O URUGUAI: o
NASCIMENTO de uma NAÇÃO SOBERANA
Fotograma do filme “ARTIGAS la
Redota”[1]
Fig. 01 – A NAÇÂO
URUGUAIA nasceu do diálogo e da busca de interação entre etnias, grupos e
ideologias com profundas diferenças. A
busca do ESTADO SOBERANO do URUGUAI respeitou e manteve estas
diferenças. As complementariedades entre as eventuais contradições tiveram - e
continua tendo – um espaço comum As poucas armas físicas da NAÇÂO URUGUAIA foram e continuam sendo
compensadas por uma educação continuada,
intensa e universal e gratuita.
Enquanto uma nova nação se debatia nas dores do parto do nascimento de
sua soberania o seu território e o poder estavam sendo cobiçados, em dezembro
de 1817, por quatro forças. De um lado estava o Reino da Espanha, do outro o
Império Brasileiro, enquanto a Argentina cobiçava a Banda Oriental e ARTIGAS era
um forte representante entre os nativos.
A
difícil, lenta e titubeante forma da busca de um governo consensual era apenas
potencial para se auto sustentar. Porém este conjunto moldou um contrato para
conferir uma identidade atual República do URUGUAI.
Fig. 02 – O
URUGUAI está dividido administrativamente em Departamentos O departamento de Soriano sempre se constituiu num ponto
no qual circulavam os indígenas missioneiros, local de refúgio dos quilombos
dos escravos portugueses fugidos de Colônia e contato mais próximo de Buenos
Aires. Todas estas populações mantivera a sua própria identidade de origem são
cultivadas até o presente Neste presente
a intensa e sofisticada agricultura e pecuária a NAÇÂO URUGUAIA é baseada na
homeostase permanente entre forças antagônicas. Esta homeostase é possível
graças a uma educação escolar intensa e universal e gratuita
A
Espanha estava fragilizada e dividida e curando as feridas da ocupação
napoleônica do seu território europeu. O Brasil havia tomado militarmente
MONTEVIDEU e estava administrando a região na expectativa do surgimento de
autêntico governo e com credibilidade internacional. A Argentina estava pressionado
desde Buenos Aires e com o sonho
legítimo e estratégico ter sob seu
controle o estuário do Rio da Prata. ARTIGAS estava refugiado no Paraguai e
donde não tinha meios para impor um governo na sua região de origem.
O que
é possível afirmar e resumir que o longo e penoso processo da SOBERANA da atual
Republica do URUGUAI NÃO FOI no GRITO.
Fig. 03 – O jurista e jornalista Hipólito José da COSTA (1774-1824) foi um observador atento das vicissitudes e
embates que se produziam na sua terra de origem. Conhecendo as forças em conflito buscava e aconselha
mediações e que se efetivaram muito depois de sua morte. Em dezembro de 1817
podia perceber o acerto da permanência de Dom João VI no Brasil Assim escreveu que ”na América se ele adaptar a sua politica ao espirito do pais,
que tem adoptado, pode reinar como senhor independente do terreno, e governador
constitucional escolhido por um povo livre”.
O
redator[1]
do CORREIO BRAZILIENSE havia nascido, em 1774, em COLÔNIA do SACRAMENTO e de onde era originária
sua mãe. Assim pautava com muito cuidado e interesse as vicissitudes de sua
terra natal
CORREIO BRAZILIENSE Vol . XIX. No. 115. Dezembro de 1818
Miscellanea. pp. 643 - 658
Um episódio brasileiro neste
cenário e tempo
Rio de
Janeiro 23 de Julho.
Na Gazeta N°. 51 copiamos uma carta
de Monte Video referindo o brioso denodo, com que alguns Officiaes e Soldados,
se haviam libertado da prisaõ, carregados de despojos do inimigo, agora temos
occasiaõ de dar mais cabal noticia deste acontecimento, trasladando o próprio
Officio do Tenente General Lecór. lllustrissimo e Excellentissimo
Senhor.—Hontem fundeou neste Porto uma Galeota de Guerra de Buenos Ayres,
denominada Fortuna, que trazia a bordo as pessoas comprehendidas na relação
inclusa, que lograram esquivar-se briosamente aos ferros dos inimigos, cujo
pezo soffriam prisioneiros. Este suecesso he acompanhado de circumstancias
demasiadamente notáveis, e que reflectem muita gloria em todos os indivíduos,
que nelle tiveram parte, e muito principalmente no Tenente Jacinto Pinto de
Araújo, Assistente do Quartel Mestre General, que, de accordo com o Alferes
Francisco Antônio da Silva, concebeo, e levou a effeito uma empreza tam digna,
e que tanta honra lhe dá.
Fig. 04 – Um
prédio de um museu na cidade uruguaia de Santo Domingo Soriano . Cidade
natal de José ARTIGAS e no caminho do local
do desembarque, em 15.04.1825, e juramento dos “TRINTA E TRÊS ORIENTAIS”[1] e lugar de memória e
veneração desta nação PLATINA EXPRIMIDA entre a Argentina e o Brasil. .
Estes Oficiáes estavam com os outros
prisioneiros em Santo Domingo Soriano[1],
juncto da confluente do Rio Negro debaixo da guarda, que um Tenente commandava,
e sabendo, que naquelle porto se achava uma Balandra com bandeira oriental,
carregada com petrechos de guerra, projeclaram apossar-se delia, naõ so para
subtrahir-se á pezada escravidão, que os oprimia, mas para tirar ao inimigo um
tam avultado numero de artigos interessantes ás suas operações, como os que a
dieta Balandra continha. A Providencia protegeo tam nobre, honrado, e bravo pensamento;
e permittio que elles na noite do dia 17 do corrente, tendo podido praticar na
parede da sua prizaõ uma abertura, por onde saíram, sem que pelas sentinellas
fossem presentidos, se dirigissem á paraia, aonde malograda a esperança de
achar embarcação, em que se transportassem para a Balandra indicada, possuídos
absolutamente do seu objecto, e resolvidos a sacrificar por elle as vidas, que
tam compromettidas ja tinham, corajosamente se lançaram a nado, e conseguindo
apossar-se de uma lancha, que perto havia, apezar dos gritos, com que seus
donos queriam embaraçallos, lograram finalmente apoderar-se da Balandra
Cinco-de-Julio e de toda a sua tripulação, e carga, arvorando, cheios daquelle
inexplicável gozo, que da o bom resultado, quando elle nasce do valor, e da
virdlue; a Real Bandeira Portugueza, que miuto á pressa con_ struiram o melhor,
que as circumstancias lhe facilitaram. No dia 1- do corrente, navegando para
esta Praça, deram vista juneto de Martin Garcia, de uma Embarcação de Guerra, e
julgando pela situação que pertencia aos Orientaes decidiram tomalla, e só os
dissuadio o saberem depois que era de Buenos-Ayres, para onde foram dirigidos
pela dicta embarcação, a cujo commandante contaram, que gente eram, de que
circumstancias vinham, e o fim, a que se propunham. O Director Supremo daquelle
Governo lhes facilitou soccorros, de que necessitavam, e os enviou a este
porto, aonde felizmente chegaram, dando a todos os indivíduos desta Divisão um
sublime exemplo de bravura, honradez e lealdade, e um dia de completa
satisfacçaõ.
URUGUAI:
Artigas e Lecor
Fig. 05 – O general
Carlos Frederico LECOR (1764-1836)[1]
estava ocupando a cidade de Montevideo em dezembro de 1817 como capital da
Província brasileira do Uruguai. No
entanto pouco podia fazer no interior
desta província A sua ação se limitava a que nenhum bando aventureiro se
intalsse e se apropria-se de um governo
e eu continuou a ser gestado entre diversas forças internas do que se tornou o
Estado Soberano do Uruguai Este Estado só ganhou corpo com o juramento da Constituição
uruguaia.
Inclusa remetto a V. Exa. a lista
dos objectos aprezados a bordo da Balandra, pelos valentes prisioneiros, cujos
nomes contem a sobredeita relação e tenho a honra de rogar a V. Exa. se sirva
informar a Sua Magestade este acontecimento, para que S. M. usando da Sua Real
munificencia, se digne conceder a taõ beneméritos vassallos o prêmio, que sua
heróica empreza lhes reclama.—Deos Guarde a V. Exa. muitos annos. Quartel
General de Monte-Video 2 de Maio de 1817, etc.—Carlos Frederico Lecôr, Tenente
General. Seguia-se a relação dos prisioneiros Portuguezes, que no dia 17 de
Maio taõ gloriosamente se libertaram.
Fig. 06 – Pedro SOUZA HOLSTEIN (1781-1850)[1]
na época, conde de PAMELLA, representava o corte do Rio de Janeiro no encontro
diplomático de Paris. Este
encontro manteve em suspenso qualquer ação militar de nações europeias
profundamente exauridas e humilhadas pelas guerras napoleônicas. Estas
suspensão deu uma década ao patriotas uruguaios a ocasião para costurar e
contratar a sua constituição nacional
A diplomacia entra em ação
Disputa entre Portugal e
Hespanha.
O conde de Palmella partio de
Londres para Paris, a fim de assistir ás conferências, em que as Potências
Alliadas, por meio de seus Embaixadores, tem de decidir a questão entre
Portugal e Hespanha, a titulo de mediação. Assegura-se, com muita
probabilidade, que a Hespanha insiste, em que S.M. Fidelissima lhe entregue o
território de Monte-Video, que tomara ao Chefe Artigas. A corte do
Rio-de-Janeiro, porém, insiste em conservar aquella posse, até que a questão
entre Hespanha e suas Colônias se decida, pela força d' armas, ou pelas
negociaçoens. O motivo porque a Hespanha insiste nesta restituição he; porque
deseja desembarcar a expedição, que está preparando em Cadiz' no território de
Monte-Video; e fazer ali o seu ponto de apoio, para atacar Buenos-Ayres, e mais
provincias daquella parte da America.
Fig. 07 – A
Batalha de Sarandi[1]
é uma amostra dos confrontos armados, das guerrilhas e tropelias militares que
estavam ocorrendo no território que se tornaria o Estado soberano do URUGUAI . A derrota dos imperiais comandados por Bento Manuel Ribeiro e Bento Gonçalves da Silva na Batalha do
Sarandi abriu aos orientais o domínio de todo o seu território, menos
Montevideo e Colônia. Nunca as forças imperiais brasileiras tiveram tantos
mortos e prisioneiros de guerra com neste episódio
A cessaõ, porem, da parte de Portugal,
trará inevitavelmente consigo a guerra entre os dominios Portuguezes, e as
Colônias Hespanholas revoltadas. Neste caso, se a Hespanha for mal succedida na
expedição, o que he mais que provável que soccorros poderá dar a Portugal, para o
garantir contra as hostilidades assim provocadas, da parte dos Insurgentes? A
gazeta Ingleza, d' onde copiamos estas noticias, (Chron. 25 Dec ) diz, sobre
isto, o seguinte; — "A Hespanha ameaça com tomar Portugal, para o obrigara
acquiescer; — El Rey do Brazil, dizem que está preparado para o sacrificio, que
o priva de um paiz, charo a suas affeiçoens, mas que ao mesmo tempo o livra de
uma vassallagem, revoltante á sua dignidade, e ruinoso aos interesses, tanto de
seus vassallos Europeos como dos Americamos. Em Portugal elle se acha assentado em um throno, que o obriga a receber
as ordens dos officiaes d'alfândega Inglezes, e do Alguasil de Madrid; na
America se elle adaptar a sua politica ao espirito do paiz, que tem adoptado,
pode reynar como senhor independente do terreno, e governador constitucional
escolhido por um povo livre. O Negociador d' El Rey do Brazil, que assignasse a
restituição de Monte-Video á Hespanha,em quauto a margem direita do Rio-da
Prata está livre, e Artigas rodeando indomito as provincias da margem esquerda,
arrancaria a coroado Brazil da testa 3'TSlRey; e quando assignasse o tractado,
manisfestaria a sua opinião, de que o seu soberano éra indigno de a trazer;—de
tal ignorância, ou criminosa deslealdade naõ suspeitamos um Palmella ou um
Souza.'
Nós convimos com o escriptor deste
paragrapho em tudo, excepto na alternativa, que elle suppôem, de ou restituir
Monte Video ou perder Portugal. Se a Corte do Rio-de-Janeiro insistir em
conservar Monte. Video, como deve fazer para sua segurança, até o ajuste das
disputas entre Hespanha e suas Colônias, nada tem que temer na Europa da parte
da Corte de Madrid. El Rey de Hespanha naõ tem forças nem meios alguns para
conquistar Portugal: assim seria uma covardia indesculpável ceder o território
de MonteVideo, com a certeza dos males, que dahi se devem seguir, pelo temor da
contigente conquista de Portugal, improvável, em todo o sentido, e na melhor
opinião absolutamente impracticavel. Em uma palavra, seria sugeitar-se a um mal
certo, pelo temor de outro naõ só incerto mas improvável: seria seguir o
systema daquelles, que commettem suicídio, com temor de que alguém os mate.
Fig. 08 – O
juramento da Constituição, 1830, tornou
o URUGUAI Estado num soberano e colocou um ponto final nos confrontos armados,
das guerrilhas e tropelias militares que ocorreram no seu território ente 1811
e 1830. As bandeiras do Brasil, da Argentina e a Mercante da Inglaterra[1] marcavam o reconhecimento internacional desta
epopeia.
Os
dois séculos que transcorreram entre a publicação deste texto do Correio
Braziliense permitem verificar, em
dezembro de 2017 os acertos temores e exageros destas percepções jornalísticas.
Neste
meio tempo a República do URUGUAI
conquistou gradativa e firmemente a sua soberania. O Brasil foi um dos
primeiros a reconhecer oficialmente este fato. A diplomacia brasileira teve de
entrar em ação, em diversas ocasiões
devido a pequena população e pequeno território exprimido entre gigantes
foi objeto de frequentes cobiças. Um pais com uma população de pouco mais de 3,5
milhões de habitantes[2]
é a materialização do que August COMTE almejava para um pais. Por diversas
circunstâncias do URUGUAI é denominada a SUIÇA latino-americano. Se o tamanho
geográfico e populacional é reduzido, crescem e se expandem, na proporção inversa,
as suas busca de identidade profunda. Identidade a mais próxima possível das
diversas e variadas culturas que se integraram conscientemente nesta nação, sem
perder as forças e as tradições de suas variadas origens.
Evidente
que são frequentes os desvios, o reducionismo autoritário e as tentações da
indústria cultural vindos mais de fora do que de dentro desta nação que sabe
que é uma construção artificial, propositiva e mutável. Assim esta busca de
identidade se renova e enriquece sem o perigo de estagnar num TIPO único e mitificado.
Em
contrapartida a escolaridade, a cultura e a busca de identidade nacional
constituem um forte cimento social político e econômico. O Rio Grade dos Sul
importou de lá a sua tradição gauchesca, métodos escolares, artistas de
vanguarda e serviu de refúgio seguro para líderes em tempos de perseguições e
mudanças bruscas de governos.
Se a
afirmação da SOBERANA da Republica do URUGUAI
NÃO FOI no
GRITO e sim um longo e
penoso processo, isto significa que esta SOBERANIA nunca é algo pronto, dado e
eterno.
[1] BANDEIRA MERCANTE da INNGATERRA https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-bandeira-mercante-da-bandeira-vermelha-da-bandeira-de-grâ-bretanha-image92283275
[2] População
do Uruguai 2010 - http://www.portalbrasil.net/americas_uruguai.htm
O pintor José Manuel BLANES (183o-1901)[1]
num fotograma do filme “ARTIGAS la
Redota”
Fig. 09 – A
construção das narrativas da formação
Estado soberano do URUGUAI ocorreram apenas no final do século XIX. Distante dos
fatos e com raros e insignificantes testemunhos vivos a mitificação, a propaganda e o marketing
oficias tiveram livre curso no Brasil, no Uruguai e no mundo ocidental que
estava se preparndo para viver a “Belle Époque” do triunfo e da fantasia.
O
ditado popular “QUEM CONTA um CONTO, ACRESCENTA um PONTO” pode se aplicar aos governos do estados
nacionais que NÂO SÓ CONTAM, mas TAMBÈM ESCONDEM e ESCAMOTEIAM PONTOS
DESABONADORES daquilo que querem ou precisam exaltar. Assim a derrota de Bento
Gonçalves da Silva e do comandante Bento Manuel da Silva na batalha do Sarandi é raramente mencionada
para estes líderes Farroupilhas. Se é mencionada a própria derrota foi
retratada como retirada heroica do campo de batalha.
O
desleixo com os documentos, com os arquivos sérios e objetivos e a falta de
profissionais bem remunerados e com careira reconhecida, escancaram e estimulam
a mitificação, as narrativas distorcidas, parciais e perpassadas das ideologias
as mais obtusas e das quais os próprios agentes e promotores nem suspeitam
serem portadores destes vírus.
O “GRITO de ASENCIO” - Pintura de CARLOS
MARIA HERRERA[1]
Fig. 10 – A
mitificação das narrativas da formação
Estado soberano do URUGUAI foram amplamente explorados pelo marketing e
pela propaganda de produtos industriais. Se de um lado reforçam e dissemina a identidade nacional, do
outro escapam inteiramente do presente, das diferenças e da vida das pessoas. O
Uruguai possui a quase totalidade de sua população vivendo em centros urbanos
(92.2%) para a qual a cena acima não ter nada ver.
A tese que perpassa o
blog, denominado “NÃO FOI no GRITO”, é
que tanto a SOBERANIA do ESTADO BRASILEIRO como o URUGUAIO NÂO se DEU no GRITO
a BEIIRA do RIACHO IPIRANGA, como a
INDEPENDÊMCIA do URUGUAI não determinado pelo GRITO de ASENCIO e pela BATALHA
as MARGENS do RIACHO SARANDI.
No aspecto prático se
espera que o BICENTENARIO da INDEPENDÊNCIA do BRASIL, em 2022, não seja mais um
EVENTO PONTUAL e GROTESCO como foi o EVENTO dos 500 ANOS da DESCOBERTA.
Ambas as soberanias
foram um longo, longo e penoso PROCESSO e que só se tornou concreto com a
intervenção e o contrato com TODA a NAÇÂO BRASILEIRA ou URUGUAIA. No
contraponto deste contrato é certo e concreto que ambos os ESTADOS deram as
COSTAS para as suas respectivas NAÇÔES e passaram a gestar narrativas, mitos e
eventos que tentavam escamotear e esconder os abismos entre os GOVERNOS e os
seus POVOS.
URUGUAI:
Artigas e Lecor
BANDEIRA MERCANTE da INNGATERRA
Carlos Maria HERRERA
CONDE
e DEPOIS de PALMELA
General Carlos Frederico LECOR https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Frederico_Lecor
LA REDOTA
VILA SÂO
DOMINGOS SORIANO terra natal de ARTIGAS
Movimento
cívico em SORIANO
JURAMENTO da
CONSTITUIÇÂO do URUGUAI – por BLANES
PATRIOTISMO
e DESIGN GRÁFICO URUGUAIO
POPULAÇÂO
do URUGUAI 2010 –
Filme ARTIGAS La Redota
José Manuel BLANES
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