MAIS um PASSO
para a
SOBERANIA
BRASILEIRA
O
decreto que distingue o EXÉRCITO de
PORTUGAL e o EXÉRCITO do BRASIL é discreto mas firme e convicto. Este decreto
abre uma imensa porta pelo qual poderá fluir o processo da SOBERANIA BRASILEIRA
e ser amparada por um exército nacional brasileiro.
BRASIL: do OIAPOQUE ao CHUI http://naofoinogrito.blogspot.com.br/2013/08/nao-foi-no-grito-078.html
Fig. 01 Uma das primeiras ações militares das armas
brasileiras foi tomada da cidade da Caiena em 1809. Esta ação tinha com
objetivo colocar sob o protetorado a
Guiana Francesa impedir o desembarque de tropas francesas sob as ordens de
capital Napoleão Bonaparte Os motivos
dste protetorado sessaram com a queda de
Napoleão e as Guianas foram devolvidas para a França no âmbito das resoluções
do Congresso de Viena
CORREIO BRAZILIENSE
Outubro de 1818 VOL. XXI. No. 125,
- Política, pp 308-309
REYNO
UNIDO DE PORTUGAL, BRAZIL, E ALGARVES.
Decreto para que as patentes militares
no Brazil, naõ precisem do cumpra-se do Marechal General em Portugal.
li.
••ESULTANDO
grave inconveniente e embaraço aos Officiaes das divisoens do Exercito de
Portugal actualmente destacados nas differentes Províncias deste Reyno do
Brazil, que as patentes dos postos, a que tem sido aqui promovidos, tenham de
ser enviadas a Portugal, para haverem o cumpra-se do Marechal General
Commandante em chefe do exercito, e os registos nas estaçoens daquelle Reyno,
quando sendo aqui lavradas no Conselho Supremo Militar, c assignadas por mim,
sem inconveniente algum podem ser cumpridas pelos respectivos Generaes, ou
sejam do mesmo Exercito, ou do Exercito do Brazil, debaixo de cujas ordens
estejam empregados temporariamente, e registarem-se nas precisas estaçoens,
remettendo-sc pela minha Secretaria d'Estado dos Negócios Estrangeiros e da
Guerra, aos Governadores do Reyno de Portugal, para lhes darem a necessária
direcçaõ e cumprimento na parte que lhes toca, as relaçoens das promoçoens que
por mim forem approvadas, e mandadas expedir com os respectivos Decretos ao Conselho
Supremo Militar:
O RIO GRANDE do SUL no MEIO do TORVELINHO
em 1817 e 2017
Fig. 02 A
imagem de Jean-Baptiste DEBRET mostra o príncipe Rei Dom João VI e sal corte assistindo as
evoluções militares se preparando par intevir na BANDA ORIENTAL com o objetivo
de tomar MONTEVIDEO. O Rio Grande do
Sul era o lugar próximo ao teatro das ações militares efetivas e
portanto deverai ser fortificado pelo exército. Os numerosos quarteis do Rio
Grande do Sul refletem estas estratégias de um exercito cada vez mais nacional
e brasileiro
Hey
por bem, desejando conciliar quanto possível for o bem do meu Real serviço com
a justa commodidade e vantagem dos indivíduos, que nelle estaõ empregados, que
as patentes dos sobredictos Officiaes daquellas divisoens, que se houverem de
lavrar no referido Conselho, sejam do mesmo modo lavradas como até aqui, porém
depois de assignadas por mim seraõ entregues na competente Secretaria d'Estado
aos próprios Militares, ou seus procurades, que as solicitarem, para as appresentarem,
já selladas e registadas, aos Generaes, ou Governadores, debaixo de cujas
Ordens estiverem servindo, para lhes pôr o cumpra-se; e serem depois registadas
nas Thesourarias por onde forem pagos ; e a fim de que nas listas do exercito
de Portugal, a que pertencem, possam ter as precisas declaraçoens e lugar, pela
mesma Secretaria d'Estado se remetteraõ regularmente de ora em diante as
necessárias relaçoens destas promoçoens c despachos para esse effeito aos
Governadores do Reyno de Portugal, que faraó expedir em conseqüência as ordens
que forem necessárias. Thomas Antônio de Villanova Portugal, do Meu Censelho,
Ministro e Secretario de Estado dos Negócios do Reyno, encarregado
interinamente da Repartição dos Estrangeiros e da Guerra assim o tenha entendido
e o faça executar com os despachos necessários. Palácio do Rio-de-Janeiro em
vinte de Junho de mil oitocentos e dezoito. Com a Rubrica de Sua Majestade.
Cumpra-se» e registe-se. Palácio do Rio-de-Janeiro em 22 de Junho de 1818. Com
a Rubrica do Excellentissimo Senhor
THOMAS
ANTÔNIO DE VILLANOVA PORTUGAL[1]
Fig. 03 Outra imagem de Jean-Baptiste DEBRET evidencia
o príncipe Dom João VI, sobre um tapete, assistindo,
junto à sua corte, o desfile de despedida dos militares que dirigem para a BANDA ORIENTAL para tomar
MONTEVIDEO. Cercado dos comandantes
militares que, em 1818, passaram a não mais depender da ida pessoal, para
Portugal como objetivo de jurar
fidelidade e receber os seus postos de comando
A
distinção do EXERCITO de PORTUGAL e o EXÈRCITO do BRASIL certamente tinha
objetivos econômicos, de eficiência e preenchimento de funções de cargos. No
entanto não é possível afastar agentes brasileiros que perceberam as condições favoráveis e as
potencialidade para a marcha em direção à SOBERANIA BRASILEIRA.
Na
conclusão é necessário admitir que este decreto que também “NÂO FOI NO GRITO”. No entanto ele distingue silenciosa e
profundamente e o EXÉRCITO de PORTUGAL e o EXÉRCITO do BRASIL.
Fig. 04 A
efetiva ação militar confiada às ações
militares das armas brasileiras foi
tomada da cidade da MONTEVIDEU.
Esta outra ação tinha com objetivo colocar sob o protetorado a BANDA ORIENTAL e impedir o caos dos
diversos interesses locais, regionais e internacionais desencadeada após a queda de Napoleão Bonaparte Os motivos deste protetorado
sessaram com a formação de governo
Uruguai. A Independência do Uruguai foi estabelecido por um Decreto de Dom Pedro I[1]
A
busca de um ESTADO COERENTE - com o seu TEMPO e LUGAR[2]
- é possível na medida em que ele tiver gente, recursos e disciplina coerentes
com a sua SOCIEDADE, seu TEMPO e o seu LUGAR.
A
separação do EXERCITO de PORTUGAL do EXÈRCITO do BRASIL foi um passo para a
SOBERANIA BRASILEIRA de efeitos tão transcendentes como foi o conjunto das
iniciativas governamentais da corte do Rio de Janeiro.
Este
EXÉRCITO do BRASIL foi fundamental para manter o Estado Brasileiro quando a sua
unidade foi testada numa série de Revoluções - mais um menos profundidade e
prolongadas - que ocorrem logo após a proclamação oficial da SOBERANIA
BRASILEIRA.
FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS
A FUGA AO
BRASIL
ELEVAÇÂO
BRASIL REINO
REVISTA das
TROPAS para MONTEVIDEO
Independência
do URUGUAI
BRASIL: do OIAPOQUE ao CHUI
O RIO GRANDE do SUL no
MEIO do TORVELINHO em 1817 e 2017
.
[1] 30.08.1828 - O imperador D.
Pedro I expede Carta de Lei que "ratifica a convenção preliminar de paz
entre o Império do Brasil e a República das Províncias Unidas do Rio da Prata,
assinada no Rio de Janeiro em 27 de agosto de 1828". A Banda
Oriental deixa de fazer parte do Império do Brasil mas não integra as
Províncias Unidas do Rio da Prata. Forma a República Oriental do Uruguai,
soberana e independente de toda e qualquer nação. A Constituição que foi
elaborada e promulgada pela nova República a 18 de julho de 1830 foi
ratificada, também, com a assinatura do "Ato Diplomático de 26 de maio de
1830".
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