domingo, 6 de dezembro de 2015

128 NÃO FOI no GRITO

UMA PONTE LONGE DEMAIS.

O espirito publico e vontade nacional, aonde alguma existe, são compostos de tantos elementos diferentes, que é extremamente difícil evitar erros mesmo mui grosseiros, julgando deles separadamente; e mais ainda, quando se deseja exercitar neles uma influencia direta”. Correio Braziliense dezembro de 1815 Politica, pp. 661/2 
Fig. 01 – O impasse diante da ponte sobre o Rio Oiapoque não é só de ordem ECONÔMICA. Esta ponte se esforça, em vão, unir dois PARADIGMAS ANTAGÔNICOS. A Economia BRASILEIRA ainda continua a mercê do colonizador que, por sua vez, devia até as calças aos ingleses. Porém ele é apenas um índice de algo mais profundo.  

Dois paradigmas em confronto não tem nada a conversar um com o outro. As interações e as trocas emperram, isto se não congelam completamente. Forçar o diálogo significa deflagrar a guerra, a lógica dos canhões e tentativa de abater o oponente  pelas baionetas. “Baionetas com as quais é possível fazer tudo, menos ficar sentado sobre elas” conforme o esperto conselho de Charles-Maurice de TALLEYRAND-PÉRIGOD (1754-1838)[1] ao corso Napoleão. Lição que o diplomata do Reino da Prússia, Johann Wilhelm Christian Carl Ferdinand, o Barão von HUMBOLDT (1767-1835)[2], tentativa traduzir num texto diplomático. Enquanto o  seu irmão Alexandre von Humboldt (1769-1859) ainda buscava colocar no mundo da Ciência os resultados de sua viagem ao NOVO MUNDO ente 1798-1804.
O Brasil havia conquistado, em 1809,  a Guiana Francesa pelas baionetas em represália à invasão de Portugal pelos exércitos franceses. Cessada a causa o Brasil devolveu este território em 1816[3].
Porém em dezembro de 2015, continuou a flagrante distinção entre a herança do sistema monocrático LUSITANO com o FRANCÊS. Este com um firme pacto constitucional ORIGINÁRIO do seu PODER nacional, enquanto o BRASILEIRO está remoendo e se alimentando do seu pacto PROVENIENTE da dominação colonial escravagista e com profundo sabor medieval.
Frente a estes dois paradigmas tão distintos, não é de estranhar que em dezembro de 2015 continua o enigma e o mistério da construção da ponte no rio Oiapoque e o seu abandono total.
Frente a estes dois paradigmas, tão distintos, se escondem as verdadeiras razões que impeliram o governo de Portugal proibir a entrada, no território brasileiro, do cientista Alexandre von HUMBOLDT[4] que percorreu as Américas. Evidente que foi antes da abertura dos portos em 1808. Enquanto isto cientistas russos, austríacos e principalmente franceses estavam preparando MISSÕES CIENTÍFICAS destinadas varar o território brasileiro em todos os sentidos, rumos e ritmos. MISSÕES CIENTÍFICAS  impelidas pela lógica e as necessidades  da  ERA INDUSTRIAL emergente.
Fig. 02 – O imperador NAPOLEÃO BONAPARTE jogado ao na rede de intrigas e interesses de toda espécie. O  mérito do Corso  foi reunir - ao redor desta rede - os mais disparatado paradigmas para jogá-lo no espaço imponderável enquanto cada ator de farsa cuidou e salvou a “SUA COROA, SUA TERRA e o SEU POVO”..  

Porém voltando aos fatos de dezembro de 1815 e ao complexo quadro de recomposição de uma lógica mínima após a violenta erupção da Revolução Francesa (1789-1793) e do tumultuado e agressivo império de Napoleão Bonaparte fazia emergir uma lógica nova e absolutamente imprevisível para os antigos paradigmas administrativos. As convulsões europeias serviram para fazer emergir a nacionalidades do Novo Mundo no caminho aberto pelos Estados Unidos em 1776. Esta mesma Europa está sendo convulsionada, em dezembro de 2015, por ondas de imigrantes que refluem indignados e cheios de razões das suas antigas colônias e é sacudida por sequências de atos de terror.
WEITSCH Friedrich George ( 1755-1828) Alexandre von Humboldt (1769-1859) pintura 1808 óleo 126 x 92.5 cm
Fig. 03 – Alexander von HUMBOLDT é até os dias atuais um representante da identidade europeia emergida das luzes da RAZÂO e do ENCICLOPEDISMO ILMINADO ao lado do seu irmão mais velho Johann Wilhelm Christian Carl Ferdinand, o Barão von HUMBOLDT.  Colocados e agindo na raiz da CIÊNCIA de INVESTIGAÇAO da NATUREZA os dois representam uma perfeita legitimação da “superioridade” do VELHO MUNDO. Superioridade amplamente usada e abusada para praticar um colonialismo científico, tecnológico e social. TECNOLOGIA que se se sentiu autorizada, pela CIÊNCIA do seu tempo,  a devastar, acumular e transformar da linha de montagem da ERA INDUSTRIAL e à custa da NATUREZA intocada.

A Europa que rebrotava em dezembro de 1815 no complexo quadro de recomposição de uma lógica mínima necessitava o exercício de uma RAZÂO inclusiva e capaz agregar os espíritos dos EGOS pulverizados pela violenta erupção destas individualidades e sacudidos pela Revolução Francesa (1789-1793) e do tumultuado e agressivo império de Napoleão Bonaparte. Uma destas personalidades enciclopédicas era Alexander HUMBOLDT  Testado na sua viagem, entre 1799 e 1804, pelas distâncias continentais profundos silêncios do Novo Mundo. Estava de volta ao burburinho europeu quando o seu irmão e diplomata Johann Wilhelm Christian Carl Ferdinand, o Barão von HUMBOLDT deu forma política, econômica e social  para as novas circunstâncias Certamente era alguém qualificado para traçar um novo paradigma para um equilíbrio homeostático característico.  

BRASIL em DEZEMBRO de 1815.  CORREIO BRAZILIENSE VOL. XV. Nº. 91. 4 Q  POLÍTICA.-  pp.653 - 667

Documentos Importantes relativos á Negociação da Paz Geral em Paris.
Memória confidencial do Baraõ de Humboldt, Ministro Plenipotenciario d'El Rey de Prussia, sobre as Bases da presente Paz.
A. SITUAÇÃO das Potências Alliadas, relativamente á França, ou ao Governo Francez, he tam complicada, que se faz mui essencial definílla com grande precisão. Por uma parte, ella tem evidentemente sido taõ differente em diversas epochas, no decurso dos acontecimentos desde a invasão de Napoleaõ, quando elle sahio de Elba, que naõ podemos deixar de fazer distincçoens; por outra parte, naõ temos ainda chegado ao ponto em que a França, c o Governo Francez podem ser olhados como termos synonimos.
Quando as Potências publicaram a sua Declaração de 13 de Março, ainda subsistia em França o Governo legitimo, e se achava unicamente atacado por um punhado de homens, ou, ao menos, parecia isto ser assim; porque a verdade he, que este punhado de homens nunca poderia ter derribado o tbrono, sem a indifferença com que, ao menos, grande parte da naçaõ esperava, uns com satisfacçaõ, outros com pezar e dôr, o êxito da revolução, que estava preparada. Foi entaõ que as Potências vieram a ser verdadeiramente alliadas de Luiz XVIII. A Declaração promette a El Rey de França, e á Naçaõ (que suppunba unida com elle) succorros, e somente no caso, em que esses succorros fossem pedidos. Ella suppôem um Governo independente em França, e respeita a sua authoridade. O tractado de 25 de Março foi também concebido no mesmo sentido. O artigo 18 expressa o propósito de supportar a França contra Napoleaõ, e faz mençaõ da requisição das forças das Potências por Luiz XVIII. porém, ao mesmo tempo, menciona também o auxilio, que El Rey traria para o objecto do tractado, o que suficientemente determina a applicaçaõ, que esta estipulaçaõ suppôem. Alem disto, estes tractados evidentemente tem o character de formar uma liga Europea, para a segurança da Europa, contra o estado de cousas em França, que a podia ameaçar. Este éra o seu fim essencial. O primeiro artigo falia somente disto; e este tractado he assim mui notavelmente distincto, por isso, da Declaração de 13 de Março. S. M. Christianissima naõ accedeo a esta alliança, assignando um tractado formal. Somente se pedio e se aceitou uma Nota de adhesaõ da parte de seu Ministro. Ao momento da ratificação deste tractado, se tornaram as circumstancias mui differentes. O Governo Britannico declarou positivamente a todas as outras Potências, que accedêram a esta Declaração, que elle naõ entrava em ajustes de continuar a guerra, com a intenção de impor um Governo á França. As desgraças, que tam gloriosamente se acham agora remediadas, expulsaram o legitimo Rey de seu reyno. O Governo de França foi officialmente distincto, olhou-se como cousa possível, que o   Governo naõ reassumiria os seus direitos. A alliança tomou entaõ o character de uma liga dirigida contra França, pelos alliados, para sua própria segurança. Puzéram-se os exércitos em movimento—Napoleaõ começou a guerra—o dia 18 a terminou, e os Alliados entraram em Paris. Seria deslocar todas as ideas, e mudar arbitrariamente o sentido das palavras, negar que a França éra entaõ inimiga dos Alliados, e que a parte subjugada veio a ser sua conquista. 
Fig. 04 – O fantasma e o vírus oculto de NAPOLEÂO BONAPARTE era algo real e materializado em legiões e seguidores. Seguidores que não esqueciam o ANTIGO REGIME MONOCRÁTICO onde eram servos de uma dinastia que se considerava  a si mesma como “TAUMATURGA”. Assim a situação de LUIS XVIII  sob a mesa  é  um índice de algo mais profundo. Os comensais estão no DILEMA de INTERVIR ou de OBSERVAR APENAS estes DOIS PARADIGMAS FRANCESES em CONFRONTO. O texto do Barão von HUMBOLDT tentava transformar esta CONTRADIÇÂO entre paradigmas excludentes em COMPLEMENTARIEDADE  

El Rey Luiz XVIII. naõ estava ali; elle tinha constantemente preservado todos os seus direitos, sempre imprescriptiveis: estes direitos foram reconhecidos pelas Potências, porém, de facto, elle naõ exercitava authoridade, nem tinha contribuído cousa alguma para o bom successo. Os ajustes dos Alliados, para com elle, eram o que se mostrou pelo theor e ratificação do tractado de 25 de Março, ao menos coordinado com outras consideraçoens, e naõ lhes impunha obrigaçoens absolutas. Por outra parte a França em vaõ quereria lançar toda a culpa a Napoleaõ. Ella tinha (o que be a única vista practica da questão) participado cora elle de tal maneira, que era impossivel aos Alliados separar a Naçaõ do Usurpador. Elle naõ foi tornado a collocar sobre o throno, meramente pelas bayonetas, que o cercavam, e inspirando terror; porém sim instituio um Governo, convocou as Cameras, introduzio formulas, que éra impossivel introduzir, se a vontade da maior parte do povo naõ concorresse nisso, directa ou indirectamente. Diga o que disser o partido opposto, o que elle fez em três mezes desta usurpaçaõ naõ foi meramente a obra da força. Nem mesmo se pôde dizer, que elle commetteo acto algum de rigor. Elle oppoz aos Alliados naõ um punhado de homens partidistas de sua causa, mas um exercito de quasi 200.000 homens, tirados de toda a extençaõ da França, e este exercito pelejou com coragem e   perseverança: e apenas haverá algum Francez que duvide, que, se a batalha de 18 lhe fosse favorável, elle teria podido obter mui pacificamente novos reforços para seu exercito, prolongado a guerra, feito, se os alliados o soffrecem, uma paz, e reynado como reynou antes de 1813. Immediatamente depois da tomada de Paris pelos Alliados, voltou El Rey, colocou-se sobre o throno; e as Potências Alliadas começaram a negociar com elle, foi entaõ, que se começou a estabelecer o estado das cousas, como antes da crisis; e comtudo, com duas immensas feiçoens de differença. 1. As Potências Alliadas tem tido uma terrivel experiência, e tem feito grandes sacrifícios: ellas tem visto, que o Governo Real em França naõ podia cahir pela mais temerária e precária entrepreza; que nem á idea de sua legitimidade, nem a convicção de sua moderação e brandura, nem a influencia, que exercitou em França, durante quasi um anno, pôde impedir que a naçaõ se armasse, debaixo das ordens de Napoleaõ, contra a Europa; e que sem o mui assignalado valor dos exércitos, e sem os raros talentos dos generaes, contra quem se dirigi o  primeiro encontro, facilmente teria a Europa sido outra vez submergida em uma guerra, que houvera sido taõ longa como desastrosa. Consequentemente ellas estaõ authorizadas, e, por amor de seus subditos, obrigadas a usar todas as precauçoens necessárias para evitar que se renove outro desastre simiIhante ; e as suas relaçoens com o Governo, tornado a colocar sobre o throno, devem evidentemente ser modiâcadas por este primário, e importantíssimo objecto de seu dever. A sua alliança foi sempre, desde o principio, e he agora inteiramente uma liga defensiva da Europa, contra a postura ameaçadora dos negócios em França ; e por isso deve conservar este character, e ellas devem subordinar a este fim todas as outras consideraçoens. Se estas reflexoens nos obrigam a pensar em garantias, os sacrifícios, que temos feito, requerem de nos que pensemos em indemnizaçoens. 2. Ainda que El Rey voltou, e toda a França, com poucas excepçoens, tem arvorado o signal externo de submissão ao seu poder, comtudo he apenas possivel olhar para o Rey, e para a França, como uma e mesma Potência. A authoridade Real naõ está ainda firme e consolidada, e nós ficaremos postos em uma evidente contradicçaõ; se para a fortalecer nós pouparmos á França condiçoens penosas, e enfraquecermos com isso a superioridade dos exércitos estrangeiros, que saõ agora o seu verdadeiro apoio. 
Fig. 05 – O gigantesco investimento de Alexander HUMBOLDT na sua viagem pelo Novo Continente entre 1799 e 1804 foi barrado na fronteira do território colonial brasileiro. Após esta viagem o seu companheiro e cientista francês Aimé Jacques Alexander Goujaud BONPLAND (773-1858) [1]  fixou residência na região das antigas Missões jesuíticas. Os dois aproveitaram  para estarem distantes dos momentos tormentosos políticos pós Revolução Francesa e ascensão de Napoleão Bonaparte. Porém o seu projeto era profundamente coerente com as novas ciências experimentais, as técnicas emergentes e as novas economias.

Tendo a Naçaõ tomado uma posição hostil contra as Potências Alliadas, ellas naõ podem olhar para França como se repentinamente se tivesse tornado amiga. Como os arranjamentos da paz de Paris teriam servido, se naõ fosse um feliz concurso de circumstancias, e de facto serviram a Bonaparte: as Potências naõ podem deixar de temer, na mesma proporção, que os arranjamentos, que se fizerem agora se possam voltar só em proveito daquella parte da Naçaõ, que se oppuzer outra vez aos Bourbons. As relaçoens dos Alliados com El Rey ficam outra vez modificadas pela consideração de que a duração da authoridade Real, e a submissão da naçaõ, dependem das medidas que se adoptarem. Se, depois deste esboço puramente histórico, se perguntar o que he que os Alliados tem direito de obrar a respeito da França, e de seu Governo; e o que seria mal que permittissem ; fica fácil o responder, logo que a questão se exponha de maneira conveniente. Como a causa da guerra, e o fim da alliança foi a segurança da Europa, isso deve também ser a base da pacificação; e os Alliados tem o incontestável direito de exigir da França, e de seu Governo, tudo quanto julgarem necessário para esta segurança, nem EI Rey, nem a Naçaõ podem disputar este direito. A naçaõ naõ tem direito, que possa reclamar sem El Rey; ella soffreo apparecer identificada com Napoleaõ, e foi conquistada por elle. El Rey, pelas desgraças, que lhe aconteceram, ficou fora da liga; elle pedio somente o auxilio dos Alliados, e estes somente concluíram o que tinham emprehendido; he só a elles que compete julgar do que he necessário fazer, para que naõ se exponham para o futuro aos mesmos sacrifícios.
Fig. 06 –  A viagem pelo Novo Continente entre 1799 e 1804 teve a iniciativa de Alexander HUMBOLDT. O seu companheiro e cientista francês BONPLAND (773-1858)  se credenciara, como botânico,  junto com Napoleão Bonaparte e a imperatriz Josefina. Terminado o ciclo napoleônico fixou, em 1817,  residência na região das antigas Missões jesuíticas. HUMBOLDT continuou o seu  projeto coerente com as novas ciências experimentais, as técnicas emergentes e as novas economias europeias e germânicas.  

 Pretende-se, que o direito das Potências Alliadas naõ se extende á violação da integridade do território Francez, visto que as Potências Alliadas, fazendo a guerra a Napoleaõ e seus adherentes, naõ consideraram a França como paiz inimigo, e por isso naõ podem agora exercitar nella o direito de conquista. Porém este raciocínio, que he ja defeituoso; porque naõ considera os differentes characteres, que a Alliança das Potências tem tomado, só tem apparencia de verdadeiro olhado por uma parte. He bem certo, que a presente guerra naõ devera ser, nem tem sido uma guerra de conquista. As Potências obrariam inteiramente contra os seus princípios, se ellas se engrandecessem á custa da França, meramente para tirarem proveito de suas desgraças. Porém, naõ obstante isto, a conquista existe de facto; e se a medida de diminuir os limites de França for considerada como a mais conveniente para os fins da alliança, he incontestável, que elles tem o direito de a executar. Nem o tractado de 25 de Março, nem a Nota de adhesaõ apresentada pelos Plenipotenciarios de França, nem as Declaraçoens de 13 de Março, e 12 de Maio, contém alguma promessa, directa ou explicita, das Potências, de naõ tocarem na integridade da França; elles se limitaram meramente á declaração de manter a paz de Paris, e se examinarmos attentamente os termos do lº artigo do  tractado, que he o fundamento de todas as dcclaraçoens posteriores, se verá que contém mais um mutuo ajuste dos Alliados, de naõ soffrer, que a paz de Paris seja alterada contra elles, do que uma obrigação de sua parte para com a França, de naõ mudar o que diz respeito a ella. Se o artigo tem este ultimo sentido, a restricçaõ, que se addio á ratificação, teria mudado inteiramente a sua natureza. Porém ainda quando se desejasse interpretallo assim, he indubitavel, que o comportamento da França, que, em vez de fazer uso do auxilio das Potências Alliadas para se ver livre de Napoleaõ, se armou contra ellas, lhes tem dado pleno direito de pensar somente em sua própria segurança. Em geral, nada he taõ singular como o raciocinio de que, como Napoleaõ foi tomado, acabou a guerra, e os Alliados naõ tem mais que pedir da França.
Fig. 07 – O mapa francês contemporâneo mostra a GUIANA FRANCESA cujo território é formado  por 80.000 km² onde vivem aproximadamente 200.000  habitantes. Estes  gozam todos os direitos da cidadania europeia no meio da selva tropical.. Separados do  Brasil pelo RIO OIAPOQUE, a PONTE, se inviabilizou entre dois paradigmas políticos, econômicos e sociais.  Pode-se cogitar no DILEMA idêntico dos CIDADÂOS em INTERVIR ou APENAS  OBSERVAR PARADIGMA FRANCO-BRASILEIROS no CONFRONTO

 A guerra terminará somente, quando as Potências Alliadas tiverem obtido as garantias e indemnizaçoens, que tem direito de requerer: e estas Potências com justiça exigem também da França, depois de removido Napoleaõ, pinhores de que outra tentativa os naõ forçará de novo a pegar em armas. Se as Potências, dizendo que faziam a guerra somente contra Bonaparte, e seus adherentes, separaram delle a naçaõ, esta, para se aproveitar das declaraçoens em seu favor devia separar-se delle na realidade, e naõ ficar passiva, e até mesmo pelejar pelo usurpador; devia, pelo contrario, contribuir para se livrar delle. O memorial, que deo origem a estas reflexoens, estabelece uma grande differença* entre uma cessaõ territorial, e a imposição de contribuiçoens, ainda quando seja seguida pela occupaçaõ das provincias. Porem ¿ existe tal differença, quanto ao direito ? ¿ Naõ he também sufficiente um direito de conquista, para impor taes contribuiçoens ? ¿ Naõ he todo o direito de conquista, segundo a solida theoria do direito das gentes, limitado pela necessidade de garantias e indemnizaçoens ? Se ha o poder de exigir indemnizaçoens ¿naõ haverá o direito de as fixar ou em território ou em dinheiro? ¿ E poderá dizer-se, que a França pode fornecer legitimamente uma contribuição considerável, como meio de conciliar a preservação de sua integridade territorial com o que ella deve á segurança geral, ao mesmo tempo que se mantém que os Alliados naõ tem direito de infringir aquella integridade? ¿ Como seria, entaõ, a França obrigada a fazer sacrifícios para preservar o que ninguém tem o direito de atacar? Satisfeita a questão do direito, temos agora de determinar, quaes saÕ as garantias, e indemnizaçoens, que se devem exigir da França, e que medidas he próprio, que se tomem, para que naõ fiquemos expostos a novos perigos de sua parte. Todos concordam, em que ha dous meios de obter este fim. Um he trazer outra vez e restabelecer a tranquillidade em França ; acabando o que se chama a revolução: o outro, he fazer, por differentes methodos, e de um modo temporário, uma nova balança de forças entre a França e os Estados vizinhos, para prevenir que ella ataque os seus direitos. Nada he certamente taõ saudável, e taõ necessário, como procurar a tranquillidade da França, neutralizar as paixoens, e unir todos os interesses para a conservação da authoridade legitima. Porem como a solida politica prefere o que está inteiramente em seu poder, esta empreza deve ser subordinada á outra—o estabelicimento de uma proporção relativa de força adaptada ás circumstancias; e nada que seja verdadeiramente essencial, neste ultimo ponto de vista, se deve abandonar no primeiro. O espirito publico e vontade nacional, aonde alguma existe, saõ compostos de tantos elementos differentes, que he extremamente difficil evitar erros mesmo mui grosseiros, julgando delles separadamente; e mais ainda, quando se deseja exercitar nelles uma influencia directa. 
MONFORT, Antoine Alphonse (1802-1884)_-_Adieux_de_Napoleon_a_la_Garde_imperiale no pátio do Castelo de Fontainbleu[1]
Fig. 08 – A fidelidade da GUARDA IMPERIAL para Napoleão Bonaparte e pelo qual tinha expostas as suas próprias vidas e conseguira reunir 200.000 deles para a decisiva Batalha de Waterloo era índice que os aliados deveriam considerar e neutralizar. No paradigma oposto estava a SOCIEDADE CIVIL FRANCESA que suportava este militarismo sem retorno e sem soldo. Qualquer intervenção externa poderia arruinar qualquer equilíbrio homeostático que se conseguisse pontualmente e num determinado instante.

A influencia de Potências estrangeiras naturalmente fere o orgulho nacional, e o mesmo direito de ingerência he muito mais duvidoso do que o direito de providenciar inteiramente para a própria segurança* Os Alliados tem prestado ao Governo todo o auxilio, que delles depende, para remover o seu mais cruel inimigo, espalhar e desarmar o resto; agora elle deve-se sustentar a si mesmo; porém he ainda muito mais duvidoso, se elle poderá preservar a sua authoridade e independência, e ter, por algum tempo ainda, em seu poder o offerecer á Europa uma suficiente garantia para justificar a relaxaçaõ de outras medidas de precaução e segurança. A revolução Franceza foi a conseqüência da fraqueza do Governo; e somente pôde ser terminada por um governo forte, porém ao mesmo tempo justo e legitimo. Consequentemente será difficil ver o seu fim, em quanto as Potências estrangeiras exercitarem a sua tutella sobre a França. O mais que esta tutella pôde fazer, he prevenir os crimes, em quanto ella durar; as tentativas para fazer o Governo agradável á naçaõ, ou para induzir o Governo a fazer-se elle mesmo amado, nunca produzirão grande effeito. A parte da Naçaõ, que pôde apreciar o merecimento do Governo, naõ he aquella que he susceptível de distúrbios; e aquella parte que naõ está acustumada a permanecer quieta naõ pôde ser refreada senaõ pela força da authoridade. O apoio do Governo na sua verdadeira independência será assim, por longo tempo, sugéito a serias duvidas, e o mesmo systema da presente pacificação, em que a segurança geral se deva fazer dependente daquella, ou que requeira um juizo seguro e preciso, sobre este objecto, será sugeito a grandes inconvenientes, e pôde ser chamado errôneo. Porém naõ he menos verdade, que, regulando o que a sua própria segurança requer, a preservaçaõ do Governo Real deve ser um dos primeiros cuidados das Potências Alliadas. Por conseqüência uma nova repartição das forças respectivas, como único methodo, que resta, para pôr a Europa em segurança contra novos perigos; e entre os differentes  methodos, que se podem adoptar, seja para enfraquecer a França, seja para fortalecer os seus vizinhos, o mais simples, o mais consistente, e o mais conforme ao systema geral das Potências Alliadas, se verá que he o de procurar para os Estados, limitrophes da França, uma fronteira segura, dando-lhes, como meio de defensa as praças fortes de que a França, desde que as possuio, tem feito uso, corno pontos de aggressaÕ. O engrandecimento que dahi resultaria a esses Estados seria demasiado inconsideravel para requerer novo trabalho no estabelicimento da balança da Europa, e naõ traria mudança essencial á decisão do Congresso de Vienna. He no espirito deste acto, que naõ devem soffrer ataque, nem a independência dos Paizes Baixos, nem a* da Alemanha; e esse seria o resultado de tal medida.



[1]  MONFORT https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/archive/2/25/20130519035414%21Montfort_-_Adieux_de_Napoleon_a_la_Garde_imperiale.jpg
GRANADEIRIO  PORTUGUES Horácio VERNET 1811
Fig. 09 – O reino de Portugal teve o seu território europeu invadido pelas forças a MILITARES  FRANCESAS. Porém esta invasão  contou com apoios internos importantes. De lá partiram duas divisões da GRANDE ARMADA NAPOLEÔNICA na Invasão da Rússia em 1812. Estes se fizeram notar e o pintor Vernet, representou um destes soldados vestidos com seu traje marrom . Porém esta adesão aos ideais revolucionários franceses se fez sentir entre intelectuais, políticos e especialmente entre artistas. A permanência da corte lusitana no Brasil esperava que os paradigmas antagônicos conseguissem um pacto e um contrato nacionais.

A Belgia adquiriria vários pontos importantes, a Alemanha se extenderia pelo lado do Alto Rheno, o que seria muito menos prejudicial, porque os tractados concluídos em Vienna sempre deixam uma aberta para arranjamentos entre a Áustria e Baviera, que se naõ podem realizar, senaõ á custa de alguns dos pequenos príncipes da Alemanha: e se facilitariam prodigiosamente com alguma acquisiçaõ naquella parle. A Prussia ganharia bastante em ver os seus vizinhos tam fortificados, que ella se pudesse limitar a poucos objectos, tendentes somente ao fim de completar o seu próprio systema de defeza. Naõ he meramente depois do tempo de Napoleaõ, ou da revolução, que a França tem feito tentativas para invadir a Belgia; ella as renovou sempre de tempos a tempos, e as praças, que se lhe devem tomar, tem servido de bazes ás suas operaçoens militares. 
Fig. 10 – O poeta John Christoph Friedrich von SCHHILLER (1759-1805)[1] , tento ao seu lado esquerdo  dos irmãos Alexander von HUMBOLDT e Johann Wilhelm Christian Carl Ferdinand, o Barão von HUMBOLDT (1767-1835) em companhia de Johann Wolfgang von  GOETHE[2] em WEIMER. A imagem deste momento  de encontro é ao longo dos tormentosos dias  políticos da crescente ascensão de Napoleão Bonaparte, da divulgação da Revolução Francesa e devastação da PRIMEIRA ERA INDUSTRIAL.

A Alemanha, de sua parte, he um Estado essencialmente pacifico; por conseqüência, a tranquillidade da Europa deve ganhar por esta mudança de fronteira. Alem disto as cortes de Alemanha devem achar um interesse particular, em reclamar uma parte do que se lhes tirou injustamente. Todos os outros meios de enfraquecer a França, que o memorial, de que se tracta, comprehende debaixo dos nomes geraes de garantias reaes, ainda que esta palavra (que no entanto devemos notar) naõ he propriamente contraposta á garantia moral, a qual sem duvida pôde também ser mui real, saõ ou impossíveis ou até mesmo injustos (visto que privam a França de todo o material de sua força militar, e destroem as suas fontes) ou tam complicados, que o seu mesmo emprego daria oceasiaõ a novos inconvenientes. Este defeito se pôde particularmente notar aquella medida, cuja execução o Memorial propõem definitivamente, que, depois de ter excluído, da Europa, por ley, a Napoleaõ Bonaparte, e á sua familia do throno da França (o que pareceria dar demasiada importância a um homem, que se manda para Santa Helena, e a pessoas que nunca tiveram graduação alguma senaõ por meio delle) e depois de ter posto em estado de vigor a parte defensiva do tractado de Chaumont, as Potências Alliadas tomassem e conservassem uma posição miiitar em França para o dobrado fim de segurar o pagamento de uma grande contribuição, e de ver se se consolidava o estado interior da França, e que as Potências limitrophes da França empregassem esta contribuição em fortificar as suas fronteiras por novas fortalezas, que deviam construir.
Fig. 11 – O ambiente da GUIANA FRANCESA busca unir as tradições europeias, africanas e indígenas.. Porém o controle político, econômico e social está nas mãos francesas de uma longa e ininterrupta ocupação e hegemonia  colonial.

A primeira objecçaõ, que se pode fazer contra este plano he, que, em vez de deixar quietamente o cuidado de sua própria defensa, e o de manter a tranquillidade daquella parte da Europa aos Estados limitrophes da França, se as suas fronteiras fossem reforçadas pelos pontos aggressivos do reyno; estabelece uma superintendencia prolongada das Potências Alliadas, sobre o socego exterior e interior da França, occasiona acantonamentos e marchas de tropas, e demora a vinda do verdadeiro estado de paz por um numero indefinito de annos; porque ¿ como poderá a execução do termo fixo, para o pagamento da contribuição, coincidir precisamente com o período, em que o estado interior da França possa dispensar a tal superintendência ; e por que symptomas seguros se pôde isso averiguar ? Porquanto, a supposiçaõ do memorial de que El Rey de França poderá reformar a monarchia Franceza de tal maneira, que os interesses de todas as parles se reunam em um só interesse, e que o resultado seja uma garantia moral do fim de toda a revolução »*m França, a penas se pôde realizar, e nós devemos, como em todos os negócios humanos, contentar-nos com o estado que se aproxime a isto. 
Fig. 12 – A população total da  GUIANA FRANCESA está em elevação numérica. Mas na sua totalidade não atinge o número que numerosas cidades e municípios da periferia das capitais estaduais brasileiras, como Alvorada da periferia de Porto Alegre. O temor das autoridades francesas é catastrófico deslocamento  dos refugiados do Oriente Médio e e da África do norte para a França poderia  se repetir se a PONTE SOBRE O RIO OIAPOQUE permitisse o acesso de brasileiros para este território ultramarino.

Requerendo que se empregue a contribuição na construcçaõ de fortalezas, se confundem as ideas de garantias e de indemnizaçoens, c se estabelece uma evidente desigualdade entre os Alliados, visto que os Estados limitrophes da França saõ somente os que carregam com este pezo. Também naÕ pode, em geral, ser um meio de preservar paz, o oppor fortalezas; e seria mais simples dar áquellas, que formam, por confissão do mesmo memorial, uma linha immensa, e ameaçadora, aquelles estados, que saÕ ameaçados por ellas, e cujas disposiçoens pacificas naõ entram em duvida, deixando antes á França o cuidado de construir novas. Eda conservaria ainda áquellas, que ficam mais para o interior de seu reyno. A segunda consideração he, pela mesma França e authoridade Real. A cessaõ de fortalezas e de território he uma sorte a que todos os Estados estaõ sugeitos; he uma ferida dolorosa; porém depressa se cura e se esquece —mas naõ ha nada tam humilhante, especialmente para uma naçaõ ebriegada, como justamente lhe chama o Memorial de que se tracta, com orgulho e amor próprio, do que a prolongada presença de tropas estrangeiras dentro de suas fronteiras. Por mais precisos, que sejam, os regulamentos, e por mais estricta que seja a sua execução, devem sempre resultar causas de disputas, que somente deixam ao Governo a escolha entre a condescendência, que fere o orgulho nacional, e o perigo de se querellar com as Potências Alliadas. He também inevitável, que as provincias occupadas soffram consideravelmente; que os habitantes fiquem descontentes; que se façam queixas diárias, as quaes inevitavelmente se voltam contra o Governo; a elle se imputará naÕ somente o ter comprado por este arranjamento a sua volta para França, mas também que elle he a causa de prolongar este estado, para fazer uso das tropas estrangeiras em seu apoio; e assim ficará infinitamente mais impopular por esta medida, do que pela da cessaõ, que sendo uma conseqüência imraediata da guerra pode ser imputada a Bonaparte. A terceira objecçaõ, e talvez a mais importante de todas he, que o remédio proposto naõ offerece verdadeira garantia; pelo contrario tem o defeito de naõ tirar á naçaõ Franceza os principaes meios de aggressaõ, e de a irritar e exasperar ao ultimo ponto. Em vaõ se objectará, que a França, depois de pagar todas as contribuiçoens, naõ poderá munir-se de todos os materiaes necessários para a guerra. A Prussia tem mostrado ao que levaria similhante arranjamento, e a que estado, ainda quando parece privado de todos os meios
Fig. 13 – O indígena da GUIANA FRANCESA apresenta uma economia que também é protegida pelo bloqueio da nova ponte sobre o Rio Oiapoque. No estágio do coletador  e da caça e pesca primitivas oferecem poucos atrativos para as trocas da ERA INDUSTRIAL e nuito menos para  PÓS-INDUSTRIAL    

Tirar á França todas áquellas de suas fortalezas, que ameaçam seus vizinhos, he a única garantia solida, que se pôde obter. Sem isso, nem o Governo, nem a Europa estariam seguros de outra explosão. Quando chegasse o momento da evacuação, que deve por fira chegar, visto que a occupaçaõ permanente por tropas estrangeiras, posto que o Memorial a mencione entre as garantias reaes, apenas offerece idea practica, os Estados vizinhos naõ teriam entaõ outra alguma vantagem mais do que as suas novas fortalezas; ao mesmo tempo que a França conservaria as suas, e faria a guerra com toda a energia que lhe daria o orgulho nacional humilhado, e a pobreza causada ou augmentada pelo pagamento das contribuiçoens.
BELL, Stephen – A LIFE IN SHADOWN  Aimé Bonapland (1773-1858) in Soutern Sout Ameeica (1817-1858) Stanford-California: Stanford University Press, 2010   315 p. ISBN 978-0-8047-5260-2
Fig. 14 – O irrequieto companheiro e cientista francês Aimé Jacues Alexnder Goujaud BONPLAND (1773-1858) não sossegou na Europa pós-napoleônica.  Em 1817 estava iniciando outra vida nas Américas Incompreendido por um paradigma que estava se libertando do jugo colonial europeu foi muitas vezes apontado como uma  “PERSONALIZAÇÃO das FRUSTRAÇÕES COLETIVAS” destas novas soberanias nacionais mas profundamente presas ainda aos hábitos, condutas e juízos coloniais europeus. Paradigmas e sistemas antagônicos não possuem nada para conversar e interagir.    

 A passagem do Memorial, relativamente á garantia, que se deve offerecer á França, no caso da occupaçaõ, naõ he taõ clara, que se possa formar delia juizo. Porém he mui duvidoso, se a mera circunstância de as tropas occuparem uma posição militar em França, poderia socegar os espíritos da naçaõ, quanto á restituição do território occupado. Alem disto seria difficil, que as Potências estrangeiras, habituadas a seguir constantemente taõ perfeito systema de igualdade, quizessem renunciallo em ura caso taõ importante. Conforme a estas consideraçoens uma cessaõ territorial, que especialmente se applica ás fortalezas, e tendente só a fortalecer as fronteiras dos Paizes Baixos, da Alemanha, e da Suissa, como garantia, e uma contribuição como indemnizaçaõ, parece que he o que preencheria melhor as vistas das Potências Alliadas, e o fim de sua Alliança; por quanto colocaria El Rey em melhor posição, para reasumir com independência as rédeas do Governo; evitaria outro sim a irritação das naçoens, que naturalmente se originaria da prolongada presença das tropas estrangeiras, e do demasiado próximo Contacto, com os alliados nos primeiros annos; e, se, apezar disto, acontecesse nova guerra com a França, poria os Estados vizinhos em situação de fazer uma resistência suficiente, sem se esgotarem com excessivos esforços. Quanto á linha que se deve seguir agora, incontestavelmente he a que o Memorial descreve. " Concordar sem demora nas garantias e indemnizaçoens, negociar com o Governo Francez, e concluir um tractado entre a França e os Alliados;" he isto matéria de grande urgência, e o único caminho, que se pode seguir.
Fig. 15 – O abismo entre a CIÊNCIA FRANCESA e BRASILEIRA é gritante e se aprofunda num ritmo desalentador. O Brasil - sem acesso ao ESPAÇO EXTERNO como usuário cativo da INFORMATICA e distante da vanguarda da pesquisa de ponta da BIO TECNOLOGIA - não possui nada para falar e reivindicar da GUIANA FRANCESA. Assim a PONTE SOBRE O RIO OIAPOQUE é mais uma das muitas metáforas destes paradigmas estranhos a um e ao outro.

O paradigma para um equilíbrio homeostático característico destas novas circunstâncias traçado  pelo saber e personalidade enciclopédicas era Alexander HUMBOLDT reconduzia ao mínimo do exercício de uma RAZÃO. Porém  sua longa viagem pelo Novo Mundo Novo entre 1799 e 1804, só reforçou e cimentou a sua visão eurocêntrica. De fato estava nascendo o colonialismo europeu do século XIX. O século XIX europeu  recortava o planeta sólida base industrial. O acúmulo de matérias primas, de técnicas, de capitais e de mão de obra necessitava recortar territórios para despejar, comercializar e fazer circular os produtos das linhas de montagem cada vez mais rápidos e eficientes.
Certamente o elogiou ao estado prussiano e ao “pacifismo” germânico do Barão von HUMBOLDT soa coerente com este projeto eurocêntrico. Na prática posterior os paradigmas prussianos e os franceses em confronto um com o outro não tiveram nada a conversar em muitos momentos da história. Quando tentaram forçar o diálogo brotava a guerra, a lógica dos canhões e tentativa de abater o oponente  pelas baionetas. O  legado dos dois irmão continua por meio da Universidade HUMBOLDT

Caso fosse dado a Hipólito José da COSTA acordar,  em dezembro de 2015, certamente ele se encontraria no meio dos alaridos dos migrantes, dos tiros dos terroristas e de ruídos eletrônicos sem fim. Certamente, no meio destes ruídos, burburinhos, profundos silêncios e distâncias continentes seria difícil, para ele ou qualquer outro, distinguir a EXISTÊNCIA  e reconhecer no BRASIL um AUTÊNTICO “espirito público e vontade nacional”.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
Aimé Jacques Alexander Goujaud BONPLAND (773-1858)  in
BELL, Stephen – A LIFE IN SHADOWN  Aimé Bonapland (1773-1858) in Soutern Sout Ameeica (1817-1858) Stanford-California: Stanford University Press, 2010,  336 pp..
ISBN 978-0-8047-5260-2

 Personagem de LUIZ ANTÔNIO ASSIS BRASIL

CORREIO BRAZILIENSE DEZEMBRO de 1815 e MEMÓRIA do BARÃO von HUMBOLDT


GUIANA FRANCESA – História

GUIANA FRANCESA ESPACIAL em dezembro de 2015

DEZEMBRO de 2015: ponte BRASIL OYAPOQUE



PONTE do OIAPOQUE a ser INAUGURADA em JULHO de 2017

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