quinta-feira, 18 de setembro de 2014

104 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
                          VOLTA à ORDEM e à UNIDADE RETÓRICA.

Os vencedores de Napoleão e do seu Império tentavam construir entre eles, em 1814/5, no Congresso de Viena, uma unidade parecida com o aquela a quem eles estavam derrotando. Por mais que Napoleão Bonaparte e os franceses - saidos da Revolução de 1789 - pudessem ter errado e serem criticados, não era possível ignorar a formidável e temida unidade que alcançaram. Tanto a Revolução como Império conseguiram unir o povo, a nação francesa ao redor do seu Estado.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html#f3001_amp.html
Fig.01. O povo aglomerado em Lisboa no aguardo do retorno do Rei Dom João VI do Brasil. O Poder Originário lusitano sentia-se - e se comportava - na mais absoluta heteronomia dos aparelhos reais monocratcos e divinos. O Poder Originário lusitano, mormente o metropolitano, nunca tivera ocasião de manifestar-se de forma legal, política, militar e econõmicamente. O que resultou apenas num aglomerado de uma população desorientada e impotente para criar e desenvolver um projeto coletivo e consequente.

Com praticamente dois governos - um na América e outro na Europa – e ambos podia ser vista a mesma busca de unidade e o retornoa às velhas tradições no fragmentado reino português. Na busca desta unidade lusitana nada mais lógico do que Lisboa pedir o retorno do rei e da sua corte onde sempre estivera. Na mente subliminar dos lisboetas estava o seu antigo prestígio e o tradicional poder político metropolitano.
Porém este projeto era passivo e especulativo na mesma calha sentimental do sonhado retorno Dom Sebastião. Este sebastianismo lusitano pode ser comparado com o que brasileiro, da metade do ano de 2014, quando multidões foram as ruas e se dispersaram tão rápidamente como se dissipiram os seus projetos pontuais. Evidente que nem Portugal, em setembro de1814, como o Brasil de 2014 podiam, ou podem, ostentar um pacto nacional digno deste nome. Pacto nascido, desenvolvido e reproduzido, nestas duas nações, a partir do ideário, da vontade e do sentimento do seu próprio PODER ORIGINÁRIO.
SWEBACH Jacques-Franços (1769-18230 - Conserto da carruagem - 1802- desenho 27.3X40.6 cm.
Fig.02. Uma viagem interrompida no início do século XIX. Os frágeis fiacres e as diligẽncias artesanais rodavam lenta e penosamente por precárias estradas da época. No entanto o “GRAND TOUR du MONDE” era obrigatório,pois estes mesmos veículos artesanais - de tração animal - traziam jornais, livros e produtos das primitivas máquinas industriais

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.402-410

Vinda da Familia Real para Portugal.
Nós ja fallamos mais de uma vez nesta matéria, para dizermos que a S. A. R. e ao seu Conselho, isto he, lá aos Portuguezes uns com outros pertence examinar, e decidir, qual he o tempo opportuno de voltar a Corte do Rio-de-Janeiro para Lisboa.
Agora temos de tornar a tocar neste ponto; actualmente vai sahir uma esquadra, debaixo das ordens do Almirante Beresford, para comboiar, como dizem as gazetas de Londres, o Principe Regente de Portugal para Lisboa; por elle assim o ter pedido
.
Fig.03. No Brasil o viajante que se quisesse aprofundar no seu território, em setembro de 1814, dispunha de cavalos e de mulas para percorrer as precárias e indefinidas trilhas. As carros e carroças de bois eram semelhantes aqueles da ṕoca da ocupação Romana da Lusitãnia. porém sem as vias calçadas e as pontes destescontrutors antigos.

Este por elle assim o ter pedido, he o que nos faz tornar a entrar na matéria. Nós estamos convencidos, que S. A. R. naõ pedio tal cousa; primeiro; porque tal comboy estrangeiro naõ preciza para sua mudança; e segundo porque naõ he este o tempo de voltar n Corte do Rio-de-Janeiro para Lisboa. Donde concluímos, que a persuasão em que diz o Governo Inglez estar, de que S. A. R. Lhe mandou pedir este comboy, e que por isso se prestaram logo ao seu desejo; naõ pôde deixar de ser uma refinada intriga, ou de algum indivíduo do Rio-de-Janeiro, que para câ o mandou dizer ao Governo Inglez; ou de alguém aqui em Londres que assim o communicou; em qualquer dos casos vale bem a pena de indagar aonde começou o enredo, e sendo descuberto o inventor., dar-lhe S. A. R. os devidos agradecimentos.
Fig.04. A melhor obra dos 13 anos da permanência da corte de Dom João VI no Brasil foi a constituição de instituições e a formação deuma elite administrativa como o das Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro. Por mais precária fosse o ambiente e primária, esta formação foi a semente para a formação de uma burocrcia estatal brasileira para assumir os primórdios da soberania brasileira.

Havendo o Governo Inglez recebido communicaçaõ do que S. A. R., o Principe Regente de Portugal, queria voltar com toda a Familia Real do Rio-de-Janeiro para Lisboa, e que desejava uma esquadra para seu Comboy, he mui digno de louvor no Governo Inglez, o prestar-se logo ás vistas de S. A. R.; mas sendo isto uma patranha, e pura intriga, por melhor que sejam as suas intençoens, a culpa he de quem o enganou; e por conseqüência tal esquadra sa naõ devia mandar ao Brazil; e ja que se manda S. A. R. naõ deve aceitar os seus serviços, e antes deliberar por si o que melhor lhe convier, e naõ se importar com o incommodo de Ia o irem buscar; porque desse incommodo naõ tem culpa S. A. R. mas sim os que levantaram de sua cabeça aquelle falso peditorio.
Fig.05. A semente trazida por Dom João vingou no Rio de Janeiro. Vingou por mais que os próprios habitantes achassem que a cidade havia sido estetizado para “Inglês Ver” e acolher temporáriamente uma requintada e snobe corte europeia no Brasil. As carros e carroças de bois contrastavam com os raros fiacres de burocratas e com ascadeirinhasdos nobres carreagadas por escravos.
A razaõ mais forte que se tem dado por que S. A. R. deva vir neste momento para Lisboa, he que a distancia do Rio-de-Janeiro, o estabelicimento de dous Governos um na Europa outro na America, que mutuamente se desculpam um com outro, fazem com que as Potências estrangeiras tenham grande difficuldade em arranjar os seus negócios com a corta do Brazil, e assim lhes fica mais commodoo, que o Príncipe resida em Lisboa.

          Visto de setembro de 2014, a ausencia de do Rei de Lisboa e da Europpa foi umaestratǵia que no fim nã só beneficiou a casa real, mas também manteve Portugal soberano e distante de qualquer resolução afoita e a revelia do poder lusitano que os plenipotenciários vitoriosos tomariam no Congresso de Viena.

Fig.06. A manutenção da moeda nacional e da coroa em mãos lusitanas certamente são feitos que devem ser atribuídos à corte de Dom João sediada no Rio de Janeiro. Apesar do seu valor simbólico e pouco efetivo fora das fronteiras significava muito diante das devastações,mudanças de hábitos e mentalidadevigentes em outras nações, governos e estados em turbulentamudança nem sempre para melhor
Com o devido respeito a todos esses Senhores, que tem atirado a« Mundo com essas razoens, para provar, que o Principe Regente deve vir para Lisboa, he nellas que nos fundamentaríamos para dizer que S. A. R. naõ devia sahir agora do Brazil; porque este argumento da utilidade das Potências Estrangeiras reduz-se por outras palavras a está summa; que no Brazil, porque está longe, e porque está mais senhor de si, naõ o podem obrigar a fazer tudo quanto querem; e se estiver em Liboa a liga Continental por terra, e a força naval por mar, tem no apertado entre a bigorna e o martello, por tal maneira, que naõ pôde ter vontade sua. Logo essa he a mais importante razaõ para que elle naõ venha para a Europa, sem que uma pacificação geral, e tractados solidos, o ponham a abrigo desses vexames.
O redator do Correio Braziliense havia estagiado nos Estados Unidos da América antes dese dirigir para Londres. Os ingleses estavam, em setembro de 1814, no rescaldo de sua ativa Guerra com os yankes. Estes com os vínculos hitóricos com as ideias, tratados e suas ações com os franceses, também eram uma esperança para o Brasil para não ficar na constrangera heteronomia econônica, militar e marítima em que os lusitanos dependiam visceralmente da Grã-Bretanha.
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford
Fig.07. Por mais que a coroa de Dom João e sua corte sediada no Rio de Janeiro devessem a ao irlandes Lord Beresford – a serviçõ das milicias ingleses opeando em terras lusitanas- não era pssivel atender questões políticasque implicavam na soberania do Estdo e do seu ocupnte máximo . A s pretensões deste irlandẽs poder serem vistas e percebidas como os movimentos de um EU romântico embrionário diante de instituições abalandas pela mentalida empreendera da nova era industrial provocando mudanças e terremotos que atingiam Estados, governos e hábitos seculares de servidão.

Vistas estas consideraçoens, taõ ponderosas, julgamos que S. A. R. naõ podia pedirão Governo luglez; que o mandasse buscar; e porque no seu Decreto de 26 de Novembro de 1807 declarou, que se conservaria no Brazil, para segurança de sua pessoa, até a paz geral. Esta paz geral naõ está feita; naõ só porque os negócios do Continente estaõ por arranjar no futuro Congresso de Vienna; mas porque a continuaçaõ da guerra dos Estados Uniidos com a Inglaterra naõ promette um existo feliz e prompto; e como esta guerra interessa muitíssimo por suas conseqüências á Corte do Brazil, com summa justiça deve S. A. R. esperar a sua determinação, para ver entaõ o que deve obrar, e decidir-se pelo que achar que for mais conveniente a seus Estados e subditos, como he de razaõ.

Commercio livre do Brazil.
Logo que se soube no Rio de-Janeiro, a noticia da paz geral, mandou S. A. R. publicar editacs, pelos quaes se concedia a todas as naçoens o commerciarem com os portos do Brazil. Sentimos qne nos naõ teunha chegado á maõ copia deste Edital, e logo que aobtenhamos o publicaremos, por ser como he um documento mui nteressante na historia do Brazil.
 http://linux.an.gov.br/mapa/?p=6350
Fig.08. A Aula de Real de Comércio do Rio de Janeiro foi outra instituição dos 13 anos da permanência da corte de Dom João VI para a formação da elite administrativa do Brasil soberano. Esta área de conhecimento comercial, associada às Ciência Juridicas , formou uma burocrcia estatal brasileira que assumio os primórdios da soberania brasileira.
O sistema colonial e escravocrata - no qual o Brasil vegetou durante tres longos e penossos séculos - tinha os seus beneficiários e aproveitadores contumases. Estes não tardaram em tomar os meios para inibir qualquer ameaça de mudança nos seus privilágio e favores.

Aconteceo a este respeito uma singular anecdota no Rio-de-Janeiro. Na manhã seguinte á em que se affixáram os Edictaes, se observou que tinham sido arrancados todos, e foi precizo que a Juncta do Commercio mandasse fazer nova ediçaõ e distribuir copias por todas as pessoas. Seria temeridade arriscar conjecturas sobre os authores deste accontecimento ,- mas elle prova, que ha no Brazil, e juncto á Corte, pessoas inimigas da prosperidade do paiz. Este facto lhes fará mais mal, do que elles julgavam obter de bem, arrancando os Editaes; ainda sem fallar no crime, e atrevimento da acçaõ.

Congresso geral de Paz.
O ajunctamento dos Plenipotenciarios em Vienna parece que terá lugar nos princípios de Outubro. As especulaçoeos e conjecturas a este respeito saõ immensas ; e entre outros objectos, que ali se discutirão dever ser a reorganização do Império Germânico.

Na Alemanha estava brotando, em setembro de 1814, um projeto que viria tomar corpo efetivo em 1870 com Bismark. 

Na Alemanha, corre por todas as Cortes uma projecto, que dizem será submeltido ao Congresso. Segundo este projecto, se fará uma assemblea geral de Deputados da Alemanha, que terá de estabelcer 1. O armamento e exercicio geral do paiz; e a perpetua paz entre todos os povos da Alemanha, e a obrigação de fazer a guerra em commum. 2. Um systema geral de impostos. 3. Um systema geral de administração de justiça. 4. Regulamentos geraes de Commercio entre os Alemaens. 5. O estabelicimento de um tribunal perpetuo, a que todos os príncipes Alemaens tenham direito de ser nomeados, aonde se decidam as duvidas, e que cuide na observância destes regulamentos.
http://www.editorawerlang.com.br/diekoloniesantoangelozeitung0016.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Germ%C3%A2
nica
Fig.09. A gradativa passagem do sistema feudal, a libertação da servidão e o pagamento diferenciados de tributos ganhou visibilidade, na Alemanha, no final do periodo napoleônico e se consumoupoíticamente com o prussiano Bismark. No Brasil entreos emigrantes, desta região, estas diferenças, os conflitos e concorrências foram sendo sentidas mesmo após atrevessaro Atlântico. Bávaros, pomeranos e do Hunsrück tinha superar imensa barrreiras cuturais, sociais e especialmente religiosas.

Na contramão havia obstáculos de toda ordem para superer diferenças, mesquinharias e antigas obseções que não se sutentavam mais aluz da mais elementra Razão e da Lógica.

Alguém supporia, que, havendo-se firmado a liberdade politica da Europa, pela destruição do poder que perturbara todas as relaçoens externas dos Estados, cada um dos Governos, livres dos sustos de attaques externos, se applicaria ao melhoramento de suas leys, ao progresso das sciencias e das artes, que servem á maior felicidade dos homens; e à formação do character dos cidadãos, em conseqüência do actual estado de civilização da Europa.
Nestas matérias porém ninguém falia ! a possessão da Polônia, adistribuição da Itália, a acquisiçaõ dos paizes baixos, a subjugaçaõ da Norwega, &c. &c. oecupam os pensamentos dos que tem influencia nos negócios públicos, depois da queda de Bonaparte.
0 restabelicimento dos Jezuitas, da Inquisição, dos monopóliosda Hespanha, &c. &c. provam bem que ha muito quem desejevoltar aos abusos antigos • e largar por maõ todos os melhora-mentos que se tem introduzido de novo ; porém o seguinte põem isto fora de duvida. El Rey de Sardenha naõ quer que se continue a practica da vaccina; em seus dominioos; porque foi introduzida por um Francez; e determinou mais, que nunca passaria por uma ponte, que foi construída por ordem de Bonaparte!

http://www.guiadacidade.pt/pt/destino/poigf/24518
Fig.10. O governo português ergeu um monumento cem anos após os eventos da epopeia da resistẽncia lusitana aos ataques das legiões napoleônica sob a égide da sua águia. Obra iniciada sob o governo do rei Dom Manuel II, em 15 de setembro de1906, com projeto de José de Almeida Ferreira e do arquiteto Francisco de Almeida Ferreira e concuido, em 1933, no mandato (1932-1968) de Antônio de Oliveira Salazar (1889-1970) e nos primórdiod do Estado Novo de Portugal (1933-1974)  

PORTUGAL.
Concluída gloriosamente a guerra, entraram as tropas Portu- guezas no Reyno, e as que chegaram a Lisboa no dia 15 de Agosto, foram recebidas com os mais decididos, e bem merecidos applausos dé todo o povo, havendo illuminaçaõ, e outros festejos.
Nada ha mais próprio do que recompensar com estes louvores públicos; os serviços assignalados dos defensores da P á t r i a; e este exercito os tem altamente merecido. Mas naõ podemos deixar de reparar, que o seu commandante em chefe, o official que organizou este exercito, o general que o disciplinou, e preparou para as victorias que alcançaram naõ fosse mencionado senaõ com duas linhas na gazeta de Lisboa, dizendo-se unicamente, que tinha ali chegado de Inglaterra o Marechal Lord Beresford.
Quando comparamos a sequidaõ deste annuncio, com os pomposos elogios, que se fizeram na gazeta de Lisboa, aos Fidalgos, que foram na Deputaçaõ a França pedir um rey para Portugal, entrando estes deputados no reyno, em circumstancias, que em vez de terem louvres deveriam passar por uma justificação de seu character; naõ podemos deixar de contemplar nisto uma parcialidade no Governo de Lisboa, que deslustra muito o seu nome. Se attribuimos isto ao Governo, e naõ ao Gazeteiro, he pela bem conhecida razaõ de que a gazeta naõ publica senaõ o que o Governo lhe manda imprimir.


http://www.guiadacidade.pt/pt/destino/poigf/24518
Fig.11. O monumento dedicado aqueles qur resistiram às legiões napoleônicas segue as tendẽncias estilísticasda Art Nouveau. Obra iniciada 1906 e concuida, em 1933 no início do Estado Novo de Portugal. Ìndice da retórica e da busca de um mito nacional em momentos de declinio e de ocaso. Neste sentido comunga com a retórica do “Grito do Ipiranga” também concebido na hora do ocaso do Regime Imperial brasileiro. As duas obras contradizem as ações silenciosas e consequentes do Poder Originário lusitano e brasileiro e nada tem a ver com os gritos e o tumulto laudatórias e mitificadores dasobras concebidas pelas elites da “Belle Epoque”

Os que foram em Deputaçaõ á França, pedir um rey, se o fizessem de boa vontade, tinham comettido um crime de Alta Traição; estamos inclinados a suppor, que o fizeram contra sua vontade, e que portanto o constrangimento, sendo provado, os aliviaria da pena; mas as apparencias do crime, principalmente em matéria de tanta importância, requerem a justificação judicial, para satisfacçaõ da jus- tiça, e exemplo dos povos. Construir isto em patriotismo, e tirar daqui occasiaõ para elogios na gazeta da Corte á entrada destes indivíduos no Reyno, fica sendo tanto mais escandaloso, quanto he sensível o contraste a respeito do Marechal dos Exércitos.
Os serviços de Lord Beresford saõ evidentes, e taõ públicos como os do Exercito. Era portanto natural que se esperasse, que a sua entrada em Lisboa fosse annunciada na gazeta com expressoens de triumpho; que um jantar publico dos Governadores do Reyno, ou festins de alguma sorte, marcassem sem equivoco, que o Governo sabia apreciar os cuidados que este general tinha tido na organização, disciplina, e commando das victoriosas tropas Portuguezas.Mas por toda a demonstração de agradecimento se acha o simples annuncio dé que chegou a Lisboa. Os Governadores deveriam nisto imitar a seu Soberano, que pelas honrosas distincçoens, com que tem premiado Lord Beresford, tem mostrado a seus vassallos, que os serviços deste official saõ dignos de grande attençaõ.
D. José luiz de Sousa teve a sua primeira audiência publica d' El Rey de Hespanha como Ministro Plenipotenciario do Portugal, aos 25 de Agosto.
Por um annuncio da gazeta de Lisboa, vemos, que se recebeo uma remessa do Brazil, applicavel á redempçaõ dos captivos d'Argel. A primeira ainda está no escuro; e o publico senaõ esquecerá do que temos dicto a este respeito.
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Fig.12. Cem anos após a epopeia da resitẽncia lusitana o governo português começou a erguer este monumento dedicado aos que resistiram aos ataques das legiões napoleônicas. As figuras desta obra mitificam o Poder Originário lusitano e que nada tem a ver com os gritos e o tumulto laudatórias e mitificadores desta obra concebida sob o governo do rei Dom Manuel II econcuida nos primórdios do Estado Novo de Portugal (1933-1974).

No resumo pode-se perceber um mundo em cacos em setembro de1814, e que nele o EU romântico estava despertando dos torpores do sono da Razão, do Iluminismo e dos ideais platônicos.
Em setembro de 2014 percebe-se a vigência prática, no mundo contemporaâneo, de uma Terceira Guerra Mundial em cacos, aos solavancos e numa barbárie sem limites. Caos que contradiz um projeto e um pacto consequente e como resultado de uma ordem previsível ou progresso linear e universal. De fato o mundo está intoxicado e poluido por ideias e ideologias que desconhecem as suas próprias competêncis e os seus próprios limites. Ideias e idelogias que possuem por objetivo apenas dar uma forma a alguns interesses parciais e pontuais conforme as circunstâncias e dos lugares nos quais nascem, vegetam e tentam se propapagar em redes mundiais.

FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
EDITAIS de 1814 da JUNTA do COMÉRCIO do RIO de JANEIRO
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=805&sid=98&tpl=printerview

SITUAÇÂO de LISBOA em 1814
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html#f3001_amp.html

FISCAIS e MEIRINHOS COLONIAIS: livro 1985-2010
http://linux.an.gov.br/mapa/?p=500

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

AULA de COMÈRCIO da CORTE
http://linux.an.gov.br/mapa/?p=6350

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

MONUMENTO à RISISTÊNCIA à INVASÃO FRANCESA em LISBOA
http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-monumento-aos-herois-da-guerra-peninsular-entrecampos-24518
http://www.guiadacidade.pt/pt/destino/poigf/24518

ZILLY Berthold “No princípio era a viagem” 2013
http://www.goethe.de/wis/bib/prj/hmb/the/159/pt11290513.htm

A ALEMANHA em 1814
http://www.editorawerlang.com.br/diekoloniesantoangelozeitung0016.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Germ%C3%A2nica


BERESFORD, William Car (1768 - 1854)
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Carr_Beresford


Em setembro de 2014: A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL em PARTES
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/mundo-vive-terceira-guerra-mundial-em-partes-diz-o-papa-francisco.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/09/papa-diz-que-a-guerra-nao-e-o-meio-para-resolver-injusticas.htm

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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

103 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
Os 8 ANOS anteriores à INDEPENDÊNCIA OFICIAL do BRASIL e os REFLEXOS DUZENTOS ANOS DEPOIS.
“O Brazil é um paiz nascente, aonde todos os ramos de industria começam de novo, e a vereda que tomarão depende de tantas circumstancias, que naõ está ao alcance da prudência humana o determinar com precisão, quaes seraõ para o futuro os ramos de industria mais próprios ao paiz, e quaes os menos importantes”.
CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL.VOL. XIII . No, 76. p. 401-
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/998915
Fig 01 - A presença do rei e da corte de Portugal no Brasil, entre 1808 e 1821, permitiu, não só uma transição civilizada do ‘Ancien Regime’ para uma monarquia constitucional na metrópole lusitana, mas, também, permitiu prever e equipar uma estrutura governamental mínima para a Colônia brasileira enfrentar a sua soberania em 1822. Certamente as narrativas do papel silencioso e firme do Príncipe Regente e depois monarca Dom João VI não lhe fazem justiça por serem muito descritas, distorcidas tanto aquelas reinois lusas como as produzidas na antiga colônias.
A imagem acima evidencia o descuido e os maus tratos desta memória

Este blog possui como problema a DISCORDÂNCIA, com a VOZ GERAL de que a SOBERANIA BRASILEIRA ACONTECEU no “GRITO”. A lenta e atenciosa visita dos 13 anos em que Príncipe e depois Rei dom João VI e sua corte permaneceram em terras americanas contraria, a cada passo, esta simplificação marqueteira do discurso ufanista brasileiro gerado nos estertores do Regime Imperial Brasileiro. A contemplação e análise minuciosa dos documentos permitem verificar que esta soberania estava colocada como certa e necessária. Não cabia à corte e muito menos ao rei dar este passo e nem emitir sinais nesta direção se a concretização de fato, desta soberania, deveria partir do interessado, A Corte e o Rei ensejava uma preparação e uma transição civilizada.
O Correio Braziliense, de setembro de 1814, entanto deixa antever, prever e apontar o que era essencial para proclamar, viver e reproduzir esta soberania brasileira
http://paginas.fe.up.pt/~ei07074/MNSE/SITE/index.html#map/rotundaboavista
Fig 02 – O triunfo do ano de 1814 não foi respondido pela euforia real e da corte por meio de um júbilo insano e um precipitado retorno do monarca Dom João VI do Brasil para Portugal Este retorno foi protelado de 1814 até 1821. Os sete anos brasileiros da corte lusitana , permitiram prever e equipar uma estrutura governamental sólida para a Colônia brasileira enfrentar a sua soberania em 1822 e sem se esfacelar como estava acontecendo com as antigas posses espanholas na América.

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.399-411
Miscellanea. Reflexoens sobre as novidades deste mez. BRAZIL.


A 15 deste mez de Septembro chegou a Plymouth no brigue Voador, Antônio de Saldanha da Gama; o qual junctamente com o Ministro de S. A. R,, que estava em Suécia (D. Joaquim Lobo) e com o Conde de PaImela, seraõ os Plenipotenciarios Portuguezes no Congresso de Vienna.
0 Ministro, Saldanha, foi aprezentado ao Principe Regente de Inglaterra, e depois partio S. Ex*. para o seu destino.


http://lusophia.wordpress.com/2013/12/06/o-anjo-custodio-de-portugal-memoria-cultual-por-vitor-manuel-adriao/
Fig 03 – Não há como discutir contra uma imagem. Pode-se ignora-la, tentar uma narrativa iconográfica ou simplesmente admití-la - no seu silêncio e mudez - como um índice do mundo que a produziu. A imagem do ANJO CUSTODIO de PORTUGAL do tempo do monarca Dom João VI mostra o ecletismo tentado, no seu tempo, entre o mundo clássico, o medieval e com um pé no romantismo do século XIX O Congresso de Viena tentava salvar o que restara de pé do Ancien Regime e medieval. A sua mente estava voltada para as formas plásticas do mundo greco-romano enquanto sabia que tinha de lidar com sentimento do EU romântico protegido apenas pelo seu ANJO da GUARDA do seu próprio GÊNIO.

Nos desejaríamos sinceramente naõ ser obrigados a introduzir no que temos a dizer o nome do Conde de Funchal; porque realmente naõ póde deixar isto de ter apparencias de personalidade contra elle; o que de facto naõ existe; mas uma vez que este diplomático se acha sempre no caminho de nossas observaçoens, naõ podemos deixar de encontrar-nos com elle; e naõ he de nosso gênio coacetar o rasgo ivre da pena, no que suppomos ser de interesse publico; meramente por nos salvarmos das apparencias de personalidade.

http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/taunay_august_marie02.htm
Fig 04 – A Missão Artística Francesa estava formada, impregnada da mentalidade e do imaginário do mundo Neo-Clássico do período napoleônico. Assim atribui ao Brasil um KUNSTWOLLEN expresso no seu GÊNIO coletivo.. A imagem deste GÊNIO do BRASIL que defende a BAHIA dos seus agressores. Substitui visualmente o ANJO CUSTODIO de PORTUGAL do tempo do monarca Dom João VI .

Como o Conde de Funchal, pois, naõ foi para o Brazil, e se deixou ficar em Londres; naõ teve nem podia ter parte nas instrucçoens que se lavraram para os Plenipotenciarios; c como elle foi deixado de fora da commissaõ; naõ poderá, ao menos directamente, atrapalhar as negociaçoens desta pacificação geral; como tem feito em todos os negócios públicos em que tem tido parte, ou porque o mandassem, ou porque elle se intromettesse.
Naõ obstante isto corre em Londres um rumor, de que o Conde de Funchal se prepara para ir ao Congresso. Nós naõ nos admiraríamos de forma alguma de similhante passo; visto o que o Conde de Funchal tem feito em formal desprezo das ordens de seu Soberano, e o achamos muito capaz de se ir metter no Congresso sem Credenciaes, nem authoridade alguma; e, se o deixarem, entrar em frota sem bandeira—o que elle fez em Paris he mais que bastante para que delle se supponha tudo quanto ha de despropositado.
Agora o que nas naõ esperávamos, e de que o Leytor se vai admirar he o seguinte. D. Lourenço de Lima, que foi Ministro de Bona- parte1 contra os Portuguezes; e fez tudo quanto esteve em seu poder para lhe entregar a Pessoa do Príncipe Regente e a Familia Real ; este homem taõ conhecido em Portugal, tem o desafogo de se achar em Londres, ao momento, em que isto escrevemos, associando, por conseqüência, com o Conde de Funchal, e pretendendo a ter direito à ser um dos Plenipotenciarios do Congresso em Vienna, pela razaõ que alega, de que assim o desejava o Imperador de Áustria; como se os Ministros de Portugal, haõ de ser por forca nomeados pelos Príncipes estrangeiros. Cóm eífeito he o cumulo do desaforo, em um homem que servio os inimigos da Pátria, até o ultimo instante em que lhe pode ser útil; e he precizo ser um descarado tal qual este Lourenço, pura ter similhantes pretençoens.
https://www.google.com.br/search?q=http+objdigital.bn.br/acervo+digital/div+iconografia&biw=1024&bih=601&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=_XgPVOmmCZSlyASjwoCoBQ&ved=0CAYQ_AUoAQ
Fig 05 – A imagem da cidade do Rio de Janeiro - que a Missão Artística Francesa encontrou - era um reprodução da capital colonial. Assim a capital do Vice-Reinado do Brasil expresso um KUNSTWOLLEN no seu GÊNIO COLONIAL coletivo. A imagem da cidade era um poderoso instrumento de atração ao indígena e de dominação do imenso território do INTERIOR do BRASIL

Porém deixamos este incrível, e extraordinário exemplo de descaramento: vamos ao negocio.
Quanto á escolha dos Plenipotenciarios, nada temos a dizer, he suíficiente considerar a presente situação de S. A. R., para que todo o Mundo lhe de louvores pela escolha; naõ obstante a parte que o Conde de Palmela tem representado em Paris, com o Conde de Funchal: mas disso se naõ sabia no Brazil.
http://histgeo6.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html
http://eugostodehistoria2.blogspot.com.br/search/label/Lisboa%20Quinhentista
Fig 06 – A imagem da cidade de LISBOA de 1500 e da época das Descobertas e apropriação de imensos territórios do planeta. Esta vontade coletiva de conquista do GÊNIO COLONIAL expresso no KUNSTWOLLEN na imagem da matriz metropolitana da COROA LUSITANA. A imagem da cidade que abrigava a corte era um poderoso instrumento de atração e que os reis europeus transformavam as suas capitais dos seus reinos.

O mal que o Conde de Funchal fez á sua naçaõ, assignando o tractado de Paris, ja naõ tem senaõ dlfficultoso remédio; salvo se S. A. R. desapprovar inteiramente o que elle fez, declarando que obrou sem instrucçoens. E como naõ suppomos que o Governo do Brazil tem energia bastante para dar um passo desta natureza, julgamos que esta he a primeira difliculdade em que tem de esbarrar os Plenipotenciarios.
A segunda difliculdade resulta do mal aventurado tractado de Commercio Roevidico1; desse labyrinto, naõ vemos como se possam libertar os Plenipotenciarios, sem armarem alguma trama pela qual as demais Potências convenham em interceder, para que se rescinda aquelle tractado em tudo, e por tudo.
Porém ainda mesmo, que, pela intervenção das demais Potências, se obtivesse isso; se cahiria cm outra difliculdade, que vem a ser a necessidade, que nesse caso haveria, de fazer tractados de Commercio com todas as outras Potências ; escolho de que todo o bom Portuguez desejaria que os Plenipotenciarios se livrassem.
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http://www.sanderusmaps.com/en/our-catalogue/detail/164269/%20antique-map-of-lisbon-%28lisboa%29-cascale-by-braun-&-hogenberg/

Fig 07 – A imagem da cidade de LISBOA de cerca 1570 da época do seu apogeu e e pouco antes da catástrofe real de Alcacer Quebir do dia 04 de agosto de 1578. A imagem da cidade perdeu a sua corte para o reino de Castela. Enquanto isto os demais reis europeus transformavam as suas capitais dos seus reinos. Nem o violento terremoto do dia de Todos os Santos de 1755 conseguiu acordar a cidade do seu torpor. Torpor resultante desastroso Tratado e Methuen de 27 de dezembro de 1703 que hipotecou o ouro do Brasil e os vinhos do Porto. Exaurido Portugal pouco, ou nada, podia exigir dos seus embaixadores que dirigiam, em setembro de 1814, para a cidade de Viena.

Regra geral cm Diplomacia he, que toda a Potência se deve livrar de fazer tractados com outras Potências mais poderosas; e principalmente quando tem de chamar reciprocas, as estipulaçoens, que somente o saõ na apparencia de palavras. Como julgamos esta regra mui aplicavel ao estado politico do Brazil, somos de opinião, que a maior parte da habilidade dos Plenipotenciarios se deve empregar, em evitar proposiçoens de tractados; e quando muito limitarem-se a meras formalidades, de reconhecimento de bandeiras, modo de authenticar documentos, &c.
http://jornalggn.com.br/noticia/google-maps-mostra-como-eram-os-caminhos-do-seculo-xviii
http://asimplicidadedascoisas.files.wordpress.com/2014/04/america_do_sul_1814.jpg

Fig 08 – A simples contemplação, em 1814, da imagem da imensidão geográfiaca da colônia americana - da qual a cidade de LISBOA era a metrópole - provocou a marcação do seu litoral por cidades e um rosário de onerosas fortalezas. As cidades tinham o fim precípuo de explorar e saquear o interior e as fortalezas a defesa deste saque colonial. Como resultado este imenso BRASIL era um imenso OCO de expressão de qualquer GENIO COLETIVO PRÓPRIO, ou KUNSTWOLLEN.
Não era o caso das 13 Colônias Americanas inglesas que, em setembro de 1814, estavam sustentando uma renhida e sangrenta guerra contra a sua ex-metrópole com o objetivo de evidenciar o seu próprio GêNIO COLETIVO, ou KUNSTWOLLEN. Depois de afirmá-lo para si mesmos, passaram a exportar a esta vontade para todo o planeta cobrando os custos e prejuízos do período da sua própria heteronomia.

He impossível que o Governo do Brazil possa prever, ou conheça neste momento, quaes haõ de ser os seus interesses commerciaes com esla ou aquella Potência daqui a dez annos: porque he o Brazil um paiz nascente, aonde todos os ramos de industria começam de novo, e a vereda que tomarão depende de tantas circumstancias, que naõ está ao alcance da prudência humana o determinar com precisão, quaes seraõ para o futuro os ramos de industria mais próprios ao paiz, e quaes os menos importantes.
He neste sentido que mais reprovamos o tractado Roevidico; por isso que declarava as suas estipulaçoens perpétuas; e naõ dava providencia alguma para accommodar o progresso da industria no Brazil, ás relaçoens commerciaes com a Inglaterra.
O primeiro passo, portanto, dos Plenipotenciarios deve ser desmanchar o que fez o Conde de Funchal em Paris, executando isto do modo mais airoso que puderem; porque o despropósito do Conde de Funchal nas suas decantadas reciprocidades, se naõ for remediado agora no Congresso de Vienna, será uma fonte inexhaurivel de íncommodos, perturbaçoens,e prejuizos para o Brazil.
Dahi; he propor explicaçoens ao tractado Roevidico; aonde a difliculdade será ainda maior; porém os Inglezes queixam-se de muitas partes do tractado, os Portuguezes de outras; nestes termos poderão sem duvida os Plenipotenciarios Portuguezes propor, sem impropriedade, uma mutua revisão; e se conseguirem isto; uma vez que a peça for ao cadilho, culpa será dos Negociadores se a naõ refundirem por melhor molde.
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/0Wiu/Primeiro_Jornal_Dirigido_Ao_Conhecimento_Cientifico
Fig 09 – Não faltavam tentativas, em setembro de 1814, para gerar, no BRASIL, um GENIO COLETIVO PRÓPRIO, ou KUNSTWOLLEN. O periódico impresso - denominado o PATRIOTA - impresso no Rio de janeiro e circulou durante dois anos. Estava muito distante de outras culturas e reinos no quais a imprensa livre já completava séculos d vida ativa. No imenso OCEANO OCO brasileiro era uma gota com a maioria da população analfabeta ou escrava cuidando el imitada pelas suas necessidades básicas de sobrevivência física e natural. Em setembro de 2014 é um caso raro a redação, edição e leitura de coisas sérias, consequentes e fundamentadas em documentos.
Nestas circunstâncias continua uma utopia - perdida no imenso horizontes brasileiros- criar, fazer circular o texto de um tratado com o objetivo de discutí-lo em alto nível e submatẽ-lo a aprovação do PODER ORIGINÀRIO BRASILRO. Melhor mais rápido e eficiente SURPREENDER com um texto pronto fixado em qualquer PELOURINHO VIRTUAL Mesmo que o bugre não saiba ler, ele não poderá se queixar, depois, que o texto legal não foi PUBLICADO.

Repetimos, que a empreza de tornar a por em discussão o tractado he difficil, e até sugeita a perigos; mas uma vez que se consiga, na maõ dos Negociadores está naõ cahir nos mesmos erros do tractado Roevidico. Assim, se os Plenipotenciarios conseguirem derribar a fabrica dos Roevides; por isso que a empreza he difficil; seraõ elles mui dignos de louvor; mas depois de isto conseguido, se naõ salvarem a naçaõ da miséria de estipulaçoens similhantes ás daquelle tractado, merecerão grande vituperio.
http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Ficheiro:Ant%C3%B4nio_Francisco_Soares_-_Carros_aleg%C3%B3ricos_-_1786.jpg
Fig 10 – A POMPA e as CIRCUNSTÂNCIAS de EVENTOS COLETIVOS são fórmulas eficientes para escamotear e, a mesmo tempo, impor o KUNSTWOLLEN do GENIO de um ESTADO e de um GOVERNO vacilante. Eventos com o objetivo de arrastarem a atenção dispersa, dobrar a vontade dos vacilantes e os sentimentos do PODER ORIGINÁRIO de uma nação. E a pompa e as circunstancias desta formula que governo brasileiro experimentou, em 2014, por meio do campeonato mundial de futebol e está para repetir a dose com a Olimpíada Mundial de 2016. Uma das profissões acadêmicas, que esta em alta, em setembro de 2014, é o de administrador de eventos na saga dos delegados de Portugal ao Congresso de Viena.

Diremos ainda mais uma palavra a respeito destes Plenipotenciarios. He moléstia mui commum entre os Diplomáticos, a comichaõ de assignar tractados: sacriiicam-se repetidas vezes interesses reaes, á vaidade de transmittir aos vindouros o nome do Negociador juncto a um tractado entre duas Naçoens. Esta circunistancia felizmente naõ obstará agora nesta negociação aos interesses reaes de Portugal. Bastante gloria teraõ os Plenipotenciarios, em haver assistido ao Congresso em Vienna; suíficiente honra se unirá ao seu nome, quando assignem um ao tractado; portanto he de esperar, que naõ tendo necessidade desse sacrifício para sua fama, naõ multiplicarão des necessariamente os tractados; que se livrarão de estipulaçoens de allianças, sempre perigosas aos Estados menores; e de convençoens de Commercio, que ligam as maõs ao Soberano, para naõ legislar em seu paiz, do modo que julgar mais conveniente.
Findaremos este artigo por uma pergunta; pela qual deveríamos começar, se julgássemos próprio entrar na matéria; e he ? Chegarão os Plenipotenciarios a Vienna a tempo de serem recebidos no Congresso ?
Como nós sabemos, que tem havido pessoas, que tem intentado metter a ridículo esta mui justa, mui bem pensada, e mui decorosa missaõ de S. A. R. naõ duvidamos dos obstáculos, que se atirarão contra a sua execução. Se com effeito a intriga alcançar o seu fim, fallaremos depois na matéria. Se a negociação for bem succedida, deixaremos no silencio essas negras machingçoens da inveja
.
http://en.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Antigna https://www.flickr.com/photos/tolliv/14994092860/in/explore-2014-09-08
Fig 11 – No contraponto desta POMPA e das CIRCUNSTÂNCIAS de EVENTOS COLETIVOS para celebrar o impor o KUNSTWOLLEN do GENIO de um ESTADO e de um GOVERNO vacilante estava o polo do GÊNIO do indivíduo e do EU romântico. Os dois séculos que escorreram - entre setembro de 1814 e setembro de 2014 - foram pontilhados de eventos, de teorias e de tragédias sociais, políticas e econômicas que a memória humana não conhecia e não irá esquecer tão facilmente.

Commercio livre do Brazil.

Logo que se soube no Rio de-Janeiro, a noticia da paz geral, mandou S. A. R. publicar editacs, pelos quaes se concedia a todas as naçoens o comtiierciarem com os portos do Brazil. Sentimos que nos naõ tenha chegado á inaõ copia deste Edital, e logo que a obtenhamos o publicaremos, por ser como he um documento mui interessante na hisloria do Brazil.
Aconteceo a este respeito uma singular aneedota no Rio-de- Janeiro. Na manhã seguinte á em que se affixáram os Edictaes, se observou que tinham sido arrancados todos, e foi precizo que a Juncto do Commercio mandasse fazer nova ediçaõ e distribuir copias por todas as pessoas. Seria temeridade arriscar conjecturas sobre os authores deste accontecimento ,- mas elle prova, que ha no Brazil, e juncto á Corte, pessoas inimigas da prosperidade do paiz. Este facto lhes fará mais mal, do que elles julgavam obter de bem, arrancando os Editaes; ainda sem fallar no crime, e atrevimento da acçaõ.
….
Miscellanea. p.411
Por um annuncio da gazeta de Lisboa, vemos, que se recebeo uma remessa do Brazil, applicavel á redempçaõ dos captivos d'Argel. A primeira ainda está no escuro; e o publico senaõ esquecerá do que temos dicto a este respeito.

Em síntese o Congresso de Viena não conseguiu barrar o retorno de Napoleão Bonaparte ao poder dos seus 100 dias, ainda que vencesse um ano depois. Para Portugal mostrou o seu lugar insignificante no concerto das nações. Neste concerto das nações faltaram os Estado Unidos que aproveitaram o período - das disputas europeias pela hegemonia entre as nações - para criar, formalizar e depois exportar os seu próprio GÊNIO num autêntico KUNSWOLLENN.
A experiência de uma corte - agindo no seu território - serviu como preciosa lição para o Brasil. Evidenciou o pior e o melhor deste antigo equipamento político e iniciar o seu caminho para a soberania nacional.
No conjunto da civilização mundial estes dois séculos mostraram um repertório inesgotável de regimes, de processos históricos e de caminhos.



FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

DOM JOÃO VI
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1198359.htm
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/999596
Vinda de Dom João VI
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/998915
Familia real
http://pedraformosa.blogspot.com.br/2008_07_01_archive.html
ELOGIOS VISUAIS a DOM JOÂO VI
http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_amc.htm

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

IMAGENS
https://www.google.com.br/search?q=http+objdigital.bn.br/acervo+digital/div+iconografia&biw=1024&bih=601&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=_XgPVOmmCZSlyASjwoCoBQ&ved=0CAYQ_AUoAQ
O anjo custódio do reino
http://lusophia.wordpress.com/2013/12/06/o-anjo-custodio-de-portugal-memoria-cultual-por-vitor-manuel-adriao/

JORNAL o PATRIOTA 1813-1814
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/0Wiu/Primeiro_Jornal_Dirigido_Ao_Conhecimento_Cientifico
PATRIOTA Setembro e 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/038821-17#page/1/mode/1up

KUNSTWOLLEN e Alois Riegl
http://es.wikipedia.org/wiki/Kunstwollen

OS TRÊS PORTUGUESES
http://www.citador.pt/textos/as-tres-especies-de-portugueses-fernando-pessoa
TAUNAY Auguste-marie (1768-1824) Ao Gẽnio do Brasil Museu Petrópolis -RJ
http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/taunay_august_marie02.htm

TRATADO de METHUEN de 27.12.1703
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Methuen

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

102 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
O RETORNO dos GUERREIROS e dos JESUITAS.
http://paginas.fe.up.pt/~ei07074/MNSE/SITE/index.html#map/rotundaboavista
Fig.01 – As figuras do LEÂO britânico esmagando a ÁGUIA napoleônica se encontram no alto da coluna do monumento que celebra o final da hostilidades eu retorno dos guerreiros de Potugal aos seu lares e à vida civil

Em agosto de 1814 os ribombos dos canhões serenaram momentaneamente. Julgando passada a tempestade e serenados os impulsos (Sturm und Drang) - do expansionismo francês e as reações dos contrários - os sobreviventes precipitaram-se para celebrar a paz, ao estilo da 6. Sinfonia de Beethoven. Porém era um outro mundo a ser construído com outa mentalidade que entrava em cena. O mundo do “Anciien Regime” bem que tentava rebrotar do tronco cortado pela Revolução Francesa e pelo arrogante plebeu que se auto coroara imperador.
Fig.02 – A Peninsula Ibérica foi palco, de 1808 até 1814, de sangrentas batalhas de uma guerra cruel ao modo antigo de ver o branco do olho do inimigo mortal . As novas potências usavam armas - em larga escala e de longo alcance - fabricadas pela sua nascente indústria bélica substituíndo as suas tradicinais armas. Porém Espanha e, muito menos, Portugal não tinham esta técnica e indústria bélica. O resultado foi confronto letal do corpo a corpo, do uso das armas brancas e da cavalaria. O fim deste massacre só podia ser comemorado com maior júbilo

Nascia um outro mundo forjado com ideias em conflito e divulgadas pela multiplicidade dos impressos industriais. Este outro mundo ecludia ao som das barulhentes e poluidoras máquinas da primeira era industrial. O povo - que abandonava os campos ancestrais - se percebeu no palco da História. Neste palco o povo esperava novos projetos para empreender ações decantadase prosae everso e expressar sentimentos que por muito tempo haviam sido recalcados. Recalcados por instrumentos como a santa inquisição, as rígidas estruturas medievais e os limitado produtos de um artesanato ainda preso aos ciclos implacáveis da Natureza.
Porém Portugal - e mais ainda a sua colônia brsileira - era ainda embalado pela propaganda e marketing do iluminismo. Este discurso grandiloquente, adjetivado e heróico é bem legível nos textos oficiais moldados nos cânones de Coimbra. O fim das hostilidades belicas foi uma esplêdida oportundade que o mundo oficial não disperdissou.

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.285-289
POLÍTICA.
Documentos officiaes relativos a Portugal.
PROCLAMAÇAÕ
Os Governadores do Reyno de Portugal e dos Algarves.

P O R T U G U E Z E S : Chegou finalmente o termo que os inexcrutaveis Decretos da Providencia tinhaõ marcado para cessarem as terríveis calamidades, que ha tantos annos affligem o Gênero Humano. A Paz, dom precioso do Ceo, vem reparar os males causados por uma Guerra, cuja ferocidade e devastações naõ tem exemplo nos Annaes da Historia. Com ella voltaõ a Agricultura, as Sciencias, as Artes, o Commercio, a Independência das Nações, a segurança dos Thronos, a firmeza da Religião, e tudo quanto fôrma a felicidade das Sociedades Civis, e os prazeres, e consolações da vida domestica.
Fig.03 – A COROA lusitana e a MOEDA portuguesa estavam salvas, em setembro de 1814, pela obstinada paciência de Dom João VI. Em setembro 2014 esta coroa e moeda estão apenas na memoria nacional substituídas pelo regime republicano e pelo Euro.

A restituição da Augusta Casa de Bourbon a seus Estados hereditários, e a dos antigos Soberanos aos Dominios que legitamamente lhes pertenciam, lançaõ os fundamentos de uma concórdia durável, e formarão da Europa uma só familia, ligada pelos vinculos do commum interesse, e instruída pela própria experiência dos fu-nestos resultados de uma ambição criminosa, que, innundando a terra de sangue, abrio por suas próprias maõs o abysmo, em que veio ultimamente precipitar-se.
He tudo obra do Supremo Arbitro do Universo, ante cuja Divina Magestade nos devemos humilhar,e oíferecerlhe as mais fervorosas acçòes de graças por tantos e taõ singulares favores.
A profunda Sabedoria de Sua Alteza Real o Principe Regente Nosso Senhor, que com heróica resolução frustrou os infames projectos do Tyrano, e que com inalterável constância, prudência, e enchia dirigio os esforços de seus Vassallos para sustentarem taõ porfiada, e sanguinosa luta, exige também de nós o mais profundo reconhecimento. Os Soberanos de Portugal foram sempre os Pays de seu Povo; mas nenhum ganhou ainda tanta gloria, nenhum conseguio triunfos taõ maravilhosos, nenhum teve tanto direito a reynar sobre os corações de seus Vassallos como o nosso Adorado Principe, e Clementíssimo Soberano.
A Sua Alteza Real devemos a intima Alliança com a Gram-Bretanha, cuja cooperação, e generosos auxílios contribuíram para o triunfo da boa Causa.
Fig.04 – As figuras dos ESFORÇADOS e IMPROVISADOS DEFENSORES da PÁTRIA LUSITANA - invadida pelas tropas napoleônicas - constam na base da coluna do monumento erguido em Gaia – Portugal que celebra o final da hostilidades de 1808-1814.
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A ousada resolução com que todas as Provincias de Portugal, ainda no meio das bayonetas Francezas, sem armas, sem munições, sem dinheiro, e sem algum concerto premeditado, acclamáram o nosso Augusto, por um impulso espontâneo, arrostando intrepidamente os maiores perigos, foi o primeiro passo para a nossa independência, e para a independência da Europa.
A uniaõ das forças de Portugal, e Hespanha com as de S. M. Britannica, e as suas vittorias abriram o caminho á alliança da Rússia, Prussia, Áustria, e Suécia; e depois de tantas batalhas ganhadas na Península, deram principio em Bordeos, e em Tolosa á grande obra da Paz geral, que os Soberanos das mesmas Nações concluíram dentro dos muros de Paris.
Sim, Portuguezes, acabou-se a Campanha, e nossos Illustres Guerreiros voltaõ finalmente a seus lares, coroados dos Louros immortaes, que seu intrépido valor, constância, e disciplina colheram desde as margens do Tejo até as do Garonna. Commandados pelo Invicto Duque da Victoria, formados pelo zelo infatigavel do Valoroso Marquez de Campo Maior, e tendo á sua frente Generaes da primeira ordem de uma, e outra Naçaõ, elles combateram nas mesmas fileiras com os seus Camaradas Inglezes, e Hespanhoes, e realçaram a gloria do nome Portuguez, mostrando-se dignos Successores dos antigos Heroes, que nas quatro partes do Mundo arvoraram o Estandarte das Quinas lusitanas.
Fig.05 – Outra vista das figuras dos base da coluna do monumento que celebra o final da hostilidades de 1808-1814. A união dos civis ESFORÇADOS e IMPROVISADOS DEFENSORES da PÁTRIA LUSITANA. A obra foi erguida, entre 1909 e 1951, segundo projeto do arquiteto José Marques da Silva e do escultor Alves de Sousa.
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A pátria recebe em seus braços estes filhos beneméritos: e em quanto o Principe Regente Nosso Senhor os naõ honra com a sua Real Approvaçaõ, os Governadores do Reyno, em cumprimento das Ordens expressas do mesmo Augusto Senhor, e plenamente convencidos do seu distincto merecimento, agradecem em Nome de Sua Alteza Real ao Feld Marechal Duque da Victoria, Commandante em Chefe dos Reaes Exércitos, ao Marechal do Exercito Marquez de Campo Maior, e a todos os Officiaes Generaes, Officiaes, Officiaes Inferiores, e Soldados do Exercito Portuguez, os assignalados Serviços, que fizeram em todo o decurso da Guerra, distinguindo-se constantemente por seu valor, disciplina, subordinação e lealdade, e desempenhando o caracter respeitável de Defensores da Pátria, e firme apoio do Throno de seu Soberano.
Se a feliz conclusão da Guerra priva os nossos valorosos Soldados de poderem dar novas provas de suas Virtudes Militares no Campo da Honra, elles passando agora a viver entre os seus Concidadãos, teraõ occasiaõ de exercitar com o mesmo louvor, os deveres da vida Civil, respeitando as Leis, obedecendo ás Authoridades, e mantendo a uniaõ Social, que faz a força, e a prosperidade dos Impérios.


Fig.06 – Enquanto a corte lusitana estava refugiada no Rio de Janeiro os exércitos britânicos e franceses tranformaram o territóro continental de Portugal em palco de marchas e contra marchas. As três sucessivas tentativas do exército frances - vindo da Espanha - de se apoderar deste território, foram repelidas diretamente pelo exército britânico. Do lado francẽs uma considerável força de soldados lusitanos acompanhou a invasão napoleônica da Rússia em 1812. Do lado britânico a trulência de Lord Beresford não despertava grande entusiasmo. A todas esas incertezas se somava o jogo dúbio político de Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839) manobrando em Paris

Os Governados do Reyno daõ iguaes agradecimentos em Nome e por Ordem do Principe Regente Nosso Senhor, aos Portuguezes de todas as Classes pelo constante zelo, patriotismo, e fidelidade, de que deram taõ decisivas mostras nas mais arriscadas e tormentosas épocas da passada Guerra.
Todas as Classes, todos os indivíduos com incançavel energia, promptidaõ, e boa vontade para o grande fim da restauração do Throno, sem que algum sacrifício lhes fosse penoso. Impostos extraordinários, que se tornavam mais pezados pelas circumstancias, serviços pessoaes, requisições, aboletamento de Tropas, excessos inevitáveis em tempos de tanta perturbação, e todos os males e estragos de uma Guerra longa, feroz, e sustentada por muito tempo no próprio Paiz, foram supportados com resignação heróica, e sem que jamais lembrasse o interesse particular, quando a grande Causa da defeza do Estado exigia que elle fosse sacrificado ao público interasse.
Portuguezes, os Governadores do Reyno conheciam muito bem o caracter da Naçaõ, a que tem a honra de pertencer, quando no meio das maiores tribulações, na época em que o estrondo da artilheria inimiga se ouvia nesta Capital, vos promettêram solemnemente que a Pátria seria salva. A firme resolução de pelejar pela nossa independência até perder a ultima gota de sangue, a actividade com que todas as Classes concorreram com os meios de que podiaõ dispor para se conseguir este importante fim, triunfaram das immensas forças do inimigo; vencemos, e a pátria foi salva.
Para ultimo remate de um período taõ glorioso para Portugal, só resta que o Ceo satisfaça o mais ardente de nossos votos, restituindo o nosso Augusto e Amado Principe e Senhor aos seus Dominios da Europa. Neste dia o mais feliz de nossa vida, depondo humildementeaos Reaes Pés de Sua Alteza Real a porçaõ de authoridade que foi servido confiar-nos, offereceremos na sua Real Presença a fiel exposição dos extraordinários serviços, com que todos seus leaes vassallos sustentaram a estabilidade do Throno, e a honra da Naçaõ Portugueza.
O Principe Regente Nosso Senhor, digno avaliador do merecimento, o recompensará com justiça; e os Governadores do Reyno teraõ a incomparavel satisfacçaõ de haverem levado ao conhecimento de sua Alteza Real os illustres feitos de valor, e patriotismo, que a fama transmittirá á mais remota posteridade, para gloria immortal do Nome Portuguez.
Palácio do Governo, 6 de Agosto, de 1814. Marquez d'Olhaõ. Marquez de Borba. Principal Sousa. Ricardo Raymundo Nogueira.
Miscellanea p.410
PORTUGAL.
Concluída gloriosamente a guerra, entraram as tropas Portu- guezas no Reyno, e as que chegaram a Lisboa no dia 15 de Agosto, foram recebidas com os mais decididos, e bem merecidos applausos dé todo o povo, havendo illuminaçaõ, e outros festejos.
Nada ha mais próprio do que recompensar com estes louvores públicos; os serviços assignalados dos defensores da Pátria; e este exercito os tem altamente merecido. Mas naõ podemos deixar de reparar, que o seu commandante em chefe, o official que organizou este exercito, o general que o disciplinou, e preparou para as victorias que alcançaram naõ fosse mencionado senaõ com duas linhas na gazeta de Lisboa, dizendo-se unicamente, que tinha ali chegado de Inglaterra o Marechal Lord Beresford.
Quando comparamos a sequidaõ deste annuncio, com os pomposos elogios, que se fizeram na gazeta de Lisboa, aos Fidalgos, que foram na Deputaçaõ a França pedir um rey para Portugal, entrando estes deputados no reyno, em circumstancias, que em vez de terem louvres deveriam passar por uma justificação de seu character; naõ podemos deixar de contemplar nisto uma parcialidade no Governo de Lisboa, que deslustra muito o seu nome. Se attribuimos isto ao Governo, e naõ ao Gazeteiro, he pela bem conhecida razaõ de que a gazeta naõ publica senaõ o que o Governo lhe manda imprimir.
Fig. 07 General Jean Andoche JUNOT (1771-1813) – Duque de ABRANTES- – A audaciosa e temerária presença das TROPAS NAPOLEÔNICAS em territóro lusitano contou com o apoio de numerosas organizações e indivíduos portugueses fasccinados pelas repercussões da propaganda e marketing da Revolução e do ideário francês. Como as tropas francesasa entraram em Portugal com as baionetas, não puderam permanecer sentados e governar sentados nas pontas destas armas letais. A temeridade das baionetas dos russoas no Afganistão e dos americanos no Iraque confirma esta sentença em setembro de 2014.

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Os que foram em Deputaçaõ á França, pedir um rey, se o fizessem de boa vontade, tinham comettido um crime de Alta Traição; estamos inclinados a suppor, que o fizeram contra sua vontade, e que portanto o constrangimento, sendo provado, os aliviaria da pena; mas as apparencias do crime, principalmente em matéria de tanta importância, requerem a justificação judicial, para satisfacçaõ da justiça, e exemplo dos povos.
Fig. 08 – O General-Jean Andoche JUNOT (1778-1813) Duque de Abrantes e Laure de St. MARTIN PERMON 1784—1838) Duquesa da Abrantes tentaram trazer para Lisboa a refinada e atualizada cultura de Paris. Porém imitaram o que todos os tiranos semre fizeram. Acobertaram-se de manifestações de arte que mais mascarava do que expressava a sua vida pessoal e dos conquistadoes de todos os tempos.

Construir isto em patriotismo, e tirar daqui occasiaõ para elogios na gazeta da Corte á entrada destes indivíduos no Reyno, fica sendo tanto mais escandaloso, quanto he sensível o contraste a respeito do Marechal dos Exércitos.
William Carr Beresford,1768-1856 Visconde de Beresford por Sir William Beechey.
Fig.09 – Em setembro de 1814, o PODER ORIGINÀRIO de Portugal não podia esquecer o recente curriculo de William Carr Beresford (1768-1856) Visconde de Beresford. Este bastarado irlandes comandou o ataque a Buenos Aires e a tomou para os britânicos. Derrotado - pelos espanhois e argentinos em processo de independência - voltou-se para a conquista de Portugal. Ali mandou enforcar generais lusitanos que ele achava fracos e traidores na sua ótica. Assim acumulou ódios argentinos, espamhois de Dona Carlota Joaquina e da elite lusitana. Para cumulo estava empenhado em trazer de volta dom João VI pela força da esquadra britãnica.
http://en.wikipedia.org/wiki/William_Beechey

Os serviços de Lord Beresford saõ evidentes, e taõ públicos como os do Exercito. Era portanto natural que se esperasse, que a sua entrada em Lisboa fosse annunciada na gazeta com expressoens de triumpho; que um jantar publico dos Governadores do Reyno, ou festins de alguma sorte, marcassem sem equivoco, que o Governo sabia apreciar os cuidados que este general tinha tido na organização, disciplina, e commando das victoriosas tropas Portuguezas.Mas por toda a demonstração de agradecimento se acha o simples annuncio de que chegou a Lisboa. Os Governadores deveriam nisto imitar a seu Soberano, que pelas honrosas distincçoens, com que tem premiado Lord Beresford, tem mostrado a seus vassallos, que os serviços deste official saõ dignos de grande attençaõ.
Fig.10 – A linha da miséria humana é visível e cerca as cidades e perambula, sem rumo, nas metrópoles superpovoadas do TERCEIRO MUNDO. As reiteradas e nutridas invasões de povos vindos estas regiões não consegue sensibilisiar nações que no passado recente espoliaram e pilharam os bens de raiz dos antepassados deste são denominados de “imigrantes Ilegais” em setembro de 2014. Ao cntrário aúnica resposta é o endurecimento cada vez mais da política xenofóbica.

Na vedade era aparente a paz, celebrada em setembro de 1814, e como tal provisória e superficial. Escondiam-se, no horizonte, os episódios da Ilha de Elba, o retorno, os 100 dias de Napoleão de volta ao poder e a batalha de Waterloo travada em 18 de junho de 1815. Em setembro de 2014 os horizontes de também estão turvados pelas tempestade virtuais e os impulsos da índole humana (Sturm und Drang). O devastador ribombar dos canhões de 1808-1814 pelas trovoadas subliminares de 2014 e camufladas pelas redes de cumputadores. Os mesmos impulsos da índole humana estão eivados com a seiva maligna do neo-colonialismo. Se em setembro de1814 Portugal, o Brasil e o Lord Beresford, em setembro de 2014 foram mais esquecidos, camuflados e os IMIGRANTES ILEGAIS que são varridos debaixo do tapete das antigas potências coloniais. Os precários e pontuais tratados comerciais disfarçam mal as tempestades da escravidão que devasta as economias que não conseguem acompanhar a gula, a prepotência e o solipsismo de nações quese dizem do PRIMEIRO MUNDO. As guerras que se travam, em setembro de 2014, não são travadas por acaso. Elas ocorrrem em lugares que prometem retornos futuros e estratégicos para este maligno neo-colonialismo.

O RETORNO dos JESUITAS.
Após a decoberta do Novo Mundo pelos euopeus estes acumularam defesas e condenações veementes da ordem religiosa criada por Inacio de Loyola. Esta Ordem guerreira nasceu sob os impactos das descobertas geográficas, do maneirismo e da crise religiosa, moral e política provocada pela Refoma luterana.
Fig.11 – A arrogãncia do corso plebeu Napoleão Bonaparte com o Papa Pio VII foi de uma grosseria a toda prova. Além de colocá-lo como mero figurante - no evento marketeiro de sua auto coroação - o manteve como virtual prisioneiro seu. Evidente, que por menos que os inimigos do corso gostassem de religião, o pontífice foi pretexto e um perfeita plataforma política para execrar Revolução Francesa e todos os seus corolários. Com a queda do regime napoleõnico a Igreja passou a ocupar o seu antigo lugar. Nada mais natural do que o pontificado reativar a extinta Companhia de Jesus
[Pintura retrato de PIO VII por Jacques-Louis DAVID]


Os primeiros discípulos do nobre espanhol Ignácio de Loyola (1491-1556) eram intelectuais em plena formação na Universidade de Paris. Esta formação exigia um contrato de alto nível intelectual, coerente com o seu tempo e capaz de constituir um projeto mudial como as novas rotas de exploração do planeta. Com eles fundou a Companhia de Jesus em 15 de  agosto de 1535.
Os Exercícios Espirituais (1548) de Inacio de Loyola forneceram a faisca e as motivações para projetos coerentes com a Propaganda da Fé. Esta tratou de se tornar coerente com a sensibilidade a se voltar para mensagens e estímulos diretos dos cinco sentidos humanos. Esta fórmula da Propaganda da Fé foi o guia subliminar do barroco da Contra Reforma. Nos países da Reforma metamorformou-se como matriz do marketing. Marketing que se pratica no comércio ideológico, promoção financeira e nos estímulos sensoriais humanos dirigidos ao consumo da produção física das máquinas e computadores.
O redator do Correio Braziliense e a Companhia da Jesus tinham algo em comum. Ambos cairam sob a fina vigilãncia, controle e patrulhamento da Mesa da Consciência oficial habilmente manejada pela Santa Inquisição. Apesar de não se misturam como azeite e água. nada mais natural que o jornal Correio Brazilense abrisse espaço para a restauração do jesuitas. É possível ler no
CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. Vol. XIII . N. 76 Miscellanea .pp. 411-412

ROMA.
Publicamos, a p. 328, a bulla do restabelicimento dos Jezuitas, e uma traducçaõ della. Este accontecimento he de maior importância para Portugal, do que para nenhum outro paiz da Europa, se exceptuarmos os Catholicos Romanos da Irlanda, cujos interesses soffreraõ muitíssimo com este passo, que naõ pode deixar de assustar o Governo Inglez, principalmente sendo unido, como he, ao novo vigor que se pretende dar á Inquisição.
Em nenhuma lingua se imprimiram mais documentos, relativos aos crimes dos Jezuitas, do que na lingua Portugueza. A Deducçaõ Chronologica, e infinidade de outros escriptos que se publicaram em Portugal, na epocha da abolição da Companhia, puzéram fora de toda a duvida, que as maldades dos Jezuitas naõ eram meros abusos de indivíduos, mas systematica opposiçaõ aos Governos; as particularidades deste facto contem-se no seguinte artigo.

(Exlracto de uma Carta de Roma.)
Domingo, 7 de Agosto, foi S. S. para a Igreja de Jesus, para lá celebrar a sancta missa no altar de St. Inácio. S. S. depois de terouvido outra missa foi para o Oratório vizinho da congregação dos nobres, onde se assentou no throno, que se lhe tinha preparado; então S. S. passou a um dos mestres de cerimonia a seguinte bulla, quemandou ler em voz alta, e que restabelece a Companhia de Jesus:—
Depois da leitura desta Bulla todos os Jesuítas presentes foramadmittidos ao beja-pé; estava á testa delles o Padre Panizoni, que em virtude de um rescripto da Secretaria de Estado, fará ad ín- terim as funcçoens do Geral, que se espera da Rússia.
A esta cerimonia assisteram todos os Cardeaes, a excepçaõ dos ausentes e doentes, e naõ saíram do Oratório senaõ depois da leitura da Bulla, e da admissão dos Jesuítas ao Beja-pé. Entaõ o Cardeal Pacca, camarista da Sancta Igreja, e Pro Secretario de Estado, o único dos Cardeaes que ficou, assistido pelo Marquez Ercolani, Thesoureiro-Geral provisório, de Monsenhor Cristaldi, Advogado do Fisco, e de Monsignor Barberi, Ficai Geral, fez ler o acto assignado pela maõ ,S. S. a respeito da restituição dos capitães que ainda existem do patrimônio dos Jesuítas, e das compensaçoens provisórias pelos bens alienados ou mudados.
Ao depois fez-se a leitura do decreto executivo do thesoureiro a quem o acto era dirigido. Assim se terminou esta cerimonia eternamente memorável e gloriosa.


No Brasil imperial a ação da Companhia foi discreta. A união entre Estado e Igreja fazia com que asordens religiosas estivessem sob estrito controle do trono imperial. A expansão e consolidação da Companhiade Jesus veio com o Regime Republicano.Neste regime a sua ação se oficializou ao lado de uma série do ordens religiosas que formaram organizações civís que agiam conforme a LEI No. 173 de 10 de SETEMBRO de 18931.
A ordem jesuítica atigiu, em agosto de 2014 o vértice mais elavado da Igreja Catóĺica com um dos seus membros. Este papa jesuita latino americano carrega os impulsos (Sturm und Drang) da sua ordem para a atualidade. Sabe as lições que sua ordem colheu nos atuais teritórios paraguaios, argentinos, brasileors e uruguaios. Com o decidido apoi e aplauso do PODER ORIGINÁRIO mundial – de dentro e fora daIgreja- parece que abre um futuro coerente com novos tempos e lugares
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FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
IMAGENS do MONUMENTO em GAIA
http://zuluromio.blogspot.com.br/2009_09_01_archive.html

JEAN-ANDOCHE JUNOT 1771-1813 – Duque de Abrantes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Andoche_Junot
Laure de St.MARTIN PREMON 1784-1834 – Duquesa de ABRANTES
http://pt.wikipedia.org/wiki/Laure_de_St._Martin_Permon

Lei No. 173 - DE 10 DE SETEMBRO DE 1893
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1824-1899/lei-173-10-setembro-1893-540973-publicacaooriginal-42519-pl.html

JESUITAS em PORTUGAL durante a SUPRESSÃO
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/528223-exilio-dos-jesuitas-durante-a-supressao-no-seculo-xviii

http://www.bicentenariosj.com.br/sys/conteudo/visualiza_lo07.php?pag=;bicentenariosj;paginas;visualiza_lo07&cod=6906&secao=412
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supress%C3%A3o_da_Companhia_de_Jesus

PROBLEMAS com o PAPA JESUITA
http://padreramonsj.blogspot.com.br/2013/04/houston-we-have-problem.html

PAPA PIO VII PRISIONEIRIRO em SAVONA
http://www.30giorni.it/articoli_id_18334_l6.htm

IMIGRANTES ILEGAIS em 2014
http://www.epochtimes.com.br/franca-deve-expulsar-mais-milhares-imigrantes-ilegais-ate-fim-ano/#.VAZN9RLwZw8
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/europa-registra-numero-historico-de-imigrantes-ilegais-em-2014/

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

BATALHA de WATERLOO 18 de junho de 1815
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Waterloo

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