam com notícias truncadas e especulações.
Nos campos da PROVÍNCIA da CISPLATINA se moviam refugiados de toda espécie,
cruzavam tropas e agiam guerrilhas no desespero. Ninguém reconhecia - nestes territórios
sem fronteiras definidas - qualquer outro
como donos de fato e de direito.
Fig. 01 – O BRASIL mantinha a PROVÌNCIA CISPLATINA como
uma espécie de PROTETORADO enquanto não surgisse um governo que representasse a
maioria do povo desta região. Do outro lado a sua tomada como protetorado e
sua transformação em Província Cisplatina
era uma das forma para evitar a
evasão dos escravos sob o poder brasileiro
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No território da PROVÍNCIA da CISPLATINA ninguém
estava seguro de si mesmo, em março de 1817, muito menos, das identidades, das
intenções e dos recursos e o futuro dos
demais grupos. Em muitos aspecto era semelhante ao horizonte e futuro dos
refugiados errantes em março de 2017.
Fig. 02 – Os extensos territórios do Reino Unido Portugal, Brasil e Algarves
carentes das iniciativas e suportes econômicos de uma sólida
base industrial e comercial em escala era apenas expressão vazia de um poder
monocrático e centralista e corroído por uma nobreza que apenas lutavam por um
poder político vazio e sem suporte no mundo que se abria para a ERA INDUSTRILAL.
O sonho de Hipólito da Costa de um poder brasileiro aos moldes de um Commonwealth carecia de suporte material e da
liga do cimento da economia e do comércio. Lisboa e o Rio de Janeiro tornavam-se pontos
cada vez mais na heteronomia da indústria, do comércio e da economia que
convergiam e obedeciam ao Parlamento de Londres.
Certamente os britânicos estavam mais bem
informados. interessados e eufóricos com o triunfo sobre Napoleão Bonaparte, seu prisioneiro
numa das suas ilhas o Atlântico Sul. Ingleses interessados, especialmente em
alavancar, por todos os meios, a sua nascente, expansiva e próspera ERA
INDUSTIAL.
Fig. 03 – O século XIX assistiu a passagem da
INGLATERRA RURAL para a INDUSTRIAL Esta industrialização exigia um acúmulo de
equipamentos, mão de obra, de capitais e especialmente a garantia de matérias
primas necessárias para as máquinas cada vez mais eficientes. Os seus produtos e produtores exigiam um comercio o
mais amplo possível dos produtos em escala e em volumes crescente, A política, as armas e a marinha britânica
se encarregavam de negocias, garantir contratos para que os seus navios
tivessem livre curso em todos os continentes O futuro território do Uruguai entrava com um
ponto geográfico estratégico para os ingleses manter este conjunto
político, fabril e marítimo em pleno
vapor. Não é por nada que as bombachas otomanas – fabricadas pelos ingleses -
passaram a ser vendidas a partir do porto de Montevidéu
Assim convém iniciar lendo o que o seu Parlamento
estava cogitando.
George IV of the United Kingdom[1]
Fig. 04 – A monarquia britânica era simbólica e
decorativa desde a Revolução de Cromwel[2] . Na loucura de George III este posto foi
ocupado, em 1811, pelo filho na qualidade de príncipe regente por aquele que se
tornaria GEORGE IV na sua posse, em
1820, como rei até a sua morte em 1830 GEORGE
IV tornou-se uma vitrine ambulante
da indústria britânica de roupas finas e modas que consumissem a maior extensão
possível de tecidos fabricados na Inglaterra. O Correio Braziliense passa ao
largo desta figura decorativa.
CORREIO BRAZILIENSE - MARÇO de 1817 -VOL. XVIII.
Nº 106. 11 pp. 291 até 301
Extracto dos debates do Parlamento Britânico.
Casa dos Communs 10 de Março. Mr. Brougham
levantou-se, em consequenciado avizo que tinha dado, para chamar a attençaõ da
Casa ao presente estado dos Governos Hespanhol e Portuguez na America
Meredional. Os factos, que elle tinha ouvido, eram estes:—
[1] GEORGE IV da
Inglaterra https://en.wikipedia.org/wiki/George_IV_of_the_United_Kingdom
[2] Revolução de
1649-1653 Na sequência da vitória, a
monarquia foi abolida e, entre 1649 e 1653, o país tornou-se uma república
(denominada "Commonwealth of England"),
J.B. Debret, “Revista das tropas destinadas a Montevidéu, na Praia Grande,
1816”, óleo sobre cartão colado sobre tela, 41,6 X 62,9
Fig. 05 – O BRASIL, para materializar a sua intenção de
conquistar e manter a PROVÌNCIA CISPLATINA como seu PROTETORADO, a corte do Rio de Janeiro reuniu um exército
de VOLUNTÀRIOS REAIS. Para dar publicidade a este gesto organizou na Praia
Grande, em maio de 1816, uma aparatosa REVISTA da TOPAS com a Presença do DOM
JOÃO VI e da sua corte. No centro do quadro de Debret figura Dona CARLOTA
JOAQUINA. Esta, na qualidade de filha do Rei da Espanha, mantinha contatos
permanentes intrigas e ambições à Província Cisplatina.
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Haverá oito mezes que se mandou do Rio-de-
Janeiro uma expedição contra Monte-Video; parte das tropas foram por terra, e parte
por mar; e quando se ajunctaram, tomaram posiçoens fortes juncto daquella
cidade.
Quando de la partiram as ultimas noticias estavam
aquellas tropas ou actualmente sitiando Monte-Video, ou ameaçando começar o
ataque. Elle tinha ouvido, que o Governo Hespanhol concordara em ceder
Monte-Video a Portugal em troca de Olivença. Agora elle (Mr. B.) mantinha que
Monte-Video naõ pertencia á Hespanha, mas ao partido independente; ou, como
aquella gente éra muito impropriamente chamada, as provincias revoltadas, que o
tinham conquistado antes da restauração de Fernando; e por tanto Fernando naõ
tinha direito de dispor daquelle paiz. Seja isso como for, estava juncto ás
muralhas daquella praça um exercito de 10-000 Portuguezes.
J.B. Debret, “Desfile de despedida das tropas destinadas a Montevidéu1816”,
Fig. 06 – O efetivo envio deste EXERCITO de
VOLUNTARIOS RRAIS contou com um evento público e solene de despedida destas
forças expedicionárias. Desfile organizado e presidido por expressiva parte da
corte do Rio de Janeiro. Não faltavam soldados, oficiais e armamentos que
haviam sido mobilizados e usados nos dois lados das sucessivas campanhas
napoleônicas.
Quasi todos os homens faziam agora oraçoens pelo
bom successo do partido independente da America Meredional; porém apenas se
poderia suppôr, que esta expedição fosse agora contra Monte-Video, sem a
sancçaõ do Governo Hespanhol.
Isto éra
de tanto maior importância, quanto se dizia que a convenção entre Hespanha e
Portugal se dizia ter sido executada com o colluio de nossos agentes, e que
Lord Beresford era generalíssimo dos exércitos Portuguezes, quando aquella
expedição deo á vela. Se estes factos eram verdadeiros éra extraordinário, que naquela
Casa se naõ fizesse mençaõ desta expedição; mas elle (Mr. B.) esperava, que os
Ministros pudessem dar explicação cabal, ao paiz, do comportamento de seus
agentes civis e militares, e nada seria mais grato do que ouvir, que este paiz
naõ tinha, por seus agentes, entrado na privança desta convenção.—
Fig. 07 – Lord BERESFORD recebeu a honraria de Conde de Trancoso da
realeza lusitana refugiada no BRASIL. Existem dúvidas de sua presença o assessoria
na Guerra da PROVÌNCIA CISPLATINA. Porem ninguém se sentia à vontade diante
deste irlandês a serviço inglês. A sua imagem e a fama do Conde de Trancoso desceu aos níveis mais baixos de popularidade
quando da EXECUÇÂO de GOMES FREIRE de ANDRADE em 09 de junho de 1817. Três dias
depois desta EXECUÇÂO os liberais portugueses tomam conta da situação e
acusaram Beresford ter ordenado a morte vil seguida da execração pública de
quem se tornou o mártir para os republicanos de Portugal
Por tanto moveria; "Que se apresentasse ao
Principe Regente um humilde memorial, rogando-lhe que mandasse pôr perante a
Casa, copias de quaesquer tractados ou convençoens, relativos á csesaõ de
Monte-Video a Portugal, e de qualquer correspondência a respeito disso; em tanto
quanto ella se poder communicar, sem prejuizo do serviço publico”.
Lord Castlereagh[1]
disse, que este Govemo naõ tinha em gráo algum sido parte em algum tractado,
sobre tal matéria, e que tinha ficado neutral. Quanto ao Marechal Beresford,
naõ se deviam confundir os seus deveres com os de um official Britânico. Em
quanto elle estivesse no serviço de Portugal, naõ devia ser considerado como
obrando pelo seu paiz. Elle (Lord C.) consideraria ser uma grande falta de
dever naquelle valoroso official, se elle communicasse a este Governo as
intençoens do Governo Portuguez, em quanto estivesse no seu serviço. Porém se
consideramos as relaçoens entre Hespanha e Portugal, naõ éra provável que se
tivesse feito tal tractado; mas quer isto se olhasse como questão importante á
America Meridional, quer relativa á Europa, elle (Lord C.) desapprovaria
qualquer discussão sobre isto na sua presente forma: e naõ podia julgar que
fosse conforme com o seu dever publico apresentar á Casa documentos alguns
relativos a isto. Afr. Brougham cria que, naõ havia tractados entre as Cortes
de Lisboa e Madrid; mas o que elle mencionara iram tractados entre as Cortes de
Madrid e Rio-de Janeiro. Lord Castlereagh observou outra vez, que nao éra
provável, que houvessem taes tractados entre essas cortes, que éra também o que
elle queria dizer. Afr. Brougham, tinha muita satisfacçaõ em ouvir, que nada se
tinha feito, directa ou indirectamente, da parte deste Governo, relativamente a
esta convenção; porém o que o Nobre Lord tinha dicto a respeito de Lord
Beresford, devia applicar-se a todos os outros officiaes. Se os nossos
officiaes j obrando a favor da antiga Hespanha naõ eram reprehensiveis, elle
(Mr. B.) desejava saber e os officiaes que serviam nas provineias revoltadas,
como se lhes chamava, eram reprehensiveis ? ¿ Era ou naõ verdade que até ao
momento do embarque daquelles 10.000 homens Lord Beresford esteve activamente
empregado na sua organização? Mr. Lamb disse, que se um official Britannico da
sua distincçaõ tinha obrado por esta maneira, éra de suppôr que o tinha feito
de acordo com o Governo. Lord Castlereagh replicou, que, segundo as leys geraes
das naçoens, Lord Beresford se devia considerar como obrando no serviço da
Coroa de Portugal, e naõ tinha liberdade de descubrir as suas operaçoens a
nenhuma outra Potência.
No lado lusitano, da corte real do Rio de Janeiro,
recebia relatórios de suas forças expedicionárias e que o Correio Braziliense
registrava.
Jerónimo Pereira de Vasconcelos
Fig. 08 – Jerônimo Pereira de Vasconcellos[1]
Os oficiais das forças expedicionárias dos VOLUNTARIASS que agiram na manutenção
da PROVÌNCIA CISPLATINA como uma espécie de PROTETORADO do BRASIL tiveram
ocasião de perceber a confusão e o caos de opiniões, investimentos e ações
neste território.. Do outro lad o foi um batismo de fogp para asações do
BRASIL SOBERANO, do espocas da Revolução Farroupilha, guerra contra Rosas.
Alguns atingiram e agiram ainda no teatro de Guerra do Paraguai
GUERRA DO RIO-DA-PRATA,
Ordem do dia, á Vanguarda da Divisão dos Voluntários
Raes de El Rey.
Quartel-Generál no Campo de Saneia Thereza, 12 de
Septembro de 1816, O Marechal de Campo, Ajutante General, Commandante da
Vanguarda da Divisão de Voluntários Reaes d'EI Rey, Sebastião Pinto de Araújo
Correa, estima muito ter esta occasiaõ de dar os seus agradecimentos ás tropas
de Caçadores, Cavallaria, e Artilheria da Divisão, e ás do Esquadrão da Legiaõ
de S. Paulo e Milicias do Rio Grande,
que avançaram no dia 5 do Corrente sobre o inimigo até Castilhos.
[1] = Jerônimo
PEREIRA VASCONCELLOS https://pt.wikipedia.org/wiki/Jer%C3%B3nimo_Pereira_de_Vasconcelos
Fig. 09 – Sebastião BARRETO PEREIRA PINTO (1775-1841) nascido em Rio
Pardo foi outro militar que fez carreira
com profundas vinculações e conhecimentos de sua gente, geografia e
recursos. Após ser derrotado na Revolução Farroupilha, na tomada de Rio Pardo,
refugiou-se no Uruguai. Faleceu como presidente da Província de Minas
Gerais
A boa ordem, em que marcharam em toda a noite do
dia 5 para o dia 6: e o silencio que observaram, bem provam o estado de
disciplina a que tem chegado estas tropas o que faz muita honra aos seus
Commandantes; nem se pode esperar menos de uma tropa, que para ver o inimigo
venceo todos os obstáculos passando arroios e lagos, com água pelos peitos, e
pântanos que homem algum a pé ainda transitou nesta estação, O inimigo
abandonou precipitadamente todos os pontos que occupava, deixando á nossa
disposição as carretas, cavalhadas e boiadas, que conduzimos, e tendo o triplo
da nossa força sobre Rocha, fugio a distancia de nove léguas diante de nós. As
tropas devem estar convencidas de que o inimigo, que tem de bater neste paiz,
nunca se lhes apresentará, em quanto ellas se comportarem da maneira que agora
o tem feito. O Marechal de Campo agradece muito aos senhores Officiaes, a
maneira com que conduziram as tropas em toda a marcha; e em particular ao Senhor
Major Manuel Marque de Souza[1],
pela sua prestavel assistência, assim como ao seu Estado Maior pessoal.
(Assignado) SEBASTIÃO PINTO D'ARAUJO CORRÊA[2].
Marechal de Campo Aj. Geru
[2] - Sebastião
BARRETO PEREIRA PINTO https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Barreto_Pereira_Pinto
Fig. 10 – Os exércitos - do início do século XIX -
dependiam cada vez mais da ERA INDUSTRIAL na produção de armas, uniformes e
alimentação previamente industrializados. Ao longo da campanha da
PROVÌNCIA CISPLATINA os exércitos BRASIL, seus comandantes e os soldados e os
fornecedores absorviam técnicas, táticas e a logística desenvolvidas ao longo
das campanhas napoleônicas do início do século . Alguns soldados e oficiais
haviam tomado parte nestas campanhas e aprendido o uso da nova infraestrutura
industrial militar, na prática da guerra,
Extracto do um officio de Aj. Gen. dos Voluntários Reaes a"El Rey,
datado do Campo de S. Thereza, em 13 de Septembro de 1816
Fig. 11– O Forte de Santa Teresa fazia parte do
rosário de fortalezas que protegiam a
costa brasileiar do Atlântico do Sul, indo das Guianas até em frente a Buenos
Aires na Colônia do Sacramento. Situado
o território da PROVÌNCIA CISPLATINA, o BRASIL o entregou ao Uruguai. Este não só conserva as
construções deste aparato militar intactas, como criou um parque nacional ao
seu redor.
Tenho a honra de participar a vossa Excellencia
para ser presente a S. M., que, no dia 5 do corrente pela manhaã. foi
surprehendido o piquete, composto de 30 homens da Legião de S. Paulo e
Milicianos do Rio-Grande, em que eu tinha falladoa V. Ex*. na minha carta de 25
de Agosto. O Commandante do piquete, que éra tenente, um cadete e um soldado
fôram prisioneiros, um soldado extraviado e dous mortos. Pelas quatro horas da
tarde do mesmo dia fui informado deste facto, e ordenando a marcha de duas
companhias de Caçadores, uma peça do calibre de 6, 90 cavallos da Divisão, e
100 da- Legiaõ de S. Paulo e Milicianos, marchei até Castilhos Chicos, aonde
cheguei ás 6 da tarde do dia 6. O inimigo fugio com a maior precipitação de
todos os pontos, e somente fez halto, depois que passou o arroio de Rocha,
aonde dizem teria 400 homens, miserável força, de que dispõem os chefes dos
bandos, que destroem tam bello paiz; sendo a maior parte paizanos, que arrancam
de suas casas, com a maior violência; e que para evitar a deserção delles naõ
tem sido bastante passar alguns pelas armas.
FOTOGRAMA sobre o URUGUAI da TELEVISÃO ITALIANA -
RAI - VEICULADO em 2017
Fig. 12 - O território da PROVÌNCIA CISPLATINA estava povoado com
refugiados, errantes entre o nomadismo indígena e o sedentarismo. Gente que
oferecia os seus préstimos eventuais a quem precisasse deles na paz ou na
guerra. Terminado este contrato temporário continuam o seu nomadismo pelas
terras sem cercas levando sobre o seu
corpo e o seu cavalo todos os seus bens. Ele foi transformado em mito pela cultura sedentária
urbana. Esta cultura projetou sobre ele as suas origens ancestrais, o revestiu
com trajes urbanos com tecidos e objetos industriais ingleses. Coisas que ele
nunca usou, nem praticou ou desejava,. O
estado do URUGUAI SOBERANO apoiou a construção de sua identidade nacional. Este
Estado incentivou instituições,
pintores, poetas, músicos, bailarinos e estilistas a dar corpo estético
a este mito. No BRASI estas instituições
serviram de referência após a emerGencia do REGIONALISMO que o ESTADO NOVO
havia banido a favor de UNIDADE NACIONALISTA ao ndelo dos ESTADOS TOALITÀRIOS
da ÉPOCA
Extracto de um officio do Ajutante Gen. dos
Voluntários Reaes d1 El Rey, datado do Campo de S. Thereza, em 28 de Septembro
de 1816.
Tenho a honra de participar a V. Exa. para
conhecimento de S. M., que o inimigo, depois de trazer as suas tropas para D.
Carlos, estabeleceo uo passo uma guarda forte, e um piquete no passo de
Chafalote, e lançou pela Serra, em direitura ao Defuncto-Souza, e dáli a Maturanga,
duas partidas, de 50 homens cada uma, naõ se adiantando comtudo até a
Canhada-grande; como eu disse a V. Ex*. no meu Officio de 19 o fariam.
Fig. 13– Contra o caos, o impulso primitivo e
voluntarismo do herói singular levantava-se e agia a máquina militar da ERA
INDUSTRIAL ordenada, formal e da massa humana impessoal. Maquina que
necessita de um SISTEMA UNÍVOCO e LINEAR de ENTRADA, ELABORAÇÂO e SAIDA no
interior do grande DESIGN das ESTRTÀGIAS, da LOGÌSTICA e das TÀTICAS descritas
e impostas pelos manuais militares. Na Campanha
da PROVÌNCIA CISPLATINA o exercito do BRASIL estreitava SISTEMA UNÍVOCO
e LINEAR da ordem unida treinada antes do embarque. A rígida hierarquia era
marcada por uniformes, condecorações e armas provenientes da linha de produção
em série das máquinas da ERA INDUSTRIAL.
Em conseqüência, ordenei ao Major Manuel Marques
de Souza[1]
(que tem tanto de official bravo e benemérito como de subordinado) marchasse na
noite de 22 com 80 soldados da Legiaõ de S. Paulo e Milicias do Rio-Grande, a
recolher alguns gados; e que observasse o inimigo batendo-o, se lhe fosse
possivel; e fiz marchar, na noite de 23, 50 cavallos da Divizaõ, e cheguei com
elles, para o apoiar, a Castilhos, na tarde de 24, a cujo tempo me participou o
mencionado Major Marques, ter batido completamente o inimigo no passo de
Chafalote nesta manhaã, causando-lhe a perda de 20 prisioneiros, inclusos 2
tenentes 15 a 19 mortos e muitos feridos.
[1] Major
Marques de Souza avô de Manuel MARQUES
de SOUZA (Conde de PORTO ALEGRE) https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Marques_de_Sousa
MANUEL
MARQUES de SOUZA Futuro Conde de Porto
Alegre
Fig. 14 – O avô Major Manuel Marques de Souza
permitiu ao neto - com o mesmo de Manuel Marques de Souza (1804-1875) o futuro Conde de Porto Alegre - tivesse o seu
batismo de fogo na luta contra as guerrilhas de Artigas. Já maior e oficialmente engajado se destacava
na sua ação na Campanha da PROVÍNCIA CISPLATINA. Partiu de Montevidéu para
o Rio de Janeiro, em 1821, para levar ao jovem príncipe Dom Pedro na ocasião de
sua maioridade a solidariedade sul-rio-grandense. Nas sucessivas campanhas
militares no território do Rio Grande do Sul manteve esta lealdade ao poder do
Estado brasileiro. Isto não impediu ser um ativo abolicionista. Lição
certamente aprendida no Uruguai[1] para onde fugiam os
escravos brasileiros..
Eu tinha ordenado ao Major Marques, que assim que
se lhe apresentasse o inimigo, o carregasse, sem lhe dar um so tiro, o que elle
executou; e conseguio por isso desbaratar uma força para cima de 300 homens,
armados de boas clavinas Francezas, e espingardas e sabres Inglezes, mas sem a
menor disciplina. Armas corriame, 400 cavallos, as malas de alguns officiaes,
inclusa a do seu commandante Muniz, com alguns papeis de espionagem e correspondencia
de recursos, ficaram em nosso poder. A falta de cavallos nos impossibilitou de
dispersar todo este corpo, o que aconteceria se o pudéssemos reguir por tres
marchas. Dizem os prisioneiros que, Fructuoso Ribeiro entrou ha dias em
Montevideo, a pacificar os moradores daquella praça, que se oppunham á saida de
parte da guarniçaõ para Maldonado; que mataram alguma gente; e que quatro
paizanos, que trouxe da praça seriam fuzilados antes de hontem em S. Carlos ;
tudo isto se acabará em chegando o General; e avançando-se com toda a rapidez
que convém, se esqueça de uma vez tanta attençaõ e grandes medidas para um inimigo,
que he fazer-lhe demaziada honra o têllo em outra conta, que nao seja a de
guerrilhas fracas, mal sustentadas e peior governadas. Principiam a vir
desertores do inimigo; antes de hontem apresentáram-se 4; e dizem continuarão a
vir muitos, principalmente dos que servem nos corpos de cívicos, arrancados de
suas casas, da forma que ja mencionei a V. Ex.cia. no meu officio de 13 do
corrente. Os mesmos prisioneiros dizem que Fructuoso Ribeiro passara antes de
hontem com toda a sua força o passo de Chafalote, e parece ter juncto 900
homens, que conservando-se no mencionado passo o poderei incommodar de uma
forma tal, que fique de todo escarmentado.
[1] - A ESCRAVIDÂO o BRASIL e no URIGUAI http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos4/keilagrinberg.pdf
Fig. 15 – Hipólito José da Costa (1774-1823)[1]
era homem urbano nascido na cidade de Colônia do Sacramente. As suas experiências das cidades de Rio Grande, Porto
Alegre, Coimbra e Washington e sua residência em Londres onde editava o Correio
Brazilense, o induziam a perceber e
julgar o seu tempo, lugar e sociedade elo viés urbano. Do meio rural
provinham apenas informações que ele moldava conforme o se repertório urbano.
No Uruguai 97,5 % dos seus habitantes estão residindo, e março de 2017, no meio
urbano. Estes mitificaram e guardam uma imagem poética do campo e transformaram
em mitos as realidades do meio rural que já não são mais da sua vivências
diárias.
O redator do Correio Baziliense não podia deixar
passar a ocasião para emitir suas reflexões. A cidade de Colônia do Sacramento
era o seu lugar de nascimento. Ele nasceu após
esta cidade voltar domínio espanhol. De lá sua família migrou ao Rio Grade do
Sul para ele fazer os seus estudos em Coimbra.
VOL. XVIII. NO, 106. 11 p 298
Miscellanea
Fig. 16 – Os
Voluntários de Rei travaram a BATALHA da INDIA MORTA[1] no dia
19 de novembro de 1816 no seu caminho terrestre para tomar Montevidéu. Ali
entraram no dia 20 de janeiro de 1820. Porém este ato pouco significava diante da
atomização da PROVÌNCIA CISPLATINA em
cujo interior não surgia alguém capaz de constituir um governo que
representasse a maioria do povo desta região.
[Clique sobre a imagem para ler
as indicações ]
Reflexoens sobre as novidades deste mez.
REYNO UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL E ALGARVES.
Guerra do Rio-da-Prata. A p. 294 copiamos as
noticias officiaes, que se publicaram no Rio-de-Janeiro, e que naõ parece serem
tam desfavoráveis como as gazetas lnglezas nos tem querido representar.
[1] Batalha
da Índia Morta http://cliomarte.pt/2016/11/19/batalha-de-india-muerta-sebastiao-pinto-araujo-correia/
Ocupação de Montevideo http://dvr18151823.blogspot.com.br/2017_01_01_archive.html
Fig. 17 – Liderados por Carlos Frederico LECOR os
Voluntários do Rei entraram em Montevidéu np
dia 20 de janeiro de 1820. A PROVÌNCIA
CISPLATINA uma espécie de PROTETORADO do BRASIL
enquanto não surgisse um governo que representasse a maioria do povo
desta região. Porém este poder
brasileiro não ia Uruguai profundo onde agiam as mais diversas configurações
políticas e interesse de toda ordem. A pintura de Gilberto BELLINI (1908-1935)[1] é um século posterior ao evento e constitui
uma mera ilustração imaginada pelo jovem artista uruguaio desaparecido
precocemente.
Artigas,
como nós sempre conjecturamos, que elle havia de fazer, abandonou Monte-Video e
a costa do Rio-da-Prata, para ir obrar
com o maior de suas forças nas margens do Uruguay; e portanto he natural, que
logo que o exercito Portuguez tenha occupado Montevideo, ou o tenha reduzido a
assedio regular, proceda o General Lecor a ajunctar-se com o General Curado, e
encontrarem assim, com o grosso do exercito Portuguez, as forças de Artigas postadas
pelas Missoens, ou no Uruguay; dahi, se Artigas for derrotado, passará para o
interior até Santa Fé, ou cerca disso, aonde talvez seja difficil alcançallo,
mas também as suas hostilidades naõ poderão montar a mais do que a pilhagens e
roubos, que pelo despovoado daquellas paragens tem em todos tempo sido fáceis
aos salteadres, que se disfarçam com o nome de contrabandistas. Pela parte de
Missoens, aonde se acha Artigas com as suas maiores forças, tem havido algumas
acçoens, de que naõ ha conta nenhuma official publicada; porém as noticias
particulares dizem, que o Ten- Cor. Joze de Abreu desalojara os inimigos da foz
do rio Ibicuy aos 22 de Septembro a postara as tropas Portuguezas de seu
commando em Japeja, que fica ja na margem direita do Uruguay, Refere-se também
outro ataque entre as tropas Portuguezas, e as de Artigas aos 3 de Outubro, na
parte das Missoens, mas naõ se diz o lugar nem particularidades, unicamente,
que os Portuguezes ficaram vencedores. Sobre isto todos os dias lemos nos
Jornaes Inglezes, ainda nos de melhor nota, noticias de rumores improváveis e
contradictonos: por exemplo em uma das gazetas da tarde veio uma noticia, que
Se dizia copiada do original Hespanhol, segundo a qual o exercito do Brazil
fôra derrotado por Artigas, no povo de Sancta Maria, em Missoens, e que dali
fugiram os restos destroçados para Monte Alegre.
Ornem primeiro lugar, naõ ha naquellas paragens
povo, lugar, cidade nem villa, ou monte, que se chame Monte Alegre; e se quem
arranjou aquella noticia, pela ignorância da topographia do paiz, chamou Monte
Alegre á villa de Porto-Alegre, he preciso que expliquemos, que tal fugida para
tal lugar se naõ podia verificar, pela grande distancia, que ha entre as
Missoens e Porto Alegre, e porque entre esses dous pontos ha muitas outras
povotçoens, como Rio-Pardo, &c.; e no caminho se encontram estradas, que
vam a diversas partes da capitania do Rio-Grande „ e assim éra impossível
averiguar, ou poder dizer, que as tropas fugitivas das Missoens iam para Porto
Alegre, ou como os taes jornaes lhe chamam Monte Alegre. Se nos quizessemos
valer de nossas informaçoens particulares a este respeito; diríamos, que
Artigas tem ja perdido 5 000 homens; naõ obstante ter armado os negros e os
índios, e que o exercilo do Brazil se acha de posse de todas as Missoens, e
espera quea direita possa passar de Monte-Video, para obrar conjunctamente com
a. columna do centro, que marcha por Cerro-Pelado. Diríamos mais, que o motivo
porque a esquerda do exercito se acha tanto mais adiantada do que a direita, he
porque as tropas que formam esta columna, saõ as que fôrara do Rio-de-Janeiro;
e que desembarcando em Sancta Catharina, e marchando por terra para o
Rio-Grande, em vez de ir por mar desembarcar em Madonado, se atrazaram era
tempo quatro mezes, e em distancia mais de duzentas legoas. Devemos também mais
dizer aqui, que o motivo porque estas tropas desembarcaram em Sancta Catharina,
naõ foi porque os Inglezes se oppuzesem á expedição, como muitos Jornaes em
Londres affirmáram, mas por motivos locaes, e resolução dos mesmos Chefes da
expedição. Isto posto, julgamos que muito pouco ha que temer de Artigas. E
quanto a Buenos-Ayres, posto que se tem dicto em Londres, que I» declararam a
guerra ao Brazil, com tudo tal noticia naõ havia no Rio de-Janeiro, quando de la
saio o ultimo paquete. A p.291 damos um extracto das deliberaçoens do
Parlamento Britannico, que julgamos mui importante os nossos Leitores porque se
refere a este mesmo objecto da guerra no Rio-da-Prata. Breve como foi aquella
discuçaõ na Casa dos Communs, patenteou alguns pontos, que podem servir para
elucidar as vistas politicas dos gabinetes de Londres, Madrid e Rio-de Janeiro;
e, em tanto quanto se pode colligir das respostas de Lord Castlereagh, as
nossas conjecturas a este respeito, e que temos feito publicas nos N.ºs
antecedentes, parece serem comprovadas.
Fig. 18 – O diplomata inglês, Lord Castlereagh, se notabilizara no
Congresso de Viena e estava ciente da rede de informações, interesses e
monarquias que renasciam após as tempestades da Independência Norte Americana e
da campanha inglesa que destruíra a capital Washington, da Revolução francesa e
das campanhas nacionalistas de Napoleão Bonaparte. Evidente que a PROVÌNCIA CISPLATINA era um
ponto insignificante nesta enorme rede mundial da qual Londres manipulava os
fios mestres. A ação do BRASIL no Uruguai não fugia do
macro controle do Parlamento Britânico.
Lord Castlereagh asseverou positivamente, que o
gabinete Inglez naõ tinha sido por forma alguma comparte em algum tractado ou
convenção, pela qual o Governo de Hespanha cedesse a S. M. Fidelissima o
território de Monte-Video. Se porém existia ou naõ tal tractado entre as Cortes
de Madrid e do Rio-de-Janeiro, Lord Castlereagh naõ deo resposta positiva,
simplesmente disse, que naô julgava provavel.no presente estado de
circumstancias daquelles dous Governos, que tal tractado existisse. Esta também
tem sido ate aqui a nossa conjectura.
Fig. 19 – A Inglaterra era a senhora dos mares. Esta
condição fazia com que lh interessassem particularmente os extremos dos
continentes pelos quais iriam navegar os seus barcos. No mapa acima a
consolidação deste projeto e a colocação das bases do Commonwealth[1] oficialmente adotado em
1917, portanto um século depois. Uma das razões pelas quais Hipólito José da Costa não querer a separação
definitiva entre Portugal e o Brasil era
um paradigma lusitano semelhante aqueles que os ingleses estava construindo. De
outra parte a existência do Commonwealth
pode explicar o BREXIT em andamento em março de 2017.
[Clique sobre a imagem para ler
as indicações ]
http://oglobo.globo.com/mundo/rainha-elizabeth-ii-assina-lei-que-autoriza-inicio-do-brexit-21069624
Outro ponto, que se agitou naquelle debate, foi a
respeito de Lord Beresford, e dous dos membros, que falláram, parece que consideravam
a serviços de Lórd Beresford em Portugal, como incompatíveis com a
neutralidade, que o Ministro Inglez diz ser a linha de comportamento adoptada
por este Governo^ para com a Hespanha e suas. Colônias Americanas. Nós temos
ouvido dizer que Lord Beresford se naturalizara Portuguez; mas ainda que essa
circumstancia se naõ tenha verificado, apenas se poderá dizer que o serviço de
um official Inglez em Portugal, pelejando contra as Colônias lnglezas
revoltadas, destrua mais a neutralidade da Inglaterra, do que o serviço
daquelles Inglezes que estaõ empregados pelo outro partido nas tropas dos
insurgentes, como saõ o Coronel Sir Gregory MfGregor, em Caracas, o Almirante
Browne e outros muitos. Quanto ao objecto da moçaõ de Mr. Brougham, parecenos
um pouco fora da practica ordinária; porque se houvesse com effeito um tractado
entre as Cortes de Madrid e do Rio-de-Janeiro, sobre a cessaõ de Monte Video,
naõ eram aquelles Governos sugeitos a dar contas disso ao Parlamento
Britannico, e portanto naõ vemos como se podia pedir a Lord Castlereagh que
apresentasse taes tractados na Casa dos Communs.
Na conclusão é necessário admitir que, em março
de 2017, as aparências, as leis e os
tratados são diferentes do que aqueles
de março de 1817. No entanto em muitos aspectos a soberania tanto brasileira
como todas as ex-colônias ibéricas gozam de fato e de direito de uma SOBERANIA
de FAVELA.
[1] Este Commonwealth estava previsto, de um certa forma, desde a vitória da Revolução entre 1649 e 1653 quando , a monarquia foi abolida
e, o país tornou-se uma república (denominada "Commonwealth of
England"),
Fig. 20– A
Guerra Cisplatina durou entre 1816 ate 1827 O número crescente de envolvidos e a
impossibilidade de encontrar alguém que o mundo pudesse reconhecer competente
para formar, manter um governo acatado interna e externamente. Nesta década de indefinições o BRASIL
manteve a PROVÌNCIA CISPLATINA como uma espécie de PROTETORADO. Esta razão
deixou de existir quando as lideranças
uruguaias se entenderam e conseguiram
elaborar uma constituição[1] que
representasse a maioria do povo desta região. O Brasil foi um dos primeiros a reconhecer esta npva soberania.
Os ex-colonizadores se retiram da visibilidade da
cena, mas mantiveram o sistema colonial e escravista gerido na mesma lógica.
Uma elite dominante e os seus eventuais sócios descartáveis mantém e hábitos de
heteronomia pelo controle dos meios de comunicação, pelo capital especulativo e
pelo desprezo de qualquer tipo de PODER ORIGINÁRIO que seja minimamente
coerente om o seu TEMPO, o seu LUGAR e a sua SOCIEDADE concreta. A elite
dominante e os seus eventuais sócios descartáveis desqualificam, tentam ignorar
e se necessário tenta sufocar, por qualquer emergência de uma autêntica
soberania nacional.
Servem
como instrumentos uma educação formal dominada e estéril e uma saúde populista
para a qual faltam os meios anulados pela apropriação da mais-valia do trabalho
praticam, sem os menores escrúpulos. O histórico - de séculos de colonialismo e
da mais abjeta escravidão - legitimam e reforçam esta falta de escrúpulos. Os índices de criminalidade, os
desvios de conduta, a aparente
indolência e os eventos monumentais são
os pretextos exibidos na MÍDIA NACIONAL e INTERNACIONAL para sufocar qualquer emergência de uma
autêntica soberania nacional.
[1] = Promulgação da Constituição
do URUGUAI em 28.06.1830 https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Uruguaia_de_1830
The Nobe Smugglers Blown up Mr BROUGHAN & THE CONGREVE RIOCKEST - http://collections.rmg.co.uk/collections/objects/152945.html
Fig. 21 – Os negócios
escusos e as iniciativas dos Nobres
Contrabandistas Explodiram Mr BROUGHAN & THE CONGREVE ROCKET eram uma
constante nos negócios npos quais se envolviam os britânicos. Lidando com interesses explosivos internos e apoiados
externamente em interesses de poder exercidos por régulos regionais sem o menor
escrúpulo propiciavam cenas como os da
caricatura acima. Diante destes fatos era natural a resistências das
ex-colônias ibéricas confiar-se a estes aventureios. Os próprios
norte-americanos haviam se envolvido em diversas guerras com estes “NOBRES
CONTRABANDISTAS” depois de saquear e derramar o chá britânico no mar num dos
seus portos.
[Clique sobre a imagem para ler
os balões das falas ]
De outra parte a cultura, a economia e a
sociedade britânica está em luta permanente contra as suas teimosas elites.
Porém persistem no imaginário coletivo britânico e no imaginário do seu Poder
Originário a decapitação de vários dos seus reis e rainhas, a Revolução de
1649-1653, comandada por Oliver Cromwel (1599-1658)[1]
e a deposição deste líder quando ele pensava estar senhor de si e da situação.
Fig. 22 – O mito
José Gervásio ARTIGAS (1764-1850) ganhou singular força no final de século XIX
quando muitos países sul-americanos passaram pelo mesmo processo. No BRASIL os
pinceis de Vitor Meireles e Pedro Américo foram colodos a serviço das imagens
dos heróis coloniais. No Uruguai o pintor
Juan Manuel BLANES (1830-1901)[1] pintou, na década de 1880, a imagem de
ARTIGAS (acima) do qual não existia retrato. Este era proibido pela
administração colonial. O
mesmo aconteceu na Venezuela com o
pintor Martin TOVAR Y TOVAR (1827-1902)[2] na busca das imagens dos
fundadores do seu Estado Nacional,
Certamente José Gervásio ARTIGAS conhecia o
destino destes lideres britânicos. Por isto preferiu seu exílio e morte no
Paraguai. A sua mitificação posterior apenas preservou o seu pensamento. O
pensamento de ARTIGAS é o que permaneceu e consolidou a soberania do Uruguai.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
ARTIGAS, José Gervasio
BLANES,
Juan Manuel
BATALHA
da ÍNDIA MORTA em 19.11.1816
CARICATURA
BRITÂNICA
COMMONWEALTH
https://pt.wikipedia.org/wiki/Commonwealth
CORREIO
BRAZILIENSE de MARÇO de 1817
ESCRAVIDÃO
o BRASIL e no URIGUAI http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos4/keilagrinberg.pdf
Governos
e reis britânicos no século XIX
HIPOLITO
JOSÉ da COSTA http://www.arqnet.pt/dicionario/hipolitojosecosta.html
LECOR
Carlos Frederico (1764-1836)
Lord
Castlereagh
REVISTRA da TROPA DESTINADA à Montevideo
J.B. Debret, “Revista das tropas destinadas a Montevidéu,
na Praia Grande, 1816”,
óleo sobre cartão colado sobre tela, 41,6 X 62,9
óleo sobre cartão colado sobre tela, 41,6 X 62,9
VOLUNTÀRIOS
do PRINCIPE e TOMADA de MONTEVIDEU
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